Indústria aeroespacial Portuguesa

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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#31 Mensagem por Tutankhamon » Sáb Set 29, 2018 9:21 pm

Muito interessante.

Fiquei imaginando a dificuldade ,do quase nada que entendo de impressão 3D, de operá-lá no espaço.
Imagino que tenha algum jeito de lidar com as sobras e detritos da impressão (se é que existem neste modelo).

Mais uma vez, Portugal mostrando serviço na matéria aeroespacial.

Abraços




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#32 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Out 02, 2018 8:43 am

Dos Açores para o espaço. Lançamento de satélites de Santa Maria a partir de 2021

Do lugar de Malabusca, na ilha da Santa Maria, Açores, podem partir para o Espaço pequenos foguetões já a partir de 2021. Governo português vende a localização privilegiada do arquipélago e apresenta concurso internacional na maior feira aeroespacial europeia que decorre em Bremen, cidade espacial alemã e um dos maiores centros europeus.

Dos Açores, mais precisamente da Ilha de Santa Maria, podem partir pequenos satélites para o espaço, com a data prevista para os primeiros lançamentos começarem em 2021.

É esta a mensagem (e desejo) que o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, transmitirá esta terça-feira durante o 69º Congresso Internacional de Aeronáutic, evento que está a decorrer em Bremen, na Alemanha.


Nesta apresentação do Porto Espacial dos Açores num congresso que reúne 4 mil especialistas do setor, players internacionais e investidores, Manuel Heitor apresenta formalmente o Programa Internacional do Atlântico de Lançamento de Satélites.

O documento elaborado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia e pela Estrutura da Missão dos Açores para o Espaço (EMA- Space), que tem o apoio do governo português e do governo regional lança um convite internacional a entidades qualificadas para manifestarem o seu interesse até 31 de outubro (a primeira fase de três do programa arrancou a 24 de setembro) em colaborar com empresas portuguesas e centros de investigação e engenharia para conceber, instalar e operar um porto espacial na Ilha de Santa Maria, nos Açores, em associação com o desenvolvimento e operação de uma nova geração de serviços de lançamento de satélites para o espaço, numa incitativa apoiada pela Agência Espacial Europeia (ESA).

Malbusca. O lugar eleitos para os pequenos foguetões

O Programa Internacional do Atlântico de Lançamento de Satélites arranca com a auscultação do mercado internacional sobre esta corrida ao Espaço e, especificamente, na área dos lançamentos de pequenos satélites (até 500 quilos), procurando atrair investimento direto estrangeiro para apoiar a dinamização do setor espacial em Portugal.


Os interessados devem apresentar propostas até 31 de outubro, sendo que um dos pré-requisitos é que o plano contemple a possibilidade de realização dos primeiros lançamentos já em 2021 na ilha de Santa Maria, nos Açores.

A localização dos Açores, no Atlântico, e a sua centralidade em relação à Europa, Américas e África, são mais-valias para estes lançamentos de pequenos satélites

Malbusca, na freguesia de Espírito Santo, tem sido apontado como um dos melhores locais para acolher este projeto se a proposta for da construção de um porto vertical. Mas o lançamento também pode ser horizontal, através de aviões recorrendo-se ao aeroporto de Santa Maria.

No caderno de encargos entre os direitos e os deveres que os candidatos à corrida ao espaço do lançamento para pequenos satélites constam ainda a obrigatoriedade de colaboração com empresas portuguesas durante todo o processo, estudos de impacto ambiental na ilha, a descrição da solução de lançamento (que pode ser vertical ou horizontal) e a indicação da carga prevista a transportar e o número de lançamentos a executar por ano.

O governo português e regional dá um apoio “logístico” na ordem dos seis milhões de euros, contemplando investimento ao nível de acessibilidades e infraestruturas no aeroporto e porto marítimo na ilha de Santa Maria. O ministério da Ciência criará ainda bolsas de investigação e desenvolvimento nesta área num valor que pode ir até aos 10 milhões de euros por ano, no período entre 2019 e 2023.

Os presidentes da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Paulo Ferrão, e da Estrutura de Missão para o Espaço dos Açores (EMA - Açores), Luís Santos, Henrique Martins, representante do CEC - Conselho Empresarial do Centro e Rui Santos, Diretor Geral do AED Cluster Portugal, que representa o projeto KnowNow4Aerospace, acompanham o responsável da pasta da Ciência em Bremen, a cidade espacial alemã e um dos centros espaciais lideres a nível europeu, na promoção das empresas portuguesas do setor aeronáutico sector, “nomeadamente as relacionadas com a Indústria 4.0” promovendo “os valores da competitividade e da qualificação dos nossos recursos humanos”, sustenta Rui Santos, diretor deste cluster que arrancou em 2017.




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#33 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Out 06, 2018 10:24 am

Omnidea, a pequena empresa portuguesa que triunfou na cidade do Espaço

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A Omnidea-RTG forneceu componentes para o satélite de observação da Terra Sentinel-3B, da Agência Espacial Europeia

ESA/ATG MEDIALAB

É uma situação pouco frequente mas aconteceu na região de Bremen, a grande cidade espacial da Alemanha, onde uma pequena empresa espacial portuguesa comprou uma empresa industrial alemã onde está a fabricar componentes para satélites e foguetões

Chama-se Omnidea-RTG, está localizada a 9 km de Bremen, na Alemanha, e é uma empresa industrial comprada pela empresa espacial portuguesa Omnidea, que tem a sua sede no Madan Parque, o parque tecnológico da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, no Monte da Caparica.

A PME alemã faz a montagem, integração e teste de componentes para satélites e lançadores como o Vega, o foguetão mais pequeno usado pela Agência Espacial Europeia. E desenvolve a sua atividade na grande cidade espacial da Alemanha, considerada um dos principais centros espaciais da Europa devido à concentração de empresas do setor.

"Fazemos a montagem completa de sistemas de propulsão para satélites e o nosso mercado funciona para pequenas séries", explica Nuno Fernandes, diretor-geral da Omnidea-RTG, numa visita à empresa organizada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). É por isso que as válvulas para a passagem de gás nos propulsores produzidas na empresa, apesar de poderem caber na palma da mão, chegam a custar 35 mil euros cada uma. Há várias razões para isso: "além de fabricarmos pequenas séries, usamos materiais caros como o titânio, equipamentos também caros como as salas limpas e uma campanha de testes muito extensa, que obviamente encarece os nossos produtos".

COMPONENTES SUJEITAS A 25 TESTES ANTES DE SEREM VENDIDAS
Com efeito, ao contrário de outros setores industriais, "quando as válvulas e outras componentes vão para o Espaço não pode haver manutenção", adianta o gestor. Ricardo Penedo, engenheiro aeroespacial e gestor de projeto na Omidea-RTG exemplifica: "Se um automóvel se avaria vai para a oficina, mas no Espaço não podemos fazer isso com um satélite". Por isso as válvulas são sujeitas a uma campanha de 25 testes antes de serem vendidas. A empresa está equipada com salas limpas ( "clean rooms"), onde o ambiente é controlado em termos de temperatura e partículas no ar. E a "clean room" mais sofisticada "tem uma estação de limpeza ultralimpa que garante que nenhuma peça é contaminada", assegura Nuno Fernandes.

"Esta câmara limpa torna-nos competitivos face à Airbus, que tem fabricado os mesmos componentes do que nós, e na Europa em geral". Mas isto acontece nas pequenas séries, "porque quando falamos do mercado das constelações de satélites e da produção em massa, a realidade é outra", esclarece o diretor-geral. A Omnidea-RTG fatura um milhão de euros por ano, o que corresponde a cerca de 40% das vendas do Grupo Omnidea (2,5 milhões de euros).

Quanto ao concurso internacional para a instalação de uma base espacial na ilha de Santa Maria, nos Açores, que Portugal apresentou esta semana em Bremen no Congresso Internacional de Astronáutica, Nuno Fernandes diz que a sua empresa está interessada "em fornecer componentes para um possível lançador que venha a ser desenvolvido". Paulo Ferrão, presidente da FCT, acrescenta: "Seria bom que a maior empresa espacial alemã, a OHB, ou outra grande companhia, viessem a integrar componentes da Omnidea-RTG num possível lançador e em pequenos satélites de 50 kg a 200 kg, bem como em constelações de satélites".

https://expresso.sapo.pt/sociedade/2018 ... gs.EHIGN8k




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#34 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Out 06, 2018 1:07 pm





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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#35 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Out 09, 2018 8:03 am

https://www.facebook.com/tekever/?hc_re ... w7jzuraBoU

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We love the smell of good news in the morning! We have just introduced our new AR5 designed for maritime surveillance missions, already in operational use! — com Flight Global em Farnborough Air Show.




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#36 Mensagem por Tutankhamon » Qua Out 10, 2018 5:23 pm

O UAV é dá hora, mas embora o inglês seja a língua corrente neste mercado, podiam ter um site na língua de Camões :D

Um abraço.




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#37 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Out 20, 2018 11:18 am

Tecnologia portuguesa com sucesso a caminho de Mercúrio





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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#38 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Nov 06, 2018 9:00 am

Há 14 concorrentes à construção de uma base espacial nos Açores
06.11.2018

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A liderança dos consórcios que se apresentaram é de 11 empresas da UE, duas dos EUA e uma da Rússia. E estão interessadas em atuar em toda a cadeia de valor associada ao desenvolvimento e operação de uma nova geração de serviços de lançamento de pequenos satélites para o Espaço na ilha de Santa Maria

ão 14 os consórcios internacionais que submeteram propostas de interesse em colaborar com empresas e centros de investigação portugueses para conceber, instalar e operar um porto espacial na ilha de Santa Maria (Açores), revela um comunicado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).

O concurso, que encerrou a 31 de outubro, é a primeira fase do Programa Internacional do Atlântico para o Lançamento de Satélites (ATLANTIC ISLP). Os 14 consórcios internacionais incluem 11 empresas da União Europeia, duas dos EUA e uma da Rússia, que declararam estar interessadas em atuar em toda a cadeia de valor associada ao desenvolvimento e operação de uma nova geração de serviços de lançamento de pequenos satélites para o espaço.

"Foi um sucesso, não estávamos à espera de 14 manifestações de interesse mas apenas de quatro", conta Manuel Heitor ao Expresso. O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior acrescenta que a grande afluência verificada "significa que este programa é muito atrativo" para o mercado. "E com tantos concorrentes ganhámos capacidade negocial para a próxima fase do processo".

Com efeito, vai ser aberto um processo negocial com todos os consórcios no âmbito do Código de Contratação Pública, "e é natural que algumas das propostas sejam fundidas, de modo a criar um grande consórcio que torne o projeto do porto espacial em Santa Maria bem-sucedido".

O comunicado do MCTES salienta que "as propostas compreendem soluções inovadoras de acesso ao espaço com microlançadores (sete das 14 propostas), produtos e serviços de engenharia de sistemas e software, e inovações nas infraestruturas terrestres". Esta iniciativa tem três fases "e visa estimular a criação de emprego qualificado e a alavancagem de novos projetos de índole espacial de grande valor acrescentado, que podem garantir o incremento e um novo impulso para os projetos já existentes na ilha de Santa Maria".

A NOVA GERAÇÃO DOS PEQUENOS SATÉLITES
Haverá também um impacto favorável para as empresas e centros de investigação e de desenvolvimento tecnológico portugueses do setor espacial, "posicionando o país e a região no desenvolvimento de uma nova geração de atividades espaciais com base em pequenos satélites", justifica o MCTES.

O Ministério prevê que os primeiros lançamentos na base espacial de Santa Maria ocorram na primavera/verão de 2021, "decorridas todas as fases de avaliação e análise das condições de exequibilidade e dos processos contratuais". Agora as 14 manifestações de interesse vão ser analisadas pela Comissão Internacional de Alto Nível, composta por nove conhecidos especialistas nacionais e estrangeiros e coordenada por Jean Jacques Dordain, antigo diretor-geral da Agência Espacial Europeia (ESA). Fazem ainda parte da Comissão Gaele Winters, ex-diretor de Lançadores da ESA; Dava Newman, professora do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e antiga astronauta; Byron Tapley, professor emérito na Universidade do Texas em Austin; Vitor Fraga, presidente da Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores (SDEA); Luís Castro Henriques, presidente do AICEP; José Toscano, diretor de Relações Internacionais da IntelSAT; António Cunha, professor da Universidade do Minho; e um representante da ESA a designar.

A primeira reunião desta comissão realiza-se no início de novembro e terá como objetivo recomendar uma lista de candidatos a convidar para a segunda do fase do ATLANTIC ISLP, em janeiro/fevereiro de 2019. Nos três meses seguintes irá decorrer o processo de avaliação, incluindo uma apresentação pública das propostas, e a negociação final com as empresas e consórcios. Em junho de 2019 será assinado o contrato para o desenvolvimento e operação do porto espacial e nos dois anos seguintes é a vez da análise e avaliação externa da fase de execução do projeto. Finalmente, na primavera/verão de 2021 vão realizar-se os primeiros lançamentos de foguetões para o Espaço.

Esta iniciativa foi lançada em setembro passado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e a Estrutura da Missão dos Açores para o Espaço (EMA - Espaço), tendo o apoio técnico da ESA. Há empresas portuguesas em todos os 14 consórcios.

EMPRESAS LÍDERES DOS 14 CONSÓRCIOS CONCORRENTES
1. Ariane Group (França/Holanda)

2. Astos Solutions GmbH (Alemanha)

3. AVIO (Itália)

4. Elecnor DEIMOS Group (Espanha)

5. GMVIS SKYSOFT S.A. (Espanha)

6. GTD (Espanha)

7. Isar Aerospace Technologies GmbH (Alemanha)

8. PLD Space (Espanha)

9. Rocket Factory Augsburg (Alemanha)

10. ROSCOSMOS (Rússia)

11. Sierra Nevada Corporation (EUA)

12. Valispace (Portugal)

13. Virgin Orbit LLC (EUA)

14. Vertiv Integrated Systems GmbH (Alemanha)

https://expresso.sapo.pt/sociedade/2018 ... gs.=JKDd_w




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#39 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Nov 06, 2018 9:01 am

STARLab. Portugal e a China investem €50 milhões para fabricar pequenos satélites em Matosinhos e Peniche

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Nos últimos 15 anos o Instituto de Microssatélites da Academia de Ciências Chinesa foi responsável pelo lançamento de perto de 40 satélites no âmbito de missões científicas

Chama-se STARLab e é um laboratório conjunto de investigação e desenvolvimento tecnológico para o Espaço e para os oceanos que vai ser criado por Portugal e a China. O projeto é revelado ao fim da manhã desta terça-feira pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, à margem da Web Summit, que decorre no Parque das Nações, em Lisboa. E envolve um investimento de 50 milhões de euros nos próximos cinco anos para fabricar pequenos satélites em Matosinhos e Peniche.

O laboratório será financiado em partes iguais pelos dois países, sendo a componente portuguesa distribuída por igual entre o sectores público e privado. A Academia de Ciências Chinesa, por sua vez, será a responsável direta pelo investimento da China. O objetivo global é desenvolver tecnologias e sistemas de engenharia para melhorar o conhecimento, a gestão e a exploração sustentável dos oceanos e do Espaço. E prevê-se a abertura de centros de investigação em Portugal Continental e em Xangai, na China.

"A Academia de Ciências Chinesa é a instituição que a nível mundial está a investir mais na tecnologia dos pequenos satélites, um sector emergente", explica Manuel Heitor ao Expresso. O ministro acrescenta que na Europa "a China está a desenvolver um projeto do mesmo género no Luxemburgo".

O STARLab envolve também a empresa espacial portuguesa Tekever e o CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto. O ministro revela que os pequenos satélites serão fabricados em Peniche, num novo Laboratório Colaborativo liderado pela Tekever, e no CEiiA em Matosinhos. Os laboratórios colaborativos juntam empresas, centros de investigação, instituições do ensino superior, autarquias, centros tecnológicos e associações. Já existem 20 em todo o país.

Tiago Rebelo, diretor para o Espaço e Engenharia Oceânica do CEiiA, afirma ao Expresso que o envolvimento deste centro no STARLab "vai catapultar-nos para um enorme mercado que é a China, país que tem um a grande experiência nesta área, com dezenas de microssatélites no Espaço e robôs de recolha de dados nos oceanos". Por outro lado, o novo projeto "irá reforçar toda atividade que o CEiiA já tem neste setor, em particular no contexto do futuro AIR Center e na observação dos oceanos, bem como trazer novas oportunidades de desenvolvimento tecnológico".

ACELERAR O CONHECIMENTO SOBRE OS OCEANOS E O ESPAÇO
“Estamos perante uma excelente oportunidade de acelerar o conhecimento sobre os oceanos e o Espaço e cumprir o nosso desígnio de estudo aprofundado do Atlântico", afirma Manuel Heitor. "O STARLab possui metas a nível científico que passam pelo estudo de fenómenos naturais e os seus potenciais impactos sistémicos e ambientais". Para tal "prevê o desenvolvimento de soluções tecnológicas baseadas, nomeadamente, em microssatélites e na sua integração com plataformas de exploração do mar profundo”.

Ao mesmo tempo, "o STARLab irá fortalecer uma parceria de longo prazo entre a China e Portugal nas áreas da ciência e tecnologia, passando a ser uma entidade de referência na Europa de colaboração com a Academia de Ciências Chinesa”.

A assinatura oficial entre os dois países que dará origem ao STARLab vai acontecer na visita oficial do Presidente da China a Portugal, prevista para o final do ano. Os objetivos do STARLab estão alinhados com o projeto do AIR Centre, o grande centro internacional de investigação a criar nos Açores que vai fazer abordagem integrada pioneira ao Espaço, atmosfera, oceanos, clima, energia e ciência de dados.

O novo Laboratório Colaborativo irá contar com a participação do Instituto de Microssatélites da Academia de Ciências Chinesa, que nos últimos quinze anos foi responsável pelo lançamento de perto de 40 satélites no âmbito de missões científicas, assim como do Instituto de Oceanografia da mesma Academia, especializado na avaliação de recursos, alterações climáticas e biodiversidade. Outros organismos na órbita da Academia de Ciências Chinesa podem também vir a trabalhar com o laboratório.

Do lado nacional, a iniciativa está a ser promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, através da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). A Tekever vai focar-se na área de Espaço e o CEiiA nos Oceanos. A atividade do STARLab irá envolver centros de investigação e universidades nacionais durante a fase de desenvolvimento.

https://expresso.sapo.pt/sociedade/2018 ... gs.FeP9QXc




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#40 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Nov 17, 2018 4:04 pm

Apresentação da Deimos Engenharia sobre Malbusca na Ilha de Santa Maria para a construção do futuro Porto Espacial dos Açores.

:arrow: https://www.facebook.com/download/15096 ... c3P--Ir70Y_




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#41 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Dez 05, 2018 10:34 am

Futuro do sector espacial português discutido em Coimbra

Uma impressora 3D, cortiça para isolar foguetões, um veículo teleguiado, um rover aquático e um satélite são exemplos de tecnologia criada para o espaço com aplicações na Terra que vão ser mostradas no Portugal Espaço 2030. Mas há mais.


O evento acontece nos dias 20 e 21 de dezembro, organizado pelo Instituto Pedro Nunes, e assinala o quarto aniversário da incubadora espacial portuguesa da Agência Espacial Europeia (ESA BIC Portugal). Também vai servir para apresentar seis novas startups incubadas na ESA BIC Portugal e para discutir o futuro do sector espacial em Portugal.

Paralelamente, há uma exposição onde é possível conhecer ao vivo produtos e protótipos funcionais com aplicação terrestre desenvolvidos com tecnologia espacial. É o caso da impressora 3D da BeeVeryCreative, desenhada para a Estação Espacial Internacional - MELT, capaz de imprimir em ambiente de microgravidade. que vai estar em funcionamento à vista de todos. Com a ajuda do IPN, enquanto Broker de Transferência Tecnologia da ESA, a BeeVeryCreative está a transferir tecnologia desta impressora para desenvolver um novo produto para prototipagem industrial.

Marcam também presença com os seus protótipos a Pavnext, uma startup que está a aplicar uma cortiça da Amorim Cork Composites, usada no isolamento de foguetões, no desenvolvimento de um pavimento que reduz a velocidade dos carros e gera energia, assim como a ActiveSpace Automation, que está a incorporar tecnologia espacial em aplicações terrestres e terá para mostrar um veículo teleguiado usado para suporte à logística em ambientes industriais.

Já a Matereo vai apresentar um rover aquático e um satélite marítimo capazes de recolher, em tempo real, dados bioquímicos de monitorização da qualidade das águas, combinados com dados de Observação da Terra.

No segundo dia do Portugal Espaço 2030 o destaque vai para o tema da plataforma de lançamento de satélites nos Açores – Atlantic International Satellite Launch Programme, numa sessão conduzida por Luís Santos, coordenador da Estrutura de Missão dos Açores para o Espaço, e que conta com a participação da Orbex, do Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto e ainda da PLD Space, que trabalha com foguetões suborbitais.

Temas como o projeto Space Rider, que deverá aterrar nos Açores, e empresas como a Avio, empresa italiana que opera no sector aeroespacial, a Spin.Works e a organização EUMETSAT também marcam presença, assim como a Ciência Viva, que participará num painel dedicado à Educação para o Espaço e Espaço para a Educação, e que conta ainda com as parcerias internacionais MIT Portugal e UTAustin.


Destaque ainda para as intervenções de Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Gui Menezes, secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores e de Teresa Mendes, presidente da direção do Instituto Pedro Nunes, assim como do diretor geral da ESA, Jan Wörner, que falará sobre as novas oportunidades no Espaço 4.0.

O programa do Portugal Espaço 2030, numa versão provisória, pode ser conhecido na página web space.ipn.pt/news_items/83.

Recorde-se que a ESA BIC Portugal é coordenada pelo IPN e tem polos no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto e na agência DNA Cascais. É um dos 20 centros de incubação da Agência Espacial Europeia a nível europeu, onde são apoiadas startups que transfiram tecnologia espacial para sectores terrestres, mas também novas empresas que pretendam entrar no mercado espacial comercial, no chamado New Space.

O Instituto Pedro Nunes é também membro da rede de Brokers de Transferência Tecnologia da ESA, apoiando a comercialização da tecnologia espacial em mercados não espaciais e divulgando as melhores e mais promissoras tecnologias espaciais e competências das empresas e academia espaciais portuguesas.

:arrow: https://tek.sapo.pt/extras/site-do-dia/ ... em-coimbra




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#42 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Mar 16, 2019 7:23 am

Portugal formaliza participação no maior telescópio do mundo


https://sicnoticias.pt/pais/2019-03-12- ... o-do-mundo

O SKA será composto por 2.500 antenas e terá capacidade para rastrear mil milhões de galáxias.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, assinou esta terça-feira em Roma a convenção que cria o observatório astronómico "Square Kilometre Array" (SKA), um projeto com participação portuguesa para construir e operar o maior telescópio do mundo.

"Trata-se de uma iniciativa intragovernamental cujo objetivo é construir e operar o SKA, aquele que será o maior radiotelescópio do mundo envolvendo mil investigadores e engenheiros, 270 empresas e centros de investigação e 20 países e com o qual se desenvolverá o estudo das ondas gravitacionais e teste às teorias de Einstein, a compreensão da evolução do Universo, o mapeamento de centenas de milhões de galáxias e a procura de sinais de vida no Universo", divulgou hoje o Ministério.

Portugal torna-se assim membro fundador do novo observatório astronómico, juntamente com a África do Sul, Austrália, China, Itália, Holanda, Nova Zelândia, Reino Unido e Suécia.

Até agora, Portugal tem participado no projeto SKA como observador e através da colaboração de instituições académicas e científicas, investigadores e empresas nacionais dos setores das Tecnologias da Informação e Comunicação, Energia e Espaço.

De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a convenção assinada hoje "ganha especial relevância" para Portugal após a aprovação em Conselho de Ministros da criação da Agência Espacial Portuguesa. Um dos objetivos será "impulsionar o panorama espacial europeu e internacional através de uma cooperação internacional, com várias agências e organizações espaciais".

Em 2016, ficou estabelecida a contribuição de cientistas de sete instituições portuguesas para a construção do telescópio.

O coordenador nacional do 'Engage SKA' (roteiro nacional de infraestruturas de relevância estratégica), Domingos Barbosa, disse na altura à agência Lusa que Fernando Camilo seria o líder científico do projeto SKA, na África do Sul, e os restantes portugueses participariam nos consórcios de trabalho da iniciativa internacional que "tem de ter a capacidade de observar, pelo menos, 40% do céu todas as noites".

Com projetos piloto definidos para África do Sul e Austrália, o SKA "vai ser a máquina que mais dados irá produzir nos próximos 20 anos, cerca de 10 vezes mais dados do que o tráfego de internet mundial hoje", exemplificou Domingos Barbosa.

Especialistas do Instituto de Telecomunicações, das universidades do Porto, Aveiro, Coimbra, Évora e Lisboa, e do Politécnico de Beja fazem parte do projeto que envolve, no total das duas fases, um investimento de cerca de dois mil milhões de euros.
Lusa




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#43 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Mar 16, 2019 12:39 pm

Agência Espacial Europeia vai financiar projetos portugueses

O Instituto Pedro Nunes abriu as candidaturas para o Small ARTES Applications 2019.

O Instituto Pedro Nunes (IPN) abriu as candidaturas para o Small ARTES Applications 2019, um programa da Agência Espacial Europeia (ESA) que apoia projetos que utilizem tecnologia espacial para melhorar a vida na Terra. As candidaturas podem ser submetidas até ao dia 7 de junho.

O Small ARTES Applications vai apoiar cinco empresas que utilizem activos espaciais, como é o caso de comunicações ou navegação por satélite, dados de observação da Terra e tecnologias usadas em voos espaciais tripulados, para criar novos produtos e serviços em mercados terrestres como transportes, energia, saúde, agricultura, ambiente ou segurança.
Cada empresa receberá um financiamento máximo até 25 mil euros e apoio do IPN no estudo da viabilidade financeira e técnica. Vão ainda beneficiar de um relacionamento directo com a ESA que irá fortalecer tanto o seu modelo de negócio, como a sua componente técnica/espacial.

Outra das vantagens para as empresas seleccionadas é o acesso ao programa ESA Business Applications, uma das ferramentas de eleição da Agência Espacial Europeia para promover e financiar demonstrações de negócios na Terra com recurso a tecnologias/dados de satélites.

O Small ARTES Apps é coordenado em Portugal pelo IPN e tem o apoio directo da ESA, da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) e do Gabinete do Espaço da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

O IPN coordena também o ESA BIC Portugal, um dos 20 centros de incubação da Agência Espacial Europeia a nível europeu, onde são apoiadas startups que transfiram tecnologia espacial para sectores terrestres, mas também novas empresas que pretendam entrar no mercado espacial comercial.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticia ... ses-421645




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#44 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Mar 26, 2019 8:43 am

Chiara Manfletti escolhida como presidente da Agência Espacial Portuguesa

Tem nacionalidade alemã e italiana, é assessora para os programas do director-geral da ESA e será a terceira mulher a presidir a uma agência espacial, segundo o ministério da ciência. A presidente da Agência Espacial Portuguesa tem agora pela frente um mandato de cinco anos.

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Chiara Manfletti é a primeira presidente da Agência Espacial Portuguesa – Portugal Espaço, anunciou esta sexta-feira o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). A escolha foi feita durante a primeira assembleia-geral da agência que decorreu esta sexta-feira em Lisboa e que contou com a presença de representantes das entidades fundadoras da Portugal Espaço: a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), a Agência Nacional de Inovação, a Direcção-Geral de Recursos de Defesa Nacional e a Região Autónoma dos Açores através da Associação RAEGE Açores - Rede Atlântica de Estações Geodinâmicas e Espaciais.

Chiara Manfletti tem nacionalidade italiana e alemã e é assessora para os programas do director-geral da Agência Espacial Europeia (ESA), Johann-Dietrich Woerner. Luís Santos, até agora coordenador da Estrutura de Missão dos Açores para o Espaço, foi o escolhido como vice-presidente da agência recém-criada.

Chiara Manfletti e Luís Santos terão agora pela frente um mandato renovável de cinco anos e terão de escolher entre uma e três pessoas para a direcção nos próximos seis meses. Haverá ainda um conselho de orientação e de estratégia e um conselho fiscal. A apresentação da presidente e do vice-presidente será feita no Workshop Portugal Espaço, a ESA e o Programa Espacial Europeu (2021-2027) no Teatro Thalia (Lisboa), na quinta-feira, às 14h30.


“Considerei que o facto de Portugal querer ter uma agência espacial é um avanço maravilhoso. Além disso, o país tem ideias inovadoras de como o espaço pode interagir com a sociedade e a economia”, diz ao PÚBLICO Chiara Manfletti sobre o desafio de liderar a agência, um papel que começará a desempenhar gradualmente a partir de segunda-feira. E reforça: “A ideia de ajudar um país a criar uma agência espacial do zero – e um tipo de agência diferente das que já existem hoje – é empolgante.”

Esta decisão foi tomada depois de um processo de selecção feito entre a FCT e a ESA e teve “vários candidatos”, segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor. “Estamos a pôr a agência operacional até ao final de Março tal como nos tínhamos comprometido”, salienta sobre o passo dado esta sexta-feira.

Durante este mês, temos assistido ao desenrolar da criação da Portugal Espaço. A 7 de Março foi aprovada em Conselho de Ministros e no início desta semana foi formalizada nos Açores a sua constituição. Esta estrutura resulta da parceria entre o Governo português e Governo Regional dos Açores e tem a colaboração da ESA.

A sede da agência ficará na antiga casa do director do aeroporto da ilha de Santa Maria (Açores), que vai entrar em obras, e tem instalações no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa, onde funciona o MCTES.

Mas o que se pretende com esta agência? Uma das grandes ambições é estimular o sector do espaço em Portugal. Para tal, irá pôr em prática a estratégia nacional do espaço (Portugal Espaço 2030) e articular a gestão de programas nacionais ligados ao sector para que o investimento e o emprego qualificado aumentem.

“Um dos objectivos é o crescimento económico em Portugal”, frisa Chiara Manfletti. Mas quando questionada sobre que estimativa faz desse crescimento, cita Manuel Heitor e refere que se espera que nos próximos dez anos o sector do espaço facture 400 milhões de euros (actualmente são 40 milhões de euros anuais). Para os próximos três anos, o Governo português – através da FCT e da Anacom - Autoridade Nacional de Comunicações – irá financiar a agência em oito milhões de euros.

Espera-se também que sejam criados mil novos postos de emprego qualificado, de acordo com Manuel Heitor. Até ao final do ano, prevê-se que estejam a trabalhar para a agência cerca de dez pessoas – incluindo a presidente, o vice-presidente, as pessoas do Gabinete do Espaço da FCT e da Estrutura de Missão dos Açores para o Espaço, que são agora integrados na agência. Estima-se que daqui a cinco anos o número de “funcionários” suba para 20. Mas Chiara Manfletti prefere não lançar números: “Seria bom termos dez pessoas a começar nos próximos meses, mas vamos ver. Não é tanto o número que conta, é a qualidade que fará a diferença.”

Projecto “muito interessante”

Outro dos grandes objectivos da Portugal Espaço está relacionado com o serviço de lançamento de micro-satélites que se pretende criar em Santa Maria, nos Açores. “Portugal tem uma visão interessante de como uma agência espacial deve ser diferente do que já existe e este projecto demonstra-o”, afirma Chiara Manfletti.

“Os Açores estão num sítio muito interessante em termos de lançamentos porque podem alcançar-se diferentes órbitas”, aponta Chiara Manfletti. “Também acho que pode contribuir para o desenvolvimento sustentável como o transporte marítimo autónomo, assim como criar núcleos de novas economias nos Açores.”

Como o lançador de Santa Maria será para pequenos satélites, Chiara Manfletti explica que estes microssatélites vão formar constelações que fornecerão dados espaciais – por exemplo – para o clima. “De todas as 50 variáveis essenciais climáticas para observar o clima e analisar o que está a acontecer em termos de aquecimento global, 26 podem ser estudadas a partir do espaço”, destaca. “Podemos observar a subida do nível do mar, a salinidade da água ou outros parâmetros como as concentrações de dióxido de carbono.”

Mesmo assim, Chiara Manfletti reforça que a Portugal Espaço só irá acompanhar o processo de negociação e concretização deste porto espacial. “Não vamos gerir o porto espacial, serão as empresas a fazer isso.” Esta semana começou a segunda fase do concurso público internacional para instalação e operação do porto espacial. Segundo o calendário oficial, os primeiros lançamentos acontecerão em 2021.

E será este um porto espacial competitivo? “Isso será da responsabilidade das empresas [dos consórcios interessados em operar o porto espacial], mas tenho a certeza que o Governo português e o Governo Regional dos Açores irão ajudar no desenvolvimento da sua competitividade”, responde Chiara Manfletti.

Mas os projectos desta recém-agência não ficam por aqui. Chiara Manfletti salienta o desenvolvimento do Centro Internacional de Investigação do Atlântico (AIR Centre) para estudar os oceanos, clima, atmosfera, espaço ou ciência dos dados.

Além disso, pretende-se aumentar a consciencialização da sociedade portuguesa sobre o espaço. “Por um lado, acho que é importante aumentar a consciencialização sobre o que a ciência pode fazer pelas futuras gerações e para o crescimento económico do país. Por outro, queremos aumentar a consciencialização sobre como as infra-estruturas do espaço podem contribuir no dia-a-dia.” Entre as iniciativas pode estar uma sondagem sobre o que os portugueses pensam da importância do espaço.
Chiara Manfletti escreveu:A ideia de ajudar um país a criar uma agência espacial do zero – e um tipo de agência diferente das que já existem hoje – é empolgante
A Portugal Espaço tem uma “forte ligação” com a ESA, indica ainda Chiara Manfletti, adiantando que a agência vai representar Portugal no Conselho da ESA e discutir com a agência europeia as actividades portuguesas.

Segundo Manuel Heitor, a agência portuguesa terá uma “dupla tutela”. “Queremos ter uma agência com interesses nacionais, mas que ao mesmo tempo ajude a criar um hub [ligação] da ESA em Portugal”, explica Manuel Heitor, esclarecendo que o primeiro laboratório da ESA em Portugal ficará nas instalações do AIR Centre na ilha Terceira (Açores) e também será coordenado por Chiara Manfletti. “É uma forma de participarmos mais activamente na ESA e de a ESA ter uma maior presença em Portugal, assim como dar um contributo para modernizar a sua estrutura.”

Uma agência “diferente”

E quais são as prioridades de Chiara Manfletti? “Fazer a agência criteriosa, extremamente dinâmica, consciencializar as pessoas e acelerar o sector do espaço em Portugal”, afirma, acrescentando que é preciso falar com todos os intervenientes desde empresas, a partes interessadas como o Ministério da Defesa até ao público em geral.

Também é determinante perceber que o sector espacial está a mudar e que esta agência terá de ser diferente de outras já criadas. “No passado, uma agência espacial iria decidir o que seria o sector espacial. Mas hoje o que uma agência tem de fazer é perguntar aos utilizadores o que precisam e ser facilitadora e impulsionadora.” Como tal, a presidente da Portugal Espaço refere que se deverá abrir convocatórias para empresas que tenham boas ideias sobre o uso de dados do espaço e para assim se criar serviços e produtos que possam ser usados por outros sectores.

“Não lhes teremos de dizer [às empresas] necessariamente o que devem fazer, elas podem criar as suas opções e trazer ideias. Seremos um intermediário na interligação entre diferentes sectores.” E exemplifica: “O sector dos transportes marítimos, da inteligência artificial e da observação da Terra poderão criar transportes autónomos, uma das grandes áreas do futuro.”

E resume: “Uma agência tradicional actua sobretudo como uma agência. Já uma agência moderna actua como uma agência, um mediador, um facilitador, um intermediário e um impulsionador.” Para a presidente, há assim várias funções a ser desempenhadas desde estímulos ao surgimento de novos negócios até à divulgação científica. “Isto alavanca o financiamento público, mas também estimula investimentos privados e comerciais, ou promove interacções entre diferentes sectores e áreas de investigação do espaço e fora do espaço. É tudo sobre a construção de pontes e conexões.”

A aprender português

Chiara Manfletti tem 39 anos e nasceu em Itália, onde frequentou a Escola Americana de Milão. Tem no seu currículo um mestrado em engenharia aeronáutica no Imperial College de Londres e um doutoramento em propulsão de foguetões na Universidade Técnica de Aachen (Alemanha). Durante mais de 13 anos trabalhou na agência espacial alemã (DLR). Agora é assessora do director-geral da ESA, com sede em Paris. “Quando me perguntam a minha nacionalidade [que é italiana e alemã], é uma questão complicada. Sinto-me em casa na Europa.”

Assume-se como uma fascinada pela exploração espacial. “Gosto de missões científicas que estudam buracos negros e estrelas. E acho fantástico saber mais sobre como foi o Big Bang”, conta. Sobre as missões actuais, destaca a BepiColombo da ESA e da Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial, lançada em Outubro. “Vai estudar Mercúrio e dar-nos mais informações sobre um planeta do nosso sistema solar.”

Mas também a fascina o contributo que as missões espaciais podem ter na sociedade como o desenvolvimento sustentável. “Por exemplo, na Estação Espacial Internacional estamos a fazer crescer plantas em condições adversas com pouca água ou luz solar. Depois serão trazidas para locais da Terra onde há secas”, explica.

“Conseguimos atrair para Portugal uma verdadeira cidadã europeia e uma mulher”, frisa Manuel Heitor, referindo que só conhece mais dois exemplos de mulheres a presidir agências espaciais: Megan Clark, presidente da Agência Espacial Australiana; e Pascale Ehrenfreund, que dirigiu a DLR. Mas, embora assuma que está feliz por contribuir para o equilíbrio entre géneros, Chiara Manfletti relativiza: “Não gosto de dizer que vou alcançar isto ou aquilo porque sou mulher. Gosto mais de pensar que todos os seres humanos podem trazer diversidade.”

Por agora, diz que também vai contribuir para essa diversidade aprendendo português. “É uma língua que soa muito bem”, elogia. E, de certeza, uma língua que ouvirá nos próximos tempos neste seu “grande desafio”, como a própria considera.

https://www.publico.pt/2019/03/22/cienc ... sa-1866397




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Re: Indústria aeroespacial Portuguesa

#45 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Abr 27, 2019 1:20 pm

China vai lançar satélite português “Infante” em 2021

A China vai lançar para o espaço o satélite português “Infante”, com data prevista para 2021, no quadro da sua participação no laboratório tecnológico STARlab, uma parceria luso-chinesa, avançou este sábado um dos parceiros.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da empresa aeroespacial portuguesa Tekever, Ricardo Mendes, adiantou que o envolvimento da China no satélite “Infante” passa pelo seu lançamento e pelo desenvolvimento de alguns sensores.

A colaboração da China na construção e no lançamento do satélite de observação da Terra, “totalmente português”, é feita ao abrigo do STARlab, que resulta de uma parceria entre entidades públicas e privadas portuguesas e chinesas.

A Tekever é um dos parceiros e lidera o consórcio de empresas e universidades responsável pelo desenvolvimento do satélite “Infante”, que irá recolher dados marítimos e da superfície terrestre.

Ricardo Mendes espera que o “Infante”, que tem um custo de cerca de 10 milhões de euros, cofinanciado por fundos europeus, possa ser a antecâmara para o fabrico de novos satélites em Portugal.

Em outubro, o Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), que faz parte do consórcio de construção do satélite, anunciou que o “Infante” será o precursor de outros satélites a lançar até 2025 para observação da Terra e comunicações, com foco em aplicações marítimas.

Direcionado para a produção de pequenos satélites e a observação dos oceanos, o STARlab está em fase de instalação em Portugal.

Para breve, disse o presidente da Tekever, sem precisar prazos, está a criação de um polo de investigação em Matosinhos, no CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, outro dos parceiros portugueses e que tem projetos na área da vigilância marítima e exploração do mar profundo.

O anunciado polo de Peniche do laboratório transitou para as Caldas da Rainha, onde a Tekever tem instalações, adiantou Ricardo Mendes, acrescentando que o STARlab será constituído como uma associação sem fins lucrativos, entre os parceiros públicos chineses e os privados portugueses.

Em novembro, em declarações à Lusa, o ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, afirmou que o STARlab estaria a funcionar em pleno em março deste ano e teria dois polos em Portugal, um em Matosinhos e outro em Peniche.

Para Ricardo Mendes, o que tem demorado mais tempo é a harmonização entre a legislação portuguesa e a chinesa para formalizar a constituição do laboratório.

O STARlab vai candidatar-se a fontes de financiamento nacional, comunitário e chinês, estimando investir, em cinco anos, 50 milhões de euros, montante repartido em partes iguais entre Portugal e China, país que tem crescido no setor da construção e do lançamento de microssatélites.

O laboratório luso-chinês está também envolvido em projetos de robótica subaquática (veículos e sensores) e na produção e no lançamento de uma constelação de pequenos satélites para validar “tecnologias de posicionamento” de satélites no espaço.

O STARlab resulta da colaboração entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia, a Tekever, o CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, do lado português, e a Academia de Ciências Chinesa, através dos institutos de microssatélites e de oceanografia.

De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, o laboratório deverá incentivar a abertura de centros científicos e tecnológicos em Portugal e na China, neste caso em Xangai.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticia ... 021-438195




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