Como ficou a questão do brasileiro no conselho? A Boeing não aceitava, a FAB bateu o pé e disse que o negócio não sairia sem isso, o governo disse que poderia abrir mão, só esse fato já mostra que pelo menos para a Boeing, bom para o Brasil não vai ser. E como ficou a questão da verticalização? A própria Boeing já disse inúmeras vezes que tem que verticalizar sua produção para aumentar a lucratividade, e que a compra da Embraer vem justamente para ajudar nesse processo, os americanos vão usar componentes brasileiros? Vão manter a fabrica no Brasil? Os engenheiros no Brasil? Eles mesmos estão em processo de centralização de produção. O governo americano vai acetar com um sorriso no rosto que a Boeing fabrique fora para vender dentro dos EUA?Cassio escreveu: ↑Qua Set 19, 2018 6:00 pm Criticar ou elogiar sem saber os termos do acordo... Tô fora!
E olha que estou lá dentro... e já ouvindo falar de umas coisinhas a mais... nem assim estou em posição de elogiar ou criticar. As coisas precisam ficar mais claras. O que mais tem pela internet são opiniões alarmistas, e sem o menor lastro em fatos e dados.
Quanto ao controle de 80% do JV... e daí, isso não impede do negócio ser bom para o país.
Não se trata de ser alarmista, se trata de ser realista e levar em conta o que a própria Boeing diz, alias, quem defende o acordo não leva em conta se ele vai ser bom ou não para o país, o argumento e sempre "sem isso a embraer vai acabar", "a embraer não é uma empresa brasileira", "a embraer é uma empresa privada e não deve nada ao Brasil" e coisas do tipo. A própria Boeing desde o começo disse que a sua intenção era levar 100% da empresa, além da aviação comercial eles levaram o KC, o A29 já é produzido nos EUA, assim como os Phenom, Sobra o que para o Brasil? Além que as ações, desde o anuncio da absorção da Embraer estão indo ladeira abaixo, com contestação na justiça, violação do estatuto e tudo. A pressa do governo Temer quem fechar o acordo também vai acabar sendo questionada, até porque essa pressa não se justifica. É bem possível que esse acordo não saia do papel.