Se formos pensar em navios de patrulha armados como corvetas ou fragatas o custo deles com certeza não compensará o investimento.
Na patrulha naval precisamos de quantidades expressivas, e a muito baixo custo. Um navio de 1000 toneladas como o projeto
oferecido pelo Inace há tempos atrás ajudaria a equalizar essa questão.
Claro, dependendo das escolhas feitas, um navio como esse pode ser construído preparado para receber alguns sistemas adicionais quando necessário, a fim de complementar a ação da esquadra.
Existem sistemas de armas que podem ser desenvolvidos aqui mesmo e ajustados a este tipo de navios, sem contudo encarecer seu custo, principal objetivo de sua adoção e existir.
Como padrão, um Bofors 40 Mk 4 na proa, dois canhões de 20mm mais Corced já está bom. Afinal são patrulhas e não navios de guerra.
Podem ser complementados por sistemas compactos de mísseis AAe na categoria Shorad como o próprio RBS-70, ou mesmo uma versão do A-Dater montado em um lançador horizontal. Mísseis anti-navio poderiam ser da categoria leve, o que não demandaria alterações na estrutura do navio na hora de embarcar os mesmos, como por exemplo o Spike NLOS da Rafael.
A Avibrás chegou a oferecer nos anos 1990's o FOG-MPM como opção para o que viria a ser a Barroso.
Talvez a adoção de um míssil que fosse multi emprego seria mais adequado, sendo grande o suficiente para causar algum estrago em outras embarcações e pequeno o suficiente para ser ágil e manobrar para interceptação de helos, vants e aeronaves.
O Caburé 300 seria uma opção interessante, dado o alcance e o tamanho do míssil. As aplicações poderiam ser várias também.
Enfim, alternativas não faltam.
Meu maior interesse nos navios de patrulha que venhamos a dispor, seja qual tonelagem for, é que eles podem nos dar a massa de manobra necessária para desenvolver e manter quase todos os sistemas embarcados que a MB vem pesquisando hoje. Cada sistema precisa ter break even de mercado que possibilite a sua sustentação econômica, industrial e comercial. Sem isso fica difícil desenvolver qualquer coisa por aqui.
Radares, sistemas eletro-eletrõnicos, optrõnicos, armas... são milhares de itens que fazem parte da construção de um navio que fomentam toda uma cadeia de produção ao seu redor, e que precisam de longevidade e regularidade para se manter.
No momento, os projetos de navios de patrulha que hora dispomos de 200 a 2000 toneladas podem ser a solução mais econômica e suscetível a fim de garantir a BID, a industria naval e os projetos tecnológicos da MB.
Falta só combinar direitinho com os pessoal que assina o cheque.
abs