A casa imperial brasileira, única reconhecida internacionalmente, é do Ramo das Vassouras. O Ramo de Petrópolis renunciou legitimamente os direitos ao trono.Rurst escreveu: Sex Set 14, 2018 12:21 am A mídia foi em cima dele e confirmou que é oficialmente príncipe, reconhecido nacionalmente e internacionalmente.
Goste ou não, essa é a verdade.
No futuro governo Bolsonaro saberemos o que vai rolar de fato.
Dentro do Ramo das Vassouras, o Dom Luiz de Orleans e Bragança (o chefe da Casa Imperial, "Imperador de Jure") proibiu expressamente que os membros da monarquia se envolvam com partidos políticos, que fundem partidos ou que manifestem interesse em concorrer a um cargo.
Seguem as duas principais notas do "Imperador de Jure" sobre o assunto:
Não sou monarquista, mas quem deseja ser monarquista tem que buscar a ordem e hierarquia. Se for para virar bagunça é melhor ficar na bacanal da República mesmo.Comunicado de 29.08.2013
COMUNICADO
DOM LUIZ DESACONSELHA FORMAÇÃO DE PARTIDO
PRÓ MONARQUIA comunica que o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil — e com ele seus irmãos e imediatos sucessores dinásticos Dom Bertrand e Dom Antônio — não promove, e nem mesmo apoia, a formação de um partido político monarquista. Pelo contrário, tendo sido consultado recentemente a respeito, manifestou Sua Alteza, expressamente, em coerência com inalterável posição mantida pela Chefia da Casa Imperial ao longo de muitas décadas, sua não aprovação a tal iniciativa. O movimento monárquico deve ser, necessariamente, suprapartidário. Alerta assim aos monarquistas para que se acautelem em relação àqueles que insistem em desconsiderar essa orientação serena, prudente e despojada de interesses materiais, e ao mesmo tempo insinuam uma anuência com a qual não contam.
São Paulo, 29 de agosto de 2013
Pró Monarquia José Guilherme Beccari Presidente do Conselho de Administração
Comunicado de 03.09.2013
COMUNICADO
PORQUE NÃO APOIAR A CRIAÇÃO DE UM PARTIDO MONARQUISTA
A monarquia é necessariamente suprapartidária. Deve se sobrepor ao embate político.
O monarca é o símbolo vivo da nação, que abarca todos os súditos, e a encarnação das virtudes de seu povo. Assim foi D. Pedro II.
Veja-se o exitoso caso da Inglaterra em que encontramos o "governo de S. Majestade" e a "leal oposição de S. Majestade".
Todos fazem questão de se identificar com o soberano na condução do bem comum.
O Brasil não é diferente.
No plebiscito de 1993, apesar do evidente boicote à propaganda da monarquia, 13% dos votos válidos, independentemente de sua orientação partidária, foram pela sua restauração.
Embora o Imperador possa e, em alguns casos, até deva se posicionar sobre questões políticas e sociais mais importantes para o seu povo, seus pronunciamentos sempre pairam acima da contenda partidária.
[...]
São Paulo, 3 de setembro de 2013
Pró Monarquia
José Guilherme Beccari
Presidente do Conselho de Administração
Fontes: http://www.monarquia.org.br/comunicados.html
Se o cara deseja ser chamado de Príncipe ele no mínimo deve obedecer a ordem de quem é o herdeiro legítimo, mais velho e anterior na linha sucessória. Se não o fizer é só mais um promovendo a bagunça que se tornou o Brasil.
E no entanto o Império enfrentou 3 conflitos externos: contra Portugal na independência, contra a Argentina na independência do Uruguai e e contra o Paraguai na Tríplice Aliança. Além disso enfrentou 6 Revoltas Provinciais: a Farroupilha, a Confederação do Equador, a Cabanagem, a Sabinada, a Balaiada e a Revolta dos Malês (pasmem, essa última uma revolução muçulmana no Brasil imperial). No entanto o Poder central se manteve intacto e foi responsável por manter a unidade territorial. Não preciso nem lembrar que o herói do exército é o Duque de Caxias, e o espadim da AMAN é um réplica do seu Sabre Invencível com o qual esmagou a maioria dos adversários nesses conflito. Em 81 anos de império nunca houve rompimento da ordem constitucional, até obviamente a proclamação da República.Bourne escreveu: Sex Set 14, 2018 10:30 am Não sei da onde saiu que o Império foi maravilho e progressista. A história econômica, ciência política e direito dizem ao contrário. Dois pontos.
Na economia ficou estagnada. O governo fazia de tudo para cobrar impostos e evitar a modernização como "a lei dos entraves". Montar bancos, empresas no Brasil era virtualmente impossível. esse é considerado um dos grandes entraves que estagnou a renda per capita e criou o abismo com os EUA. Não legalizou os posseiros que eram os pequenos proprietários de terra em nome dos grandes fazendeiros e escravagistas. A política cambial e de dificultar investimentos entravou o desenvolvimento do interior e empobreceu o Nordeste. O Império nunca gostou de industria e investimentos privado. Os investimentos em São Paulo, de empresário como maua era protegidos pelos governos locais e interesses locais que bancavam o governo imperial.
Na política, o constituição foi autoritária e baseada na manutenção do antigo regime europeu com a visão da desigualdade como natural. O poder moderador era uma aberração para época porque permitia ao Imperador se meter em tudo, assim como o fazia, centralizar o poder e escolher seus queridos. Agravado pelo fato de não ter contrapesos como existia na Europa em que a nobreza e fidalgos devido a tradição forçavam o imperador ou rei se encaixar na lei. Só começou a ceder com a pressão do movimento republicano e regionalista após a guerra do Paraguai. Quando os fazendeiros, industriais, forças armadas e justiça, classes urbanas letradas começaram a exigir mudanças e incorporar a visão iluminista de iguais. E desencadeou o movimento declaração da república e reorganização federativa.
O Império foi responsável por desarticular a capacidade das vilas e regiões se organizarem autonomamente para resolver seus problemas, ofertar bens públicos e incentivar a atividade econômica local. Apesar de muita insistência local para manter os costumes, legislação e direitos que ganham força em 1870/1880. Tanto que terão negros eleitos em 1930, pressão abolicionista muito forte em São Paulo, reformas aprovada a força para organizar o sistema financeiro e bancário, investimento em infraestrutura e industrias, convênios para atração de imigrantes europeus. E também buscou manter como projeto a "pátria iletrada". No fim do século XIX o Brasil era de analfabetos e as universidades só vieram no começo do Século XX. Um atraso gigante mesmo em relação ao Chile e Argentina.
A herança do império foi instituições autoritárias e centralizadas, estagnação e atraso econômico. Por exemplo, a renda per capita era 700 dólares estável ao longo do século XIX. Já os EUA começaram com 700 e explodiram para 4 mil dólares no fim do século XIX.
Por sua vez, a República enfrentou: 2 conflitos externos (I e II GM), 1 intentona Comunista, 1 Revolução estadual (a paulista), e 1 Guerrilha (a do Araguaia). Ou seja, bem menos conflitos/revoltas internas ou externas. Mas em 90 anos tivemos 6 constituições (portanto, 6 rompimentos com a ordem interna) e só 5 presidentes complementaram o mandato. (Fonte: https://super.abril.com.br/historia/so- ... s-90-anos/)
Disso tudo eu concluo e não canso de repetir: sou de esquerda, não sou monarquista, mas é inegável que a República é um caos. Nunca tivemos na República mais do que 20 anos de estabilidade.