Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.
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Lord Nauta
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#721
Mensagem
por Lord Nauta » Qui Ago 09, 2018 2:20 am
Marcelo Ponciano escreveu: Qua Ago 08, 2018 6:22 pm
Lord Nauta escreveu: Qua Ago 08, 2018 3:02 pm
Total: USD 13,157 bilhões ou R$ 49,470 bilhões, pelo cambio de hoje dia 8/8/18, para obter e operar um único navio. O investimento em valores de hoje sem contar a inflação futura seria de R$ 1,236 bilhões/ano durante 40 anos, para apenas um navio.
Neste exercício falta ainda os custos de obtenção, manutenção e operação das aeronaves do GAE e os relacionados ao grupo de escoltas/apoio do NAe,
O BRASIL TEM ESTA CAPACIDADE E A POPULAÇÃO COMPREENDERIA ESTE INVESTIMENTO?
Compra Chino que sai 10% do preço
O problema é saber se funciona!!!
Brincadeiras à parte, tenho por mim que tudo fica mais caro com a tal da transferência de tecnologia. O a MB quer que se construa aqui, com a industria absorvendo a tecnologia dos equipamentos aqui. Esse é o cenário ideal, mas o prosub tem mostrado que não é bem assim. Em uma série de matérias do Poder Naval foi mostrada a dificuldade de transferir tecnologia para a indústria local. Ora são tecnologias da época do Tupi/Tikuna morreram porque as empresas fecharam. Ora as empresas estrangerias privadas estrangerias simplesmente não querem dividir segredos industriais com as empresas privadas brasileiras, que foi o caso do motor elétrico do Riachuelo e das baterias.
A verdade é que se a indústria civil brasileira tem dificuldade de se manter com as sucessivas crises dos últimos anos imagine a indústria militar.
Por mim, depois que a China fizer seus NAes CATOBAR e a gente ver o trem funcionando pra valer, lá por volta de 2025, o Brasil podia encomendar pelo menos um. Sem essa besteira de transferência de tecnologia para a indústria local. Basta enviar engenheiros dos quadros da MB para aprenderem como fazer. Se vier a dar defeito eles vão saber qual peça substituir e como fazer ela. Seria uma transferência de tecnologia pobre, mas efetiva.
Fazer na China nesses moldes sairia mais barato, seja pelo custo da mão de e obra, seja pelo custo na cadeia de todos os insumos necessários para a construção (aposto como o aço saído daqui e enviado para a China sai mais barato que o aço feito aqui e enviado para um estaleiro brasileiro), seja porque vai abrir mão da besteria de pagar caro para transferir tecnologia para uma indústria que não consegue parar em pé nem no seu braço civil.
Tudo isso vale não só para NAes, mas para PH, Fragatas, navios e apoio logístico e etc. Claro que os armamentos e sensores seriam ocidentais. Ou faz isso ou a MB vai depender o resto da vida de usados do Reino Unido e nunca vai ser uma marinha de verdade.
Prezado Colega, saudações.
No exercício realizado não foi considerada a construção do NAe no Brasil mas em estaleiro no exterior, não ocorreu este preciosismo quanto a ser nacional e ter as tais de TOT's. O colega deve ter verificado que o custo de obtenção e apenas 38% do custo total do ciclo de vida do navio.O exercício teve como objetivo demonstrar que a posse de NAe e para país serio e de expressão geopolítica e não para um Brasil que e arremedo de nação e parece que quer ficar na periferia do mundo para sempre. Devemos orar muito pela continuação do PROSUB, que esta em curso por mérito de gerações de Chefes Navais comprometidos com a construção de um Brasil melhor, que infelizmente não encontra eco junto a maioria da sociedade amorfa dirigida por uma elite de baixíssimo nível intelectual, ético e moral.
Por outro lado esta presunção que na China tudo relacionado a defesa e baratinho não e bem verdade. O que e baratinho e a mão de obra (quase escrava) agora equipamentos/materiais acompanham as variações de moedas internacionais.
Sds
Lord Nauta
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Lord Nauta
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#722
Mensagem
por Lord Nauta » Qui Ago 09, 2018 2:20 am
Marcelo Ponciano escreveu: Qua Ago 08, 2018 6:22 pm
Lord Nauta escreveu: Qua Ago 08, 2018 3:02 pm
Total: USD 13,157 bilhões ou R$ 49,470 bilhões, pelo cambio de hoje dia 8/8/18, para obter e operar um único navio. O investimento em valores de hoje sem contar a inflação futura seria de R$ 1,236 bilhões/ano durante 40 anos, para apenas um navio.
Neste exercício falta ainda os custos de obtenção, manutenção e operação das aeronaves do GAE e os relacionados ao grupo de escoltas/apoio do NAe,
O BRASIL TEM ESTA CAPACIDADE E A POPULAÇÃO COMPREENDERIA ESTE INVESTIMENTO?
Compra Chino que sai 10% do preço
O problema é saber se funciona!!!
Brincadeiras à parte, tenho por mim que tudo fica mais caro com a tal da transferência de tecnologia. O a MB quer que se construa aqui, com a industria absorvendo a tecnologia dos equipamentos aqui. Esse é o cenário ideal, mas o prosub tem mostrado que não é bem assim. Em uma série de matérias do Poder Naval foi mostrada a dificuldade de transferir tecnologia para a indústria local. Ora são tecnologias da época do Tupi/Tikuna morreram porque as empresas fecharam. Ora as empresas estrangerias privadas estrangerias simplesmente não querem dividir segredos industriais com as empresas privadas brasileiras, que foi o caso do motor elétrico do Riachuelo e das baterias.
A verdade é que se a indústria civil brasileira tem dificuldade de se manter com as sucessivas crises dos últimos anos imagine a indústria militar.
Por mim, depois que a China fizer seus NAes CATOBAR e a gente ver o trem funcionando pra valer, lá por volta de 2025, o Brasil podia encomendar pelo menos um. Sem essa besteira de transferência de tecnologia para a indústria local. Basta enviar engenheiros dos quadros da MB para aprenderem como fazer. Se vier a dar defeito eles vão saber qual peça substituir e como fazer ela. Seria uma transferência de tecnologia pobre, mas efetiva.
Fazer na China nesses moldes sairia mais barato, seja pelo custo da mão de e obra, seja pelo custo na cadeia de todos os insumos necessários para a construção (aposto como o aço saído daqui e enviado para a China sai mais barato que o aço feito aqui e enviado para um estaleiro brasileiro), seja porque vai abrir mão da besteria de pagar caro para transferir tecnologia para uma indústria que não consegue parar em pé nem no seu braço civil.
Tudo isso vale não só para NAes, mas para PH, Fragatas, navios e apoio logístico e etc. Claro que os armamentos e sensores seriam ocidentais. Ou faz isso ou a MB vai depender o resto da vida de usados do Reino Unido e nunca vai ser uma marinha de verdade.
Prezado Colega, saudações.
No exercício realizado não foi considerada a construção do NAe no Brasil mas em estaleiro no exterior, não ocorreu este preciosismo quanto a ser nacional e ter as tais de TOT's. O colega deve ter verificado que o custo de obtenção e apenas 38% do custo total do ciclo de vida do navio.O exercício teve como objetivo demonstrar que a posse de NAe e para país serio e de expressão geopolítica e não para um Brasil que e arremedo de nação e parece que quer ficar na periferia do mundo para sempre. Devemos orar muito pela continuação do PROSUB, que esta em curso por mérito de gerações de Chefes Navais comprometidos com a construção de um Brasil melhor, que infelizmente não encontra eco junto a maioria da sociedade amorfa dirigida por uma elite de baixíssimo nível intelectual, ético e moral.
Por outro lado esta presunção que na China tudo relacionado a defesa e baratinho não e bem verdade. O que e baratinho e a mão de obra (quase escrava) agora equipamentos/materiais acompanham as variações de moedas internacionais.
Sds
Lord Nauta
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saullo
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#725
Mensagem
por saullo » Sáb Ago 25, 2018 3:28 pm
O que é aquele equipamento dobrável posicionado após o guindaste a ré da superestrutura ? Se parece com duas camas box uma sobre a outra.
É algum tipo de rampa ?
Abraços
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#726
Mensagem
por arcanjo » Sáb Ago 25, 2018 5:37 pm
saullo escreveu: Sáb Ago 25, 2018 3:28 pm
O que é aquele equipamento dobrável posicionado após o guindaste a ré da superestrutura ? Se parece com duas camas box uma sobre a outra.
É algum tipo de rampa ?
Abraços
É um pier ou atracadouro dobrável que é colocado na água, para apoio da rampa da popa do Atlântico, conhecido como
Stern Ramp Support Pontoon.
Veja como funciona.
abs.
arcanjo
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FIGHTERCOM
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#729
Mensagem
por FIGHTERCOM » Seg Ago 27, 2018 11:58 am
Uma nova era se inicia na MB. Uma era mais pé no chão!
Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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FCarvalho
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#730
Mensagem
por FCarvalho » Seg Ago 27, 2018 7:39 pm
Tomara. Para um navio que praticamente chegou sem escolta nenhuma ao país.
Bem vindo a realidade sudamericana.
abs
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Lord Nauta
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#732
Mensagem
por Lord Nauta » Ter Ago 28, 2018 3:37 am
FCarvalho escreveu: Seg Ago 27, 2018 7:39 pm
Tomara. Para um navio que praticamente chegou sem escolta nenhuma ao país.
Bem vindo a realidade sudamericana.
abs
Prezado colega,
O navio veio se escolta porque no momento não existe nenhuma crise internacional na área do Atlântico. Eu já vi CVN da US NAVY sendo transferido do Atlântico para o Pacifico com 1/10 das aeronaves do GAE e sem escolta.
Sds
Lord Nauta
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FCarvalho
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#734
Mensagem
por FCarvalho » Ter Ago 28, 2018 9:49 am
Lord Nauta escreveu: Ter Ago 28, 2018 3:37 am
FCarvalho escreveu: Seg Ago 27, 2018 7:39 pm
Tomara. Para um navio que praticamente chegou sem escolta nenhuma ao país.
Bem vindo a realidade sudamericana.
abs
Prezado colega,
O navio veio se escolta porque no momento não existe nenhuma crise internacional na área do Atlântico. Eu já vi CVN da US NAVY sendo transferido do Atlântico para o Pacifico com 1/10 das aeronaves do GAE e sem escolta.
Sds
Lord Nauta
Mas nunca viste um Nae da US navy andando por aí sozinho. Mesmo em simples transferências de base.
Navios capitais nunca andam sós, com ou sem crise.
Mas no nosso caso a crise existe e está instalada há tempos. E é justamente termos uma Marinha que compra navios que não tem como escoltar. Até porque não tem navios pra isso.
Abs
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gabriel219
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#735
Mensagem
por gabriel219 » Ter Ago 28, 2018 11:10 am
Ora, bastaria a MB ser mais pragmática e ter adquirido os navios que foram pro Chile e não sonhar com PROSUPER.
A MB está como está por culpa dela mesma!