Estava assistindo ontem, pela trocentésima vez - simplesmente não consigo passar um só semestre inteiro sem fazer isso - O Poderoso Chefão (The Godfather) 1 e 2. São filmes já antigos mas tão fantásticos que não tem como imaginar qual ator na atualidade conseguiria representar o D. Corleone com sequer uma pontinha da credibilidade que o imortal Marlon Brando (que nem tinha origem Italiana) dá ao personagem na versão idosa ou, no 2, um jovem astro, então em ascensão, chamado Robert de Niro o faz na versão do passado. Ou um Michael Corleone melhor que o representado por Al Pacino, com aquela capacidade de passar instantaneamente de um sujeito bem frio a altamente passional e logo em seguida voltar à frieza e aquele jeito de quem está sempre pronto a cometer ou ordenar as piores atrocidades sem dar a mínima. Duvido que USD 100M ou 500 milhões ou mesmo mais em efeitos especiais possam replicar o extremo choque que a cena do assassinato de Santino (James Caan, outro não-Italiano, Judeu na verdade, mas perfeito para o papel), com toda aquela brutalidade e crueza, provocou em gente que nem eu, assistindo na platéia do cinema. Notar, quem leu os originais de Mario Puzo sabe que sobrou muita coisa por filmar, e isso que eles duram mais de três horas cada. Mas tentem fazer uma série baseada nisso, vai ter um balaio de Prepe dizendo que é a oitava maravilha mas vai ter outro de Túlio berrando HERESIA, HERESIA!
If isn't broken, don't fix it.
Não entendo este século, ao menos na parte referente a filmes e séries: onde foi parar a criatividade? Estamos no século XXI, vamos escrever e filmar histórias do século XXI ao invés de tentar recauchutar o que já era excepcional desde o século XX e continua sendo, POWS!!!