AVIBRAS

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: AVIBRAS

#2311 Mensagem por gabriel219 » Dom Jul 08, 2018 1:37 pm

Mas se há uma opção melhor porque descartar?

Segundo o que li sobre o M777ER, não houveram grande modificações. Aliás dos protótipos há M777A2 modificado, apenas extenderam o tubo do mesmo.

O preço não deve ser tão diferente do M777A2, vide a Índia estar interessada mesmo com os FH-77B adquiridos.

Não acho ser redundância somente pro alcance, pois o Astros contará com foguetes até 90 km e um míssil de alcance 300 km - que não tem 300 km -, fora que também poderia contar com foguete guiado de 150 km e FOG-MMP com 60 km. É uma artilharia á nível de Exército, enquanto o M777ER seria Divisional (ou Brigada como Art AP).




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Re: AVIBRAS

#2312 Mensagem por FCarvalho » Dom Jul 08, 2018 1:54 pm

Gabriel, a Denel oferece hoje o T-5/52 como obuseiro AP sobre rodas e lagarta. O sistema todo não pesa 13 toneladas, este é o peso do obuseiro G-5 AR completo.

Dá mesma forma o AH-4 pesa cerca de 4,5 toneladas AR, com versão de 3,5 ton sendo proposta. A versão AP dele com certeza deve pesar menos do que isso.

Qualquer um deles pode ser adaptado ao chassi do Avibras sem problemas, pois já possuem versões próprias AP, não acrescentando peso demasiado ao veículo. O problema central para a Avibras é o custo de cada proposta, já que ambos obuseiros atendem aos requisitos atuais da artilharia pesada do EB. Isso também serve para o M 777 em qualquer versão.

Do meu ponto de vista, a melhor proposta para a Avibras será aquela que conseguir aliar custo aceitável ao orçamento do EB e melhor desempenho. E se rolar padronização com a art AR, melhor ainda.

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Re: AVIBRAS

#2313 Mensagem por FCarvalho » Dom Jul 08, 2018 2:04 pm

Túlio escreveu: Dom Jul 08, 2018 10:55 am Assim, unindo um chassis leve a uma Pç igualmente leve, apenas sugeri uma solução simples e interessante. Mas isso leva tempo para desenvolver, no que os protótipos começarem a ser testados é provável que apareça gente interessada, então bastaria o EB encomendar a Pç (pois alguma vai ter que encomendar e nada do que se tem hoje serve), mesmo que em pequenos lotes, que o risco de vender pelo menos a quem já opera o Astros seria bem grande, IMHO...[/Justificar]
Apesar de na minha opinião o conjunto T-5/52 e G-5/52 se a melhor relação custo X benefício, levando em conta seu argumento - e a nossa paupérrima realidade - eu entendo que o AH-4 chinês seria a melhor opção para a atual organização da artilharia de campanha do EB, e de um obuseiro AP sobre o chassi Astros. Pelo simples fato de que ele pode ser oferecido por um custo que só poderia ser batido por obuseiros usados via FMS, como os M-198 que hora vamos receber praticamente doados, apenas com custo de manutenção e atualização mais transporte.

Infelizmente essa opção vinda da China jamais será aceita pelo EB. Então é esperar e pagar caro por qualquer outra proposta que não seja do lado negro da força.

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Re: AVIBRAS

#2314 Mensagem por gabriel219 » Dom Jul 08, 2018 2:21 pm

FCarvalho escreveu: Dom Jul 08, 2018 1:54 pm Gabriel, a Denel oferece hoje o T-5/52 como obuseiro AP sobre rodas e lagarta. O sistema todo não pesa 13 toneladas, este é o peso do obuseiro G-5 AR completo.

Dá mesma forma o AH-4 pesa cerca de 4,5 toneladas AR, com versão de 3,5 ton sendo proposta. A versão AP dele com certeza deve pesar menos do que isso.

Qualquer um deles pode ser adaptado ao chassi do Avibras sem problemas, pois já possuem versões próprias AP, não acrescentando peso demasiado ao veículo. O problema central para a Avibras é o custo de cada proposta, já que ambos obuseiros atendem aos requisitos atuais da artilharia pesada do EB. Isso também serve para o M 777 em qualquer versão.

Do meu ponto de vista, a melhor proposta para a Avibras será aquela que conseguir aliar custo aceitável ao orçamento do EB e melhor desempenho. E se rolar padronização com a art AR, melhor ainda.

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Flávio, está enganado, o T5-52 pesa 28 toneladas: http://www.military-today.com/artillery/t5_52.htm

Mesmo se fosse mais leve, é MUITO alto, possui 3,48 metros enquanto o limite do KC-390 é de 2,9 metros.

Outra coisa, a Denel não sugeriu que o T5-52 está integrado a qualquer munição inteligente, somente falando do V-LAP que é somente uma munição não-guiada.

Outra desvantagem é o sistema ter alcance inferior ao M777ER, são 55 km contra 70 km. Não é pouca coisa, mesmo que utilizem munição convencional, são 40 km do M777ER contra 30 km do T5-52.

Mesmo que o M777ER - e M777A2 - seja mais cara, estamos falando na vantagem de poder utilizar munições inteligentes, ter um alcance BEM maior e ser bem mais leve que o G5, aumentando a simplicidade logística e a manutenção.

Não há nada em que favoreça o G5 ao invés do M777ER se não o custo e isso ainda é uma incógnita, pois não há preços disponíveis de ambos para comparativo.




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Re: AVIBRAS

#2315 Mensagem por FCarvalho » Dom Jul 08, 2018 2:31 pm

Gabriel, as 28 toneladas se referem ao conjunto veículo + obuseiro.
Existe uma versão dele sobre um chassi Tatra 8x8, o que mostra a possibilidade de adequação do modelo ao caminhão da Avibras.
É questão de adaptação. Se for possível colocar ele no Tectran 6x6 e manter peso e altura dentro dos requisitos do EB, então tá valendo. Mas isso só quem pode dizer são os engenheiros da Avibras.
Quanto ao alcance e munições, eu creio ser um item relevante, mas não decisivo. Não conheço a fundo os tipos, mas, em se tratando de uma peça nova, há de se presumir que seja possível a adoção de munição inteligente.
Quanto a custo, eu penso que tirando o material chinês, cujos preços são sempre artificiais e longe de qualquer parâmetro real de comércio internacional, tudo vai sair caro pra nós.
Mas como no caso do ARV, também aqui o que vale é colocar o carro na frente dos bois. Antes que eles sejam atropelados por alguém.

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Re: AVIBRAS

#2316 Mensagem por gabriel219 » Dom Jul 08, 2018 2:55 pm

FCarvalho escreveu: Dom Jul 08, 2018 2:31 pm Gabriel, as 28 toneladas se referem ao conjunto veículo + obuseiro.
Existe uma versão dele sobre um chassi Tatra 8x8, o que mostra a possibilidade de adequação do modelo ao caminhão da Avibras.
É questão de adaptação. Se for possível colocar ele no Tectran 6x6 e manter peso e altura dentro dos requisitos do EB, então tá valendo. Mas isso só quem pode dizer são os engenheiros da Avibras.
Quanto ao alcance e munições, eu creio ser um item relevante, mas não decisivo. Não conheço a fundo os tipos, mas, em se tratando de uma peça nova, há de se presumir que seja possível a adoção de munição inteligente.
Quanto a custo, eu penso que tirando o material chinês, cujos preços são sempre artificiais e longe de qualquer parâmetro real de comércio internacional, tudo vai sair caro pra nós.
Mas como no caso do ARV, também aqui o que vale é colocar o carro na frente dos bois. Antes que eles sejam atropelados por alguém.

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Flávio, a impressão que tenho é que não está lento atentamente ou está ignorando dados.

O T5-52 tem 3,48 metros de altura, isso não vai ser reduzido há 2,9 metros só porque você quer. A altura dos chassis da Tatra são os mesmos. Pra fazer isso ai caber num KC-390 vai custar ainda mais, pois teria que modificar o tubo pra ser retrátio ou "entrar" na cabine do Mk6 igual o CAESAR.

Você é generoso na adaptação de um obus de 13 toneladas e fala em complicações de adaptar outro de 4,9 tons. É IMPOSSÍVEL um obus de 13 tons ser mais fácil e barato de integrar que outro de 4,9 tons, mesmo ignorando o reparo, deixando somente o canhão, é mais que o dobro de peso.

Eu sinceramente não consigo entender como advoga pra um obus MUITO mais pesado, MUITO mais complexo, que não dispara munição inteligente e ainda tem alcance inferior ao M777.

Não há nenhum dado que der vantagem ao G5 e se tiver, por favor coloque.

Se falasse do FH77B ou mesmo um AH-4 de 52/55 calibres eu entenderia, mas aquele mastordonte do G5 ser mais fácil que o M777 é sodas.

Aliás o G5 só é usado por 4 países e NEM se quer olharam pro T5. Agora veja as exportações do M777.




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Re: AVIBRAS

#2317 Mensagem por FCarvalho » Dom Jul 08, 2018 8:45 pm

Olá Gabriel.

Na minha opinião pessoal, esqueceria essa bobagem de colocar obuseiro AP-SR em KC390. A não ser que o EB resolva comprar algo como C-17, IL-76 ou Y-20. Mas isso nem a FAB advoga fazer, mesmo sendo um ativo necessário a nossa capacidade de transporte aéreo militar a meu ver.
Portanto, sem considerar a questão dimensão e peso, o T-5/52 pode ser uma opção elegível para a plataforma da Avibras, assim como os demais sistemas análogos existentes no mercado. Aliás, a maior parte dos modelos oferecidos não cabe no KC390 sem modificação significativa.
E como estes obuseiros serão destinados essencialmente as unidades de inf mec - não são undes leves - nada justifica essa imposição.
Mas esse sou eu pensando alto.

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Re: AVIBRAS

#2318 Mensagem por gabriel219 » Dom Jul 08, 2018 9:07 pm

Carvalho, não é bobagem.

Brigada de Infantaria Mecanizada já nasceu com a possibilidade de movimentação estratégica e ser aerotransportável por cargueiros médios é um pré-requisito fundamental.

Foi o mesmo argumento que usei sobre colocar RCB nas Bda Inf Mec, já que os Btl's todos possuem viaturas capazes de serem aerotransportadas e o RCB não, deixando o resto da Brigada sem seu principal elemento de choque. Na época advoguei - e ainda advogo - por um RCC-SR ou RCM equipado com o VBR Guarani (na verdade Centauro B1 com projeto modernizado e fabricado no Brasil, com peso variando entre 24-26 tons vazio, com canhão 105 mm/120 mm respectivamente), fazendo com que esse Regimento possa ser aerotransportado por cargueiro médio assim como o resto da Brigada.

Se contar o GAC não é diferente, pois o apoio da artilharia é imprecindível para o sucesso da FT, ainda mais quando se enfrenta posições defensivas inimigas fortificadas ou necessita de fogo de saturação para uma investida ou retirada.

Se esse GACAp não contar com uma viatura capaz de ser aerotransportada, assim como o resto da Bda Inf Mec, a OM ficará sem seu principal meio de apoio de fogo, contando, no máximo, com AR que não possuem nem de longe a eficiência de AP para apoiar Brigadas Móveis.

Se a maior parte dos modelos do mundo não cabe np KC-390 é indiferente, não interessa a nós! O que interessa sim é que o obus AP, desenvolvido sob nossos requisitos, seja sim aerotransportado, coisa impossível de se fazer com o T5-52.




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Re: AVIBRAS

#2319 Mensagem por FCarvalho » Dom Jul 08, 2018 11:30 pm

Uma bgda inf mec é uma OM grande e pesada demais para ser aerotransportada. A não ser que se tenha a mesma capacidade ou próxima de uma US Air Force. Russos e chineses também podem se dar esse "luxo" pelas aeronaves que possuem. Nós, apenas com KC390 é no mínimo um equívoco ou análise de realidade bem fora da mesma.

Primeiro que não teremos aeronaves suficientes. E segundo, que existem prioridades no caso de necessidade em um conflito qualquer.

A FAB antes de mais nada terá de dar conta das FAR-E do exército, e secundariamente do CFN. Tudo isso em nível bgda. Dentro desse aspecto e paralelo também atenderá suas próprias demandas em apoio às suas estruturas de combate e logística. Além disso a manutenção das linhas de apoio logística as demais forças. Tudo isso demandará um esforço muito grande da frota de KC390, que não necessariamente estará disponível na íntegra. O que sobra então para transportar uma bgda inf mec inteira e seus mais de cem veículos bldos?

Quanto tempo achas levaria para tirar uma bgda dessas do sudeste do país para qualquer outro ponto? Dias ou semanas? Vale a pena? Eu creio que não, pois até toda a bgda chegar e estar completa e pronta para emprego o conflito já pode ter sido decidido.

Se a FAB chegar a operar um dia aeronaves pesadas militares, até acho interessante a ideia de undes mecanizadas serem aerotransportadas. Mas a permanecer o atual planejamento, com muita sorte vamos conseguir dar conta do que já temos aí em termos de tropas leves.

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Re: AVIBRAS

#2320 Mensagem por gabriel219 » Seg Jul 09, 2018 12:09 am

FCarvalho escreveu: Dom Jul 08, 2018 11:30 pm Uma bgda inf mec é uma OM grande e pesada demais para ser aerotransportada. A não ser que se tenha a mesma capacidade ou próxima de uma US Air Force. Russos e chineses também podem se dar esse "luxo" pelas aeronaves que possuem. Nós, apenas com KC390 é no mínimo um equívoco ou análise de realidade bem fora da mesma.

Primeiro que não teremos aeronaves suficientes. E segundo, que existem prioridades no caso de necessidade em um conflito qualquer.

A FAB antes de mais nada terá de dar conta das FAR-E do exército, e secundariamente do CFN. Tudo isso em nível bgda. Dentro desse aspecto e paralelo também atenderá suas próprias demandas em apoio às suas estruturas de combate e logística. Além disso a manutenção das linhas de apoio logística as demais forças. Tudo isso demandará um esforço muito grande da frota de KC390, que não necessariamente estará disponível na íntegra. O que sobra então para transportar uma bgda inf mec inteira e seus mais de cem veículos bldos?
De onde tirou que a Bda Mec é pesada demais pra não poder ser aerotransportada por KC-390? Hoje é equipada com VBTP Guarani, Cascavél e Marruá. Caminhões logísticos são irrelevantes, já que pra onde devem ir é o que mais terá. Qual desses não são aerotransportáveis?

A impressão que tenho é que está distorcendo a realidade apenas pra justificar o injustificável, a adoção do G5.

Não temos aeronave o suficiente? Flávio, você está falando de uma VDV ou Tropa Média?

Uma Bda Média é aerotransportada até uma pista de pouso no T.O que irá operar, isso não é de uma vez, pode demorar um dia ou dois, talvez 3, diferente de semanas que seria para mover uma Bda mais pesada ou equipamentos mais pesados via terra/rio.

Você deve desconhecer como funciona a doutrina de uma Bda Média que o EB pretende ter ou está distorcendo isso.

Aerotransportabilidade estratégica é uma coisa e tropa aerotransportada de pronto emprego é outra!
FCarvalho escreveu: Dom Jul 08, 2018 11:30 pm Quanto tempo achas levaria para tirar uma bgda dessas do sudeste do país para qualquer outro ponto? Dias ou semanas? Vale a pena? Eu creio que não, pois até toda a bgda chegar e estar completa e pronta para emprego o conflito já pode ter sido decidido.

Se a FAB chegar a operar um dia aeronaves pesadas militares, até acho interessante a ideia de undes mecanizadas serem aerotransportadas. Mas a permanecer o atual planejamento, com muita sorte vamos conseguir dar conta do que já temos aí em termos de tropas leves.

Abs
Flávio, você está confundindo mobilidade estratégica e está agregando isso somente á tropas de pronto-emprego.

Tropas Mecanizadas são mais conhecidas por sua mobilidade estratégica e economia de meios, mas
não mobilidade estratégica de pronto emprego, que são tarefas de Tropas Leves, seja ela Aeromóvel ou Paraquedista.

No EUA a Brigada Stryker é sim aerotransportada por C-130, incluindo quase todos os veículos das Brigadas. A frota não altera em nada seu potencial de mobilidade estratégica em detrimento da mobilidade tática.

Juntando os conhecimentos do papel das Tropas Leves (FAR-E) e Tropas Pesadas (Blindadas), esse texto ajuda a elucidar muito bem o papel das Tropas Médias e o importante papel da mobilidade estratégica: https://www.google.com.br/url?sa=t&sour ... CKXPhec1yJ

Existe a mobilidade tática (hoje quem utiliza isso são nossas Bda Cav Mec e Bda Inf/Cav Blind) e a mobilidade estratégica (FAR-E e agora Bda Inf Mec, sendo proposto isso para Bda Cav Mec).

Mesmo tendo a mobilidade estratégica, tropas FAR-E e Mecanizadas possui seu papel diferente. A primeira é uma tropa de pronto emprego e a outra é uma tropa para atuar em diferentes regiões do país com mobilidade estratégica para deslocamento.

Isso em casos especiais, quando um conflito não é esperado. Hoje em dia são previstos com semanas de antecedência. Sem falar que é mais barato transportar uma viatura pelo ar em algumas horas do que utilizando caminhão, depois ponte fluvial via rio e depois outro caminhão, isso comparando o transporte do M60 do CO até RR.

Querer abrir mão da mobilidade estratégica das Brigadas Médias (apenas Bda Inf Mec, as Cav Mec considero Brigadas de Mobilidade Tática) seria um erro estratégico gigante.

Defendo isso mesmo quando proponho equipar melhor os PEF's com mísseis AC e morteiros, além de Marruás e Fuzileiros Leves para ocupar posições táticas e também quando proponho adotar Mi-26 na Bda Aeromóvel para possibilitar o uso de um Plt Fz Mec dentro da Bda, aumentando o poder de fogo das FAR-E




Editado pela última vez por gabriel219 em Seg Jul 09, 2018 3:31 am, em um total de 3 vezes.
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Re: AVIBRAS

#2321 Mensagem por gabriel219 » Seg Jul 09, 2018 12:40 am

Aliás gostaria de deixar uma sugestão ou pedido - ao @Túlio - para criação de um tópico ou mover a discussão acerta da doutrina de Forças Mecanizadas do EB para um tópico adequado.

Não sei se já discutiram esse PDF que postei e se não discutiram, seria interessantíssimo discutir esse material.




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Re: AVIBRAS

#2322 Mensagem por Marechal-do-ar » Seg Jul 09, 2018 8:52 am

gabriel219 escreveu: Seg Jul 09, 2018 12:09 am Qual desses não são aerotransportáveis?
Todos os meios são aerotransportáveis, a questão não é essa, olha de uma outra maneira:
1) Quantas viagens de KC-390 seriam necessárias para transportar a brigada inteira?
2) Quantos dias isso levaria ocupando toda a frota de KC-390?
3) Quantos dias a brigada demoraria por seus próprios meios?

Com a pequena frota que o Brasil possui, dependendo do lugar, o 3 será um tempo menor do que o 2, e isso falando de uma única brigada, não das 6 5 4 brigadas planejadas, isso implica que essa história da brigada ser aerotransportável não é realmente viável no Brasil, no máximo se transporta um batalhão, talvez uma compania, mas ainda assim, através de um grande esforço logístico se considerar o tamanho da força transportada, e se for transportar apenas um batalhão, não haveria tanta necessidade de armas de suporte no nível da brigada.

E alias, o Brasil possui hoje Cascavel e Urutu, que, pelo que sei, cabem no C-130, quantas viagens eles já fizeram de avião? Hum... 0?

A aerotransportabilidade é coisa tipo, olharam para os EUA, viram que eles queriam viaturas aerotransportáveis e, como tuudo no país, decidiram que também queriam, mas não viram que os EUA possuem 333 C-130 sendo capazes de realmente transportar uma brigada ou até mais em poucas horas, e, em especial, transportar uma força de tamanho relevante, e que, além disso, os EUA também possuem aviação estratégica com 222 cargueiros estratégicos e estão habituados a transportar equipamento pesado pelo ar (ex: M1).

No fim, também não viram que a aerotransportabilidade por C-130 acabou não sendo tão importante assim e os EUA abriram mão disso, sendo que eles teriam a quantidade de meios necessária para fazer dessa característica algo realmente útil.
gabriel219 escreveu: Seg Jul 09, 2018 12:09 am Tropas Mecanizadas são mais conhecidas por sua mobilidade estratégica e economia de meios, mas
não mobilidade estratégica de pronto emprego, que são tarefas de Tropas Leves, seja ela Aeromóvel ou Paraquedista.
As tropas médias são um meio termo entre as tropas leves de pronto emprego e as tropas pesadas, elas são uma força de resposta mais rápida que as tropas pesadas.
gabriel219 escreveu: Seg Jul 09, 2018 12:09 am No EUA a Brigada Stryker é sim aerotransportada por C-130, incluindo quase todos os veículos das Brigadas. A frota não altera em nada seu potencial de mobilidade estratégica em detrimento da mobilidade tática.
Não é bem assim, o MGS, por exemplo, não entra no C-130, e as demais versões exigem que a blindagem adcional seja desmontada, mas os EUA contam com aviação estratégica, na prática, quando precisam levar os Stryker rápido, eles chamam a aviação estratégica.

Por fim, ao que me consta, a grande maioria dos Stryker atuando no Iraque e Oriente médio foram levados até lá de navio, transporte aéreo é caro demais até para os EUA.
gabriel219 escreveu: Seg Jul 09, 2018 12:09 amIsso em casos especiais, quando um conflito não é esperado. Hoje em dia são previstos com semanas de antecedência. Sem falar que é mais barato transportar uma viatura pelo ar em algumas horas do que utilizando caminhão, depois ponte fluvial via rio e depois outro caminhão, isso comparando o transporte do M60 do CO até RR.
Tenho sérias dúvidas em relação a esse seu "mais barato", mas nesse caso específico, era uma viatura que teria sérios problemas em se deslocar por uma distância tão grande por seus próprios meios, o principal ponto da mobilidade estratégica das tropas mecanizadas é que elas poderiam percorrer uma distância dessas por seus próprios meios sem grande dificuldade.
gabriel219 escreveu: Seg Jul 09, 2018 12:09 amDefendo isso mesmo quando proponho equipar melhor os PEF's com mísseis AC e morteiros, além de Marruás e Fuzileiros Leves para ocupar posições táticas e também quando proponho adotar Mi-26 na Bda Aeromóvel para possibilitar o uso de um Plt Fz Mec dentro da Bda, aumentando o poder de fogo das FAR-E
A ideia é boa, alias, me parece até mais interessante do que botar os Guaranis em aviões.

E falando de Brasil, é uma das muitas ideias em relação as brigadas médias que deveriam ser olhadas com atenção, vejo como o maior problema das nossas (futuras) brigadas Guarani é sua semelhança com as brigadas Stryker, não que as brigadas Stryker sejam ruins e nem nada disso, mas foram pensadas para uma força militar com tamanho e atuação em uma escala totalmente diferente do EB, algumas coisas são dificeis de imaginar como funcionariam na pequena escala do EB.




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Re: AVIBRAS

#2323 Mensagem por Tutankhamon » Seg Jul 09, 2018 12:47 pm

Muito boa a discussão hein pessoal?

Dá gosto de ler, parabéns!

Fiquei com uma dúvida que tem pouco a acrescentar a discussão, mas se algum dos colegas souber..

Independente do transporte aéreo ser viável ou náo para forças médias, existem aviões com capacidade de transporte estratégico disponíveis para venda no mercado?

Só uma dúvida, abraços




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Re: AVIBRAS

#2324 Mensagem por gabriel219 » Seg Jul 09, 2018 2:35 pm

Marechal-do-ar escreveu: Seg Jul 09, 2018 8:52 am Todos os meios são aerotransportáveis, a questão não é essa, olha de uma outra maneira:
1) Quantas viagens de KC-390 seriam necessárias para transportar a brigada inteira?
2) Quantos dias isso levaria ocupando toda a frota de KC-390?
3) Quantos dias a brigada demoraria por seus próprios meios?

Com a pequena frota que o Brasil possui, dependendo do lugar, o 3 será um tempo menor do que o 2, e isso falando de uma única brigada, não das 6 5 4 brigadas planejadas, isso implica que essa história da brigada ser aerotransportável não é realmente viável no Brasil, no máximo se transporta um batalhão, talvez uma compania, mas ainda assim, através de um grande esforço logístico se considerar o tamanho da força transportada, e se for transportar apenas um batalhão, não haveria tanta necessidade de armas de suporte no nível da brigada.

E alias, o Brasil possui hoje Cascavel e Urutu, que, pelo que sei, cabem no C-130, quantas viagens eles já fizeram de avião? Hum... 0?

A aerotransportabilidade é coisa tipo, olharam para os EUA, viram que eles queriam viaturas aerotransportáveis e, como tuudo no país, decidiram que também queriam, mas não viram que os EUA possuem 333 C-130 sendo capazes de realmente transportar uma brigada ou até mais em poucas horas, e, em especial, transportar uma força de tamanho relevante, e que, além disso, os EUA também possuem aviação estratégica com 222 cargueiros estratégicos e estão habituados a transportar equipamento pesado pelo ar (ex: M1).

No fim, também não viram que a aerotransportabilidade por C-130 acabou não sendo tão importante assim e os EUA abriram mão disso, sendo que eles teriam a quantidade de meios necessária para fazer dessa característica algo realmente útil.
Como assim o EUA abriu mão da aerotransportabilidade por C-130? Não tem base alguma pra afirmar isso somente pelo C-130. Eles possuem C-5 e C-17. Você está usando comparação totalmente descabida e estamos falando de Brasil.

Comparar a atuação da mobilidade estratégica de outras Bda Média não funciona em nosso conceito, apenas podemos pegar "casquinhas" doutrinárias e adaptar á nossa realidade. Exemplo seria as Bda Média Italianas e Espanholas, com países do tamanho de estados daqui nem precisam ter aerotransportabilidade por cargueiros médios, já nós...

Aqui pretende-se ter 26 KC-390 pra o mínimo, pessoas ligadas á FAB desejam possuir algo em torno de 40 aeronaves. Se chegarmos a isso

Um M60 demorou 17 dias para fazer um translado de MS até RR, isso por caminhão, 10 dias de rio e caminhão de novo. Se contarmos uma viatura de Douradoa até Boa Vista, pelo KC-390, seriam 3:28 horas de viagem, somando isso mais 15 minutos de preparação.

Se você contar que um Btl tenha 72 viaturas ao menos, cada KC-390 faria pouco mais de 3 viagens. Somando-se há 30 minutos entre os pousos para abastecimento e carregamento das viaturas, somado ao tempo de viagem, 72 viaturas seriam movimentadas em 11:14 horas.

Isso é menos da metade do dia, menos de 1% do tempo de viagem de um M60 de Dourados até Boa Vista.

Mesmo se ainda somar 1 hora e meia de descanso por viagem, ainda sim é MUITO mais rápido. Daria para mover um Btl por dia, ao fim de 5 dias teríamos uma Brigada movida pra uma região, enquanto seriam necessários cerca de 17 pra mover um RCB.

Mas é simples o motivo de Cascavél e Urutu nunca terem sido (?) aerotransportados em exercícios, TODAS as Brigadas Mec ficavam no Sul, uma colada com a outra e o Generalado jurando que ia tomar uma Blitzkrieg da Argentina. Esqueceram o resto do Brasil.

Esse é o tipo de comparação real, não misturar dados de forças que se quer tenha a ver com nós.
Marechal-do-ar escreveu: Seg Jul 09, 2018 8:52 am As tropas médias são um meio termo entre as tropas leves de pronto emprego e as tropas pesadas, elas são uma força de resposta mais rápida que as tropas pesadas.
Elementar, meu caro Sherlly.

Caramba, pensei que eu não tivesse deixado isso CLARO no meu post. :mrgreen:
Marechal-do-ar escreveu: Seg Jul 09, 2018 8:52 am Não é bem assim, o MGS, por exemplo, não entra no C-130, e as demais versões exigem que a blindagem adcional seja desmontada, mas os EUA contam com aviação estratégica, na prática, quando precisam levar os Stryker rápido, eles chamam a aviação estratégica.

Por fim, ao que me consta, a grande maioria dos Stryker atuando no Iraque e Oriente médio foram levados até lá de navio, transporte aéreo é caro demais até para os EUA.
E? Não interessa se o Stryker foi levado de navio ou não, o que importa é o EB. Isso é um conflito no qual se quer há relação com um potêncial uso da mobilidade estratégica da Brigada Guarani na América Latina.

A discursão não é se a US Army escolheu isso ou aquilo, mas sim o EB escolheu isso ou aquilo.

Precisa utilizar comparativos já testados no país, no meu caso uso o translado de um M60 de Dourados-MS até Boa Vista-RR como comparativo há um Guarani aerotransportado na mesma rota.

Em nosso caso o VBR Guarani seria aerotransportado e não teríamos esse problema do MGS (no caso a altura "come" mais do que o peso).
Marechal-do-ar escreveu: Seg Jul 09, 2018 8:52 amTenho sérias dúvidas em relação a esse seu "mais barato", mas nesse caso específico, era uma viatura que teria sérios problemas em se deslocar por uma distância tão grande por seus próprios meios, o principal ponto da mobilidade estratégica das tropas mecanizadas é que elas poderiam percorrer uma distância dessas por seus próprios meios sem grande dificuldade.
Combustível do caminhão + emprego de mais pessoal envolvido + descarregamento (combustível da própria viatura) + combustível de balsas no rio (10 dias) + descarregamento + combustível do caminhão + alimentação para 17 dias.

Isso é mais barato que uma operação de 4 horas? Sei não...
Marechal-do-ar escreveu: Seg Jul 09, 2018 8:52 amA ideia é boa, alias, me parece até mais interessante do que botar os Guaranis em aviões.

E falando de Brasil, é uma das muitas ideias em relação as brigadas médias que deveriam ser olhadas com atenção, vejo como o maior problema das nossas (futuras) brigadas Guarani é sua semelhança com as brigadas Stryker, não que as brigadas Stryker sejam ruins e nem nada disso, mas foram pensadas para uma força militar com tamanho e atuação em uma escala totalmente diferente do EB, algumas coisas são dificeis de imaginar como funcionariam na pequena escala do EB.
Mas semelhança não significa cópia, o Exército estudou Brigadas Médias Espanholas e Italianas, inclusive vejo nossa organização mais semelhante às Médias Italianas do que a US Army.

Eu mesmo penso em utilizar muita coisa desse artigo, como pensar na extinção dos RCB's para criar um Btl Inf Mec (o argumento da publicação me parece fazer sentido) mas também eu espalharia ao menos 1 Bda Cav Mec pra fora do Sul, no caso o interior da Bahia seria perfeito.

Com o défict de CC's que teríamos (sem os RCB's são 160 CC's a menos) e o artigo sugeriu a criação de uma Bda Cav Mec em RR, eu criaria uma Bda Inf Blind em RR. Viaturas sob lagartas atuam muito melhor na região, principalmente em período de chuvas que o Lavrado fica bem alagado em muitas áreas.

Se a ideia for absurda, moveria essa Inf Blind para o NE e uma Bda Cav Mec pra região. Praticamente seria apenas remanejamento de pessoal, já que os 4x RCB extintos iriam ser transformados em 2x RCC's e 2x Blt Inf Blind para uma nova Bda Blind.

De toda a forma, ainda sim não mudaria a concepção da mobilidade estratégica para as tropas Médias.

SE nossa linha ferroviária fosse algo pleno, ligando todo o país, eu pensaria srriamente em deixar isso de lado, mas...




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Re: AVIBRAS

#2325 Mensagem por gabriel219 » Seg Jul 09, 2018 2:40 pm

Tutankhamon escreveu: Seg Jul 09, 2018 12:47 pm Muito boa a discussão hein pessoal?

Dá gosto de ler, parabéns!

Fiquei com uma dúvida que tem pouco a acrescentar a discussão, mas se algum dos colegas souber..

Independente do transporte aéreo ser viável ou náo para forças médias, existem aviões com capacidade de transporte estratégico disponíveis para venda no mercado?

Só uma dúvida, abraços
Bom, há o Y-20 e o C-17, que apesar de ter sua linha de produção fechada ainda sim é um material novo e com novos pedidos possa ser que voltem a abrir.

Sempre quis mas 24 unidades dessas junto com algo em torno de 40-60 KC-390. Cargueiros leves, como Bandeirante ou C-295 eu deixaria de competência das demais Forças, como EB e até a MB (trader ou outro).




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