EUA
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- cabeça de martelo
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- Sterrius
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Re: EUA
Por sinal o próprio deficit comercial dos EUA é minimo comparado ao PIB deles. Apenas 3% do GDP, e tem caído mto antes do trump sequer assumir.
E quanto se usa o nível de investimento que estrangeiros fazem nos EUA, que ultrapassa os 400 bilhões de dólares . A conta fecha.
E quanto se usa o nível de investimento que estrangeiros fazem nos EUA, que ultrapassa os 400 bilhões de dólares . A conta fecha.
- Bourne
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Re: EUA
O resultado da balança comercial é parte. A outra são os serviços e fluxo de poupança. Se por tudo na conta os EUA melhoraram muitos na última década. Em especial, a poupança norte-americana voltou a crescer após a crise de 2007/08. O padrão de comportamento das famílias em relação ao consumo e financiamento mudou. Estão muito mais temerosos e poupam mais que é um dos fatores que contribuí para manter juros baixos e reduzir déficit comercial. No governo Obama a resposta foi elevar o gasto e dívida pública para tentar compensar. E continua.
A política do Trump não tem nada a ver com déficit comercial. O comércio não é perde e ganha. Todos ganham porque é tudo integrado, especialmente países como Canada e México em que tudo estreito. Tarifas não reduz déficit, mas desloca para outro tipo de importação, alocação de fatores ou gera inflação. Já que são tipos de bens necessários e que não tem substitutos nacionais. Ou se tiverem substitutos nacionais, vão demorar parar surgir e chegam mais caros que as importações. Além de tirar fatores de produção de outros setores.
Isso não importa no discurso e ações. Ele quer satisfazer os eleitores e potenciais eleitores. Assim como setores lobistas que estão fadados a desaparecer pela competição ou tecnologia como, por exemplo, o carvão mineral. Uma parcela expressiva dos trabalhadores de baixa qualificação culpa importações da china, competição estrangeira e os acordos de comércio pelo empobrecimento. E vão apoiar que faça o contrário.
O outro ponto começa a guerra. As exportações norte-americanas de insumos agrícolas, industriais, peças e componentes vão ser atacadas. Esses setores são bem sensíveis as tarifas e acordos preferenciais. Esses setores vão reclamar e pressionar os seus congressistas.
A política do Trump não tem nada a ver com déficit comercial. O comércio não é perde e ganha. Todos ganham porque é tudo integrado, especialmente países como Canada e México em que tudo estreito. Tarifas não reduz déficit, mas desloca para outro tipo de importação, alocação de fatores ou gera inflação. Já que são tipos de bens necessários e que não tem substitutos nacionais. Ou se tiverem substitutos nacionais, vão demorar parar surgir e chegam mais caros que as importações. Além de tirar fatores de produção de outros setores.
Isso não importa no discurso e ações. Ele quer satisfazer os eleitores e potenciais eleitores. Assim como setores lobistas que estão fadados a desaparecer pela competição ou tecnologia como, por exemplo, o carvão mineral. Uma parcela expressiva dos trabalhadores de baixa qualificação culpa importações da china, competição estrangeira e os acordos de comércio pelo empobrecimento. E vão apoiar que faça o contrário.
O outro ponto começa a guerra. As exportações norte-americanas de insumos agrícolas, industriais, peças e componentes vão ser atacadas. Esses setores são bem sensíveis as tarifas e acordos preferenciais. Esses setores vão reclamar e pressionar os seus congressistas.
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Re: EUA
Bruxelas responde a Trump e anuncia tarifas de 2,8 mil milhões de euros
Com estas tarifas, a Comissão pretende reequilibrar a balança comercial bilateral com os EUA em 2,8 mil milhões de euros. As medidas proteccionistas impostas pela administração de Donald Trump causaram um desequilíbrio comercial de 6,4 mil milhões de euros em benefício dos americanos.
...
http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noti ... ros-323408
Com estas tarifas, a Comissão pretende reequilibrar a balança comercial bilateral com os EUA em 2,8 mil milhões de euros. As medidas proteccionistas impostas pela administração de Donald Trump causaram um desequilíbrio comercial de 6,4 mil milhões de euros em benefício dos americanos.
...
http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noti ... ros-323408
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Re: EUA
O que vai acontecer? Só volta a situação anterior com menos volume de comércio. Ou, como é bem provável, passa a comprar de outros fornecedores. Não tem nada de especial que seja exclusivamente vendido pelos EUA. Os países da Europa Oriental, América Latina e Ásia agradecem. Ganharam preferência nos contratos para aquisição de novos bens.
A parte das tarifas não afetam a balança comercial é porque depende da estrutura de produção e padrão de consumo. As tarifas altas mais dificultam competição, importar tecnologia, insumos e componentes. O resultado é reduzir produtividade, a capacidade de integração produtiva e devido as desvantagens impor a necessidade de mais importações e aprofundar o déficit. Onde se vê isso é o Brasil. O país tem uma das tarifas mais altas do mundo, cerca de 25% de tarifa efetiva, e continua dependente de exportar minério e soja com tendência a ter deficit quando começa a crescer ou os preços das commodities despencam.
É claro que nos EUA, Europa e China não é assim. O Brasil é um caso extremo. A Dilma tentou aumentar ainda mais as tarifas e conseguiu alimentar inflação, reduzir consumo interno e fechar mercados externos para bens industrializados. Nesses outros pequenas flutuações de tarifas causam grandes impactos. Porque são muito mais integrados a economia mundial.
A parte das tarifas não afetam a balança comercial é porque depende da estrutura de produção e padrão de consumo. As tarifas altas mais dificultam competição, importar tecnologia, insumos e componentes. O resultado é reduzir produtividade, a capacidade de integração produtiva e devido as desvantagens impor a necessidade de mais importações e aprofundar o déficit. Onde se vê isso é o Brasil. O país tem uma das tarifas mais altas do mundo, cerca de 25% de tarifa efetiva, e continua dependente de exportar minério e soja com tendência a ter deficit quando começa a crescer ou os preços das commodities despencam.
É claro que nos EUA, Europa e China não é assim. O Brasil é um caso extremo. A Dilma tentou aumentar ainda mais as tarifas e conseguiu alimentar inflação, reduzir consumo interno e fechar mercados externos para bens industrializados. Nesses outros pequenas flutuações de tarifas causam grandes impactos. Porque são muito mais integrados a economia mundial.
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- cabeça de martelo
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Re: EUA
“Trump é um animal diferente dos outros”
The Washington Post
Na era das “fake news”, o jornalismo de fact-checking é cada vez mais visto como a solução para combater a desinformação e para pressionar os políticos a falar a verdade. Aaron Sharockman, diretor do Politifact, o mais conhecido site mundial de fact-checking, falou com a VISÃO sobre um fenómeno que está a pôr em sentido a classe política norte-americana – com a exceção óbvia de Donald Trump
Fernando Esteves
D.R: Qual é a eficácia real do fact-checking?
Acho que é muito eficaz. Há estudos nos Estados Unidos que nos dizem que os políticos que sabem que vão ser sujeitos a um fact-checking logo após as suas declarações têm mais cuidado com o que vão dizer publicamente.
Incluindo Donald Trump?
Não, Trump está excluído, ele é um animal diferente (risos) de todos os outros. Mas tudo isto é uma questão de lógica: se sabes que vou confirmar o que vais dizer, tendes a ter mais cuidado para não seres exposto publicamente. Além disso, as pesquisas também dizem que os leitores gostam de fact-checks. São textos muito lidos e apreciados. Se publicares uma notícia sobre emigração ou publicares um fact-check sobre o mesmo tema, o que está demonstrado é que as pessoas retêm mais informação do fact-check, porque se trata de um modelo que as faz pensar.
Essa é a parte boa. E a parte má, existe?
Também se pode ver o copo meio vazio, sim. Nós, no Politifact, somos o maior site de fact-checking nos Estados Unidos e somos apenas 11 pessoas! Não podemos sequer ambicionar cobrir toda a desinformação que circula no espaço público. Quem dissemina falsa informação tem recursos muito mais poderosos, muitas vezes com orçamentos gigantescos.
É uma luta desigual?
Sem dúvida. Nós fazemos um bom trabalho, mas as pessoas têm de entender que o fact-checking não é “a” solução; é uma parte dela. É verdade que está em crescimento em várias partes do mundo, mas não chega para contrariar todas as falsas informações que são veiculadas, nomeadamente através das redes sociais. Há um trabalho importante a fazer nas universidades, onde tem de se dizer aos alunos de jornalismo que todos os jornalistas deviam ser fact-checkers, que esta valência deve ser parte integrante das suas funções. Nos Estados Unidos os sites de fact-checking surgiram para preencher esta lacuna criada pela imprensa mainstream.
Isso não é estranho, tendo em conta, por exemplo, a dimensão das vossas redações? Só o New York Times tem cerca de mil jornalistas...
E sabe quantos fact-checkers existem lá? Um, contratado no ano passado. E o Washington Post tem dois. Em jornais com aquela dimensão é insuficiente. Não acho que seja obrigatório haver uma equipa de fact-checkers em todas as redações, mas o espírito e a metodologia têm de estar sempre lá para serem utilizados sempre que fizer sentido.
O Facebook , que foi muito debatido na cimeira do Global Editors Network realizada recentemente em Lisboa, tem estado debaixo de fogo nos últimos dois anos por muitos motivos, entre os quais a sua utilização perniciosa para influenciar eleições. O Politifact está neste momento a ajudar Mark Zuckerberg a combater a proliferação de “fake news”. Como?
O Facebook criou uma ferramenta que deteta possíveis falsas histórias. Nós temos acesso a uma lista produzida por eles e escolhemos algumas para fazer um fact-check. Depois de publicarmos o fact-check no Politifact, informamos o Facebook sobre a nossa avaliação da informação. Se a classificarmos como falsa, eles colocam-na no fundo do feed de notícias, de modo a que quase ninguém a leia. Para a leres, terias de estar a fazer scroll no teu rato quase eternamente, tendo em conta a quantidade gigantesca de notícias que diariamente é colocada em linha.
Há quanto tempo fazem esse trabalho?
Há 18 meses.
Quantos fact-checks já fizeram?
Cerca de 2300.
Qual é o vosso critério para decidir fazer o fact-check a uma informação?
Olhamos para histórias que sejam populares no sentido em que estão a provocar muita atenção pública. Trabalhamos principalmente a área política. Não podemos fazer fact-checking a todas as afirmações de Donald Trump porque não temos pessoas para avaliar tanta desinformação (risos). Por isso, e porque os Estados Unidos não se resumem a Trump, temos de escolher com base no que nos provoca mais dúvidas.
Têm a preocupação de demonstrar algum equilíbrio entre o Partido Republicano e o Democrata?
Não. O nosso critério é puramente jornalístico. Se algo relacionado com o Partido Democrata nos provocar dúvidas durante cinco dias, trabalhamos sobre isso durante esse tempo. E o contrário também é verdadeiro.
Nos Estados Unidos está criada a ideia de que o Politifact é mais “simpático” com os democratas do que com os republicanos. Isso condiciona o vosso trabalho?
Nada. A verdade e que o Partido Republicano tem sido muito eficaz a espalhar essa mensagem, mas não apenas sobre o Politifact – o que eles dizem é que a esmagadora maioria dos media estão ativamente contra Donald Trump.
Alguém escreveu que o fact-checking não nasceu com Donald Trump, mas que se o fenómeno fosse uma loja de hambúrgueres, o néon à porta teria a cara do presidente dos EUA. Concorda?
Tenho de concordar (risos).
Como é que garantem a vossa transparência?
Pensamos muito para sermos tão transparentes quanto possível. O que não queremos é que alguém diga: “Não sei como fazes o que fazes” ou “como é que tomaste essa decisão de classificação da informação?” ou “quem foram as tuas fontes de informação?” Para prevenir isto, listamos todas as nossas fontes em cada um dos artigos, não temos fontes em “off the record”, temos o nosso método feito explicado passo a passo no site. Há 11 anos que é assim. Outra coisa importante: quando somos criticados por algo específico procuramos saber porquê. Normalmente as críticas não estão relacionadas com o que escrevemos, têm a ver com o veredicto que demos.
Têm uma escala de classificação da veracidade das informações?
Sim. Pode ir da “verdade” até à mais extrema “pants on fire”, que é quando uma informação é escandalosamente falsa. Pelo meio existem outras classificações intermédias como “meia verdade” ou “tendencialmente falsa”. O que as pessoas têm de compreender é que isto não é ciência, não é matemática. É a nossa resposta, que procuramos ser consistentes e honestos. O ideal era que perante uma afirmação de Donald Trumpo, por exemplo, eu nos Estados Unidos e o Fernando em Portugal pudéssemos atribuir a mesma classificação, mas infelizmente isso não é assim, precisamente porque não estamos perante uma ciência. O máximo que podemos fazer é um trabalho transparente e correto. No Politifact podemos fazer um fact-check sobre quem que seja e sobre o que quer que seja, com total liberdade.
O que tem o jornalismo de fact-checking que o jornalismo dito “mainstream” não tem?
Há algumas coisas, mas acima de tudo o fact-checking tem algo que o distingue: enquanto que uma notícia num jornal dura 24 horas, um fact-check pode sobreviver durante anos. Em 2016 algumas das nossas história mais populares foram publicadas em 2015. Ainda este mês, um fact-check que fizemos sobre John McCain em 2009 teve 200 mil visualizações. Alguém o encontrou quando, provavelmente pesquisava sobre as posições de Mc Cain sobre a polémica recente com o diretor do FBI. Em 11 anos de existência fizemos 16 mil fact-checks. Temos uma base de dados gigantesca e valiosa, até para a imprensa mainstream, que a consulta regularmente.
Quantos fact-checks fazem por dia?
Normalmente uns cinco. Só para se ter uma noção comparativa, o Washington Post coloca um conteúdo novo online a cada minuto. É um trabalho totalmente diferente.
http://visao.sapo.pt/actualidade/mundo/ ... dos-outros
The Washington Post
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Fernando Esteves
D.R: Qual é a eficácia real do fact-checking?
Acho que é muito eficaz. Há estudos nos Estados Unidos que nos dizem que os políticos que sabem que vão ser sujeitos a um fact-checking logo após as suas declarações têm mais cuidado com o que vão dizer publicamente.
Incluindo Donald Trump?
Não, Trump está excluído, ele é um animal diferente (risos) de todos os outros. Mas tudo isto é uma questão de lógica: se sabes que vou confirmar o que vais dizer, tendes a ter mais cuidado para não seres exposto publicamente. Além disso, as pesquisas também dizem que os leitores gostam de fact-checks. São textos muito lidos e apreciados. Se publicares uma notícia sobre emigração ou publicares um fact-check sobre o mesmo tema, o que está demonstrado é que as pessoas retêm mais informação do fact-check, porque se trata de um modelo que as faz pensar.
Essa é a parte boa. E a parte má, existe?
Também se pode ver o copo meio vazio, sim. Nós, no Politifact, somos o maior site de fact-checking nos Estados Unidos e somos apenas 11 pessoas! Não podemos sequer ambicionar cobrir toda a desinformação que circula no espaço público. Quem dissemina falsa informação tem recursos muito mais poderosos, muitas vezes com orçamentos gigantescos.
É uma luta desigual?
Sem dúvida. Nós fazemos um bom trabalho, mas as pessoas têm de entender que o fact-checking não é “a” solução; é uma parte dela. É verdade que está em crescimento em várias partes do mundo, mas não chega para contrariar todas as falsas informações que são veiculadas, nomeadamente através das redes sociais. Há um trabalho importante a fazer nas universidades, onde tem de se dizer aos alunos de jornalismo que todos os jornalistas deviam ser fact-checkers, que esta valência deve ser parte integrante das suas funções. Nos Estados Unidos os sites de fact-checking surgiram para preencher esta lacuna criada pela imprensa mainstream.
Isso não é estranho, tendo em conta, por exemplo, a dimensão das vossas redações? Só o New York Times tem cerca de mil jornalistas...
E sabe quantos fact-checkers existem lá? Um, contratado no ano passado. E o Washington Post tem dois. Em jornais com aquela dimensão é insuficiente. Não acho que seja obrigatório haver uma equipa de fact-checkers em todas as redações, mas o espírito e a metodologia têm de estar sempre lá para serem utilizados sempre que fizer sentido.
O Facebook , que foi muito debatido na cimeira do Global Editors Network realizada recentemente em Lisboa, tem estado debaixo de fogo nos últimos dois anos por muitos motivos, entre os quais a sua utilização perniciosa para influenciar eleições. O Politifact está neste momento a ajudar Mark Zuckerberg a combater a proliferação de “fake news”. Como?
O Facebook criou uma ferramenta que deteta possíveis falsas histórias. Nós temos acesso a uma lista produzida por eles e escolhemos algumas para fazer um fact-check. Depois de publicarmos o fact-check no Politifact, informamos o Facebook sobre a nossa avaliação da informação. Se a classificarmos como falsa, eles colocam-na no fundo do feed de notícias, de modo a que quase ninguém a leia. Para a leres, terias de estar a fazer scroll no teu rato quase eternamente, tendo em conta a quantidade gigantesca de notícias que diariamente é colocada em linha.
Há quanto tempo fazem esse trabalho?
Há 18 meses.
Quantos fact-checks já fizeram?
Cerca de 2300.
Qual é o vosso critério para decidir fazer o fact-check a uma informação?
Olhamos para histórias que sejam populares no sentido em que estão a provocar muita atenção pública. Trabalhamos principalmente a área política. Não podemos fazer fact-checking a todas as afirmações de Donald Trump porque não temos pessoas para avaliar tanta desinformação (risos). Por isso, e porque os Estados Unidos não se resumem a Trump, temos de escolher com base no que nos provoca mais dúvidas.
Têm a preocupação de demonstrar algum equilíbrio entre o Partido Republicano e o Democrata?
Não. O nosso critério é puramente jornalístico. Se algo relacionado com o Partido Democrata nos provocar dúvidas durante cinco dias, trabalhamos sobre isso durante esse tempo. E o contrário também é verdadeiro.
Nos Estados Unidos está criada a ideia de que o Politifact é mais “simpático” com os democratas do que com os republicanos. Isso condiciona o vosso trabalho?
Nada. A verdade e que o Partido Republicano tem sido muito eficaz a espalhar essa mensagem, mas não apenas sobre o Politifact – o que eles dizem é que a esmagadora maioria dos media estão ativamente contra Donald Trump.
Alguém escreveu que o fact-checking não nasceu com Donald Trump, mas que se o fenómeno fosse uma loja de hambúrgueres, o néon à porta teria a cara do presidente dos EUA. Concorda?
Tenho de concordar (risos).
Como é que garantem a vossa transparência?
Pensamos muito para sermos tão transparentes quanto possível. O que não queremos é que alguém diga: “Não sei como fazes o que fazes” ou “como é que tomaste essa decisão de classificação da informação?” ou “quem foram as tuas fontes de informação?” Para prevenir isto, listamos todas as nossas fontes em cada um dos artigos, não temos fontes em “off the record”, temos o nosso método feito explicado passo a passo no site. Há 11 anos que é assim. Outra coisa importante: quando somos criticados por algo específico procuramos saber porquê. Normalmente as críticas não estão relacionadas com o que escrevemos, têm a ver com o veredicto que demos.
Têm uma escala de classificação da veracidade das informações?
Sim. Pode ir da “verdade” até à mais extrema “pants on fire”, que é quando uma informação é escandalosamente falsa. Pelo meio existem outras classificações intermédias como “meia verdade” ou “tendencialmente falsa”. O que as pessoas têm de compreender é que isto não é ciência, não é matemática. É a nossa resposta, que procuramos ser consistentes e honestos. O ideal era que perante uma afirmação de Donald Trumpo, por exemplo, eu nos Estados Unidos e o Fernando em Portugal pudéssemos atribuir a mesma classificação, mas infelizmente isso não é assim, precisamente porque não estamos perante uma ciência. O máximo que podemos fazer é um trabalho transparente e correto. No Politifact podemos fazer um fact-check sobre quem que seja e sobre o que quer que seja, com total liberdade.
O que tem o jornalismo de fact-checking que o jornalismo dito “mainstream” não tem?
Há algumas coisas, mas acima de tudo o fact-checking tem algo que o distingue: enquanto que uma notícia num jornal dura 24 horas, um fact-check pode sobreviver durante anos. Em 2016 algumas das nossas história mais populares foram publicadas em 2015. Ainda este mês, um fact-check que fizemos sobre John McCain em 2009 teve 200 mil visualizações. Alguém o encontrou quando, provavelmente pesquisava sobre as posições de Mc Cain sobre a polémica recente com o diretor do FBI. Em 11 anos de existência fizemos 16 mil fact-checks. Temos uma base de dados gigantesca e valiosa, até para a imprensa mainstream, que a consulta regularmente.
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Re: EUA
Tomgram: Nomi Prins, What's the End Game?
In the rush of Trumped-up events, history -- of the last month, week, hour -- repeatedly gets plowed (or tweeted) under. Who can remember what happened so long ago? Perhaps it’s not surprising then that, in the wave of abuse from the president and his men (including economic adviser Larry Kudlow and trade hardliner Peter Navarro) against Canada and its prime minister, Justin Trudeau, one of the president's earliest insults has already been washed down the memory hole into oblivion.
In a phone conversation with Trudeau on May 25th (not even a month ago, but it might as well have been the Neolithic Age), CNN reported Trump quipping: "Didn't you guys burn down the White House?" The reference was to an event a while back -- August 1814, to be exact, more than half a century before Canada existed, but who's counting. In the war of 1812, the British did indeed burn down the White House; that was, by the way, the war in which U.S. troops invaded what would someday become Canada, a detail of little significance (and, in any case, probably the fault of the Democrats).
As so often happens these days, the president had brought up a perfectly appropriate subject, arson, even if he applied it to the wrong cast of characters. Before that May phone conversation, he had promised to exempt Canada from the steel and aluminum tariffs he was then thinking about imposing elsewhere. However, six days later, on May 31st, he suddenly imposed those very tariffs on Canada, as well as Mexico and the European Union. As is often the case with our president -- you know, that guy with the yellowish-orange comb-over -- the subject of burning something down, whether in Washington or elsewhere, isn’t far from his mind. The truth is, as TomDispatch regular Nomi Prins, author of the new book Collusion: How Central Bankers Rigged the World, makes clear in her usual striking fashion, our president is, above all, an arsonist first class.
Canada? Why did I even bring it up? Those May 31st tariffs are so 1814 now that he’s lit a trade war with China, the world’s second largest economy. If you read Prins’s piece, I guarantee you one thing: you’ll hear the fire alarms sounding. But where’s the fire department? Tom
Imperial President or Emperor With No Clothes?
How Donald Trump’s Trade Wars Could Lead to a Great Depression
By Nomi Prins
Leaders are routinely confronted with philosophical dilemmas. Here’s a classic one for our Trumptopian times: If you make enemies out of your friends and friends out of your enemies, where does that leave you?
What does winning (or losing) really look like? Is a world in which walls of every sort encircle America’s borders a goal worth seeking? And what would be left in a future fragmented international economic system marked by tit-for-tat tariffs, travel restrictions, and hyper-nationalism? Ultimately, how will such a world affect regular people?
Let’s cut through all of this for the moment and ask one crucial question about our present cult-of-personality era in American politics: Other than accumulating more wealth and influence for himself, his children, and the Trump family empire, what’s Donald J. Trump’s end game as president? If his goal is to keep this country from being, as he likes to complain, “the world’s piggy bank,” then his words, threats, and actions are concerning. However bombastic and disdainful of a history he appears to know little about, he is already making the world a less stable, less affordable, and more fear-driven place. In the end, it’s even possible that, despite the upbeat economic news of the moment, he could almost singlehandedly smash that piggy bank himself, as he has many of his own business ventures.
Still, give him credit for one thing: Donald Trump has lent remarkable new meaning to the old phrase “the imperial presidency.” The members of his administration, largely a set of aging white men, either conform to his erratic wishes or get fired. In other words, he’s running domestic politics in much the same fashion as he oversaw the boardroom on his reality TV show The Apprentice.
Now, he’s begun running the country’s foreign policy in the same personalized, take-no-prisoners, you’re-fired style. From the moment he hit the Oval Office, he’s made it clear at home and abroad that it’s his way or the highway. If only, of course, it really was that simple. What he will learn, if “learning process” and “President Trump” can even occupy the same sentence, is that “firing” Canada, the European Union (EU), or for that matter China has a cost.
What the American working and the middle classes will see (sooner than anyone imagines) is that actions of his sort have unexpected global consequences. They could cost the U.S. and the rest of the world big time. If he were indeed emperor and his subjects (that would be us) grasped where his policies might be leading, they would be preparing a revolt. In the end, they -- again, that’s us -- will be the ones paying the price in this global chess match.
The Art of Trump’s Deals
So far, President Trump has only taken America out of trade deals or threatened to do so if other countries don’t behave in a way that satisfies him. On his third day in the White House, he honored his campaign promise to remove the U.S. from the Trans Pacific Partnership, a decision that opened space for our allies and competitors, China in particular, to negotiate deals without us. Since that grand exit, there has, in fact, been a boom in side deals involving China and other Pacific rim countries that has weakened, not strengthened, Washington’s global bargaining position. Meanwhile, closer to home, the Trump administration has engaged in a barrage of NAFTA-baiting that is isolating us from our regional partners, Canada and Mexico.
Conversely, the art-of-the-deal aficionado has yet to sign a single new bilateral trade deal. Despite steadfast claims that he would serve up the best deals ever, we have been left with little so far but various tariffs and an onslaught against American trading partners. His one claim to bilateral-trade-deal fame was the renegotiation of a six-year-old deal with South Korea in March that doubled the number of cars each U.S. manufacturer could export to South Korea (without having to pass as many safety standards).
As White House Press Secretary Sarah Sanders put it, when speaking of Kim Jong-un’s North Korea, “The President is, I think, the ultimate negotiator and dealmaker when it comes to any type of conversation...” She left out the obvious footnote, however: any type that doesn’t involve international trade.
In the past four months, Trump has imposed tariffs, exempting certain countries, only to re-impose them at his whim. If trust were a coveted commodity, when it came to the present White House, it would now be trading at zero. His supporters undoubtedly see this approach as the fulfillment of his many campaign promises and part of his classic method of keeping both friends and enemies guessing until he’s ready to go in for the kill. At the heart of this approach, however, lies a certain global madness, for he now is sparking a set of trade wars that could, in the end, cost millions of American jobs.
The Allies
On May 31st, Commerce Secretary Wilbur Ross confirmed that Canada, Mexico, and the EU would all be hit with 10% aluminum and 25% steel tariffs that had first made headlines in March. When it came to those two products, at least, the new tariffs bore no relation to the previous average 3% tariff on U.S.-EU traded goods.
In that way, Trump’s tariffs, initially supposed to be aimed at China (a country whose president he’s praised to the skies and whose trade policies he’s lashed out at endlessly), went global. And not surprisingly, America’s closest allies weren’t taking his maneuver lightly. As the verbal abuse level rose and what looked like a possible race to the bottom of international etiquette intensified, they threatened to strike back.
In June, President Trump ordered that a promised 25% tariff on $50 billion worth of imported goods from China also be imposed. In response, the Chinese, like the Europeans, the Canadians, and the Mexicans, immediately promised a massive response in kind. Trump countered by threatening another $200 billion in tariffs against China. In the meantime, the White House is targetting its initial moves largely against products related to that country’s "Made in China 2025" initiative, the Chinese government's strategic plan aimed at making it a major competitor in advanced industries and manufacturing.
Meanwhile, Mexico began adopting retaliatory tariffs on American imports. Although it has a far smaller economy than the U.S., it’s still the second largest importer of U.S. products, buying a whopping $277 billion of them last year. Only Canada buys more. In a mood of defiance stoked by the president’s hostility to its people, Mexico executed its own trade gambit, imposing $3 billion in 15%-25% tariffs against U.S. exports, including pork, apples, potatoes, bourbon, and cheese.
While those Mexican revenge tariffs still remain limited, covering just 1% of all exports from north of the border, they do target particular industries hard, especially ones that seem connected to President Trump’s voting “base.” Mexico, for instance, is by far the largest buyer of U.S. pork exports, 25% of which were sold there last year. What its 20% tariff on pork means, then, is that many U.S. producers will now find themselves unable to compete in the Mexican market. Other countries may follow suit. The result: a possible loss of up to 110,000 jobs in the pork industry.
Our second North American Free Trade Agreement (NAFTA) partner (for whose prime minister, Justin Trudeau, there is “a special place in hell,” according to a key Trumpian trade negotiator) plans to invoke tariffs of up to 25% on about $13 billion in U.S. products beginning on July 1st. Items impacted range “from ballpoint pens and dishwasher detergent to toilet paper and playing cards... sailboats, washing machines, dish washers, and lawn mowers.” Across the Atlantic, the EU has similarly announced retaliatory tariffs of 25% on 200 U.S. products, including such American-made classics as Harley-Davidson motorcycles, blue jeans, and bourbon.
Trump Disses the Former G7
As the explosive Group of Seven, or G7, summit in Quebec showed, the Trump administration is increasingly isolating itself from its allies in palpable ways and, in the process, significantly impairing the country’s negotiating power. If you combine the economies of what might now be thought of as the G6 and add in the rest of the EU, its economic power is collectively larger than that of the United States. Under the circumstances, even a small diversion of trade thanks to Trump-induced tariff wars could have costly consequences.
President Trump did try one “all-in” poker move at that summit. With his game-face on, he first suggested the possibility of wiping out all tariffs and trade restrictions between the U.S. and the rest of the G7, a bluff met with a healthy dose of skepticism. Before he left for his meeting with North Korean leader Kim Jong-un in Singapore, he even suggested that the G7 leaders “consider removing every single tariff or trade barrier on American goods.” In return, he claimed he would do the same “for products from their countries.” As it turned out, however, that wasn’t actually a venture into economic diplomacy, just the carrot before the stick, and even it was tied to lingering threats of severe penalties.
The current incipient trade war was actually launched by the Trump administration in March in the name of American “national security.” What should have been highlighted, however, was the possible “national insecurity” in which it placed the country’s (and the world’s) future. After all, a similar isolationist stance in the 1920s and the subsequent market crash of 1929 sparked the global Great Depression, opening the way for the utter devastation of World War II.
European Union countries were incredulous when Trump insisted, as he had many times before, that the “U.S. is a victim of unfair trade practices,” citing the country’s trade deficits, especially with Germany and China. At the G7 summit, European leaders did their best to explain to him that his country isn’t actually being treated unfairly. As French President Emmanuel Macron explained, “France runs trade deficits with Germany and the United Kingdom on manufactured goods, even though all three countries are part of the EU single market and have zero tariffs between them.”
Having agreed to sign on to a post-summit joint statement, the president suddenly opted out while on his flight to Singapore, leaving his allies in the lurch (and subsequently slamming the Canadian prime minister as “very dishonest” and “weak”). In that communiqué, signed by the other six summit attendees, they noted, "We strive to reduce tariff barriers, non-tariff barriers, and subsidies... We acknowledge that free, fair and mutually beneficial trade and investment, while creating reciprocal benefits, are key engines for growth and job creation."
The Pushback
The fallout domestically from the coming trade wars could be horrific if Trump truly makes good on his promises and refuses to back down, while the countries he’s attacking ratchet up their own responses, whether in terms of tariffs or simply a refusal to buy American goods. According to the U.S. Chamber of Commerce, up to 2.6 million American jobs could be threatened if, in the process, the U.S. also withdraws from NAFTA.
Even American CEOs are now running scared of the CEO-in-chief. A recent survey conducted by the Business Roundtable lobby group, chaired by JPMorgan Chase CEO Jamie Dimon, revealed that their “economic outlook index” had declined this past quarter from a record high, the first drop in two years. According to the report, nearly two-thirds of the CEOs surveyed considered trade policy a "serious risk." Rather than planning future corporate hiring sprees, as Trump might have us believe, their fears of future trade wars actually seem to be curtailing job-expansion plans.
European leaders at the G7 summit admitted that, despite their own role in escalating global trade tensions, the coming wars “would hurt everyone.” And therein lies the danger and the disconnect. Thanks largely to Donald Trump, the leaders of the key countries on the planet could now proceed to destroy trade relationships, knowing full well that the results will hurt their workers and damage the global economy.
A recent report by Andy Stoeckel and Warwick McKibbin for the Brookings Institution analyzed just such a future trade war scenario and found that, if global tariffs were to rise just 10%, the gross national product (GDP) of most countries would fall by between 1% and 4.5% -- the U.S. GDP by 1.3%, China’s by 4.3%. A 40% rise in tariffs would ensure a deep global recession or depression. In the 1930s, it was the punitive U.S. Smoot-Hawley tariff that helped spark the devastating cocktail of nationalism and economic collapse that culminated in World War II. This time, who knows what The Donald’s tariffs will spark?
The End Game
When trade wars escalate and geopolitical tensions rise, economies can be badly damaged, leading to a vicious cycle of aggressive responses. And here’s the remarkable thing about the power of America’s imperial presidency in 2018: Donald Trump could unilaterally slow, alter, or under certain circumstances even shut down various elements of global trade -- and if he manages to do so, there will be a price to pay in jobs and in this planet’s economic stability.
Catalyzed by tweets, denunciations, insults, and the tariff-first shots of his administration, our allies will undoubtedly try to trade more with each other to close gaps that his trade wars open. Ultimately, that will hurt the U.S. and its workers, especially Trump’s base. For instance, German carmaker BMW, Japanese carmaker Toyota, and other foreign car companies employ 130,000 people in the United States. If, in response to new tariffs on their products, they were to begin moving their operations to France or Mexico in retaliation, it's American workers who would lose out.
But make no mistake: American allies, who rely on the staggeringly powerful U.S. market, will lose out, too. Weighed down by tariffs, their products will become less competitive here, which is what Trump wants. However, that won’t necessarily mean the end of trade deficits; it could just mean less trade everywhere, a situation that should bring to mind the global depression of the 1930s. And if you think Donald Trump is already a threat to world stability, imagine what might happen after years of economic duress. As was the case in the 1930s, when volatile conditions made it easier for dictators like Adolf Hitler to convince people that their economic woes stemmed from others, the path to a fire-and-fury world remains grimly open.
In Washington, Donald Trump’s unique version of the imperial presidency seems to be expanding to fill any void as alliances like the G7 that were once so crucial to the way the United States dominated much of the planet and its economy are being diminished. The question that should make anybody nervous is not yet answerable: What’s the end game?
The global economic system first put in place after World War II was no longer working particularly well even before President Trump’s trade wars began. The problem now is that its flaws are being exacerbated. Once it becomes too expensive for certain companies to continue operating as their profits go to tariffs or tariffs deflect their customers elsewhere (or nowhere), one thing is certain: it will get worse.
Nomi Prins is a TomDispatch regular. Her latest book, Collusion: How Central Bankers Rigged the World (Nation Books), was just published. Of her six other books, the most recent is All the Presidents' Bankers: The Hidden Alliances That Drive American Power. She is a former Wall Street executive. Special thanks go to researcher Craig Wilson for his superb work on this piece.
Follow TomDispatch on Twitter and join us on Facebook. Check out the newest Dispatch Books, Beverly Gologorsky's novel, Every Body Has a Story and Tom Engelhardt's A Nation Unmade by War, as well as Alfred McCoy's In the Shadows of the American Century: The Rise and Decline of U.S. Global Power, John Dower's The Violent American Century: War and Terror Since World War II, John Feffer's dystopian novel Splinterlands, and Nick Turse's Next Time They’ll Come to Count the Dead.
Copyright 2018 Nomi Prins
http://www.tomdispatch.com/blog/176439/
In the rush of Trumped-up events, history -- of the last month, week, hour -- repeatedly gets plowed (or tweeted) under. Who can remember what happened so long ago? Perhaps it’s not surprising then that, in the wave of abuse from the president and his men (including economic adviser Larry Kudlow and trade hardliner Peter Navarro) against Canada and its prime minister, Justin Trudeau, one of the president's earliest insults has already been washed down the memory hole into oblivion.
In a phone conversation with Trudeau on May 25th (not even a month ago, but it might as well have been the Neolithic Age), CNN reported Trump quipping: "Didn't you guys burn down the White House?" The reference was to an event a while back -- August 1814, to be exact, more than half a century before Canada existed, but who's counting. In the war of 1812, the British did indeed burn down the White House; that was, by the way, the war in which U.S. troops invaded what would someday become Canada, a detail of little significance (and, in any case, probably the fault of the Democrats).
As so often happens these days, the president had brought up a perfectly appropriate subject, arson, even if he applied it to the wrong cast of characters. Before that May phone conversation, he had promised to exempt Canada from the steel and aluminum tariffs he was then thinking about imposing elsewhere. However, six days later, on May 31st, he suddenly imposed those very tariffs on Canada, as well as Mexico and the European Union. As is often the case with our president -- you know, that guy with the yellowish-orange comb-over -- the subject of burning something down, whether in Washington or elsewhere, isn’t far from his mind. The truth is, as TomDispatch regular Nomi Prins, author of the new book Collusion: How Central Bankers Rigged the World, makes clear in her usual striking fashion, our president is, above all, an arsonist first class.
Canada? Why did I even bring it up? Those May 31st tariffs are so 1814 now that he’s lit a trade war with China, the world’s second largest economy. If you read Prins’s piece, I guarantee you one thing: you’ll hear the fire alarms sounding. But where’s the fire department? Tom
Imperial President or Emperor With No Clothes?
How Donald Trump’s Trade Wars Could Lead to a Great Depression
By Nomi Prins
Leaders are routinely confronted with philosophical dilemmas. Here’s a classic one for our Trumptopian times: If you make enemies out of your friends and friends out of your enemies, where does that leave you?
What does winning (or losing) really look like? Is a world in which walls of every sort encircle America’s borders a goal worth seeking? And what would be left in a future fragmented international economic system marked by tit-for-tat tariffs, travel restrictions, and hyper-nationalism? Ultimately, how will such a world affect regular people?
Let’s cut through all of this for the moment and ask one crucial question about our present cult-of-personality era in American politics: Other than accumulating more wealth and influence for himself, his children, and the Trump family empire, what’s Donald J. Trump’s end game as president? If his goal is to keep this country from being, as he likes to complain, “the world’s piggy bank,” then his words, threats, and actions are concerning. However bombastic and disdainful of a history he appears to know little about, he is already making the world a less stable, less affordable, and more fear-driven place. In the end, it’s even possible that, despite the upbeat economic news of the moment, he could almost singlehandedly smash that piggy bank himself, as he has many of his own business ventures.
Still, give him credit for one thing: Donald Trump has lent remarkable new meaning to the old phrase “the imperial presidency.” The members of his administration, largely a set of aging white men, either conform to his erratic wishes or get fired. In other words, he’s running domestic politics in much the same fashion as he oversaw the boardroom on his reality TV show The Apprentice.
Now, he’s begun running the country’s foreign policy in the same personalized, take-no-prisoners, you’re-fired style. From the moment he hit the Oval Office, he’s made it clear at home and abroad that it’s his way or the highway. If only, of course, it really was that simple. What he will learn, if “learning process” and “President Trump” can even occupy the same sentence, is that “firing” Canada, the European Union (EU), or for that matter China has a cost.
What the American working and the middle classes will see (sooner than anyone imagines) is that actions of his sort have unexpected global consequences. They could cost the U.S. and the rest of the world big time. If he were indeed emperor and his subjects (that would be us) grasped where his policies might be leading, they would be preparing a revolt. In the end, they -- again, that’s us -- will be the ones paying the price in this global chess match.
The Art of Trump’s Deals
So far, President Trump has only taken America out of trade deals or threatened to do so if other countries don’t behave in a way that satisfies him. On his third day in the White House, he honored his campaign promise to remove the U.S. from the Trans Pacific Partnership, a decision that opened space for our allies and competitors, China in particular, to negotiate deals without us. Since that grand exit, there has, in fact, been a boom in side deals involving China and other Pacific rim countries that has weakened, not strengthened, Washington’s global bargaining position. Meanwhile, closer to home, the Trump administration has engaged in a barrage of NAFTA-baiting that is isolating us from our regional partners, Canada and Mexico.
Conversely, the art-of-the-deal aficionado has yet to sign a single new bilateral trade deal. Despite steadfast claims that he would serve up the best deals ever, we have been left with little so far but various tariffs and an onslaught against American trading partners. His one claim to bilateral-trade-deal fame was the renegotiation of a six-year-old deal with South Korea in March that doubled the number of cars each U.S. manufacturer could export to South Korea (without having to pass as many safety standards).
As White House Press Secretary Sarah Sanders put it, when speaking of Kim Jong-un’s North Korea, “The President is, I think, the ultimate negotiator and dealmaker when it comes to any type of conversation...” She left out the obvious footnote, however: any type that doesn’t involve international trade.
In the past four months, Trump has imposed tariffs, exempting certain countries, only to re-impose them at his whim. If trust were a coveted commodity, when it came to the present White House, it would now be trading at zero. His supporters undoubtedly see this approach as the fulfillment of his many campaign promises and part of his classic method of keeping both friends and enemies guessing until he’s ready to go in for the kill. At the heart of this approach, however, lies a certain global madness, for he now is sparking a set of trade wars that could, in the end, cost millions of American jobs.
The Allies
On May 31st, Commerce Secretary Wilbur Ross confirmed that Canada, Mexico, and the EU would all be hit with 10% aluminum and 25% steel tariffs that had first made headlines in March. When it came to those two products, at least, the new tariffs bore no relation to the previous average 3% tariff on U.S.-EU traded goods.
In that way, Trump’s tariffs, initially supposed to be aimed at China (a country whose president he’s praised to the skies and whose trade policies he’s lashed out at endlessly), went global. And not surprisingly, America’s closest allies weren’t taking his maneuver lightly. As the verbal abuse level rose and what looked like a possible race to the bottom of international etiquette intensified, they threatened to strike back.
In June, President Trump ordered that a promised 25% tariff on $50 billion worth of imported goods from China also be imposed. In response, the Chinese, like the Europeans, the Canadians, and the Mexicans, immediately promised a massive response in kind. Trump countered by threatening another $200 billion in tariffs against China. In the meantime, the White House is targetting its initial moves largely against products related to that country’s "Made in China 2025" initiative, the Chinese government's strategic plan aimed at making it a major competitor in advanced industries and manufacturing.
Meanwhile, Mexico began adopting retaliatory tariffs on American imports. Although it has a far smaller economy than the U.S., it’s still the second largest importer of U.S. products, buying a whopping $277 billion of them last year. Only Canada buys more. In a mood of defiance stoked by the president’s hostility to its people, Mexico executed its own trade gambit, imposing $3 billion in 15%-25% tariffs against U.S. exports, including pork, apples, potatoes, bourbon, and cheese.
While those Mexican revenge tariffs still remain limited, covering just 1% of all exports from north of the border, they do target particular industries hard, especially ones that seem connected to President Trump’s voting “base.” Mexico, for instance, is by far the largest buyer of U.S. pork exports, 25% of which were sold there last year. What its 20% tariff on pork means, then, is that many U.S. producers will now find themselves unable to compete in the Mexican market. Other countries may follow suit. The result: a possible loss of up to 110,000 jobs in the pork industry.
Our second North American Free Trade Agreement (NAFTA) partner (for whose prime minister, Justin Trudeau, there is “a special place in hell,” according to a key Trumpian trade negotiator) plans to invoke tariffs of up to 25% on about $13 billion in U.S. products beginning on July 1st. Items impacted range “from ballpoint pens and dishwasher detergent to toilet paper and playing cards... sailboats, washing machines, dish washers, and lawn mowers.” Across the Atlantic, the EU has similarly announced retaliatory tariffs of 25% on 200 U.S. products, including such American-made classics as Harley-Davidson motorcycles, blue jeans, and bourbon.
Trump Disses the Former G7
As the explosive Group of Seven, or G7, summit in Quebec showed, the Trump administration is increasingly isolating itself from its allies in palpable ways and, in the process, significantly impairing the country’s negotiating power. If you combine the economies of what might now be thought of as the G6 and add in the rest of the EU, its economic power is collectively larger than that of the United States. Under the circumstances, even a small diversion of trade thanks to Trump-induced tariff wars could have costly consequences.
President Trump did try one “all-in” poker move at that summit. With his game-face on, he first suggested the possibility of wiping out all tariffs and trade restrictions between the U.S. and the rest of the G7, a bluff met with a healthy dose of skepticism. Before he left for his meeting with North Korean leader Kim Jong-un in Singapore, he even suggested that the G7 leaders “consider removing every single tariff or trade barrier on American goods.” In return, he claimed he would do the same “for products from their countries.” As it turned out, however, that wasn’t actually a venture into economic diplomacy, just the carrot before the stick, and even it was tied to lingering threats of severe penalties.
The current incipient trade war was actually launched by the Trump administration in March in the name of American “national security.” What should have been highlighted, however, was the possible “national insecurity” in which it placed the country’s (and the world’s) future. After all, a similar isolationist stance in the 1920s and the subsequent market crash of 1929 sparked the global Great Depression, opening the way for the utter devastation of World War II.
European Union countries were incredulous when Trump insisted, as he had many times before, that the “U.S. is a victim of unfair trade practices,” citing the country’s trade deficits, especially with Germany and China. At the G7 summit, European leaders did their best to explain to him that his country isn’t actually being treated unfairly. As French President Emmanuel Macron explained, “France runs trade deficits with Germany and the United Kingdom on manufactured goods, even though all three countries are part of the EU single market and have zero tariffs between them.”
Having agreed to sign on to a post-summit joint statement, the president suddenly opted out while on his flight to Singapore, leaving his allies in the lurch (and subsequently slamming the Canadian prime minister as “very dishonest” and “weak”). In that communiqué, signed by the other six summit attendees, they noted, "We strive to reduce tariff barriers, non-tariff barriers, and subsidies... We acknowledge that free, fair and mutually beneficial trade and investment, while creating reciprocal benefits, are key engines for growth and job creation."
The Pushback
The fallout domestically from the coming trade wars could be horrific if Trump truly makes good on his promises and refuses to back down, while the countries he’s attacking ratchet up their own responses, whether in terms of tariffs or simply a refusal to buy American goods. According to the U.S. Chamber of Commerce, up to 2.6 million American jobs could be threatened if, in the process, the U.S. also withdraws from NAFTA.
Even American CEOs are now running scared of the CEO-in-chief. A recent survey conducted by the Business Roundtable lobby group, chaired by JPMorgan Chase CEO Jamie Dimon, revealed that their “economic outlook index” had declined this past quarter from a record high, the first drop in two years. According to the report, nearly two-thirds of the CEOs surveyed considered trade policy a "serious risk." Rather than planning future corporate hiring sprees, as Trump might have us believe, their fears of future trade wars actually seem to be curtailing job-expansion plans.
European leaders at the G7 summit admitted that, despite their own role in escalating global trade tensions, the coming wars “would hurt everyone.” And therein lies the danger and the disconnect. Thanks largely to Donald Trump, the leaders of the key countries on the planet could now proceed to destroy trade relationships, knowing full well that the results will hurt their workers and damage the global economy.
A recent report by Andy Stoeckel and Warwick McKibbin for the Brookings Institution analyzed just such a future trade war scenario and found that, if global tariffs were to rise just 10%, the gross national product (GDP) of most countries would fall by between 1% and 4.5% -- the U.S. GDP by 1.3%, China’s by 4.3%. A 40% rise in tariffs would ensure a deep global recession or depression. In the 1930s, it was the punitive U.S. Smoot-Hawley tariff that helped spark the devastating cocktail of nationalism and economic collapse that culminated in World War II. This time, who knows what The Donald’s tariffs will spark?
The End Game
When trade wars escalate and geopolitical tensions rise, economies can be badly damaged, leading to a vicious cycle of aggressive responses. And here’s the remarkable thing about the power of America’s imperial presidency in 2018: Donald Trump could unilaterally slow, alter, or under certain circumstances even shut down various elements of global trade -- and if he manages to do so, there will be a price to pay in jobs and in this planet’s economic stability.
Catalyzed by tweets, denunciations, insults, and the tariff-first shots of his administration, our allies will undoubtedly try to trade more with each other to close gaps that his trade wars open. Ultimately, that will hurt the U.S. and its workers, especially Trump’s base. For instance, German carmaker BMW, Japanese carmaker Toyota, and other foreign car companies employ 130,000 people in the United States. If, in response to new tariffs on their products, they were to begin moving their operations to France or Mexico in retaliation, it's American workers who would lose out.
But make no mistake: American allies, who rely on the staggeringly powerful U.S. market, will lose out, too. Weighed down by tariffs, their products will become less competitive here, which is what Trump wants. However, that won’t necessarily mean the end of trade deficits; it could just mean less trade everywhere, a situation that should bring to mind the global depression of the 1930s. And if you think Donald Trump is already a threat to world stability, imagine what might happen after years of economic duress. As was the case in the 1930s, when volatile conditions made it easier for dictators like Adolf Hitler to convince people that their economic woes stemmed from others, the path to a fire-and-fury world remains grimly open.
In Washington, Donald Trump’s unique version of the imperial presidency seems to be expanding to fill any void as alliances like the G7 that were once so crucial to the way the United States dominated much of the planet and its economy are being diminished. The question that should make anybody nervous is not yet answerable: What’s the end game?
The global economic system first put in place after World War II was no longer working particularly well even before President Trump’s trade wars began. The problem now is that its flaws are being exacerbated. Once it becomes too expensive for certain companies to continue operating as their profits go to tariffs or tariffs deflect their customers elsewhere (or nowhere), one thing is certain: it will get worse.
Nomi Prins is a TomDispatch regular. Her latest book, Collusion: How Central Bankers Rigged the World (Nation Books), was just published. Of her six other books, the most recent is All the Presidents' Bankers: The Hidden Alliances That Drive American Power. She is a former Wall Street executive. Special thanks go to researcher Craig Wilson for his superb work on this piece.
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Re: EUA
Alpha male handshake: Portugal leader beats Trump at his own game with powerful squeeze (VIDEO)
US President Donald Trump, the ‘king of power handshakes,’ was caught unaware when Portuguese President Marcelo Rebelo de Sousa outdid him with an alpha male handshake.
Arriving at the White House on Wednesday, Marcelo de Sousa emerged from his car and approached Trump in a rather decisive manner.
The video captures the moment when the Portuguese president abruptly outstretched his arm and grabbed Trump’s hand, knocking him off balance.
Lasting for just a few seconds, the unexpected ‘power-shake’ created an awkward moment for President Trump, whose battle to establish dominance through firm handshakes was lost on this occasion.
https://www.rt.com/news/431226-portugue ... ake-trump/
US President Donald Trump, the ‘king of power handshakes,’ was caught unaware when Portuguese President Marcelo Rebelo de Sousa outdid him with an alpha male handshake.
Arriving at the White House on Wednesday, Marcelo de Sousa emerged from his car and approached Trump in a rather decisive manner.
The video captures the moment when the Portuguese president abruptly outstretched his arm and grabbed Trump’s hand, knocking him off balance.
Lasting for just a few seconds, the unexpected ‘power-shake’ created an awkward moment for President Trump, whose battle to establish dominance through firm handshakes was lost on this occasion.
https://www.rt.com/news/431226-portugue ... ake-trump/
Triste sina ter nascido português
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Re: EUA
Os efeitos do protecionismo no roteiro básico. Serve para os EUA atual, mas para o Brasil recente.
Primeiro aumenta tarifas de insumos, bens de capital, intermediários e finais para proteger a industria nacional.
Segundo, os países exportadores reagem e passam a criar dificuldades nas importações desse país. Seja por medidas burocráticas (sanitárias e de concorrência desleal, por exemplo) ou pelo aumento de tarifas sobre os bens importados desse países. Ao mesmo tempo em que deixam livre e favorecem outros países.
Terceiro, o mercado mais protegido tem produtos, tecnologias e preços diferentes de quando se tinha maior abertura. Já que pode reduzir custos com menor qualidade e equipamento defasado na medida em que segue a política protecionista e o maior custo pode ser repassado pelo preço. Na versão mais sofisticada pode incluir subsídios diversos para que reduza os preços do setor.
O resultado é o menor volume de comércio e estratégias defensivas dos setores atingidos. Por exemplo, migrar parte da produção para outros países como forma de evitar as tarifas. É o que a Harley-Davidson e GM estão fazendo. Portanto, o país exporta menos, compra menos, tem preços maiores e qualidade menor no médio e longo prazo.
Quando o Brasil tenta fazer uma política dessas como na Dilma I os resultados negativos ocorrem internamente. Já que o Brasil é muito pequeno e pouco integrado para mudar algo. Quando os EUA fazem força reações da UE, China e de uma penca de países. O resultado é mudar a geografia do comércio internacional, distribuição produtiva e dos investimentos.
Primeiro aumenta tarifas de insumos, bens de capital, intermediários e finais para proteger a industria nacional.
Segundo, os países exportadores reagem e passam a criar dificuldades nas importações desse país. Seja por medidas burocráticas (sanitárias e de concorrência desleal, por exemplo) ou pelo aumento de tarifas sobre os bens importados desse países. Ao mesmo tempo em que deixam livre e favorecem outros países.
Terceiro, o mercado mais protegido tem produtos, tecnologias e preços diferentes de quando se tinha maior abertura. Já que pode reduzir custos com menor qualidade e equipamento defasado na medida em que segue a política protecionista e o maior custo pode ser repassado pelo preço. Na versão mais sofisticada pode incluir subsídios diversos para que reduza os preços do setor.
O resultado é o menor volume de comércio e estratégias defensivas dos setores atingidos. Por exemplo, migrar parte da produção para outros países como forma de evitar as tarifas. É o que a Harley-Davidson e GM estão fazendo. Portanto, o país exporta menos, compra menos, tem preços maiores e qualidade menor no médio e longo prazo.
A próximo passo pode ser atacar a venda de serviços norte-americanos. Incluindo uma ampla gama como serviços de engenharia e construção, tecnologia entre outros. Assim passa a direcionar as comprar ou dar vantagens para outros países. É o que a China fala abertamente e começa a tomar medidas nesse sentido. A UE, Canadá e outros começam a fazer o mesmo.Harley-Davidson levará parte de produção para fora dos EUA para evitar tarifas retaliatórias da UE
Por Rajesh Kumar Singh e Sanjana Shivdas
(Reuters) - A Harley-Davidson disse nesta segunda-feira que vai transferir para fora dos Estados Unidos sua produção de motocicletas voltada para clientes da União Europeia para evitar tarifas retaliatórias que podem custar à empresa até 100 milhões de dólares por ano.
As ações da Harley caíram 7 por cento após o anúncio e analistas dos papéis da empresa cortaram previsões de lucro diante de preocupações sobre a rapidez com que a empresa seria capaz de se adaptar à tarifa de 25 por cento de importação que a União Europeia começou a cobrar em 22 de junho.
O presidente dos EUA, Donald Trump, apresentou a Harley como um exemplo de fabricante que se beneficiaria de suas políticas comerciais. Mas a mudança de produção proposta parece uma consequência das tarifas impostas no início deste mês pelos EUA contra o aço e alumínio europeus.
"Acreditamos que a decisão da Harley de proteger a demanda da UE é sábia para a saúde da companhia a longo prazo", disse a Baird Equity Research em nota. "Mas esperamos que o impacto de curto prazo pese sobre as estimativas de resultado até que um caminho mais claro para a mitigação destas medidas seja traçado."
Em comunicado ao mercado, a Harley-Davidson disse que as tarifas de retaliatórias da UE resultarão em um custo adicional de cerca de 2.200 dólares por motocicleta exportada dos EUA para o bloco europeu, mas não forneceu mais detalhes sobre os custos atuais. A motocicleta mais básica da Harley na França atualmente custa 7.490 euros (8.766 dólares).
A companhia disse que não aumentará os preços de varejo ou atacado para seus revendedores, e espera que as tarifas resultem em custos adicional de 30 milhões a 45 milhões de dólares para o resto de 2018 e 80 milhões a 100 milhões de dólares em uma base anual.
Trump prometeu recuperar a icônica marca quando assumiu o governo dos EUA no ano passado, mas, desde então, a companhia tem somado os custos de suas políticas comerciais.
No final de abril, a Harley disse que as tarifas impostas por Trump sobre aço e alumínio elevarão os custos da empresa em 15 milhões a 20 milhões de dólares neste ano além do aumento dos custos com matérias-primas no início do ano.
O conselheiro de comércio e manufatura da Casa Branca, Peter Navarro, afirmou nesta segunda-feira que o governo quer que a Harley produza mais motos nos EUA. "Queremos Harleys feitas aqui, mais feitas aqui, e isso é o que vai acontecer sob as políticas comerciais do presidente."
Em resposta ao comentário de Navarro, um porta-voz da Harley-Davidson afirmou que a companhia deixou clara sua posição no anúncio desta segunda-feira.
No ano passado, a Harley vendeu quase 40 mil motos na Europa, ou mais de 16 por cento das vendas totais da empresa. As receitas da companhia no bloco de países estão no segundo lugar entre as maiores da empresa no mundo, atrás apenas dos EUA.
A Harley afirmou que o aumento de produção em fábricas fora dos EUA vai levar pelo menos nove a 18 meses. A empresa tem três fábricas de montagem fora dos EUA: uma no Brasil, uma na Índia e uma na Tailândia.
https://br.reuters.com/article/business ... L2WQ-OBRBS
Quando o Brasil tenta fazer uma política dessas como na Dilma I os resultados negativos ocorrem internamente. Já que o Brasil é muito pequeno e pouco integrado para mudar algo. Quando os EUA fazem força reações da UE, China e de uma penca de países. O resultado é mudar a geografia do comércio internacional, distribuição produtiva e dos investimentos.
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Re: EUA
Caro Bourne, completamente de acordo. Parece-me até que o que irá acontecer com os EUA é algo que qualquer curso básico em Economia Internacional explicaria. No fundo, parece-me que o isolamento dos EUA será benéfico para todos os consumidores menos para os EUA.
Em suma, nos EUA, o excedente do produtor e do Estado irá aumentar à custa do excedente do consumidor, inversamente, no resto do mundo, o excedente do consumidor irá aumentar, devido ao tamanho dos EUA, o que terá impacto na procura e portanto nos preços. Parece-me que travestido de preocupação com os empregos, Trump acabará só por beneficiar o grande capital, mas enfim...
Não deixa de ser também interessante que supostamente o alvo da ira Trump era a China e no final só se fale da UE. É evidente que a globalização teve impactos em muitos sectores das Economias desenvolvidas, mas não me paree que seja a hostilizar os Europeus que se vá fazer algo produtivos, mas enfim...
Em suma, nos EUA, o excedente do produtor e do Estado irá aumentar à custa do excedente do consumidor, inversamente, no resto do mundo, o excedente do consumidor irá aumentar, devido ao tamanho dos EUA, o que terá impacto na procura e portanto nos preços. Parece-me que travestido de preocupação com os empregos, Trump acabará só por beneficiar o grande capital, mas enfim...
Não deixa de ser também interessante que supostamente o alvo da ira Trump era a China e no final só se fale da UE. É evidente que a globalização teve impactos em muitos sectores das Economias desenvolvidas, mas não me paree que seja a hostilizar os Europeus que se vá fazer algo produtivos, mas enfim...
"Socialist governments traditionally do make a financial mess. They [socialists] always run out of other people's money. It's quite a characteristic of them."
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Re: EUA
Se trump tive-se focado apenas na china, podia até ter ganho ajuda de certos países da UE.
Mas ao atirar pra todo lado agora é os EUA vs o Mundo.
Eu estou só esperando a 2º tarifa contra a china. Altas chances de vir e bater os 3 digitos em bilhões.
Mas ao atirar pra todo lado agora é os EUA vs o Mundo.
Eu estou só esperando a 2º tarifa contra a china. Altas chances de vir e bater os 3 digitos em bilhões.
Re: EUA
A guerra comercial já existia no tempo do Obama , só que agora é mais visível . As multas milionárias que Deutsche Bank, e a Volksvagen tiveram de pagar nos USA , e o ataque da EU às empresas como a Google , Amazon , etc, por estarem a utilizar a Irlanda , para o planeamento fiscal . A guerra já está instalada há muito tempo ...