Novo Fuzil para o EB

[FCarvalho]

Eu só espero que não demore vinte anos para perceber que o nosso afã pelo básico não é nem de longe algo recomendável para a nossa realidade. Mesmo nas missões da ONU.
Talvez o fato de a Imbel estar se esforçando para projetar outras versões do IA-2 pode ser um alento em meio a tudo isso.

Abs

[gabriel219]

Uma coisa interessante sobre a Imbel é que ela opitou por utilizar um cano mais pesado e de "aço puro" para o Fz de Ass, enquanto um HK 416 utilizar cano um pouco mais leve e cromado.

Pesquisei um pouco os prós do cromado e tem a ver com ser mais simples de limpar, resistir melhor á corrosão ao sal e extender a vida útil do cano, já os canos não cromados possuem uma performance muito superior na precisão, principalmente de médias e longas distâncias chegando á sub-MOA: https://blog.cheaperthandirt.com/ar-15-barrels-101/

Levando em conta que até agora nunca ouvimos falar de problemas quanto á limpeza ou corrosão dos canos do IA2, talvez ele com cano de 13" seja tão preciso quanto um de 14,5" cromado.

[Viktor Reznov]

Eu acho que a Imbel fez uma escolha errada. O cano não cromado tem de ser limpado com frequência senão a corrosão de munição de baixa qualidade destrói o raiamento do cano.

[gabriel219]

Bom, á julgar pelas novas munições da CBC são de ótima qualidade.

Mas antes dessas munições o que mais ocorreu foi IA2 em água salgada, atirando M193 e SS 109 da CBC, essa última nem presta. Alguma falha grave deveria ter ocorrido mas até agora não ouvi nada do tipo.

Se conseguiram fazer o cano SS chegar perto da durabilidade do CL, é um baita feito, pois ás vantagens na precisão são grandes. Aliando isso ao cano ser flutuante e mais pesado, pode resultar numa precisão igual ou maior que um 14.5".

Inclusive achei infográfico em que mostrava um cano 16.5" SS e flutuante (1:9) dando um pau em um 20" CL (1:7, não especificaram se era flutuante) com munição 62 gr. Vou tentar encontrar novamente.

Claro, isso tudo é especulação minha. Só seria possível atestar num teste com cano de 14.5"

[Marechal-do-ar]

Eu acho que a Imbel fez uma escolha errada. O cano não cromado tem de ser limpado com frequência senão a corrosão de munição de baixa qualidade destrói o raiamento do cano.

De acordo.

E a perda de precisão chega a ser irrelevante considerando que 99,99% deles só vai atirar com as miras de ferro.

[FCarvalho]

Supõe-se que ao menos as tropas de reação rápida do EB sejam equipadas em partes com o COBRA 1.0
Se assim for, em tese, ao menos algo em torno de vinte a trinta por cento da infantaria disponha de miras e sistemas adicionais aos seus IA-2.
A ver.

Abs

[gabriel219]

Não, o EB adotou a HDS 3AA da Newcon, só não tem comprado com maior volume. O EB tinha até feito uma encomenda grande, mas não há muitos nas fileiras.

Caso o orçamento aumente, isso deve mudar. As demais utilizam mix de Acog (pqdt) e MARS (13a Bda Lv, Percursores). Pelo que pude apurar, a maioria dos HDS estão indo para tropas de selva, essas já praticamente adotaram munição SAT.

E faz total diferença se levar em conta disparos á 250-300 metros.

O comparativo que vi entre os canos era MOA á 100 yards, isso são quase 91 metros e já deu pra ver a diferença, indo pra 300 metros a coisa muda de figura.

[Juniorbombeiro]

Apenas uma consideração aqui, não se deve confundir cano sem revestimento de cromo com cano SS. SS significa Stainless Steel, ou aço inoxidável. Canos SS são utilizados em armas de altíssima precisão (match grade), mas não servem para armas de uso intensivo, pois a mesma característica que torna o aço inox adequado para precisão (ser mais "macio", permitindo uma usinagem mais exata do cano), o torna impróprio para altos volumes de fogo. Além de, obviamente, ser muito mais caro. Já os bons canos militares são confeccionados em aço liga (cromo molibdênio) bem mais duros e resistentes a pressão, podendo ou não ter o revestimento interno em cromo para proteger contra corrosão e facilitar a limpeza.

[Túlio]

Valews por esclarecer, Juniorbaiano, nem vou falar nada, de tanta viagem que vi...

[gabriel219]

Então, no caso o cano do IA2 a Imbel só informa que é SS e que não possui revestimento de cromo.

Se é liga ou não, ninguém fala.

Ao menos sabemos que o cano é mais crosso e pesado pra um Fz Ass, flutuante, forjado á frio e feito em aço inoxidável que pode ser liga ou puro. Talvez seja 416, que é muito comum.

[Juniorbombeiro]

Não, não é SS, é aço liga cromo molibdênio (provavelmente o bom é velho 4130), forjado a frio, não flutuante e sem revestimento de cromo, ao que tudo indica.

[Juniorbombeiro]

Estive olhando umas fotos antigas do Caiafa para ver se tinha escrito em algum lugar o material do cano, acabei encontrando outra coisa. Nesse mostruário de etapas do processo de fabricação tem um cano de fuzil cortado e pintado de vermelho, notem o que está escrito: Cano de fuzil raiado e cromado. Me parece que a Imbel possui esse processo (o que convenhamos, não é nenhum bixo de sete cabeças), fazer IA-2 com cano cromado é só uma questão de opção.

[gabriel219]

Sobre o SS eu li no blog Firearms, pois nunca soube qual era o material do cano.

[Pablo Maica]

Vídeo sobre supostos problemas operacionais (ergonômicos), enfrentados pelos militares peruanos, na utilização do SCAR.




O vídeo completo.




Ps: O sr. do vídeo, é diretor em uma empresa de soluções de defesa que produz fuzis e pistolas, e pela rápida pesquisa que fiz, tende a se envolver em troca de acusações com militares de alta patente, toda vez as forças armadas compram armamento individual (que não sejam de sua empresa), logo o conflito de interesse é um fator a ser considerado.


Um abraço t+

[gabriel219]

Eu nunca gostei de alavacas de manejo serem fixas ou se moverem junto com o ferrolho, apesar se um acidente como este ser muito raro ou por bisonhice.

Mas lembro que uma das coisas que mais reclamavam do SCAR era a durabilidade da coronha.