VENEZUELA
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Re: VENEZUELA
O Brasil não é assim. É território nacional com brasileiros existe a intervenção federal. Não existe a opção "não é problema nosso". Não é comum nos tempos recentes porque não foi necessário, mas existe a preparação para tal. Existe de longa dada estratégia para ocupação e monitoramento. O foco não era intervenção da OTAN ou do grande Satã (os EUA), mas ocupar o terreno, evitar guerrilhas e narco-guerrilhas, atividades ilegais e uso da região como porto seguro para estrangeiros.
Não precisa ir voando. É esperado uma crise progressiva que exija aumento do equipamento e pessoal. Manaus e Roraima não são isoladas. Existe as linhas de transporte fluvial via Belém e Santarém. Assim que escoa e abastece a zona franca de Manaus. E a BR 174 está lá para fazer a ligação terrestre com Manaus. A Venezuela não condições de fechar os portos, rotas fluviais ou inviabilizar o uso da BR-174. Aliás, a BR 174 foi feita para ocupação e ligação de Roraima com Manaus, pensada nos tempos do Regime Militar e asfaltada no governo FHC.
Não precisa ir voando. É esperado uma crise progressiva que exija aumento do equipamento e pessoal. Manaus e Roraima não são isoladas. Existe as linhas de transporte fluvial via Belém e Santarém. Assim que escoa e abastece a zona franca de Manaus. E a BR 174 está lá para fazer a ligação terrestre com Manaus. A Venezuela não condições de fechar os portos, rotas fluviais ou inviabilizar o uso da BR-174. Aliás, a BR 174 foi feita para ocupação e ligação de Roraima com Manaus, pensada nos tempos do Regime Militar e asfaltada no governo FHC.
- gabriel219
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Re: VENEZUELA
Flávio,FCarvalho escreveu: ↑Qua Mai 16, 2018 10:57 pm Desculpem não poder acompanhar o tópico direito, mas deixo aqui algumas questões.
Qualquer intervenção militar no extremo norte do país terá dificuldades bastante conhecidas a saber:
a. não temos acesso terrestre, seja rodoviário ou ferroviário;
b. acesso somente aéreo e fluvial para material pesado até Manaus;
c. Boa vista acessível somente via BR 174 a partir de Manaus ou aéreo;
d. estoques de guerra muito abaixo do razoável, sendo de difícil e custosa reposição, além de antigo e não confiável;
e. ausência de infraestrutura militar condizente na região seja para apoio, seja para combate efetivo;
f. nossa logística militar é patética;
g. FAB desprovida de qualquer capacidade de transporte estratégico enquanto;
h. transporte tático pouco fiável e/ou inócuo;
i. país com pouca ou nenhuma disposição para assumir os custos e depreciações de um conflito militar fora do eixo rio-sp.
Tem outras coisas, mas estas a meu ver são as principais que devem ser observadas.
Antes que alguém diga que estou sendo bairrista em relação ao item "i", devo lembrar que nosso povo via de regra tem uma visão de país muito particular no que compete as relações entre as regiões. É meio como aquele ditado. Na hora do pau, "pouca farinha, meu pirão primeiro." A Ideia de um país só subsiste no consciente nacional somente naquilo que não interfere nas concepções de cada um sobre como gerir seus interesses e vida particular. No momento que isso é posto em cheque por algo que vá além da cidade e/ou estado, se muito região, a brasilidade já foi para o buraco faz tempo.
abs
Não tem essa de "a o povo Brasileiro não quer, não temos dinheiro, não é problema nosso". É o mesmo que ter dito há 5 anos atrás que a Guerra civil na Síria não tem nada a ver com Iraque, Israel e Turquia.
É o mesmo cenário!
Guerrilhas irão se aproveitar do território nacional, a Venezuela saberá disso e atacará alvos em território nacional.
Não se trata de SE, mas sim QUANDO!!! A Venezuela é um barril de pólvora, com o pávio já aceso, sabemos o que irá acontecer. Trata-se agora de nos prepararmos e escolhermos um meio de ação.
Ora, não precisaremos de logística longa e complexa. Para meios terrestres seriam usados meios locais (com ou sem a organização que eu proponho), com reforço de Guarani (UT-30 + Spike LR2) e Astros MK6. Pra isso que os C-130 servem.
Fora que a operação Militar que eu proponho é com poucos meios terrestres (somente haveria combates de baixa intensidade e defesa dos locais), enquanto toda a operação seria aérea. Pra isso não é um pesadelo logístico.
Linhas férreas são dispensáveis, já que não estamos falando em mover M60, 1A5 ou Gepard.
M109A5 podem ir da mesma forma que enviaram um M60.
Os caças nem teriam dificuldade, já que a estrutura já existe!
O melhor cenário, de longe, é fazer um ataque preventivo.
Ficar esperando, passivamente, guerrilha usar nosso território e provocar ataques de Sukhoi, movimento de 2 Brigadas Blindadas e Brigadas de infantaria de Selva para fungar no cangote de Pacaraima, enquanto fingimos que não é com nós é idiotisse!
O melhor é evitar que isso ocorra e destruir toda capacidade ofensiva do Exército Venezuelano e bombardear estruturas militares estratégicas até o Ditador (e os Militares) pedirem arrego.
Custoso ou não, isso não importa. Com uma guerra estourando, dinheiro aparecerá do nada, assim como oportunidades de negócio, como Gripens, KEPD e Spike, fora as munições. Dá pra aprontar tudo em um mês e esperar o momento certo para por em ação.
Essa passividade do Brasileiro, para todos os casos, é o que mais me irrita.
Só compramos um colete balístico quando tomamos um tiro.
- gusmano
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Re: VENEZUELA
Não se esqueçam de combinar com os russos...
Inicialmente estava fazendo referência a frase do Garrincha. Mas depois percebi que serve literalmente tb...
abs
Inicialmente estava fazendo referência a frase do Garrincha. Mas depois percebi que serve literalmente tb...
abs
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Re: VUVUZELA'S WAR
Não tem como eu discordar do @gabriel219 e, curiosamente, também do @Bourne e do @FCarvalho, embora com pequenas discordâncias, a rigor pontuais. De fato, a situação lá em RR só tende a piorar, e muito. E não temos tempo, no que o couro começar a comer não vai ter muito jeito, não com o que temos ou planejamos ter. E há muito mais em jogo lá do que imaginamos, além de um tremendo fator complicador, que já mencionei, mesmo que de passagem:
Vejam, isso é Roraima. Montes de recursos e quase toda a fronteira com a Vuvuzela é terra indígena, onde o EB, na prática, só entra com permissão expressa e que pode ser revogada sem prévio aviso. Notar ainda que a reserva "brasileira" dos chamados "ianomamis" (tribo artificial, fabricada com restos de outras e cujos integrantes sequer entendem o idioma/dialeto uns dos outros) é adjacente à sua homóloga na Vuvuzela:
Notar, por fim, no primeiro mapa, que o acesso por terras não-indígenas é área de planalto, o que dificulta e eleva bastante o risco para movimentação de forças motorizadas, mecanizadas e blindadas. A coisa vai ser a pé, pelo ar e pela água. Sobre esta última, verificar os cursos disponíveis:
Por fim, observar o relevo da região. A passagem pela fronteira por forças como as que citei se complica por ser área de planalto (conforme a época, fica ainda pior por causa da enorme pluviosidade, uns 2 metros de chuva por ano), mas isso facilita sobremodo o emprego de guerrilhas e FFEE, inclusive no modo transfronteiriço, ao mesmo tempo em que dificulta seu combate.
Aí está o tabuleiro, senhores: LET THE GAMES BEGIN!!!
Vejam, isso é Roraima. Montes de recursos e quase toda a fronteira com a Vuvuzela é terra indígena, onde o EB, na prática, só entra com permissão expressa e que pode ser revogada sem prévio aviso. Notar ainda que a reserva "brasileira" dos chamados "ianomamis" (tribo artificial, fabricada com restos de outras e cujos integrantes sequer entendem o idioma/dialeto uns dos outros) é adjacente à sua homóloga na Vuvuzela:
Notar, por fim, no primeiro mapa, que o acesso por terras não-indígenas é área de planalto, o que dificulta e eleva bastante o risco para movimentação de forças motorizadas, mecanizadas e blindadas. A coisa vai ser a pé, pelo ar e pela água. Sobre esta última, verificar os cursos disponíveis:
Por fim, observar o relevo da região. A passagem pela fronteira por forças como as que citei se complica por ser área de planalto (conforme a época, fica ainda pior por causa da enorme pluviosidade, uns 2 metros de chuva por ano), mas isso facilita sobremodo o emprego de guerrilhas e FFEE, inclusive no modo transfronteiriço, ao mesmo tempo em que dificulta seu combate.
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- gabriel219
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Re: VENEZUELA
Os Russos faziam, no máximo, financiar. Ai o EUA apoiaria nós e a Colômbia, ai fica pior ainda.
- gusmano
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Re: VENEZUELA
E não é importante?gabriel219 escreveu: ↑Qui Mai 17, 2018 1:25 pmOs Russos faziam, no máximo, financiar. Ai o EUA apoiaria nós e a Colômbia, ai fica pior ainda.
Enfim, de qq forma..precisa combinar os cenários com os venezuelanos tb. Eles tem que esperar nossa ação "preventiva", não podem fazer um unico raid de impacto social e economico grande com os SU30 etc.
@Tulio, eu acredito fortemente que os indios seriam os primeiros a tomarem no c#. Não vejo pq as FA´s se furtariam a entrar nessa area em um cenário tão catastrophic como esse.
abs
- gabriel219
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Re: VENEZUELA
E é bem nesse ponto que haveria abrigos para um centro de guerrilha, principalmente em Igarapés no Noroeste de Roraima. E esse é o grande problema do Brasil atualmente, muitas demarcações se quer há indios lá.
Qualquer ação da Venezuela na região é um ataque á soberania Brasileira.
Esse seu último mapa deixa explícito o que eu tenho dito sobre, em hipótese alguma, deixar os Venezuelanos mover tropas até a fronteira. Eu estou no celular e vou tentar desenhar os mapas, espero que não fique muito tosco
Vou colocar meu post em duas fazes, defesa e ataque:
O problema, além de um fronte com quase 200 km de largura é se eles vierem pelo Rio Canori, estacionar em Los Caribes e utilizarem os rios Amajari e Tucutói .Se estacionar tropas em Los Caribes, mesmo que Mecanizadas, conseguiriam abrir um flanco por Tepequém.
Isso abre um fronte de 259 km!!!
Em hipótese alguma deveriam permanescer em Pacaraima, dá pra flanquear fácilmente a cidade, cercar e ainda enviar o restante direto pra Boa Vista.
Mesmo com o espaço apertado, conseguiriam passar com escolta da Infantaria de Selva. Se conseguirem, teriam acesso a rodovia RR-203 e RR-342, ambas dão acesso a BR-174.
Agora imagine um fronte vindo de Santa Elena de Uiarén, composta por Mi-35M, T-72B1, BMP-3 e todo resto da 11 e 41 Brigadas Blindadas, com um flanco possível e bem feito por essa via, unindo tropas de Selva Venezuelanas, sendo um flanco feito pela 51 Brigada de Infantería de Selva e 25 Brigada de Infantería Mecanizada.
O que podemos fazer é tentar emboscadas ao "comboio fluvial", o problema é que se caso der errado, haveria grandes problemas na retirada das tropas, com o risco de serem cercadas por unidades Blindadas da 41a ou 11a que atacariam.
Isso torcendo para não terem feito mais um flanco pelo lavrado da Guiana, tendo a Raposa Cerra do Sol como cobertura.
Em boa espectativa são 4 Brigadas inteiras invadindo a região, talvez até mais uma ou duas. Nós não temos como mover 2 Brigadas inteiras em um mês, quem dirá mais do que isso pra enfrentar todo esse poderio. Teríamos que lhe dar com o que há na região, torcendo muito pra Artilharia, AH-2, Spikes e aviação conseguir infringir sérios danos á essa ofensiva.
Todo o fronte seria mais ou menos esse:
Pense bem na m#%$ que iria dar.
Ainda sim, com Guarani (UT-30 + Spike), Spike ER e MAPATS posicionados em flancos, Spike NLOS dando apoio nas linhas de defesa, AMX atacando, com MAR-1, unidades de BUK e S-125, sendo apoiados por F-5EM + E-99 + Derby ER para estabelecer uma no-fly-zone, conseguiriamos resistir, mas também seria muito custoso.
Teríamos que prover a defesa com posições fortificadas sendo cobertos por artilharia (155 mm dos M109A5 movidos, MK6 e Spike NLOS, que é praticamente artilharia, com alcance maior que um 155 mm e poder de fogo maior) e pelo "no-fly-zone". Spike NLOS estaria na linha de defesa e também atrás, justamente para servir também como contrabateria para os Msta.
Não sei se AH-2 e A-29 poderiam dar suporte aéreo adequado devido aos Manpads. Se dependesse das 23 mm móveis da Venezuela, os AH-2 suportam (vai matar o Hind de rir), já os A-29 teriam que voar acima do alcance dos VSHORAD e lançar bombas á laser para atingir os alvos, preferencialmente á noite.
As tropas na região também precisarão de reforço da Brigada Inf Pqdt e da 12a Bda Lv, além das FFEE.
Se conseguirmos suportar o primeiro ataque, o ideal seria explorar pontos fracos da frente com drones, isso possibilitaria, talvez, o avanço de alguns Guaranis até o flanco adversário:
É muito arriscado, mas seria a única opção para quebra do certo.
A capacidade LOAL dos Spike LR2 e drones como FT-100 os deixariam longe do alcance dos canhões do T-72B1, BTR-82A e do BMP-3.
O intuito não é cercar e destruir todas as Brigadas, mas de causar o máximo de danos o possível e recuar até a linha de defesa, fazendo com que a força invasora repense seu planejamento. Isso daria tempo para nós construírmos uma contraofensiva.
Esse é o custo de ficarmos na passividade, achando que não é com nós até o inimigo bater nossa porta.
Se tivermos a proposta que eu apresentei (RCB, GAC AP/AR 155 mm, A-29X, RCM e AH-1W), a vida na defesa seria muito facilitada, pois poderíamos bater de frente no fronte inimigo (já que o Leopard REVO é inume a qualquer armamento da Vuvuzela, inclusive dos canhões 125 mm, que não podem disparar munições mais rápidas que 1,700 m/s).
- gabriel219
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Re: VENEZUELA
Olha o território Venezuelano, existem dezenas de meios e locais de ataques preventivos. Eu, em poucos posts, já sugeri 5 tipos de ataques preventivos.gusmano escreveu: ↑Qui Mai 17, 2018 1:43 pm
E não é importante?
Enfim, de qq forma..precisa combinar os cenários com os venezuelanos tb. Eles tem que esperar nossa ação "preventiva", não podem fazer um unico raid de impacto social e economico grande com os SU30 etc.
@Tulio, eu acredito fortemente que os indios seriam os primeiros a tomarem no c#. Não vejo pq as FA´s se furtariam a entrar nessa area em um cenário tão catastrophic como esse.
abs
Eles não possuem Força Aérea o suficiente para fazer CAP em todos esses locais, muito menos AAe pra isso. Os S-300 e BUK ficam na costa, principalmente em Caracas. O resto é S-125, Manpads e Zhu-23-2. Não tem como deter um ataque preventivo que nem saberão por onde vierem.
Não precisa combinar com eles, basta analizar o cenário.
Mesmo que estiverem com CAP, nada que F-5EM + Derby ER + E-99 não resolvam, os Su-30MK2 ou mesmo F-16 (SE estiverem voando) serão detectados antes mesmo de saberem que há mísseis em sua direção.
Quando descobrirem onde será o ataque preventivo, não terão tempo pra acionar unidades em terra, se caso houver cabeças-de-ponte. Além disso, demoraram tanto tempo para chegar até esses locais que a defesa já estará sendo formada e ai é bronca pra eles, já que as pontes já estariam detonadas.
Se excluir cabeça-de-ponte, temos o ataque aéreo e ai não há o que o Ejército Venezuelano faça. Não possuem AAe pra proteger toda 11a, 44a e bases aéreas, sem falar em usinas de refino, instalações do Governo e etc.
Já nós sabemos de onde virão o ataque deles, pois só há um lugar possível e chama-se Roraima.
O nome disso é protagonismo de ações militares e não precisa combinar com ninguém, já que a tomada de ações é sua.
É por isso que eu odeio, com todas as minhas forças, qualquer passividade num conflito como esse.
- Bourne
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Re: VENEZUELA
Por isso que desde o Império o governo central sempre se esforçou para manter Roraima e essas regiões distantes @Túlio. A região é cheia de hidrovias que são o principal meio para transporte na região.
Aliás, desde o governo militar e aprofundada nos governos pós-abertura, ocorreu o crescimento da população local, instalação de estruturas de estado, incentivo para ocupação e novas atividades. Por exemplo, arroz e soja, criação de gado, mineração e siderurgia, ganharam até uma zona franca. Boa parte do comércio com Brasil e exterior vai por hidrovia ou usa o porto de Manaus.
Entre a fronteira Brasil-Venezuela também uma cadeia de montanhas onde fica o Monte Roraima, mas é seguido por planalto e pode se chamar de savana. Este último motivou a pressão para permitir culturas agrícola como soja e gado na região. Especialmente por ter menor custo de transporte até os navios que ficam em manaus. Ou seja, é uma região bem diferente de quando se fala de Amazônia pelo menos na fronteira. Mas nem tanto do que se vê no sul e sudeste. As cadeias de montanha, planaltos e mais cadeias de montanha é bem comum.
Aliás, desde o governo militar e aprofundada nos governos pós-abertura, ocorreu o crescimento da população local, instalação de estruturas de estado, incentivo para ocupação e novas atividades. Por exemplo, arroz e soja, criação de gado, mineração e siderurgia, ganharam até uma zona franca. Boa parte do comércio com Brasil e exterior vai por hidrovia ou usa o porto de Manaus.
Entre a fronteira Brasil-Venezuela também uma cadeia de montanhas onde fica o Monte Roraima, mas é seguido por planalto e pode se chamar de savana. Este último motivou a pressão para permitir culturas agrícola como soja e gado na região. Especialmente por ter menor custo de transporte até os navios que ficam em manaus. Ou seja, é uma região bem diferente de quando se fala de Amazônia pelo menos na fronteira. Mas nem tanto do que se vê no sul e sudeste. As cadeias de montanha, planaltos e mais cadeias de montanha é bem comum.
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Re: VENEZUELA
Se eu entendi direito, se a hipótese é de enfrentamento de guerrilha em RR, o máximo que vamos fazer é enviar reforços na forma de pqdt, talvez inf amv e o pessoal das FE's. O resto é com o único BIS de Boa Vista e mais 2 ou 3 batalhões da região. CFN fica na reserva estratégica.
Se escalar, no caso de forças venezuelanas adentrarem nosso território, aí a coisa muda muito de figura.
Será o caso de enviar tropas mecanizadas e, talvez bldas. Este reforço se daria a priori com a 9a bgda inf mec, de mais pqdt e amv, quiçá pessoal da inf mth, e alguma bgda cavalaria mec. A FFE também seria destacada, junto aos dois Btl op rib de Belém e Manaus. Somando tudo dá mais ou menos uns 21 batalhões de infantaria.
Pra ser honesto, nem na GM II movimentamos tantas tropas de combate. Aí eu fico imaginando, como vamos fazer com o pessoal de apoio?
Abs
Se escalar, no caso de forças venezuelanas adentrarem nosso território, aí a coisa muda muito de figura.
Será o caso de enviar tropas mecanizadas e, talvez bldas. Este reforço se daria a priori com a 9a bgda inf mec, de mais pqdt e amv, quiçá pessoal da inf mth, e alguma bgda cavalaria mec. A FFE também seria destacada, junto aos dois Btl op rib de Belém e Manaus. Somando tudo dá mais ou menos uns 21 batalhões de infantaria.
Pra ser honesto, nem na GM II movimentamos tantas tropas de combate. Aí eu fico imaginando, como vamos fazer com o pessoal de apoio?
Abs
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Re: VENEZUELA
Só um maluco moveria 1A5 e M60 pra enfrentar T-72B1.
Nenhuma Brigada Blindada seria movida, apenas Pqd, Lv Aero e Mecanizada, conta-se 3 ou 4 Brigadas, junto com reforço aéreo na região.
Isso não é nenhum pesadelo logístico e dinheiro vai chover pra manter tudo funcionando, afinal se trata de uma guerra.
Mas há uma solução bem melhor, ocupando somente parte da Bda Pqdt e da 12a Bda Lv, aviação e RCB/RCM ou 2/3 Btl Inf Mec.
Nenhuma Brigada Blindada seria movida, apenas Pqd, Lv Aero e Mecanizada, conta-se 3 ou 4 Brigadas, junto com reforço aéreo na região.
Isso não é nenhum pesadelo logístico e dinheiro vai chover pra manter tudo funcionando, afinal se trata de uma guerra.
Mas há uma solução bem melhor, ocupando somente parte da Bda Pqdt e da 12a Bda Lv, aviação e RCB/RCM ou 2/3 Btl Inf Mec.
- FCarvalho
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Re: VENEZUELA
Em se tratando de uma guerra aberta Gabriel, não se contam esforços e meios. Se houver ameaça de T-72, haverá a necessidade de resposta a altura com o que temos.
Dependendo da intensidade ou envergadura que a coisa toda assuma, além da integralidade do emprego das FAR-E, o EB irá lançar mão de tudo que tem. Sem economia.
Então não vamos ter apenas 20 e poucos Btl envolvidos inf envolvidos, pelo contrario, vamos ter no TO quase metade de toda a infantaria do exército trabalhando. Isso significa movimentar, organizar, treinar, equipar, alimentar e armar mais de 30 mil combatentes. Agora multiplica isso por 3 ou 4 que é a média de pessoal de apoio que cada combatente precisa para manter-se?
Não temos parâmetro recente na história do país em termos de ação militar desse tamanho. Não estou dizendo que não podemos fazer, mas se chegarmos a esse ponto é porque todas as outras opções foram perdidas. Não tem mais volta.
Dá pra imaginar o EB tendo de dar conta de pelo menos noventa mil homens na Amazônia? Consegues imaginar o tamanho da merda que vai ser isso? Eu posso até ter pesadelos com algo assim.
Abs
Dependendo da intensidade ou envergadura que a coisa toda assuma, além da integralidade do emprego das FAR-E, o EB irá lançar mão de tudo que tem. Sem economia.
Então não vamos ter apenas 20 e poucos Btl envolvidos inf envolvidos, pelo contrario, vamos ter no TO quase metade de toda a infantaria do exército trabalhando. Isso significa movimentar, organizar, treinar, equipar, alimentar e armar mais de 30 mil combatentes. Agora multiplica isso por 3 ou 4 que é a média de pessoal de apoio que cada combatente precisa para manter-se?
Não temos parâmetro recente na história do país em termos de ação militar desse tamanho. Não estou dizendo que não podemos fazer, mas se chegarmos a esse ponto é porque todas as outras opções foram perdidas. Não tem mais volta.
Dá pra imaginar o EB tendo de dar conta de pelo menos noventa mil homens na Amazônia? Consegues imaginar o tamanho da merda que vai ser isso? Eu posso até ter pesadelos com algo assim.
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Re: VENEZUELA
Eu sei. Mas me referia as nossas tropas blindadas em termos de altura da resposta. Carros de combate se combate, a priori, com outros carros de combate.
O EB mesmo não tendo nada parecido com o CC venezuelano enviaria de qualquer forma M-60 ou Leo 1A5, o que estivesse mais à mão.
De qualquer forma, eles não atuariam sozinhos. Mesmo não tendo mísseis AC, helos de ataque ou art de camp moderna, como disse acima, nessas horas ninguém pensa em economia. Usa-se o que tem do jeito que dá.
Se isso daria certo ou não, bem, é algo que só acontecendo de verdade para saber. Mas esta é uma hipótese que penso não temos com que nos preocupar.
ps: mesmo não tendo um CC moderno, ou modernizado, se a doutrina estiver em dia com o quê há por aí de mais atual, podemos tirar "leite de pedra" mesmos com os vestutos bldos que temos. Seria a hora de o CIBId mostar a que veio.
abs.
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Re: VUVUZELA'S WAR
Buenas, tigrada. Comecei a apenas ler para acompanhar o debate desde anteontem, até para entender os rumos que está tomando. Me parece que se formaram duas "correntes", uma defendida pelo @gabriel219 com um apoio discreto, ambíguo e, para variar, meio que sem pé nem cabeça do @Bourne e outra pelo @FCarvalho. A primeira preconiza que a Vuvuzela se lançará numa guerra de conquista contra o Brasil, a segunda segue mais ou menos o que propus, ou seja, que guerrilhas anti-bovinas se formarão aqui, com base nas multidões de refugiados que têm todas as razões do mundo para odiar o regime lá deles. Minha análise (à luz do que já postei, dando início ao presente what if - que aliás, não é meu, cada um segue como quiser/puder e com a argumentação que melhor lhe aprouver):
O GABRIEL - A meu ver, inicia da premissa que a Vuvuzela, no desespero, parte para uma guerra aberta de conquista contra o Brasil, empregando blindados, caças, helicópteros, AAAe, tudo o que tem. Não vou ficar de ufanismos & baboseiras afins para contestar, basta notar que os caras mal se aguentam para manter o status quo, é sodas de acreditar que se lançariam numa aventura com mil por cento de chance de dar muito errado, e não por causa de miraculosas capacidades do Brasil, mas por fatores geopolíticos inescapáveis:
A grande inimiga da Vuvuzela é a Colômbia, o que inclui disputas político-ideológicas, territoriais e marítimas, grande parte disso focado nas vastas jazidas de petróleo e outras commodities minerais. Secundariamente, há os EUA, o dono do quintal chamado América do Sul e que é abertamente favorável a uma e hostil à outra. Seria a mãe de todas as loucuras dar as costas a este FATO para atacar o Brasil porque sim, e isso que nem a fraquíssima Guiana - que o pajarito que o Girafales diz que lhe dá conselhos deixou claro que considera parcialmente como território seu, chegando ao ponto de botar uma parte dela como estrela em sua bandeira - se meteram a atacar. E iriam apenas porque sim tirar seus T-72, S-300, Buk, Grad, Smerch e obuseiros 152 mais os FLANKERS e Hinds e as melhores e mais fiéis tropas (entre militares e milicianos) das áreas mais quentes (ao norte) para vir atacar aqui (sul) sem qualquer justificativa? Como ficaria a parte mais populosa e estratégica? Totalmente desprotegida, inclusive contra uma população crescentemente hostil? Desprezariam o Inimigo Interno e o externo numa tentativa abilolada de obter mais Lebensraum? Brabo, pois não há cenário minimamente aceitável - sequer como mera possibilidade - de isso ocorrer, é tudo o que a oposição de lá precisa para aproveitar o enorme descontentamento popular e correr de vez com a cambada...
O FCARVALHO - Sempre a meu ver, parece focado no cenário por lejos mais provável (quase escrevi inevitável): a crescente massa de refugiados, ante a impossibilidade de se estabelecerem aqui, seja pelo escasso (eu ia dizer ausente) apoio governamental (que aliás já não tinha nem para os Brasileiros da região) daqui, trata de sobreviver, se organizando nos seguintes eixos-chave:
Uma parte menor se une ao crime organizado transnacional, parte Brasileiro, parte Colombiano, parte Vuvuzelano e, por fim, uma mistura ardida disso tudo; esta parte se juntará - e será composta - por:
A - Inclinação natural, já que deram no pé da Bovinolândia porque já eram criminosos mesmo e procurados pelas forças de SegPub de lá;
B - Habilidades adquiridas (combate, treinamento de recrutas e até de FFEE, ações de inteligência), sendo ex-militares, ex-milicianos e ex-policiais. Mesmo sem inclinação natural para o crime, sabem que possuem capacidades que valem dinheiro e precisam sobreviver, além de prover sustento a seus dependentes;
C - Outros especialistas, como engenheiros, médicos, paramédicos e enfermeiros, além de armeiros/mecânicos de armamento, mecânicos automobilísticos, de barcos, etc. Suas habilidades de pouco lhes valem no Brasil, se empregadas legalmente, os obstáculos são imensos. Assim, resta-lhes apenas seguir por outras vias...
D - Finalmente a população refugiada comum, de baixa instrução mas com as mesmas necessidades; à falta de opção, a tendência natural (e isso é explicável pela própria natureza humana, que impõe a sobrevivência, própria e dos seus, sobre toda e qualquer outra consideração ética, moral e/ou legal) será sempre buscar meios para se sustentar. Se estes forem contrários à lei, azar da lei.
Este pessoal levará a criminalidade a níveis muito acima do que já se viu alguma vez por aqui, com a "vantagem" extra de poder ajudar a expandir e sofisticar a mesma criminalidade para e em todas as outras partes do Brasil, que já nem tem isso sobrando¹.
Outra parte menor - podemos ver isso agora mesmo - se adapta ao Brasil e até tende a prosperar, sendo que alguns permanecem na região e outros se espalham pelo Brasil; uma terceira parcela fica aqui apenas até juntar dinheiro suficiente para imigrar para Países de fala castelhana (como a Argentina), onde ficarão mais à vontade. Não falta matéria na imprensa mostrando estes "casos de sucesso". É de se imaginar que ao menos parte desta ajudará a financiar e obter financiamento para a seguinte.
A terceira minoria - mas muito mais numerosa do que as duas já citadas juntas, e sobra troco - quer voltar para seu País e retomá-lo dos bovinos, uns porque ainda acreditam em fofialifmo e que dá para fazer essa bagaça funfar, "é só mudar o aproach"; já outros têm saudade de como era antes do Pajarito botar as manguinhas de fora e transformar um País inteiro em Casa da Mãe Joana; o terceiro grupo quer uma terceira via (vai saber qual ). É no seio deste pessoal (formado pelos mesmos ABCD supracitados, cada um por suas razões) que surgirão - ou até já surgiram - os líderes que irão arregimentar seguidores e obter recur$o$ onde e como puderem, o que vai desde obter apoio financeiro apelando para desde Brasileiros (e não vai faltar quem seja "de direita" e tope botar uma grana para sacanear os COMUNAZZZ, lembrem dos ianques nos anos 80, que compravam camisetas onde estava escrito em caixa alta "I SUPPORT SOLIDARNÖSC" porque lhes era prometido que parte da grana iria para o Lech Walesa e seus seguidores na Polônia, lembro de anúncios disso em revistas que comprava na época, tipo "Soldier of Fortune", etc) e estrangeiros (aí incluído quem se mandou e se deu bem) até operações clandestinas - encobertas - de garimpo em terras indígenas (mostrei acima um mapa com um apanhado geral de quanto há para roubar só em RR), sem falar em associações mutuamente proveitosas com o primeiro grupo, o do crime organizado, p ex as FARC faziam isso na Colômbia até virarem uma narcoguerrilha; com o tempo a coisa irá afunilando (outra vez, isso provavelmente já está em andamento. Eu ficaria até surpreso se não estivesse) e muitos dos chefes se tornariam subchefes, reunidos em torno de uns poucos (mais inteligentes, carismáticos e com melhor acesso a recur$o$) líderes maiores. Essa tchurma daria/dará início aos raids anti-bovinos na Vuvuzela.
Finalmente, a chamada "maioria silenciosa" que ficará em campos e comunidades de refugiados - com o crescimento da imigração ilegal (e são refugiados, não dá para engrossar muito com eles/as) isto se tornará inevitável - no norte do Brasil, sendo provida² parcialmente em suas necessidades por criminosos e/ou guerrilheiros (já há muito know-how disso aqui mesmo, vide RJ: onde o Estado se omite, há sempre quem lhe ocupe o espaço. Este receberá a Lealdade que o Estado espera para si e de per si, mesmo sem fazer jus a ela), em troca de abrigo/santuário nos ditos campos e comunidades, novos recrutas, assistência médica para feridos e doentes e mesmo local seguro para estocar seus suprimentos e até armas, além de todas as outras facilidades que lugares assim propiciam.
Bueno, este post já ficou longo demais. Mesmo sem ter falado nem metade, creio que mostrei como vejo ao menos uma parte do contexto. Assim, encerro com as notas explicativas:
1 - Neste cenário, onde o famigerado R-105 e o ainda mais famigerado Estatuto do Desarmamento (dos PAGADORES DE IMPOSTOS apenas, claro) irão aparecer pelo que realmente são e, diante da falta de justificativa - além da impossibilidade física, dado o estouro da criminalidade do Oiapoque ao Chuí - para manter sua imposição, vou poder enfiar a faca na poupança sem dó e comprar uns "brinquedinhos" que desejo faz tempo: Kel-Tec KSG para Defesa Residencial, Glock 17 para Porte e AK-103 para quando nenhuma das outras duas bastar.
2 - O termo está correto (fui checar). É o gerúndio para "providenciar" ou "fornecer".
Bons debates a quem tiver sacola para ler e tentar entender esse catatau todo, fui o mais claro que consegui.
O GABRIEL - A meu ver, inicia da premissa que a Vuvuzela, no desespero, parte para uma guerra aberta de conquista contra o Brasil, empregando blindados, caças, helicópteros, AAAe, tudo o que tem. Não vou ficar de ufanismos & baboseiras afins para contestar, basta notar que os caras mal se aguentam para manter o status quo, é sodas de acreditar que se lançariam numa aventura com mil por cento de chance de dar muito errado, e não por causa de miraculosas capacidades do Brasil, mas por fatores geopolíticos inescapáveis:
A grande inimiga da Vuvuzela é a Colômbia, o que inclui disputas político-ideológicas, territoriais e marítimas, grande parte disso focado nas vastas jazidas de petróleo e outras commodities minerais. Secundariamente, há os EUA, o dono do quintal chamado América do Sul e que é abertamente favorável a uma e hostil à outra. Seria a mãe de todas as loucuras dar as costas a este FATO para atacar o Brasil porque sim, e isso que nem a fraquíssima Guiana - que o pajarito que o Girafales diz que lhe dá conselhos deixou claro que considera parcialmente como território seu, chegando ao ponto de botar uma parte dela como estrela em sua bandeira - se meteram a atacar. E iriam apenas porque sim tirar seus T-72, S-300, Buk, Grad, Smerch e obuseiros 152 mais os FLANKERS e Hinds e as melhores e mais fiéis tropas (entre militares e milicianos) das áreas mais quentes (ao norte) para vir atacar aqui (sul) sem qualquer justificativa? Como ficaria a parte mais populosa e estratégica? Totalmente desprotegida, inclusive contra uma população crescentemente hostil? Desprezariam o Inimigo Interno e o externo numa tentativa abilolada de obter mais Lebensraum? Brabo, pois não há cenário minimamente aceitável - sequer como mera possibilidade - de isso ocorrer, é tudo o que a oposição de lá precisa para aproveitar o enorme descontentamento popular e correr de vez com a cambada...
O FCARVALHO - Sempre a meu ver, parece focado no cenário por lejos mais provável (quase escrevi inevitável): a crescente massa de refugiados, ante a impossibilidade de se estabelecerem aqui, seja pelo escasso (eu ia dizer ausente) apoio governamental (que aliás já não tinha nem para os Brasileiros da região) daqui, trata de sobreviver, se organizando nos seguintes eixos-chave:
Uma parte menor se une ao crime organizado transnacional, parte Brasileiro, parte Colombiano, parte Vuvuzelano e, por fim, uma mistura ardida disso tudo; esta parte se juntará - e será composta - por:
A - Inclinação natural, já que deram no pé da Bovinolândia porque já eram criminosos mesmo e procurados pelas forças de SegPub de lá;
B - Habilidades adquiridas (combate, treinamento de recrutas e até de FFEE, ações de inteligência), sendo ex-militares, ex-milicianos e ex-policiais. Mesmo sem inclinação natural para o crime, sabem que possuem capacidades que valem dinheiro e precisam sobreviver, além de prover sustento a seus dependentes;
C - Outros especialistas, como engenheiros, médicos, paramédicos e enfermeiros, além de armeiros/mecânicos de armamento, mecânicos automobilísticos, de barcos, etc. Suas habilidades de pouco lhes valem no Brasil, se empregadas legalmente, os obstáculos são imensos. Assim, resta-lhes apenas seguir por outras vias...
D - Finalmente a população refugiada comum, de baixa instrução mas com as mesmas necessidades; à falta de opção, a tendência natural (e isso é explicável pela própria natureza humana, que impõe a sobrevivência, própria e dos seus, sobre toda e qualquer outra consideração ética, moral e/ou legal) será sempre buscar meios para se sustentar. Se estes forem contrários à lei, azar da lei.
Este pessoal levará a criminalidade a níveis muito acima do que já se viu alguma vez por aqui, com a "vantagem" extra de poder ajudar a expandir e sofisticar a mesma criminalidade para e em todas as outras partes do Brasil, que já nem tem isso sobrando¹.
Outra parte menor - podemos ver isso agora mesmo - se adapta ao Brasil e até tende a prosperar, sendo que alguns permanecem na região e outros se espalham pelo Brasil; uma terceira parcela fica aqui apenas até juntar dinheiro suficiente para imigrar para Países de fala castelhana (como a Argentina), onde ficarão mais à vontade. Não falta matéria na imprensa mostrando estes "casos de sucesso". É de se imaginar que ao menos parte desta ajudará a financiar e obter financiamento para a seguinte.
A terceira minoria - mas muito mais numerosa do que as duas já citadas juntas, e sobra troco - quer voltar para seu País e retomá-lo dos bovinos, uns porque ainda acreditam em fofialifmo e que dá para fazer essa bagaça funfar, "é só mudar o aproach"; já outros têm saudade de como era antes do Pajarito botar as manguinhas de fora e transformar um País inteiro em Casa da Mãe Joana; o terceiro grupo quer uma terceira via (vai saber qual ). É no seio deste pessoal (formado pelos mesmos ABCD supracitados, cada um por suas razões) que surgirão - ou até já surgiram - os líderes que irão arregimentar seguidores e obter recur$o$ onde e como puderem, o que vai desde obter apoio financeiro apelando para desde Brasileiros (e não vai faltar quem seja "de direita" e tope botar uma grana para sacanear os COMUNAZZZ, lembrem dos ianques nos anos 80, que compravam camisetas onde estava escrito em caixa alta "I SUPPORT SOLIDARNÖSC" porque lhes era prometido que parte da grana iria para o Lech Walesa e seus seguidores na Polônia, lembro de anúncios disso em revistas que comprava na época, tipo "Soldier of Fortune", etc) e estrangeiros (aí incluído quem se mandou e se deu bem) até operações clandestinas - encobertas - de garimpo em terras indígenas (mostrei acima um mapa com um apanhado geral de quanto há para roubar só em RR), sem falar em associações mutuamente proveitosas com o primeiro grupo, o do crime organizado, p ex as FARC faziam isso na Colômbia até virarem uma narcoguerrilha; com o tempo a coisa irá afunilando (outra vez, isso provavelmente já está em andamento. Eu ficaria até surpreso se não estivesse) e muitos dos chefes se tornariam subchefes, reunidos em torno de uns poucos (mais inteligentes, carismáticos e com melhor acesso a recur$o$) líderes maiores. Essa tchurma daria/dará início aos raids anti-bovinos na Vuvuzela.
Finalmente, a chamada "maioria silenciosa" que ficará em campos e comunidades de refugiados - com o crescimento da imigração ilegal (e são refugiados, não dá para engrossar muito com eles/as) isto se tornará inevitável - no norte do Brasil, sendo provida² parcialmente em suas necessidades por criminosos e/ou guerrilheiros (já há muito know-how disso aqui mesmo, vide RJ: onde o Estado se omite, há sempre quem lhe ocupe o espaço. Este receberá a Lealdade que o Estado espera para si e de per si, mesmo sem fazer jus a ela), em troca de abrigo/santuário nos ditos campos e comunidades, novos recrutas, assistência médica para feridos e doentes e mesmo local seguro para estocar seus suprimentos e até armas, além de todas as outras facilidades que lugares assim propiciam.
Bueno, este post já ficou longo demais. Mesmo sem ter falado nem metade, creio que mostrei como vejo ao menos uma parte do contexto. Assim, encerro com as notas explicativas:
1 - Neste cenário, onde o famigerado R-105 e o ainda mais famigerado Estatuto do Desarmamento (dos PAGADORES DE IMPOSTOS apenas, claro) irão aparecer pelo que realmente são e, diante da falta de justificativa - além da impossibilidade física, dado o estouro da criminalidade do Oiapoque ao Chuí - para manter sua imposição, vou poder enfiar a faca na poupança sem dó e comprar uns "brinquedinhos" que desejo faz tempo: Kel-Tec KSG para Defesa Residencial, Glock 17 para Porte e AK-103 para quando nenhuma das outras duas bastar.
2 - O termo está correto (fui checar). É o gerúndio para "providenciar" ou "fornecer".
Bons debates a quem tiver sacola para ler e tentar entender esse catatau todo, fui o mais claro que consegui.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)