UCRÂNIA
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Re: UCRÂNIA
Vou ser bem objetivo meu caro Túlio. Acompanho os post do Edson desde o começo e não tem como não comparar com a nossa realidade.
A diferença que vejo é que se estivéssemos no lugar deles, essa guerra não teria durado 1 mês sequer.
Os ucranianos estão lutando a 4 anos, e ainda assim porque tem estoques enormes de sucata militar herdada do URSS, que mal ou bem tem possibilitado sua recuperação e uso.
Nós aqui, nem teríamos esse luxo.
abs.
A diferença que vejo é que se estivéssemos no lugar deles, essa guerra não teria durado 1 mês sequer.
Os ucranianos estão lutando a 4 anos, e ainda assim porque tem estoques enormes de sucata militar herdada do URSS, que mal ou bem tem possibilitado sua recuperação e uso.
Nós aqui, nem teríamos esse luxo.
abs.
Carpe Diem
- Viktor Reznov
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Re: UCRÂNIA
Eu tenho acompanhado os posts do Edson também e vi muitos paralelos com nossa situação.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
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Re: UCRÂNIA
Voltando a Ucrânia.... Esperando pelo dia 16 desse mês, para ficar sabendo da mais nova bravata que Kiev ira fazer.
A ponte da Crimeia estará aberta e pronta muito antes que o imaginado.
A ponte da Crimeia estará aberta e pronta muito antes que o imaginado.
- Sterrius
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Re: UCRÂNIA
estou surpreso com a rapidez, não demorou 5 anos pra construir. Vantagens quando o "chefe" ordena e quer pra ontem ^^.
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Re: UCRÂNIA
Tá inaugurada a ponte!
E o presidente ucraniano soltou mais uma das suas bravas: "Que a Russia ira precisar da ponte para sair as pressas da Crimeia"
O chocolate Ucraniano deve ser um lixo... A maioria dos políticos e população são ruins das ideias.
E o presidente ucraniano soltou mais uma das suas bravas: "Que a Russia ira precisar da ponte para sair as pressas da Crimeia"
O chocolate Ucraniano deve ser um lixo... A maioria dos políticos e população são ruins das ideias.
- Túlio
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Re: UCRÂNIA
Vários posts - inclusive deste Moderador - foram movidos para o tópico da Venezuela, já que o tema abordado era a ela referente. Lá o assunto poderá ser desenvolvido sem interferir com o daqui.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: UCRÂNIA
Complementando
BTR70 e as tentativas de modificações:
O problema da modernização é que a mesma pode não atender aos requisitos necessários, pois os veículos modificados não alcançam o desempenho desejado e sendo que um conceito novo seja mais rentável.
Durante anos na Ucrânia os enormes estoques de veículos blindados de infantaria sofreram metamorfoses com o objetivo de atender clientes externos que necessitavam de máquinas de guerra eficientes mas em quantidades razoáveis e que tivessem acima de tudo um preço acessível. Os veículos BTR-70 foram os que mais sofreram com estudos e tentativas de modificações e “modernizações”. O fato que no início de 2014 eles não apareceram no Exército na linha de batalha mas depois surgiram como a salvação da lavoura, a modificação mais patente foram as grades e uma pintura nova. Como pode ser visto abaixo a identificação era difícil pois os milicianos ucranianos faziam sua própria arte:
Outra amostra:
Uma das tentativas foi a substituição do motor por um UTD-20 (a mudança pode ser vista por modificações no escapamento):
E na mesma plataforma a modificação das portas laterais como da BTR-80:
Esta modificação ficou conhecida como BTR-70UTD alcançando um total de 25 unidades.
Aqui vemos um outro veículo modificado com designação APC-3UTD mas do qual teve apenas o protótipo:
Os BTR-70UTD apareceram em 2006-2007, participaram na parada da vitória na cidade de Mykolaiv com insígnias dos paraquedistas da 25º Brigada Aero terrestre:
A instalação do motor UTD-20 foi iniciada justamente por causa da fábrica de motores Zaporozhye Tokmak e pela disposição da grande quantidade de BTR-70. Após a falência da fábrica de motores, o projeto foi abandonado. Há suspeitas que os BTR-70UTD da 25ª Brigada foram canibalizados simplesmente para manter as frota de BMP. Em princípio a ótima ideia de padronizar a frota de veículos blindados de infantaria teve que ser abandonada por causa da falta de uma unidade fabril que substituísse a planta que entrou em falência.
Também tivemos uma APC-7 ou BTR-70m com novos motores a diesel (sem procedência especifica) onde teve um total de 13 unidades:
Em 2015, outra dúzia foi vista com unidades da Guarda nacional:
Um exposição em Kharkov planta:
Em Kharkov um exemplar porta morteiros:
Um BTR-70 todo modificado com a utilização apenas do chassi, mas promissor chamado de “Varan”:
Tendo em vista uma grande quantidade de modificações houve um total de pelo menos 60 BTR-70 inutilizadas na tentativa de encontrar uma modernização pausível:
Há também dez modificações de BTR70 pra evacuação de feridos:
Veículos de comando num total de 10 unidades:
Há também algumas dúzias de BTR-70 modificados para Guerra Eletrônica:
Podemos ver muitos estocados ao ar livre:
1. Composição de pré-guerra do Exército da Ucrânia:
São distribuídas conforme a doutrina de três unidades nas equipes de reconhecimento de sapateadores, mas veremos que nem sempre segue à risca do manual.
Na 128º Brigada de Montanha - 6 unidades:
Na 93º Brigada Mecanizada – 4 unidades:
Na 28º Brigada Mecanizada – 5 unidades:
Na 51º Brigada Mecanizada - 10 unidades:
Na 17º Brigada de Tanques - 5 unidades:
Na 74º Brigada Mecanizada- 9 unidades:
Temos um no Batalhão da Guarda Nacional de Vinogradov Zakarpattia:
Mais tarde esta máquina foi capturada no cerco de Debalsetev:
134º Batalhão Operacional da Guarda Nacional tem nada menos que 4 veículos blindados, um deles é claramente a origem é a 1ª Brigada de Tanques:
133º Batalhão Operacional da Guarda Nacional Dnepropetrovsk sem quantidade disponível:
36º brigada de defesa costeira da Criméia mais de 40 unidades, a maioria dos quais pertencem aos batalhões de fuzileiros navais:
2. Proteção dos quartéis:
430-M na região Sarna Rovenskaya com 7 unidades:
61-m na região Balakleya Kharkov com 4 unidades mas forma transferidos a outro lugar pois na base foi retirada todo o material bélico para reparos:
3. Nos centros de treinamento:
Em Yavorov com 9 unidades antes da guerra:
Em dezembro 2016 pareceu um do centro de armazenamento de 145 m Nikolaev:
233º Rivne Training Center recebeu o saldo dos nove BTR-70:
Odessa Academia Militar antes da guerra tinha duas unidades:
Kharkov NTU KPI, 5 unidades:
Centro de Formação 169 do Exército "Desna" com três unidadeas:
4. Em batalhões da Guarda nacional e em unidades de proteção de base aéreas:
5. BTR durante o conflito foram retiradas da base de armazenamento sem modificações aparentes apenas para cobrir as perdas:
6. Aqui mais na proteção de bases aéreas:
7. 92 ª Brigada Mecanizada
Esta unidade possuía mais de 100 unidades:
Mas como podemos ver lacunas vazias poderia ser um pouco mais.
Devido as perdas de APC durante o conflito a planta Kiev ainda forneceu 10 unidades como reposição:
As BTR-70 ainda são a base móvel da 92º Brigada Mecanizada não foi registrado nenhum BTR-4 que é um APC mais moderno.
Número total de BTR-70 no pré-guerra temos:
60 (protótipos) + 20 (KMS e PMM) + 55 (SV) + 50 (DIU) + 32 (“Gomas") + 17 (CA) + 103 (92-I brigada mecanizada) = 337 BTR-70 unidades
8. Unidades de fronteira
A quantidade atual de BTR70 são de 25 unidades mas no período pré-guerra eram 8:
Algumas unidades foram recebidas com grades:
5 BTR-70M foram recebidas mais tarde:
9. Tropas internas (Guarda Nacional)
Par manter a ordem e evitar guerrilha em outras regiões ucranianas, teve-se a necessidade de introduzir o serviço da de tropas internas com aumento de efetivo e substancialmente o fornecimento de veículos blindados sendo o BTR70 os que mais se disponibilizavam em bases de armazenamento e menos preteridos na linha de batalha. Por conseguinte, o distribuído BTR-70 - Lugansk (2), Donetsk (14), Kharkov (7), Dnipropetrovsk (10) Pavlograd (4), Sumi (2), Mariupol (3), Nikolaev (5), Odessa (3), Crimeia (12), Yuzhnoukrainsk (2), Energodar (2), Zaporozhye (5).
Mas durante a o período de conflito a Guarda nacional quase não recebeu veículos devido a necessidade da linha de frente. Mais algumas unidades foram restauradas e foram encaminhadas a estas unidades como pode ser visto abaixo:
BTR-70M foram recebidas 5 no total:
Acredita-se que foram recebidos um total de 100 unidades no período pré-guerra:
10. Incertezas das quantidades disponíveis
Como os ucranianos não se preocuparam em identificar seu veículos de forma mais natural pois após as reparações não havia marcações sequenciais.
No veículos abaixo pode se notar pintura no estilo soviético e marcações da época:
Assim, o parque pré-guerra total BTR-70 pode ser avaliado:
337 (Exército) + 8 (GPS) + 100 (V) = 445 unidades
11. Em bases de armazenamento
Nas bases de armazenamento em 2011 havia 305 unidades. Mas em condições de reparos de pequena monta apenas 63 unidades.
357 unidades exportadas:
12 unidades em pedestais:
Em bases de armazenamento:
Aqui temos um par restaurado:
Em Atermovoski em estavam em boas condições:
As unidades mais sucateadas estão em Nikolev:
12. Como foram distribuídas as unidades após as reparações
Difícil entender pois vieram de vários lugares sem seguir um padrão, ao que parece cada um pintou a sua maneira.
Como já foi dito acima, as unidades de armazenamento foram recebidas da seguinte forma: Tropas Internas (11 unidades), o Serviço de Segurança da Força Aérea (18 unidades), o Serviço de Fronteiras Estatal (15 unidades), 92 ª brigada mecanizada (10 unidades).
A primeira unidade recém criada a receber BTR-70 foi o 3º Batalhão da 79º Brigada Mecanizada, conseguidos da Crimeia:
Outra unidade que começou a receber foi o 90º batalhão da 81º Brigada mas não receberam o suficiente e tiveram que completar um segundo batalhão desta unidade com MTL-B:
Uma companhia da 95º Brigada:
Estima-se que foram recebidas 70 unidades de BTR-70 sendo que 60 vieram das bases de armazenamento:
A maior parte das unidades da Crimeia foram colocadas no recém formada Brigada de Fuzileiros Navais com 30 unidades:
Mas observa-se que foi o suficiente e o 137 º Batalhão da Brigada Marine foi abastecido com BTR-60:
A Guarda Nacional recebeu uma certa quantidade, o 11º Batalhão e 42º Batalhão foram os mais receberam em um total de 20 unidades cada um perfazendo duas companhias de infantaria motorizada e uma companhia de comando.
Outros batalhões foram muito mal equipados de BTR-70:
1º BTRO - 5 unidades;
9º BTRO - 1 unidade;
10ºBTRO- 3 unidades;
11tº BTRO - 20 unidades;
21º BTRO - 1 unidade;
25º BTRO – 3 unidades;
34º BTRO - 1 unidade;
37 º BTRO - 1 unidade;
41º BTRO - 10 unidades;
42 º BTRO - 20 unidades;
43º BTRO - 3 unidades;
Receberam um total de 58 unidades de armazenamento.
40 unidades identificadas não foi possível saber a qual unidades pertenciam.
Potencial de mobilização foi:
10 (92-I), + 15 (SBS) + 12 (CA) + 18 (BBC) + 10 (VDV) + 2 (MP) + 5 (BB) + 58 (BtRO) + 40 (não identificados) = 170 unidades
A composição completa da frota de BTR-70 será:
445 + 170 = 615 unidades
Mas nas condições deficitárias que vive as unidades de defesa ucraniana ainda serão retirados dos cemitérios muito mais.
13. Conclusão
O destino de um grande número de BTR70 ainda é incerto mas podemos verificar que a indústria bélica ucraniana não é capaz de sustentar a necessidade do Exército Ucraniano, não foi feliz em criar condições de reparações do sistema, não possui indústria pra replicar peças em vários parâmetros possíveis em escala. Não foi capaz de modernizações com mínimo de qualidade para melhorar capacidades de combate (Telas protetoras e pintura não contam).
No contexto Geral um Exército de 200 mil homens são um fardo perigoso na linha de contato, pois as tropas não estão mecanizadas suficientemente e não há reservas de equipamentos, desprovidos de qualquer capacidade ofensiva e de mobilidade, correndo o risco de serem isoladas rapidamente já que durante os combates podem se tornar unidades de infantaria a pé. Brigadas Mecanizadas em seu dispositivos devem ter tanques, veículos de combate de infantaria e artilharia autopropulsada, de capacidades tecnológicas ao menos satisfatórias e isto não pode ser considerado um luxo e sim uma prioridade.
Pelas quantidades colossais herdados da URSS poderia supor que o alto comando ucraniano poderia dispor adequadamente dele. Na primavera de 2014 quando houve perdas graves em equipamentos, eles tiveram que introduzir gangues e equipamentos armados em partes simplesmente porque a indústria era ou ainda é incapaz de sustentar as perdas em conflito. Os voluntários vindos dos protestos não perfaziam o ideal de uma tropa pelo menos mal treinada. Simplesmente a muitos foram dados fuzis e enviados aos combates o que levou a casos surpreendentes com perdas de veículos blindados por mal uso.
O BTR-70 ainda teve que doar seu chassi para que os BTR-3 e BTR-4 sejam produzidos. Acreditem chassis antigos simplesmente para diminuir os custos ou pela simples incapacidade da indústria produzir de forma continua:
Há suspeitas que a parte inferior da suspensão de fixação também está sendo retirada da BTR-70 para produção de veículos modernos BTR-4:
Mas podemos ver que pelo menos tem havido esforço pra melhoramentos neste quesito:
Ao que parece a indústria siderúrgica não tem sido capaz de forjar placas de blindagem, de forma mais moderna sua capacidade construtiva é do século passado- plano e angular:
Muitas soluções são claramente tirados da indústria soviética:
Aa várias unidades de BTR-3 e BTR-4 que quebraram durantes as batalhas não foi capaz de esconder o fato de que desde o início de uma miserável tentativa de vender os novos “equipamentos” apenas envoltos em uma nova embalagem.
BTR70 e as tentativas de modificações:
O problema da modernização é que a mesma pode não atender aos requisitos necessários, pois os veículos modificados não alcançam o desempenho desejado e sendo que um conceito novo seja mais rentável.
Durante anos na Ucrânia os enormes estoques de veículos blindados de infantaria sofreram metamorfoses com o objetivo de atender clientes externos que necessitavam de máquinas de guerra eficientes mas em quantidades razoáveis e que tivessem acima de tudo um preço acessível. Os veículos BTR-70 foram os que mais sofreram com estudos e tentativas de modificações e “modernizações”. O fato que no início de 2014 eles não apareceram no Exército na linha de batalha mas depois surgiram como a salvação da lavoura, a modificação mais patente foram as grades e uma pintura nova. Como pode ser visto abaixo a identificação era difícil pois os milicianos ucranianos faziam sua própria arte:
Outra amostra:
Uma das tentativas foi a substituição do motor por um UTD-20 (a mudança pode ser vista por modificações no escapamento):
E na mesma plataforma a modificação das portas laterais como da BTR-80:
Esta modificação ficou conhecida como BTR-70UTD alcançando um total de 25 unidades.
Aqui vemos um outro veículo modificado com designação APC-3UTD mas do qual teve apenas o protótipo:
Os BTR-70UTD apareceram em 2006-2007, participaram na parada da vitória na cidade de Mykolaiv com insígnias dos paraquedistas da 25º Brigada Aero terrestre:
A instalação do motor UTD-20 foi iniciada justamente por causa da fábrica de motores Zaporozhye Tokmak e pela disposição da grande quantidade de BTR-70. Após a falência da fábrica de motores, o projeto foi abandonado. Há suspeitas que os BTR-70UTD da 25ª Brigada foram canibalizados simplesmente para manter as frota de BMP. Em princípio a ótima ideia de padronizar a frota de veículos blindados de infantaria teve que ser abandonada por causa da falta de uma unidade fabril que substituísse a planta que entrou em falência.
Também tivemos uma APC-7 ou BTR-70m com novos motores a diesel (sem procedência especifica) onde teve um total de 13 unidades:
Em 2015, outra dúzia foi vista com unidades da Guarda nacional:
Um exposição em Kharkov planta:
Em Kharkov um exemplar porta morteiros:
Um BTR-70 todo modificado com a utilização apenas do chassi, mas promissor chamado de “Varan”:
Tendo em vista uma grande quantidade de modificações houve um total de pelo menos 60 BTR-70 inutilizadas na tentativa de encontrar uma modernização pausível:
Há também dez modificações de BTR70 pra evacuação de feridos:
Veículos de comando num total de 10 unidades:
Há também algumas dúzias de BTR-70 modificados para Guerra Eletrônica:
Podemos ver muitos estocados ao ar livre:
1. Composição de pré-guerra do Exército da Ucrânia:
São distribuídas conforme a doutrina de três unidades nas equipes de reconhecimento de sapateadores, mas veremos que nem sempre segue à risca do manual.
Na 128º Brigada de Montanha - 6 unidades:
Na 93º Brigada Mecanizada – 4 unidades:
Na 28º Brigada Mecanizada – 5 unidades:
Na 51º Brigada Mecanizada - 10 unidades:
Na 17º Brigada de Tanques - 5 unidades:
Na 74º Brigada Mecanizada- 9 unidades:
Temos um no Batalhão da Guarda Nacional de Vinogradov Zakarpattia:
Mais tarde esta máquina foi capturada no cerco de Debalsetev:
134º Batalhão Operacional da Guarda Nacional tem nada menos que 4 veículos blindados, um deles é claramente a origem é a 1ª Brigada de Tanques:
133º Batalhão Operacional da Guarda Nacional Dnepropetrovsk sem quantidade disponível:
36º brigada de defesa costeira da Criméia mais de 40 unidades, a maioria dos quais pertencem aos batalhões de fuzileiros navais:
2. Proteção dos quartéis:
430-M na região Sarna Rovenskaya com 7 unidades:
61-m na região Balakleya Kharkov com 4 unidades mas forma transferidos a outro lugar pois na base foi retirada todo o material bélico para reparos:
3. Nos centros de treinamento:
Em Yavorov com 9 unidades antes da guerra:
Em dezembro 2016 pareceu um do centro de armazenamento de 145 m Nikolaev:
233º Rivne Training Center recebeu o saldo dos nove BTR-70:
Odessa Academia Militar antes da guerra tinha duas unidades:
Kharkov NTU KPI, 5 unidades:
Centro de Formação 169 do Exército "Desna" com três unidadeas:
4. Em batalhões da Guarda nacional e em unidades de proteção de base aéreas:
5. BTR durante o conflito foram retiradas da base de armazenamento sem modificações aparentes apenas para cobrir as perdas:
6. Aqui mais na proteção de bases aéreas:
7. 92 ª Brigada Mecanizada
Esta unidade possuía mais de 100 unidades:
Mas como podemos ver lacunas vazias poderia ser um pouco mais.
Devido as perdas de APC durante o conflito a planta Kiev ainda forneceu 10 unidades como reposição:
As BTR-70 ainda são a base móvel da 92º Brigada Mecanizada não foi registrado nenhum BTR-4 que é um APC mais moderno.
Número total de BTR-70 no pré-guerra temos:
60 (protótipos) + 20 (KMS e PMM) + 55 (SV) + 50 (DIU) + 32 (“Gomas") + 17 (CA) + 103 (92-I brigada mecanizada) = 337 BTR-70 unidades
8. Unidades de fronteira
A quantidade atual de BTR70 são de 25 unidades mas no período pré-guerra eram 8:
Algumas unidades foram recebidas com grades:
5 BTR-70M foram recebidas mais tarde:
9. Tropas internas (Guarda Nacional)
Par manter a ordem e evitar guerrilha em outras regiões ucranianas, teve-se a necessidade de introduzir o serviço da de tropas internas com aumento de efetivo e substancialmente o fornecimento de veículos blindados sendo o BTR70 os que mais se disponibilizavam em bases de armazenamento e menos preteridos na linha de batalha. Por conseguinte, o distribuído BTR-70 - Lugansk (2), Donetsk (14), Kharkov (7), Dnipropetrovsk (10) Pavlograd (4), Sumi (2), Mariupol (3), Nikolaev (5), Odessa (3), Crimeia (12), Yuzhnoukrainsk (2), Energodar (2), Zaporozhye (5).
Mas durante a o período de conflito a Guarda nacional quase não recebeu veículos devido a necessidade da linha de frente. Mais algumas unidades foram restauradas e foram encaminhadas a estas unidades como pode ser visto abaixo:
BTR-70M foram recebidas 5 no total:
Acredita-se que foram recebidos um total de 100 unidades no período pré-guerra:
10. Incertezas das quantidades disponíveis
Como os ucranianos não se preocuparam em identificar seu veículos de forma mais natural pois após as reparações não havia marcações sequenciais.
No veículos abaixo pode se notar pintura no estilo soviético e marcações da época:
Assim, o parque pré-guerra total BTR-70 pode ser avaliado:
337 (Exército) + 8 (GPS) + 100 (V) = 445 unidades
11. Em bases de armazenamento
Nas bases de armazenamento em 2011 havia 305 unidades. Mas em condições de reparos de pequena monta apenas 63 unidades.
357 unidades exportadas:
12 unidades em pedestais:
Em bases de armazenamento:
Aqui temos um par restaurado:
Em Atermovoski em estavam em boas condições:
As unidades mais sucateadas estão em Nikolev:
12. Como foram distribuídas as unidades após as reparações
Difícil entender pois vieram de vários lugares sem seguir um padrão, ao que parece cada um pintou a sua maneira.
Como já foi dito acima, as unidades de armazenamento foram recebidas da seguinte forma: Tropas Internas (11 unidades), o Serviço de Segurança da Força Aérea (18 unidades), o Serviço de Fronteiras Estatal (15 unidades), 92 ª brigada mecanizada (10 unidades).
A primeira unidade recém criada a receber BTR-70 foi o 3º Batalhão da 79º Brigada Mecanizada, conseguidos da Crimeia:
Outra unidade que começou a receber foi o 90º batalhão da 81º Brigada mas não receberam o suficiente e tiveram que completar um segundo batalhão desta unidade com MTL-B:
Uma companhia da 95º Brigada:
Estima-se que foram recebidas 70 unidades de BTR-70 sendo que 60 vieram das bases de armazenamento:
A maior parte das unidades da Crimeia foram colocadas no recém formada Brigada de Fuzileiros Navais com 30 unidades:
Mas observa-se que foi o suficiente e o 137 º Batalhão da Brigada Marine foi abastecido com BTR-60:
A Guarda Nacional recebeu uma certa quantidade, o 11º Batalhão e 42º Batalhão foram os mais receberam em um total de 20 unidades cada um perfazendo duas companhias de infantaria motorizada e uma companhia de comando.
Outros batalhões foram muito mal equipados de BTR-70:
1º BTRO - 5 unidades;
9º BTRO - 1 unidade;
10ºBTRO- 3 unidades;
11tº BTRO - 20 unidades;
21º BTRO - 1 unidade;
25º BTRO – 3 unidades;
34º BTRO - 1 unidade;
37 º BTRO - 1 unidade;
41º BTRO - 10 unidades;
42 º BTRO - 20 unidades;
43º BTRO - 3 unidades;
Receberam um total de 58 unidades de armazenamento.
40 unidades identificadas não foi possível saber a qual unidades pertenciam.
Potencial de mobilização foi:
10 (92-I), + 15 (SBS) + 12 (CA) + 18 (BBC) + 10 (VDV) + 2 (MP) + 5 (BB) + 58 (BtRO) + 40 (não identificados) = 170 unidades
A composição completa da frota de BTR-70 será:
445 + 170 = 615 unidades
Mas nas condições deficitárias que vive as unidades de defesa ucraniana ainda serão retirados dos cemitérios muito mais.
13. Conclusão
O destino de um grande número de BTR70 ainda é incerto mas podemos verificar que a indústria bélica ucraniana não é capaz de sustentar a necessidade do Exército Ucraniano, não foi feliz em criar condições de reparações do sistema, não possui indústria pra replicar peças em vários parâmetros possíveis em escala. Não foi capaz de modernizações com mínimo de qualidade para melhorar capacidades de combate (Telas protetoras e pintura não contam).
No contexto Geral um Exército de 200 mil homens são um fardo perigoso na linha de contato, pois as tropas não estão mecanizadas suficientemente e não há reservas de equipamentos, desprovidos de qualquer capacidade ofensiva e de mobilidade, correndo o risco de serem isoladas rapidamente já que durante os combates podem se tornar unidades de infantaria a pé. Brigadas Mecanizadas em seu dispositivos devem ter tanques, veículos de combate de infantaria e artilharia autopropulsada, de capacidades tecnológicas ao menos satisfatórias e isto não pode ser considerado um luxo e sim uma prioridade.
Pelas quantidades colossais herdados da URSS poderia supor que o alto comando ucraniano poderia dispor adequadamente dele. Na primavera de 2014 quando houve perdas graves em equipamentos, eles tiveram que introduzir gangues e equipamentos armados em partes simplesmente porque a indústria era ou ainda é incapaz de sustentar as perdas em conflito. Os voluntários vindos dos protestos não perfaziam o ideal de uma tropa pelo menos mal treinada. Simplesmente a muitos foram dados fuzis e enviados aos combates o que levou a casos surpreendentes com perdas de veículos blindados por mal uso.
O BTR-70 ainda teve que doar seu chassi para que os BTR-3 e BTR-4 sejam produzidos. Acreditem chassis antigos simplesmente para diminuir os custos ou pela simples incapacidade da indústria produzir de forma continua:
Há suspeitas que a parte inferior da suspensão de fixação também está sendo retirada da BTR-70 para produção de veículos modernos BTR-4:
Mas podemos ver que pelo menos tem havido esforço pra melhoramentos neste quesito:
Ao que parece a indústria siderúrgica não tem sido capaz de forjar placas de blindagem, de forma mais moderna sua capacidade construtiva é do século passado- plano e angular:
Muitas soluções são claramente tirados da indústria soviética:
Aa várias unidades de BTR-3 e BTR-4 que quebraram durantes as batalhas não foi capaz de esconder o fato de que desde o início de uma miserável tentativa de vender os novos “equipamentos” apenas envoltos em uma nova embalagem.
Editado pela última vez por EDSON em Seg Mai 21, 2018 5:44 pm, em um total de 1 vez.
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Re: UCRÂNIA
Deixa eu dar um ou dois palpites aqui.
O primeiro é reforçar o que já se percebeu há tempos nestes seus post Edson. Há mais do que uma inequívoca semelhança de realidades entre o que está acontecendo na Ucrânia e o que há aqui no Brasil em termos de defesa, resguardadas as devidas proporções.
É mais do que claro que graças aos enormes estoques de velharias ex-URSS e um parque fabril capenga mas ainda assim existente, os ucranianos tem se mantido em combate por mais de 4 anos, o que obviamente não seria o nosso caso aqui, que dada a nossa realidade, talvez não durássemos 4 meses.
O segundo diz respeito a uma hipótese meio esdruxula mas plausível. Sabemos que americanos e europeus tem sérias reticencias a fornecer aberta e massivamente sistemas de armas mais modernos aos ucranianos. Principalmente estes últimos. A Rússia certamente veria isso com maus olhos e prontamente responderia no mesmo nível, ou mais fortemente ainda. Então, uma escalada do conflito é tudo que os europeus não querem. Mas ninguém disse que outros fornecedores de fora do ambiente Otan/USA possa fazer isso. Aí entramos nós. Como os ucranianos não tem como pagar por nossos produtos, se conseguirmos um fiador para eles, de forma a suportar nossas vendas de material da BID, talvez possamos dar a nossa combalida industria de defesa os recursos necessários a fazer avançar os inúmeros projetos hoje parados ou em ritmo de falência.
Por estes últimos textos do Edson, é possível verificar que a parte de mecanização das forças ucranianas é praticamente inócua, não obstante as tentativas de recompor-se as diversas unidades com bldos soviéticos retirados de estoques que mais parecem enormes sucatões. Daí, podemos supor que a família Guarani 6x6 e todas as suas variantes poderiam servir sem maiores problemas as suas necessidades e por um preço economicamente viável a seus fiadores, de forma a recompor suas OM mecanizadas no menor prazo e na maior quantidade possível. Da mesma forma, os veículos Avibrás, desde a plataforma do Astros(e versões), passando pelos VBL até o recém lançado Guara 4WS(e versões) se encaixam nesta perspectiva. Até o INBRA Gladiador II poderia encontrar espaço nas unidades militares e para-militares ucranianas.
Do ponto de vista da mecanização das tropas, temos algumas soluções aqui que poderiam ser bastante úteis para eles. E com essa verba, ou parte dela, poderíamos suscitar a aquisição de material para nós.
Até onde li, a Ucrânia poderia receber material para:
Exército - inf e cav mecanizada / cav blda
Guarda Nacional - inf mecanizada
Guarda de Fronteira - inf mecanizada
Fuzileiros Navais - inf mecanizada
OM defesa de costa - inf mecanizada
Polícia - motorização e mecanização
Não lembro agora de cabeça de outras áreas na qual poderíamos vender material e/ou oferecer consultoria para o desenvolvimento de maios próprios, talvez os sistemas de vigilância que temos aqui, terrestre, aéreo e naval possam ser úteis a eles também.
Conquanto, tendo em vista que os recursos mecanizados são os que mais se demandam junto as tropas ucranianas, penso que a simples venda da família Guarani para eles e de veículos da Avibrás já seria uma grande sacada. Infelizmente não consigo vislumbrar mais elementos que possam ser também exportáveis. Não neste momento. De qualquer forma, isso já seria ótimo para nós, dada nossa própria incapacidade de sustentar a a própria industria de defesa.
Há sim, claro, os russos com certeza iriam reclamar, falar grosso, ameaçar não importar mais porco e frango, etc, etc... mas nada que realmente valesse a pena criar um imbróglio diplomático conosco, e menos ainda comercial. Eles teriam mais a perde do que ganhar.
abs.
O primeiro é reforçar o que já se percebeu há tempos nestes seus post Edson. Há mais do que uma inequívoca semelhança de realidades entre o que está acontecendo na Ucrânia e o que há aqui no Brasil em termos de defesa, resguardadas as devidas proporções.
É mais do que claro que graças aos enormes estoques de velharias ex-URSS e um parque fabril capenga mas ainda assim existente, os ucranianos tem se mantido em combate por mais de 4 anos, o que obviamente não seria o nosso caso aqui, que dada a nossa realidade, talvez não durássemos 4 meses.
O segundo diz respeito a uma hipótese meio esdruxula mas plausível. Sabemos que americanos e europeus tem sérias reticencias a fornecer aberta e massivamente sistemas de armas mais modernos aos ucranianos. Principalmente estes últimos. A Rússia certamente veria isso com maus olhos e prontamente responderia no mesmo nível, ou mais fortemente ainda. Então, uma escalada do conflito é tudo que os europeus não querem. Mas ninguém disse que outros fornecedores de fora do ambiente Otan/USA possa fazer isso. Aí entramos nós. Como os ucranianos não tem como pagar por nossos produtos, se conseguirmos um fiador para eles, de forma a suportar nossas vendas de material da BID, talvez possamos dar a nossa combalida industria de defesa os recursos necessários a fazer avançar os inúmeros projetos hoje parados ou em ritmo de falência.
Por estes últimos textos do Edson, é possível verificar que a parte de mecanização das forças ucranianas é praticamente inócua, não obstante as tentativas de recompor-se as diversas unidades com bldos soviéticos retirados de estoques que mais parecem enormes sucatões. Daí, podemos supor que a família Guarani 6x6 e todas as suas variantes poderiam servir sem maiores problemas as suas necessidades e por um preço economicamente viável a seus fiadores, de forma a recompor suas OM mecanizadas no menor prazo e na maior quantidade possível. Da mesma forma, os veículos Avibrás, desde a plataforma do Astros(e versões), passando pelos VBL até o recém lançado Guara 4WS(e versões) se encaixam nesta perspectiva. Até o INBRA Gladiador II poderia encontrar espaço nas unidades militares e para-militares ucranianas.
Do ponto de vista da mecanização das tropas, temos algumas soluções aqui que poderiam ser bastante úteis para eles. E com essa verba, ou parte dela, poderíamos suscitar a aquisição de material para nós.
Até onde li, a Ucrânia poderia receber material para:
Exército - inf e cav mecanizada / cav blda
Guarda Nacional - inf mecanizada
Guarda de Fronteira - inf mecanizada
Fuzileiros Navais - inf mecanizada
OM defesa de costa - inf mecanizada
Polícia - motorização e mecanização
Não lembro agora de cabeça de outras áreas na qual poderíamos vender material e/ou oferecer consultoria para o desenvolvimento de maios próprios, talvez os sistemas de vigilância que temos aqui, terrestre, aéreo e naval possam ser úteis a eles também.
Conquanto, tendo em vista que os recursos mecanizados são os que mais se demandam junto as tropas ucranianas, penso que a simples venda da família Guarani para eles e de veículos da Avibrás já seria uma grande sacada. Infelizmente não consigo vislumbrar mais elementos que possam ser também exportáveis. Não neste momento. De qualquer forma, isso já seria ótimo para nós, dada nossa própria incapacidade de sustentar a a própria industria de defesa.
Há sim, claro, os russos com certeza iriam reclamar, falar grosso, ameaçar não importar mais porco e frango, etc, etc... mas nada que realmente valesse a pena criar um imbróglio diplomático conosco, e menos ainda comercial. Eles teriam mais a perde do que ganhar.
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Re: UCRÂNIA
Acho bem brabo, grande cupincha @FCarvalho: o Guarani só é "Brasileiro" até onde dá, uns 60% dele vêm do exterior. Por exemplo, achas que a Elbit vai liberar a AEL para botar sensores, equipamentos eletrônicos e até UT-30 num carro Italiano (a chamada "propriedade intelectual" se prende apenas às especificações e algumas soluções, não dá o direito de sair fazendo na fábrica que quiser e vendendo para quem quiser, ou os EAU já teriam licenciado o F-16C/D-60 - do qual têm a tale de "propriedade intelectual", tanto que só pode ser vendido com permissão deles e respectivos royalties - para alguém que topasse integrar mísseis de cruzeiro neles, tipo os Portugueses, Russos ou mesmo os Chineses, ou ainda os tugas poderiam fazer uma versão só deles do mesmo caça e sair exportando direto, na base da compra off-the-shelf dos insumos que não produzissem; não tem tanto bobo no mundo não ) e que estes, membros da OTAN, vão topar produzir e entregar, ante o risco de se encrencar com os Russos? Para nós tá tri, tudo liberado, que somos mesmo só de peidar na farofa e todo mundo sabe, agora onde a treta pode virar pro lado deles, mas nem que a vaca tussa, POWS!!!
Ademais, a Ucrânia é a maior prova da invalidez do discurso de "se tem guerra, o dinheiro aparece": os caras tão fritando a merda pra comer torresmo, POWS!!!
E pior, por culpa deles: lhes sobraram belíssimas "jóias" dos escombros da URSS, como a Antonov, fábricas de blindados e mísseis. Daí entraram numas de "ei, agora eu quero ser o Brasil" e deixaram tudo sucatear, com o "maravilhoso" corolário de Cientistas, Engenheiros e Técnicos brilhantes terem que procurar emprego no exterior, ou seja, sucatearam até a sua própria capacidade intelectual e criativa. E as FFAA foram no embalo, igualzinho a nós, que estamos à beira de fazer parecido com a EMBRAER, depois de ter feito pior com a MECTRON, ENGESA e ter deixado a AVIBRÁS cambaleando durante décadas. Só que o Brasil não tem uma Rússia (em plena recuperação de sua autoestima) do lado e jamais teria um presidente boludo (ou melhor, DOIDO!!!) para, num cenário tão venenoso, tentar entrar logo para a OTAN, famigerada por estar pouco se fodendo para quem não é Europeu Ocidental e gente fina. Faz pouco que os caras estavam por trás da chamada "Cortina de Ferro" e agora vêm pagar de "ó nóis ae, manô, somos iguais a vcs"...
Como dito, o tutu por lá anda curto e o crédito não deve ser dos melhores, a ponto de terem que mandar "reformar" carro enferrujado dos anos 60/70 em oficina de fundo de quintal. Bueno, um Guarani "pelado" custa cerca de USD 1M; pode botar umas 3 ou 4 vezes isso para estar apto a encarar uma guerra "casca-grossa" como a que tem lá, de onde vão tirar recursos para comprar? Te pergunto porque não sei mesmo, sequer consigo imaginar como poderia acontecer algo assim...
Ademais, a Ucrânia é a maior prova da invalidez do discurso de "se tem guerra, o dinheiro aparece": os caras tão fritando a merda pra comer torresmo, POWS!!!
E pior, por culpa deles: lhes sobraram belíssimas "jóias" dos escombros da URSS, como a Antonov, fábricas de blindados e mísseis. Daí entraram numas de "ei, agora eu quero ser o Brasil" e deixaram tudo sucatear, com o "maravilhoso" corolário de Cientistas, Engenheiros e Técnicos brilhantes terem que procurar emprego no exterior, ou seja, sucatearam até a sua própria capacidade intelectual e criativa. E as FFAA foram no embalo, igualzinho a nós, que estamos à beira de fazer parecido com a EMBRAER, depois de ter feito pior com a MECTRON, ENGESA e ter deixado a AVIBRÁS cambaleando durante décadas. Só que o Brasil não tem uma Rússia (em plena recuperação de sua autoestima) do lado e jamais teria um presidente boludo (ou melhor, DOIDO!!!) para, num cenário tão venenoso, tentar entrar logo para a OTAN, famigerada por estar pouco se fodendo para quem não é Europeu Ocidental e gente fina. Faz pouco que os caras estavam por trás da chamada "Cortina de Ferro" e agora vêm pagar de "ó nóis ae, manô, somos iguais a vcs"...
Como dito, o tutu por lá anda curto e o crédito não deve ser dos melhores, a ponto de terem que mandar "reformar" carro enferrujado dos anos 60/70 em oficina de fundo de quintal. Bueno, um Guarani "pelado" custa cerca de USD 1M; pode botar umas 3 ou 4 vezes isso para estar apto a encarar uma guerra "casca-grossa" como a que tem lá, de onde vão tirar recursos para comprar? Te pergunto porque não sei mesmo, sequer consigo imaginar como poderia acontecer algo assim...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: UCRÂNIA
Túlio, é justamente por eles não terem de onde tirar que propus que houvesse um fiador, na verdade um financiador, que não tivesse problemas em relação a estas aquisições.
Hoje os americanos já colocaram lá centenas de veículos usados e outros tipos equipamentos em falta. Até Javelin tá rolando. Quanto a isso eu creio que o velho tio Sam não se oporia a bancar os ucranianos, mesmo que disfarçadamente. Idem os europeus.
Até porque, oficialmente, nós seríamos os exportadores. Quanto a quem tá pagando, bem, é o negócio de sempre. Todo mundo tem culpa no cartório, mas ninguém assume a responsabilidade.
Resolvida essa parte burocrática, sobra o jogo de empurra diplomático.
Acho que o pessoal da indústria aqui não se oporia a tais vendas já que paralelamente a grana conseguida ajudaria a fomentar o mercado interno. Barrar algo assim negociado em nível governamental seria um tiro no próprio pé.
Eu acho que pode haver talvez algumas reticências mas nada que implicasse na negativa do negócio. Escrúpulos nunca foram exatamente uma qualidade do mercado de armas.
Abs
Hoje os americanos já colocaram lá centenas de veículos usados e outros tipos equipamentos em falta. Até Javelin tá rolando. Quanto a isso eu creio que o velho tio Sam não se oporia a bancar os ucranianos, mesmo que disfarçadamente. Idem os europeus.
Até porque, oficialmente, nós seríamos os exportadores. Quanto a quem tá pagando, bem, é o negócio de sempre. Todo mundo tem culpa no cartório, mas ninguém assume a responsabilidade.
Resolvida essa parte burocrática, sobra o jogo de empurra diplomático.
Acho que o pessoal da indústria aqui não se oporia a tais vendas já que paralelamente a grana conseguida ajudaria a fomentar o mercado interno. Barrar algo assim negociado em nível governamental seria um tiro no próprio pé.
Eu acho que pode haver talvez algumas reticências mas nada que implicasse na negativa do negócio. Escrúpulos nunca foram exatamente uma qualidade do mercado de armas.
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Re: UCRÂNIA
Brilhante Edson!
Meus amigos, a caldo está entornando no Leste ucraniano dia após dia, há uma escalada nas ultimas 72h....Quanto mais a copa se aproxima mais confrontos.
Saudações
Meus amigos, a caldo está entornando no Leste ucraniano dia após dia, há uma escalada nas ultimas 72h....Quanto mais a copa se aproxima mais confrontos.
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Re: UCRÂNIA
FOXTROT escreveu: Seg Mai 21, 2018 11:29 am Brilhante Edson!
Meus amigos, a caldo está entornando no Leste ucraniano dia após dia, há uma escalada nas ultimas 72h....Quanto mais a copa se aproxima mais confrontos.
Saudações
Verdade! Tenho acompanhado isso também. Esse ano eles tem eleições e ainda tem o Novo gasoduto que passa pela Alemanha quase pronto. Oque vai deixar eles mais " fritando merda pra comer torresmo".
Será... que eles vão ser tão malucos, para criar algo que vai forçar a Russia reagir militarmente direto neles perto ou durante a Copa?
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Re: UCRÂNIA
Pode até ser. Mas a resposta russa não será a que esperam. Ou pode ser muito pior.
Com ou sem copa.
Abs
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Re: UCRÂNIA
FCarvalho escreveu: Dom Mai 20, 2018 6:20 pm Túlio, é justamente por eles não terem de onde tirar que propus que houvesse um fiador, na verdade um financiador, que não tivesse problemas em relação a estas aquisições.
Hoje os americanos já colocaram lá centenas de veículos usados e outros tipos equipamentos em falta. Até Javelin tá rolando. Quanto a isso eu creio que o velho tio Sam não se oporia a bancar os ucranianos, mesmo que disfarçadamente. Idem os europeus.
Até porque, oficialmente, nós seríamos os exportadores. Quanto a quem tá pagando, bem, é o negócio de sempre. Todo mundo tem culpa no cartório, mas ninguém assume a responsabilidade.
Resolvida essa parte burocrática, sobra o jogo de empurra diplomático.
Acho que o pessoal da indústria aqui não se oporia a tais vendas já que paralelamente a grana conseguida ajudaria a fomentar o mercado interno. Barrar algo assim negociado em nível governamental seria um tiro no próprio pé.
Eu acho que pode haver talvez algumas reticências mas nada que implicasse na negativa do negócio. Escrúpulos nunca foram exatamente uma qualidade do mercado de armas.
Abs
Cupincha véio, desde que o tale de "Deep Throat" apareceu com a frase "follow the money", brincar disso ficou muito perigoso. Os Países a que te referes são Democracias, os gastos (ou ao menos a grande maioria deles) precisam ser justificados perante Comissões Parlamentares/Congressuais disso e daquilo, mesmo anos após terem sido feitos, basta a oposição virar situação. Seria curioso o então ex-presidente Trump ter que explicar a uma Comissão do Senado dos EUA que a grana dos Taxpayers foi torrada no Brasil para virar destroços na Ucrânia. Pior, bobear e a oposição captura boa parte dos carros, daí quando começar a faltar peça, a Rússia começa a nos apertar para fornecer. Com a diferença que o Putin não precisa pedir permissão e muito menos dar muita explicação ao parlamento de lá, ele - isso se estiver de muito bom humor - diz casualmente para alguns líderes "aí, cara, mandei aqueles jostas de Brasileiros venderem uns sobressalentes pros nossos cupinchas lá na Ucrânia, custou tantos rublos. Pior, os caras são tão MANOLOS que fazem só meia dúzia de peças, tive que dar uma prensa nos comedores de polenta para fabricar e vender. Vai mais uma Vodka aí?"
Necas, a Itália não entra nessa, com ou sem OTAN.
É que os caras sabem muito bem que "em briga de marido e mulher ninguém mete a colher" e mais, sabem também quem é O MARIDO!
Necas, a Itália não entra nessa, com ou sem OTAN.
É que os caras sabem muito bem que "em briga de marido e mulher ninguém mete a colher" e mais, sabem também quem é O MARIDO!
cabeça de martelo escreveu: Qui Mai 24, 2018 11:19 am Investigadores responsabilizam Rússia pelo ataque contra o voo MH17
HAMMERHEAD, ainda vai chegar o dia em que meu carro vai aparecer com o pneu furado e, claro, foram os Russos.
Essa "comissões" aí perderam muita credibilidade desde que aquela, aliás chefiada por um Brasileiro, declarou que o Iraque não tinha arma química nenhuma; derrubaram a comissão e botaram outra, que disse que tinha sim! Até hoje deve ter gente procurando...
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