Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.
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Naval
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#9016
Mensagem
por Naval » Qui Mar 15, 2018 9:58 pm
knigh7 escreveu:A propósito pessoal,
A MB planeja diminuir 24% do efetivo. É uma redução expressiva. O processo de redução se estenderá ao longo da próxima década.
A Força abandonou aqueles planos mirabolantes. O setor operativo perderá 14% do efetivo, de oficiais e praças. E os demais setores perderão 10%.
A MB planeja diminuir os quadros de carreira e aumentar os temporários (RM2). Na proporção de 50% para cada a fim de reduzir custos com a previdência.
No EUA é até pior. 80% temporários e somente 20% de carreira.
Abraços.
"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
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alex
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#9017
Mensagem
por alex » Qui Mar 15, 2018 10:12 pm
Só vi agora:
E relação aos CFN uma ponderação. A US NAVY também não consegue desembarcar o efetivo total dos Marines. No caso do CFN deves-se considerar a FFE como o núcleo de uma ForDbq. O Brasil e um país marítimo e fluvial e o CFN não e superdimensionado considerando este aspecto. Os GFN são a reserva ativa da FFE (não se forma um Sd FN da noite para o dia), pessoal preparado para repor imediatamente os claros da FFE em caso de um conflito. Outro aspecto a considerar o CFN (tropa expedicionária de pronto emprego) juntamente com a Brigada PQD, Brigadas de ForEsp , entre outras tropas profissionais são aqueles que em caso de conflito absorverão de fato o ''primeiro golpe'' contra a soberania nacional. Vale a pena destacar que o CFN e tropa profissional preparada para operar em ambientes diversos, tais como : caatinga, selva, montanha, área urbana, litoral, sendo que o deslocamento de frações de tropa poderão ocorrer através de meios aereos, terrestres e navais. Um exemplo atual de emprego de FN em que o desembarque no TO não se da através de navios são os Marines ou os Royal Marines em operação no Afeganistão. A nossa visão em relação ao nosso CFN tem que ser mais ampla já que e uma tropa de emprego estratégico altamente profissional a disposição do Brasil.
Acho que usar os Marines como referência é fora de nossa realidade . Nos EUA eles não são infantaria da US Navy eles são praticamente a quarta força dos EUA junto com força aérea, marinha e exercito. Quanto a Royal navy eles estão enxugando os números faz tempo.
Nossas forças especiais ou de elite são subdimensionadas em numeros e equipamentos, parece que não lhe dão a atenção devida. Sempre perguntei como temos uma unica Brigada de paraquedista para o tamanho do pais ?
Ainda acho que nossos fuzileiros estão em números acima de nossas necessidades.
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Bolovo
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#9018
Mensagem
por Bolovo » Qui Mar 15, 2018 10:20 pm
alex escreveu:E não faz bem a função de Guarda Costeira. Cada distrito deveria poder contar com um navio de porte de um NaPaOc e um patrulha de 1.000 toneladas com convoo. Acho que deveria aumentar a capacidade GC em detrimento da marinha de guerra. Estamos vendo isso em paises com poucos inimigos declarados. Os custos de uma marinha de guerra aumentou exponencialmente e não é facil jogar esta conta aos contribuintes destes países.
Eu acho que deveria ser criada uma Guarda Costeira e a Marinha do Brasil focar somente na esquadra e CFN.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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FCarvalho
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#9019
Mensagem
por FCarvalho » Sex Mar 16, 2018 12:00 am
É o que venho defendendo aqui há tempos.
Temos na própria MB os recursos humanos e materiais para isso. Não precisa reinventar a roda.
A maioria do pessoal hoje na MB está mais ligado a funções administrativas e de autoridade marítima do que com a esquadra e CFN.
Nada mais lógico do que o remanejamento para cada um ficar no seu quadrado e assim conseguir as melhores condições de exercê-lo.
Mas primeiro tem que convencer o almirantado disso.
O Brasil é o erário público com certeza agradecem.
Abs
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knigh7
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#9020
Mensagem
por knigh7 » Sex Mar 16, 2018 2:59 am
Marechal-do-ar escreveu:
Um corte de 24% é até pouco, mas não achei em nenhum lugar essa notícia.
A informação foi me passada por um oficial da MB. Todo o planejamento já foi realizado.
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knigh7
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#9021
Mensagem
por knigh7 » Sex Mar 16, 2018 3:11 am
Naval escreveu:knigh7 escreveu:A propósito pessoal,
A MB planeja diminuir 24% do efetivo. É uma redução expressiva. O processo de redução se estenderá ao longo da próxima década.
A Força abandonou aqueles planos mirabolantes. O setor operativo perderá 14% do efetivo, de oficiais e praças. E os demais setores perderão 10%.
A MB planeja diminuir os quadros de carreira e aumentar os temporários (RM2). Na proporção de 50% para cada a fim de reduzir custos com a previdência.
No EUA é até pior. 80% temporários e somente 20% de carreira.
Abraços.
Estou me referindo a corte de cargos. 14% do setor operativo + 10% do restante.
Sim, haverá um maior proporção de oficiais temporários. Se não me falha a memória, a porcentagem de oficiais temporários passará a ser de 46%. Amanhã eu procuro nos meus e-mails se eu não me enganei sobre essa quantidade (46%).
Vale repetir que será um processo de redução de pessoal que vai se estender ao longo da próxima década.
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Lord Nauta
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#9022
Mensagem
por Lord Nauta » Sex Mar 16, 2018 3:28 am
alex escreveu:Só vi agora:
E relação aos CFN uma ponderação. A US NAVY também não consegue desembarcar o efetivo total dos Marines. No caso do CFN deves-se considerar a FFE como o núcleo de uma ForDbq. O Brasil e um país marítimo e fluvial e o CFN não e superdimensionado considerando este aspecto. Os GFN são a reserva ativa da FFE (não se forma um Sd FN da noite para o dia), pessoal preparado para repor imediatamente os claros da FFE em caso de um conflito. Outro aspecto a considerar o CFN (tropa expedicionária de pronto emprego) juntamente com a Brigada PQD, Brigadas de ForEsp , entre outras tropas profissionais são aqueles que em caso de conflito absorverão de fato o ''primeiro golpe'' contra a soberania nacional. Vale a pena destacar que o CFN e tropa profissional preparada para operar em ambientes diversos, tais como : caatinga, selva, montanha, área urbana, litoral, sendo que o deslocamento de frações de tropa poderão ocorrer através de meios aereos, terrestres e navais. Um exemplo atual de emprego de FN em que o desembarque no TO não se da através de navios são os Marines ou os Royal Marines em operação no Afeganistão. A nossa visão em relação ao nosso CFN tem que ser mais ampla já que e uma tropa de emprego estratégico altamente profissional a disposição do Brasil.
Acho que usar os Marines como referência é fora de nossa realidade . Nos EUA eles não são infantaria da US Navy eles são praticamente a quarta força dos EUA junto com força aérea, marinha e exercito. Quanto a Royal navy eles estão enxugando os números faz tempo.
Nossas forças especiais ou de elite são subdimensionadas em numeros e equipamentos, parece que não lhe dão a atenção devida. Sempre perguntei como temos uma unica Brigada de paraquedista para o tamanho do pais ?
Ainda acho que nossos fuzileiros estão em números acima de nossas necessidades.
Eu não estou comparando o CFN com os Marines. Usei esta corporação para exemplificar que nem a fodona da US Navy consegue transportar ao mesmo tempo os mais de 180.000 Marines existentes. Aqui fica-se querendo dimensionar o CFN em função da capacidade de transporte dos navios anfíbios. Neste caso não seriam mais do que 2.350 militares, já incluído ai o OCEAN. O CFN e uma tropa de emprego estratégico dimensionada em função da maritimidade do país e pronta para a guerra, apesar dos óbices que a nação brasileira impõe.
Olha não vou me aprofundar neste assunto com a falta de visão estratégica, de emprego profissional,de vocação expedicionária da Força, da necessidade de existência de reserva ativa...etc.
Vamos fazer um acordo: Que seja extinto o CFN ai todo mundo que contempla o Brasil como o menor dos anões militares do mundo ficarão
plenamente satisfeitos. E viva o Brasil!
Sds
Lord Nauta
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#9023
Mensagem
por alex » Sex Mar 16, 2018 3:57 pm
Quantos destes fuzileiros são realmente soldados profissionais e quantos são conscritos que serão dispensados após o seu período de alistamento e trabalharão como armeiros, treinadores e tropa de choque para o tráfico de drogas ? O mesmo vale para os paraquedistas que também são requisitados por seu treinamento e bem remunerados pelo tráfico. Conceito de tropas de elite no Brasil é elástico porque o governo e os estados maiores não querem pagar soldados profissionais. Voltando ao tema eu diminuiria a quantidade de fuzileiros e aumentaria os paraquedistas.
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FCarvalho
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#9024
Mensagem
por FCarvalho » Sex Mar 16, 2018 3:59 pm
O fuzileiros navais da Colombia tem mais de 21 mil homens e mulheres. O CFN mal passa de 15 mil. E ainda acham muito.
Enfim, o tamanho das ffaa's já tinha entrado em questão já na primeira edição da END/PAED. E praticamente todas as ffaa's indicaram aumento de pessoal e não vi ninguém aqui reclamando disso.
Agora a FAB está cortando na carne para poder chegar ao seu centenário ostentando um mínimo de capacidade operacional concreta. Ou seja, fazendo agora o que outros fizeram há mais de 30 anos atrás quando resolveram investir mais em qualidade do que em quantidade.
A MB parece que finalmente se tocou que não pode ser o que ela quer ser, mas só o que a mediocridade do país a permite ser. Então, tá começando a pensar de acordo com a realidade dos fatos. Nosso país vive de costas para o mar e sociedade e governo estão cagando e andando para a defesa sob qualquer aspecto.
O exército qualquer hora dessa, se não começar a diminuir seus quadros, ou no mínimo reorganizá-los em termos de distribuição estratégica, vai se ver em uma situação pior do que a MB de hoje proximamente. E olha que o EB tem mais de 220 mil efetivos.
Por fim, não adianta cortar efetivos se junto a isso não houver os necessários, impositivos e regulares investimentos em qualidade da tropa, de seus recursos e apoio operacional.
Ou alguém aqui ainda acredita que guerras se ganham apenas com ideias e boas intenções?
abs.
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Lord Nauta
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#9025
Mensagem
por Lord Nauta » Sáb Mar 17, 2018 1:40 am
FCarvalho escreveu:
''A MB parece que finalmente se tocou que não pode ser o que ela quer ser, mas só o que a mediocridade do país a permite ser. Então, tá começando a pensar de acordo com a realidade dos fatos. Nosso país vive de costas para o mar e sociedade e governo estão cagando e andando para a defesa sob qualquer aspecto.''
Parabéns! Brilhante o seu texto. Palavras definitivas sobre a mediocridade do ''brasil de bosta'' em relação a sua maritimidade.
BZ!
FODA-SE O brasil! [/b]
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#9027
Mensagem
por knigh7 » Dom Mar 18, 2018 3:59 pm
Naval,
A porcentagem de oficiais temporários que a MB pretende ter é aquele mesmo que eu passei: 46%
Abraços
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#9028
Mensagem
por knigh7 » Qui Mar 29, 2018 1:50 am
Esta é uma matéria da Warships, edição de dezembro
(não coloquei antes pois eu estava no gancho).
Ela é importante porque mostra alguns resultados importantes do Exercício da OTAN Shield 2017 de mísseis antinavio x mísseis de antiaéreos das escoltas:
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#9029
Mensagem
por Naval » Qui Mar 29, 2018 11:04 pm
knigh7 escreveu:Naval,
A porcentagem de oficiais temporários que a MB pretende ter é aquele mesmo que eu passei: 46%
Abraços
Não só aumentará número de oficiais temporários como o de praças (Técnicos).
Consequentemente diminuirão as vagas nas escolas aprendizes marinheiros e Corpo Auxiliar de Praças.
Abraço.
"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
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Mensagem
por Túlio » Sáb Mar 31, 2018 2:21 pm
IACIT lança Radar OTH na FIDAE 2018
Empresa desenvolveu projeto em parceria com IAI e apoio da Marinha do Brasil
Instalado no sul do Brasil, no Farol de Albardão (RS), o primeiro Radar OTH (Over The Horizon – Além do Horizonte), da América do Sul será lançado durante a FIDAE 2018. A IACIT, empresa brasileira com atuação consolidada no desenvolvimento de produtos e serviços de alta tecnologia, é a responsável pelo desenvolvimento do sistema, que contou com a parceria da ELTA Systems, empresa do grupo IAI (Israel Aerospace Industries) e apoio da Marinha do Brasil. A FIDAE 2018 acontece de 3 a 8 de abril, em Santiago (Chile).
A IACIT estará no Pavilhão Brasil, coordenado pela ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança) e Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
Foram cerca de cinco anos desde o início dos estudos até o momento. Durante o ano de 2017, as equipes envolvidas realizaram os testes de calibração e de validação de dados do sistema. Hoje, o Radar OTH já está totalmente pronto e operacional para iniciar o monitoramento e vigilância das fronteiras marítimas do Brasil.
Estrategicamente instalado na costa sul do Brasil, o Radar OTH é capaz de monitorar embarcações localizadas em até 200 milhas náuticas da costa, enxergando as riquezas dos mares brasileiros dentro do limite de jurisdição nacional. O Radar OTH é essencial para detectar as embarcações que não transmitem sinal de AIS, conhecidas como embarcações “não cooperativas”.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)