O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9856 Mensagem por henriquejr » Sáb Fev 24, 2018 10:36 pm

Marechal-do-ar escreveu:henriquerj, há um outro tópico na parte de forças aéreas falando de aviação estratégica onde vou colocar minha opinião lá, mas adiantando, não acho 23 C-130 ou 28 KC-390 adequados, é muito pouco para movimentar qualquer tropa que não seja leve.
Mas neste caso é relacionado a este tópico, se ler meu primeiro comentário perceberá isso.
Quis mostrar que um país continental como o Brasil não precisa de unidades militares completas em toda a sua extensão, mais sim unidades que possam ser mobilizadas para a zona de conflito, e esta é a estratégia adotada pelas nossas FAs, quando coloca seus equipamentos mais estratégicos nos estados estados mais centrais do país.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9857 Mensagem por Marechal-do-ar » Dom Fev 25, 2018 3:43 am

AAAe é estratégico?

Desculpa, mas não é não, ainda mais se estamos falando de curta ou média distância, o Pantsir é usado a nível de brigada.

E também, há muito equipamento distribuído, mesmo no caso da FAB, por exemplo: os AMX e os Mi 35, seria preciso transportá-los a uma grande distância em caso de necessidade.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9858 Mensagem por gabriel219 » Dom Fev 25, 2018 4:17 am

henriquejr escreveu:
Marechal-do-ar escreveu:henriquerj, há um outro tópico na parte de forças aéreas falando de aviação estratégica onde vou colocar minha opinião lá, mas adiantando, não acho 23 C-130 ou 28 KC-390 adequados, é muito pouco para movimentar qualquer tropa que não seja leve.
Mas neste caso é relacionado a este tópico, se ler meu primeiro comentário perceberá isso.
Quis mostrar que um país continental como o Brasil não precisa de unidades militares completas em toda a sua extensão, mais sim unidades que possam ser mobilizadas para a zona de conflito, e esta é a estratégia adotada pelas nossas FAs, quando coloca seus equipamentos mais estratégicos nos estados estados mais centrais do país.
Na verdade estão todas no Sul, o que acho um erro abissal. Na minha opinião, deveriam começar a espalhar essas unidades para o Centro-Oeste e até o Nordeste, para que também possam apoiar o Norte do País (esse precisa estar coberto de artilharia e mísseis anticarro), como também irem até o Sul. Manter toda tropa blindada no Sul do país e uns pingados no Centro-Oeste, na minha opinião, é um erro estratégico grave.

O mesmo acontecerá se adquirirem novos sistemas AAe. Apesar de caro, já que a MB adotará o Sea Ceptor, não vejo nada ruim ir atrás do sistema oferecido pela MBDA junto com a Avibrás, o CAMM. Chegando há 35 km de alcance já está bom, depois é só colocar um booster (igual ao do Aster 30) e ampliar seu alcance.

Mas ainda sim voltaria minha atenção para o Pantsir, pois não há sistema melhor no mundo para proteção de Brigadas móveis e até de outros sistemas AAe (talvez o TOR junto).




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9859 Mensagem por FCarvalho » Dom Fev 25, 2018 12:59 pm

Quanto a AAe é impossível não se ter os sistemas espalhados, tendo em vista que no EB eles são utilizados desde o nível pel até bgda. Ao menos no papel. E o EB precisa cobrir todas as OM's com alguma espécie de AAe.
A FAB igualmente precisa dos seus sistemas espalhados pelo país, pois sua infraestrutura, e bases aéreas, também estão. MB igualmente.
Enfim, nossa defesa AAe deve estar pautada nas necessidades e na estrutura das OM's de que dispomos.
Isso de ficar levando undes para lá e para cá serve apenas para forças leves, como Pqdt e Aeromóvel. E só.
E nem vou colocar a questão da defesa AAe da infraestrutura do poder econômico e político do país.

abs




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9860 Mensagem por knigh7 » Ter Mar 13, 2018 9:05 pm

página da edição de janeiro da Revista ASAS.

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Obs: o Brigadeiro Mayworm é o Comandante da Brigada de Defesa Antiaérea da FAB.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9861 Mensagem por knigh7 » Ter Mar 13, 2018 9:13 pm

FCarvalho escreveu:Quanto a AAe é impossível não se ter os sistemas espalhados, tendo em vista que no EB eles são utilizados desde o nível pel até bgda. Ao menos no papel. E o EB precisa cobrir todas as OM's com alguma espécie de AAe.
A FAB igualmente precisa dos seus sistemas espalhados pelo país, pois sua infraestrutura, e bases aéreas, também estão. MB igualmente.
Enfim, nossa defesa AAe deve estar pautada nas necessidades e na estrutura das OM's de que dispomos.
Isso de ficar levando undes para lá e para cá serve apenas para forças leves, como Pqdt e Aeromóvel. E só.
E nem vou colocar a questão da defesa AAe da infraestrutura do poder econômico e político do país.

abs
Desculpe-me, mas vc está equivocado.

Atualmente, somente as 2 Bdas Blindadas, a PQD e a 12ª Bda Leve possuem a AAAe orgânica.
O EB aglutinou a AAAe em Grupamentos vinculados a um Comando mil de Area ou divisionário. Isso inclui (ou melhor, incluirá) também a Artilharia AAAe de Média Altura.

A aeromobilidade da AAAe (média altura) é um requisito absoluto. Ops, deixou de ser para encaixar o sistema russo durante o governo bolivariano. Mas são águas passadas.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9862 Mensagem por Viktor Reznov » Ter Mar 13, 2018 9:54 pm

knigh7 escreveu:página da edição de janeiro da Revista ASAS.

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Obs: o Brigadeiro Mayworm é o Comandante da Brigada de Defesa Antiaérea da FAB.
Melhor parte é "o desenvolvimento local é uma opção". É rir pra não chorar.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9863 Mensagem por knigh7 » Ter Mar 13, 2018 10:20 pm

Eu achei a melhor parte da entrevista. A opção russa depois que o PT saiu já era meio cachorro morto. Faltava enterrar.
Temos o A-Darter, podemos colocar um booster nele, temos o SABER M200, um radar de scaneamento eletrônico que tem precisão para orientar misseis de guiagem ativa.
Serão necessárias adaptações. Mas considero um sistema de Defesa Antiaérea de Média Altura nacional uma excelente opção. Se vamos ter de gastar dinheiro, gasta-se com ele.
SABER M200 - BRADAR e CTEx testam com sucesso radar
O SABER M200 é um radar multimissão de defesa antiaérea, de média altura, tridimensional, que emprega avançada tecnologia de varredura eletrônica para detecção e acompanhamento de aeronaves.

A BRADAR, empresa do Grupo Embraer Defesa & Segurança, e o CTEx (Centro Tecnológico do Exército) realizaram com sucesso o primeiro teste funcional do radar SABER M200 ao acompanhar em tempo real o tráfego aéreo do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). O evento, que aconteceu no final do ano, contou com a presença do chefe do CTEx, General-de-Brigada Hildo Vieira Prado Filho, e do presidente da BRADAR, Astor Vasques, além de ambas as equipes envolvidas no desenvolvimento do projeto.

O SABER M200 é um radar multimissão de defesa antiaérea, de média altura, tridimensional, que emprega avançada tecnologia de varredura eletrônica para detecção e acompanhamento de aeronaves. Este equipamento é o primeiro radar de painéis fixos no mercado mundial instalado em um contêiner de 20 pés (6,096 metros), facilitando seu transporte. O SABER M200 é capaz de acompanhar múltiplos alvos aéreos simultaneamente, além de guiar mísseis, realizar missões de vigilância, meteorologia e aproximação, num raio de 450 quilômetros.

O desenvolvimento do SABER M200 recebeu, nas três etapas iniciais, apoio financeiro da FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos e, na etapa final, será financiado com recursos do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Para o General Prado, o SABER M200 será uma grande conquista tecnológica para o País: “Estou impressionado com o que vi. Mais impressionado ainda em observar uma empresa com pessoas jovens e tão talentosas envolvidas num projeto dessa dimensão. É o conhecimento e o domínio tecnológico que asseguram a soberania”, disse. “Poucos países detêm esta tecnologia desenvolvida pelo CTEx e pela BRADAR, por isso, é importante darmos continuidade a trabalhos como esse. O SABER M200 agrega um valor enorme para o Brasil e mostra o quanto estamos capacitados e em nível de igualdade com o desenvolvimento tecnológico mundial”.

O presidente da BRADAR, Astor Vasques, acredita que a consolidação desse projeto demonstra a capacidade e a maturidade da empresa: “Hoje temos um portfólio abrangente e inovador. Detemos o conhecimento da tecnologia e a capacitação para desenvolver diversos radares. Com o SABER M200 completamos uma família de radares de vigilância capaz de garantir a autonomia tecnológica do Brasil”.
http://www.defesanet.com.br/bid/noticia ... sso-radar/




Editado pela última vez por knigh7 em Ter Mar 13, 2018 10:26 pm, em um total de 1 vez.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9864 Mensagem por Bolovo » Ter Mar 13, 2018 10:24 pm

Depois de muito pensar, o que eu mais quero é que o Brasil passe longe do Pantsir.
Já imaginou a FAB com um sistema desses, um dos melhores do mundo?
Eu tenho certeza absoluta que emprestaria uma unidade para a USAF pesquisa-lo por completo.
E isso seria um perigo muito grande, visto que a WW3 se aproxima.




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9865 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 13, 2018 10:50 pm

Bolovo old times... :mrgreen:

abs




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9866 Mensagem por Bolovo » Ter Mar 13, 2018 11:09 pm

Mas falando sério, o que o Knight disse sobre desenvolvimento nacional eu concordo. O Brasil tem um recurso que poucos países tem que é tempo, ou seja, como não temos inimigos declarados ou uma guerra a vista, temos condições de desenvolver sistemas nacionais ao longo do tempo (logicamente que paralelo a isso adquirir alguma coisa do exterior para não ficar completamente desatualizado ou desarmado). O que ele propôs de pegar a tecnologia do A-Darter e colocar um booster é basicamente como a África do Sul criou o Umkhonto. E temos uma vantagem de produzir radares próprios, já eles utilizaram um Giraffe sueco. Sou muito mais essa proposta do que da da Avibras de se juntar a MBDA para fabricar o CAMM. Só não sei se teríamos a liberdade de utilizar o A-Darter, visto que os sul-africanos são nossos parceiros, precisaria possivelmente da autorização deles.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9867 Mensagem por knigh7 » Ter Mar 13, 2018 11:43 pm

O Piffer, que atualmente está comandando um BAvEx [100] , quando participava daqui por algumas vezes deu explicações do porquê o EB considera que o a AAAe de média altura seja divisionário e não a nível de brigada:

Piffer escreveu:A doutrina de AAAe está boa do jeito que está. O material é que falta.

Os BI não precisam de um armamento como o Igla; de maneira geral eles estão debaixo do guarda-chuva da bateria da brigada. Quando não estiverem e precisarem desta cobertura, a bateria pode destacar uma seção para ele.

O problema é o mesmo que o Guerra já disse num tópico sobre os mísseis AC: o que um batalhão vai fazer com uma arma com um alcance como o Igla, onde a distância de engajamento mínima praticamente já excede os limites do batalhão? Imagine um infante com um míssil e vê uma aeronave a 4 km. É difícil de identificá-la visualmente, o BI não tem radar, não participa da rede do SOAT, da DAAe ou qualquer outra de coordenação do espaço aéreo e, de maneira geral, não tem conhecimento das MCCEA. Ao lado dele, tem outro batalhão também com uma Seção de Iglas vendo o mesmo alvo. Ele atira ou não?

Da mesma maneira, a Brigada não precisa de um sistema de média altura, com alcande de 24, 30 ou 40 km. Um PC de brigada vai estar a uns 2 ou 3 km da linha de contato e precisa de um sistema de auto-defesa. A artilharia de média altura tem que estar no GAAAe divisionário. Qualquer lançamento de míssil de média altura obrigatoriamente tem que ser designado pelo CDAT da FAB, pois o alvo está além do alcance visual e justamente na área onde os nossos caças estarão voando.

Abraços,
http://www.defesabrasil.com/forum/posti ... &p=4914185
Piffer escreveu:
Deixa de ser muquirana, glauber. Alcance de 10 a 12 km é 10 a 12 e não 6....

Na verdade, eu usei o alcance para evocar o exemplo do Guerra, mas a classificação a AAAe vem da altura:

- Baixa altura até 3000 m
- Média altura de 3000 a 15000 m
- Grande altura acima de 15000 m

Essa classificação, padrão da OTAN eu acho, vem da altura que as aeronaves fazem a maioria das missões de superioridade aérea (10000 a 45000 ft).

Assim, a brigada precisa de sistemas de baixa altura. OS GAAAe divisionários usariam sistemas de média altura e os GAAAe que defendem o território nacional usariam sistemas de média e grande altura.

Abraços,
http://www.defesabrasil.com/forum/posti ... &p=4914423




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9868 Mensagem por gabriel219 » Qui Mar 15, 2018 3:56 am

knigh7 escreveu:Eu achei a melhor parte da entrevista. A opção russa depois que o PT saiu já era meio cachorro morto. Faltava enterrar.
Temos o A-Darter, podemos colocar um booster nele, temos o SABER M200, um radar de scaneamento eletrônico que tem precisão para orientar misseis de guiagem ativa.
Serão necessárias adaptações. Mas considero um sistema de Defesa Antiaérea de Média Altura nacional uma excelente opção. Se vamos ter de gastar dinheiro, gasta-se com ele.
SABER M200 - BRADAR e CTEx testam com sucesso radar
O SABER M200 é um radar multimissão de defesa antiaérea, de média altura, tridimensional, que emprega avançada tecnologia de varredura eletrônica para detecção e acompanhamento de aeronaves.

A BRADAR, empresa do Grupo Embraer Defesa & Segurança, e o CTEx (Centro Tecnológico do Exército) realizaram com sucesso o primeiro teste funcional do radar SABER M200 ao acompanhar em tempo real o tráfego aéreo do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). O evento, que aconteceu no final do ano, contou com a presença do chefe do CTEx, General-de-Brigada Hildo Vieira Prado Filho, e do presidente da BRADAR, Astor Vasques, além de ambas as equipes envolvidas no desenvolvimento do projeto.

O SABER M200 é um radar multimissão de defesa antiaérea, de média altura, tridimensional, que emprega avançada tecnologia de varredura eletrônica para detecção e acompanhamento de aeronaves. Este equipamento é o primeiro radar de painéis fixos no mercado mundial instalado em um contêiner de 20 pés (6,096 metros), facilitando seu transporte. O SABER M200 é capaz de acompanhar múltiplos alvos aéreos simultaneamente, além de guiar mísseis, realizar missões de vigilância, meteorologia e aproximação, num raio de 450 quilômetros.

O desenvolvimento do SABER M200 recebeu, nas três etapas iniciais, apoio financeiro da FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos e, na etapa final, será financiado com recursos do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Para o General Prado, o SABER M200 será uma grande conquista tecnológica para o País: “Estou impressionado com o que vi. Mais impressionado ainda em observar uma empresa com pessoas jovens e tão talentosas envolvidas num projeto dessa dimensão. É o conhecimento e o domínio tecnológico que asseguram a soberania”, disse. “Poucos países detêm esta tecnologia desenvolvida pelo CTEx e pela BRADAR, por isso, é importante darmos continuidade a trabalhos como esse. O SABER M200 agrega um valor enorme para o Brasil e mostra o quanto estamos capacitados e em nível de igualdade com o desenvolvimento tecnológico mundial”.

O presidente da BRADAR, Astor Vasques, acredita que a consolidação desse projeto demonstra a capacidade e a maturidade da empresa: “Hoje temos um portfólio abrangente e inovador. Detemos o conhecimento da tecnologia e a capacitação para desenvolver diversos radares. Com o SABER M200 completamos uma família de radares de vigilância capaz de garantir a autonomia tecnológica do Brasil”.
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Só precisam avisar aos Generais que o Pantsir não é um sistema de médio alcance, nunca foi desenvolvido pra isso e nunca vai cumprir tal missão. Falar "ah, mas tem o A-Darter" é a mesma coisa que falar "não temos um MBT de verdade, mas temos um MGS". Uma coisa não tem nada a ver com outra.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9869 Mensagem por gabriel219 » Qui Mar 15, 2018 4:02 am

Bolovo escreveu:Mas falando sério, o que o Knight disse sobre desenvolvimento nacional eu concordo. O Brasil tem um recurso que poucos países tem que é tempo, ou seja, como não temos inimigos declarados ou uma guerra a vista, temos condições de desenvolver sistemas nacionais ao longo do tempo (logicamente que paralelo a isso adquirir alguma coisa do exterior para não ficar completamente desatualizado ou desarmado). O que ele propôs de pegar a tecnologia do A-Darter e colocar um booster é basicamente como a África do Sul criou o Umkhonto. E temos uma vantagem de produzir radares próprios, já eles utilizaram um Giraffe sueco. Sou muito mais essa proposta do que da da Avibras de se juntar a MBDA para fabricar o CAMM. Só não sei se teríamos a liberdade de utilizar o A-Darter, visto que os sul-africanos são nossos parceiros, precisaria possivelmente da autorização deles.
Acho essa a melhor saída, principalmente pela MB já ter escolhido o CAMM. A MBDA também tem uma experiência maior e booster já pronto (Aster). É só coloca-los e criar diferentes versões, desde médio até longo alcance, usando o mesmo sistema.

Mas ainda sim não descartaria em hipótese alguma o Pantsir, tanto naval quanto terreste. É um dos melhores sistemas de proteção AAe, tanto para outras AAe quanto para tropa em solo. Descarta-lo pois não pode move-lo por C-130 (na verdade todo seu módulo pode, só não pode junto com o caminhão) é burrice.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9870 Mensagem por FCarvalho » Qui Mar 15, 2018 1:22 pm

Alguém algum dia já parou para pensar o que os outros países pensam da nossa doutrina AAe, ou a falta dela?

Fiquei curioso agora. Porque uma coisa são os milicos aqui falando do que eles mesmos criaram e sustentam - nunca vão falar que fizeram merda, ou que o sistema não presta, é desatualizado...etc - outra é saber quem realmente entende do negócio e faz da AAe um fator diário de dissuasão da sua estratégia de defesa nacional.
Coisa que aliás a AAe nunca foi por aqui, pelo contrário, continua sendo tratada como assunto secundário como sempre.

abs




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