Programa de Reaparelhamento da Marinha
Moderador: Conselho de Moderação
-
- Sênior
- Mensagens: 745
- Registrado em: Qui Jan 12, 2017 4:05 pm
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 18 vezes
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Deixando a questão de escolta do Ocean e do Bahia de lado, de que maneira fragatas podem ser uteis para garantir nossos interesses na ZEE?
-
- Sênior
- Mensagens: 1039
- Registrado em: Sáb Ago 03, 2013 2:02 pm
- Agradeceu: 17 vezes
- Agradeceram: 61 vezes
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Garantir a ZEE significa estar preparado para qualquer tipo de ameaça, um exemplo foi a "Guerra da Lagosta".pmicchi escreveu:Deixando a questão de escolta do Ocean e do Bahia de lado, de que maneira fragatas podem ser uteis para garantir nossos interesses na ZEE?
"Most people do not listen with the intent to understand; they listen with the intent to reply."
- Stephen R. Covey
- Stephen R. Covey
-
- Sênior
- Mensagens: 745
- Registrado em: Qui Jan 12, 2017 4:05 pm
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 18 vezes
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Exato, isso antigamente se chamava "mostrar a bandeira". E para isso não se precisa de uma fragata. De fato, é recomendável não expor um navio caríssimo, equipado para enfrentar ameacas aereas e submarinas numa abordagem a outro navio de superficie no alcance visual.Tikuna escreveu:Garantir a ZEE significa estar preparado para qualquer tipo de ameaça, um exemplo foi a "Guerra da Lagosta".pmicchi escreveu:Deixando a questão de escolta do Ocean e do Bahia de lado, de que maneira fragatas podem ser uteis para garantir nossos interesses na ZEE?
Um navio patrulha armado com canhoes leves e um par de MANs executa melhor esse papel no nosso quintal.
-
- Sênior
- Mensagens: 1039
- Registrado em: Sáb Ago 03, 2013 2:02 pm
- Agradeceu: 17 vezes
- Agradeceram: 61 vezes
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Não precisa mostrar bandeirinha.pmicchi escreveu:
Exato, isso antigamente se chamava "mostrar a bandeira". E para isso não se precisa de uma fragata. De fato, é recomendável não expor um navio caríssimo, equipado para enfrentar ameacas aereas e submarinas numa abordagem a outro navio de superficie no alcance visual.
Um navio patrulha armado com canhoes leves e um par de MANs executa melhor esse papel no nosso quintal.
Se o inimigo sabe que você tem um meio desse é o suficiente.
"Most people do not listen with the intent to understand; they listen with the intent to reply."
- Stephen R. Covey
- Stephen R. Covey
- J.Ricardo
- Sênior
- Mensagens: 7833
- Registrado em: Qui Jan 13, 2005 1:44 pm
- Agradeceu: 2723 vezes
- Agradeceram: 1112 vezes
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Exatamente, esse episodio serviu também pra mostrar como é perigoso precisar de uma marinha e essa estar sucateada.Tikuna escreveu:Garantir a ZEE significa estar preparado para qualquer tipo de ameaça, um exemplo foi a "Guerra da Lagosta".pmicchi escreveu:Deixando a questão de escolta do Ocean e do Bahia de lado, de que maneira fragatas podem ser uteis para garantir nossos interesses na ZEE?
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
- Bolovo
- Sênior
- Mensagens: 28560
- Registrado em: Ter Jul 12, 2005 11:31 pm
- Agradeceu: 547 vezes
- Agradeceram: 442 vezes
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Na verdade o maior problema revelado por esse incidente foram nossos navios serem de origem americana, comprados logo após o fim da guerra, e o embaixador americano proibir a MB de zarpar do porto e fazer frente aos franceses. Foi nessa época que a MB decidiu desenvolver tecnologia por conta própria.J.Ricardo escreveu:Exatamente, esse episodio serviu também pra mostrar como é perigoso precisar de uma marinha e essa estar sucateada.Tikuna escreveu:Garantir a ZEE significa estar preparado para qualquer tipo de ameaça, um exemplo foi a "Guerra da Lagosta".
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
- J.Ricardo
- Sênior
- Mensagens: 7833
- Registrado em: Qui Jan 13, 2005 1:44 pm
- Agradeceu: 2723 vezes
- Agradeceram: 1112 vezes
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
A negativa dos EUA foi posta de lado logo no início, o governo deu uma "banana" pra eles e ainda ameaçou recorrer ao TIAR, o problema mesmo foram os navios ficarem quebrando logo que saiam do RJ.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
- Bolovo
- Sênior
- Mensagens: 28560
- Registrado em: Ter Jul 12, 2005 11:31 pm
- Agradeceu: 547 vezes
- Agradeceram: 442 vezes
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Mas uma coisa levou a outra. Quebravam e os americanos não enviavam as peças de reposição. Essa narrativa é da própria MB.J.Ricardo escreveu:A negativa dos EUA foi posta de lado logo no início, o governo deu uma "banana" pra eles e ainda ameaçou recorrer ao TIAR, o problema mesmo foram os navios ficarem quebrando logo que saiam do RJ.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
- J.Ricardo
- Sênior
- Mensagens: 7833
- Registrado em: Qui Jan 13, 2005 1:44 pm
- Agradeceu: 2723 vezes
- Agradeceram: 1112 vezes
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Agora a culpa de falta de manutenção prévia é dos EUA?
A negativa do uso dos navios não exime a MB de não ter mantido eles em ordem quando tudo estava bem, quando não conflito algum para se preocupar.
A negativa do uso dos navios não exime a MB de não ter mantido eles em ordem quando tudo estava bem, quando não conflito algum para se preocupar.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
- Bolovo
- Sênior
- Mensagens: 28560
- Registrado em: Ter Jul 12, 2005 11:31 pm
- Agradeceu: 547 vezes
- Agradeceram: 442 vezes
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Não é isso, cara. A Guerra da Lagosta durou mais de dois anos. De 1961 a 1963. Não foi um único incidente, foram vários incidentes diferentes em momentos diferentes todos dentro do mesmo contexto. A MB enviou navios diversas vezes para a região. Porém, devido a campanha, uma hora os navios precisavam parar justamente para realizar a manutenção e na hora de receber as peças de reposição (coisa que funciona excepcionalmente bem até então), recebiam a negativa dos EUA.J.Ricardo escreveu:Agora a culpa de falta de manutenção prévia é dos EUA?
A negativa do uso dos navios não exime a MB de não ter mantido eles em ordem quando tudo estava bem, quando não conflito algum para se preocupar.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 39059
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 6006 vezes
- Agradeceram: 3376 vezes
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Desta lição a MB aprendeu uma coisa simples que todas as grandes potencias já sabem há décadas, senão séculos: não dependa dos outros para fazer valer a sua vontade dentro de casa e defender seus interesses.
Daí nasceu o projeto das Niterói e de uma marinha embasada em projetos de navios fabricados e projetadas a partir de uma industria naval autóctone e capaz de oferecer e sustentar suas necessidades.
Pena que nunca tenha dado certo.
abs
Daí nasceu o projeto das Niterói e de uma marinha embasada em projetos de navios fabricados e projetadas a partir de uma industria naval autóctone e capaz de oferecer e sustentar suas necessidades.
Pena que nunca tenha dado certo.
abs
Carpe Diem
- J.Ricardo
- Sênior
- Mensagens: 7833
- Registrado em: Qui Jan 13, 2005 1:44 pm
- Agradeceu: 2723 vezes
- Agradeceram: 1112 vezes
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
bolovo, o probrema era o de sempre, falta de verba, não havia munição, nem pra atender a quantidade necessária para tempos de paz, muito mais para um conflito.Bolovo escreveu:Não é isso, cara. A Guerra da Lagosta durou mais de dois anos. De 1961 a 1963. Não foi um único incidente, foram vários incidentes diferentes em momentos diferentes todos dentro do mesmo contexto. A MB enviou navios diversas vezes para a região. Porém, devido a campanha, uma hora os navios precisavam parar justamente para realizar a manutenção e na hora de receber as peças de reposição (coisa que funciona excepcionalmente bem até então), recebiam a negativa dos EUA.J.Ricardo escreveu:Agora a culpa de falta de manutenção prévia é dos EUA?
A negativa do uso dos navios não exime a MB de não ter mantido eles em ordem quando tudo estava bem, quando não conflito algum para se preocupar.
Não tinhamos nem botes salva vidas.
Os únicos navios em condições, eram justamente os americanos classe "Pará". Os outros estavam lastimáveis. Vale os parabéns para a MB que conseguiu mobilizar seus meios em situação tão precária.
Quanto aos americanos, consegui a resposta da MB para o embaixador, épocas boa essa:
“Peço ao ‘capitain’ para solicitar ao Exmo. Sr. Embaixador dos EUA que comunique ao seu Governo, em Washington, que, inspirado nos fundamentos do pan-americanismo, que tem como uma das principais fontes a Doutrina Monroe, formulada por um presidente dos EUA há 140 anos, o Brasil cortou relações diplomáticas, e depois, manteve o estado de beligerância com o Japão, em virtude da agressão ao território americano sofrido com o ataque a Pearl Harbor. O Brasil honrou o seu compromisso assumido por ocasião da Conferência de Havana em 1940, onde se declarou que um ataque por um Estado não americano contra qualquer Estado americano é considerado como ataque contra todos os Estados americanos. Sabemos que os EUA têm compromissos políticos e militares com a França em virtude do tratado do Atlântico Norte, firmado em 1949. Entretanto, antes desse Tratado, os EUA em 1947, nesta cidade do Rio de Janeiro, lideraram a assinatura do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), que teve como propósito prevenir e reprimir as ameaças e os atos de agressão a qualquer dos países da América, baseado nos princípios de solidariedade e cooperação interamericanas. Assim sendo, configurando a agressão francesa, como anunciado em Paris, o Brasil espera que os EUA honrem os seus compromissos na defesa coletiva do continente americano declarando guerra contra a França, como o Brasil honrou seus compromissos declarando guerra contra os japoneses na II Guerra Mundial, sem nunca ter sido agredido por eles. E está dispensado … e pode se retirar.”
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
-
- Sênior
- Mensagens: 745
- Registrado em: Qui Jan 12, 2017 4:05 pm
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 18 vezes
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Ao invés da MB usar navios de segunda mão antigos, destinados a guerra antisubmarina, poderia ter empregado navios muito mais simples nesse evento que estamos usando de exemplo - navios talvez nacionais que estariam operacionais quando precisassemos. Mas nós só tinhamos contratorpedeiros velhos para caçar submarinos. Entendo a conjuntura da época e esse alinhamento com os EUA fazia sentido, mas um pouco de recurso poderia ter sido usado diferentemente. Não estávamos preparados para o que ocorreu.Bolovo escreveu: Não é isso, cara. A Guerra da Lagosta durou mais de dois anos. De 1961 a 1963. Não foi um único incidente, foram vários incidentes diferentes em momentos diferentes todos dentro do mesmo contexto. A MB enviou navios diversas vezes para a região. Porém, devido a campanha, uma hora os navios precisavam parar justamente para realizar a manutenção e na hora de receber as peças de reposição (coisa que funciona excepcionalmente bem até então), recebiam a negativa dos EUA.
Repetimos o mesmo erro até hoje. Compramos fragatas para defender os interesses dos outros e usamos navios patrulha que não servem nas situações que precisamos.
A MB precisa de navios patrulha oceanicos minimamente armados para defender nossos interesses. Também precisa de alguns navios mais sofisticados, mas o balanço atual está errado.
Não precisamos de dezenas de fragatas antisubmarinas para caçar o Outubro Vermelho nem escoltar comboios imaginarios num remake da Guerra Fria. Não precisamos de super escoltas AA pois não vamos nos lançar em mares distantes para invadir nenhum outro país.
Os únicos meios que temos hoje que defendem os nossos interesses são os poucos submarinos que temos.
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 39059
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 6006 vezes
- Agradeceram: 3376 vezes
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
pmicchi, navio patrulha é navio patrulha, não uma corveta ou fragata disfarçada com menor tonelagem.
acho que já coloquei no tópico do navio patrulha as missões que a MB determinou para os seus Napaoc, e que não são diferentes dos Napa BR e dos demais.
dentro da nossa ZEE o que precisamos é marcar presença efetiva, exercer poder de polícia e impedir que outros façam nela o que é apenas de nosso direito, segundo a legislação internacional.
para este tipo de missão, em 99% dos casos, um NaPaOc armado como descrito no projeto do CPN, ou com a configuração da classe Amazonas é mais do que suficiente.
na evidência de que nos restantes 1% de situações em que a presença do patrulha não for suficiente, ele terá com certeza o apoio de corvetas e/ou fragatas que serão deslocadas para complementá-lo, ou sendo o caso, substituí-lo.
neste sentido, o que a MB vislumbrou a mais de 50 anos atrás é que para exercer com eficiência e eficácia todas as 4 dimensões do poder naval no Atlântico Sul - repare bem, não estamos falando da ZEE apenas - seriam necessário cerca de 30 navios de escolta. Não são 30 fragatas de 6 mil toneladas, mas 30 navios de escolta, ou seja, navios capazes de fazer escolta e outras missões que um navio de guerra deve fazer. A tonelagem indica apenas os limites impostos a cada projeto em função do que se deseja obter dele. No nosso caso, podem ser navios de 2,7 mil a 7,2 mil tons. Os números irão variar de acordo com a realidade político-estratégica de cada época. Na década de 60's a MB já pensava assim. E até hoje pensa. A diferença é que nunca conseguiram fazer o país e o Estado pensar da mesma forma também, e nem reconhecer suas necessidades quanto à expressão e construção do seu poder naval. E isso não se refere apenas a questão militar, pelo contrário, ela é muito mais ampla.
Mas em um país com mais da metade da população afundada em algum tipo de analfabetismo, é quase impossível conseguir tal fato.
Então a gente vai com o que tem, do jeito que dá.
abs.
acho que já coloquei no tópico do navio patrulha as missões que a MB determinou para os seus Napaoc, e que não são diferentes dos Napa BR e dos demais.
dentro da nossa ZEE o que precisamos é marcar presença efetiva, exercer poder de polícia e impedir que outros façam nela o que é apenas de nosso direito, segundo a legislação internacional.
para este tipo de missão, em 99% dos casos, um NaPaOc armado como descrito no projeto do CPN, ou com a configuração da classe Amazonas é mais do que suficiente.
na evidência de que nos restantes 1% de situações em que a presença do patrulha não for suficiente, ele terá com certeza o apoio de corvetas e/ou fragatas que serão deslocadas para complementá-lo, ou sendo o caso, substituí-lo.
neste sentido, o que a MB vislumbrou a mais de 50 anos atrás é que para exercer com eficiência e eficácia todas as 4 dimensões do poder naval no Atlântico Sul - repare bem, não estamos falando da ZEE apenas - seriam necessário cerca de 30 navios de escolta. Não são 30 fragatas de 6 mil toneladas, mas 30 navios de escolta, ou seja, navios capazes de fazer escolta e outras missões que um navio de guerra deve fazer. A tonelagem indica apenas os limites impostos a cada projeto em função do que se deseja obter dele. No nosso caso, podem ser navios de 2,7 mil a 7,2 mil tons. Os números irão variar de acordo com a realidade político-estratégica de cada época. Na década de 60's a MB já pensava assim. E até hoje pensa. A diferença é que nunca conseguiram fazer o país e o Estado pensar da mesma forma também, e nem reconhecer suas necessidades quanto à expressão e construção do seu poder naval. E isso não se refere apenas a questão militar, pelo contrário, ela é muito mais ampla.
Mas em um país com mais da metade da população afundada em algum tipo de analfabetismo, é quase impossível conseguir tal fato.
Então a gente vai com o que tem, do jeito que dá.
abs.
Carpe Diem
- henriquejr
- Sênior
- Mensagens: 5449
- Registrado em: Qui Mai 25, 2006 11:29 am
- Localização: Natal/RN
- Agradeceu: 384 vezes
- Agradeceram: 433 vezes
Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Segue abaixo o link do canal do YouTube da SIATT, com vídeos bem interessantes sobre o MANSUP.
https://www.youtube.com/channel/UCGKEa9 ... 0t_ks7Y9Ow
https://www.youtube.com/channel/UCGKEa9 ... 0t_ks7Y9Ow
.