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Mensagem
por Juliano Lisboa » Sex Fev 23, 2018 1:16 pm
Vou abrir meu coração kkkkkkkkk (viadagem), e antes que me acusem, vi o Su-35 aqui em Anápolis era muito fã dele, depois de vários argumentos torci muito pelo Rafale, e depois da seleção do Gripen fui atrás pra entender os motivos que levaram a FAB escolher ele e hoje como não tenho opção de escolha, sou favorável a ele.
Mas vamos lá, não sei se é preguiça mesmo ou se é implicância, eu postei um vídeo a uns dias atrás sobre o Gripen, nele o Brigadeiro Bonoto e Crepaldi foram bem claros a muitas coisas que postam aqui. Peço mesmo que assistam.
1- TOT: Segundo os brigadeiros, a lei 8666, não determina que o TOT tem que ser exclusivo para empresas Brasileiras, mas sim que estejam no Brasil, se não tem ninguém que tenha capacidade ou demanda pra isso, vamos fazer o que? O Crepaldi ainda fala que o TOT não é pra montagem, isso já sabem fazer, não é pra apertar parafuso (uma clara alusão ao fórum, ou ele lê aqui ou alguém informa ele o que se comenta aqui), isso eles já sabem, não é pra aprender a fazer o parafuso, isso já sabem. O TOT é pra 60 áreas sensíveis, definidas pela FAB e EMPRESAS, do que eles não sabem fazer. Em certo momento ele diz que pra ser viável uma empresa precisa por exemplo dar a manutenção em 20 radares por mês ou ano, se a FAB mandar 01, a empresa quebra e já era TOT. Então essa conversa de temos que fazer isso, não só apertar parafuso depende quem quer fazer. Segundo eles o contrato tem 1.300 páginas, o contrato de TOT 2.800 e o relatório geral 40.000. Não deixaram nada para trás.
2- Poder aéreo da FAB: Em outro momento senão me engano Brig. Bonoto diz que a FAB tinha que ser mais egoísta, pensar nela e não no Brasil como faz, e isso tem duas implicações.
Primeiro: Seria muito mais fácil pra FAB segundo ele, comprar qualquer aeronave de prateleira e voar o estado de arte do que pensar no desenvolvimento nacional, ele cita o AMX, poderiam ter 3 esquadrões de F-16 aqui, mas não teríamos a Embraer como é hoje, por causa do 145. E antes que falem a mais a EMBRAER é privada e não ta nem aí pro Brasil, pensem na cadeia de empregos diretos e indiretos que ela causa, pensem nos impostos, pensem na formação intelectual das pessoas, tudo isso ajuda o Brasil a crescer.
Segundo: Ela compra o que ela pode e consegue manter, não adianta ter o x-wing e ele ficar no chão, tem que se pensar na aquisição, manutenção, reposição, armamento, disponibilidade,etc.
Terceiro: ele diz que o governo Federal não tem um projeto de estado e sim de governo a governo, e que nos 21 meses que ficou no COPAC, teve 4 ministros da Defesa. A FAB faz esse papel que seria do Ministério do desenvolvimento ou Tecnologia se ninguém faz ela se sente obrigada a fazer em prol do Brasil.
3- Fabricação do Gripen: todo mundo já sabe, 8 Gripens feitos em conjunto, 15 só por Brasileiros, o que eu não sabia é que todos os 36 vão ser finalizados aqui no Brasil pela EMBRAER. Sobre as vendas, America do Sul Brasil vende, Europa Saab vende, resto do mundo, quem tiver mais afinidade com o país vende. Sobre o WAD, segundo o video todos os Gripens vendidos com exceção dos suecos terão a tela WAD do padrão brasileiro.
Então amigos o que penso é, tem aviões melhores sim, mas confio na FAB, foram mais 60 mestres e doutores em aviação, segundo o Crepaldi, que escolheram o Gripen como o melhor custo-benefício, quem sou eu pra discordar, não sou eu que vou colocar minha vida em risco dentro desses aviões.
E outra, a FAB não ta nem aí pro que a gente pensa... decisão tomada, basta agora aceitarmos e tentar ver vantagens dessa escolha.
Espero que entendam meu ponto de vista.
Abraços,
Juliano Lisboa