Comandos portugueses na República Centro-Africana: "Uma missão complicada"
Rita Costa
Num país ameaçado por grupo armados e a tentar sair de um conflito há vários anos, há três grupos de comandos portugueses integrados na missão das Nações Unidas. 160 homens que ajudam a população.
O tenente-coronel Varino, comandante do segundo destacamento português revela à TSF que as operações para as quais são chamados "são normalmente complicadas". Nos últimos meses, os comandos portugueses tiveram de responder a duas situações de grande violência em Bucaranga e Bangassu.
"A nossa missão foi expulsar os grupos armados dessas cidades e recuperá-las para a Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA), permitindo que as populações pudessem regressar e retomar a vida normal. Felizmente tudo correu bem e foi isso o que aconteceu", conta o chefe do destacamento português.
Quando não estão em missões de choque, os militares portugueses sediados na capital Bangui fazem operações de patrulhamento e escoltas e respondem às solicitações do comandante da força militar das Nações Unidas.
"Existe sempre uma certa tensão e por vezes pequenas coisas são empoladas e têm repercussões grandes, podendo causar alguns episódios de insegurança, aqui na capital", conta o tenente coronel Varino, que revela ainda que "noutros locais do país há grupos armados e existem episódios de combate e de mortos e de extorsão da população".
Esta é uma realidade vivida pelos militares portugueses desde há um ano, mas que já existe desde 2013, quando o então presidente François Bozizé foi afastado do poder .
Além dos 160 militares na força de reação rápida da MINUSCA, Portugal está também na missão de treino da União Europeia na República Centro-Africana, uma missão composta por 170 elementos de 12 países, entre os quais 40 portugueses e que está a ser comandada desde a semana passada por Portugal.
Audio da entrevista:
https://www.tsf.pt/sociedade/seguranca/ ... 54356.html
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