República Centro Africana - MINUSCA
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Re: República Centro Africana - MINUSCA
Se fossem para o Afeganistão, estariam num TO muitíssimo pior. As gangs lá estão equipadas com as armas do costume e não tenho conhecimento do uso de IED, morteiros ou misseis.
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Re: República Centro Africana - MINUSCA
No âmbito da Missão da ONU na República Centro Africana, a 2ª Força Nacional Destacada efetuou a operação “MBAMARA” na cidade de Bangassou situada a cerca de 700km da Capital Bangui. Durante esta operação, a Quick Reaction Force (QRF) Portuguesa efetuou uma Cooperação Civil-Militar (CIMIC), no dia 9 de janeiro de 2018 que foi materializada pela doação de equipamentos desportivos, gentilmente doado pela Federação Portuguesa de Futebol, e alguns brinquedos para crianças angariados por familiares e amigos dos militares da QRF.
Esta cooperação foi realizada na escola primária SAYO, frequentada maioritariamente pela comunidade cristã, e no campo de deslocados onde se encontra a comunidade muçulmana ambas na cidade de Bangassou. Esta ação solidária dos Comandos Portugueses contribuiu para que estas crianças, recebessem cerca de 150 equipamentos e 20 bolas da Seleção Nacional e aproximadamente 1200 brinquedos, minimizando os efeitos provocados pelo conflito armado que se arrasta neste país desde 2012 e proporcionou um momento de muita alegria, grande satisfação e agradecimento pela iniciativa.
- FCarvalho
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
E estamos preparados para enfrentar esse tipo de situação, levando em conta que os capacetes azuis da ONU também fazem parte dos alvos desses grupos, que não por acaso não irão entregar suas armas para nós e nem ninguém?Bolovo escreveu:Armamento leve em geral: fuzis, metralhadoras, morteiros, RPG, caminhonetes etc. Típico de conflitos de baixa intensidade.EDSON escreveu:Que tipo de armamento esta na mão dos rebeldes muçulmanos?
Ou vocês ainda não notaram que o país está em plena guerra civil ativa?
Porque vocês acham que o pessoal aqui está fazendo questão de levar material bldos para lá? Só pra parecer mais chique é?
Acordem, a RCA não é o Afeganistão, é também não é o Haiti.
Abs
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- FCarvalho
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Re: República Centro Africana - MINUSCA
E quanto tempo achas que levará até esse tipo de coisaz começarem a aparecer por lá?cabeça de martelo escreveu:Se fossem para o Afeganistão, estariam num TO muitíssimo pior. As gangs lá estão equipadas com as armas do costume e não tenho conhecimento do uso de IED, morteiros ou misseis.
O conflito na RCA não pode ser visto deslocado do seu entorno estratégico.
Que não é nada bom, mas diga-se de passagem
Só perguntar aos franceses que estão por ali desde 2013.
Abs
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- cabeça de martelo
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Re: República Centro Africana - MINUSCA
Por enquanto não tens que preocupar-te com isso. Estamos a falar de guerras civis em países Africanos por isso o nível de apoio internacional a cada facção é mínimo.
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Re: República Centro Africana - MINUSCA
Não me preocupa o apoio internacional, mas o regional, ou seja, as filiais do terrorismo global. Isso sim é o que tem mais dado dor de cabeça naquela faixa da África.cabeça de martelo escreveu:Por enquanto não tens que preocupar-te com isso. Estamos a falar de guerras civis em países Africanos por isso o nível de apoio internacional a cada facção é mínimo.
Mali e Chade são apenas um exemplo do que falo.
No mais, estou mesmo é preocupado conosco, já que do básico ao mais tecnológico, falta-nos de um tudo um pouco. É só ver o improviso das ações quanto as VBMT-LR.
E isso já não é um assunto propriamente novo por aqui. Imagine então o resto.
Abs
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
O problema seria se o armamento da Líbia for fornecido e claro algum treinamento, não acho que nossos militares sofram com esses inimigos.FCarvalho escreveu:
Acordem, a RCA não é o Afeganistão, é também não é o Haiti.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
O desenrolar dos fatos leva a crer em cada vez maior envolvimento do terrorismo internacional na região subsaariana. É claro que os grupos locais têm suas próprias demandas e objetivos, mas tudo indica que a sua presença naquela região não pode ser mais ignorada, mas é menos ainda menosprezada.EDSON escreveu:O problema seria se o armamento da Líbia for fornecido e claro algum treinamento, não acho que nossos militares sofram com esses inimigos.FCarvalho escreveu: Acordem, a RCA não é o Afeganistão, é também não é o Haiti.
Abs
Os franceses por enquanto estão segurando a barra com o tal do G5, que obviamente já demonstrou que não tem condições sozinhos de estabilizar a região.
Neste meio todo, a RCA por enquanto sofre os resultados do que está acontecendo na vizinhança ao lado.
Mas para um país que sequer tem um Estado capaz de manter sua integridade física, política e institucional, cedo ou tarde, mais aquele do que está, as coisas tendem a piorar. Mais do que já estão.
Não será nem de longe "apenas mais uma missão da ONU".
E quem pensa assim, deveria rever seus conceitos, e acompanhar mais e melhor o noticiário internacional. Coisa que aliás o brasileiro comum não faz é nem fará por causa da Minusca.
Com ou sem a gente lá.
Abs
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Re: República Centro Africana - MINUSCA
Touaregs seriam adversários perigosos mas ao que parece ainda não se interessam tanto ao sul do Chade a outra ameaça seria o Boko Aram agora ele é o ISIS da África e aqui mora o perigo para missões de paz já que células ISIS estão aparecendo desde as Filipinas e Afeganistão não seria de se estranhar se aparecessem na Republica Centro Africana.
Os franceses estão ativos no Chade e ao que parecem tem controle da situação.
As tropas Chadianas são consideradas os melhores guerreiros do deserto.
,
Reportagem sobre o Boko Aram
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- FCarvalho
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Re: República Centro Africana - MINUSCA
Hã... deserto definitivamente não é a nossa praia. A metade norte/nordeste do país tem essa condição.
Além disso, praticamente não existe controle das fronteiras. A ação de diversos grupos na RCA tem continuidade via abastecimento por elas. Sem controlar o acesso às armas e mantimentos, não tem como prover segurança. Neste sentido, o uso intensivo de FOEsp deve ser considerado condição sine quanon. Mas a ONU limita a apenas um Pelotão para cada tropa. Tenho dúvidas sobre a capacidade de atuar eficazmente e alcançar os objetivos propostos.
Em minha opinião, como ainda não sabemos exatamente onde vamos ficar, é difícil prever o nível de dificuldade de ação que encontraremos. Mas algo me diz que a logística será o fator decisivo para o sucesso ou o fracasso dessa missão. Se conseguirmos estabelecer isto com êxito e na medida necessária, nossas ações trarão seus frutos e não teremos enterros aqui à toa.
Por outro lado a presença de operadores especiais policiais também deve fazer parte do nosso investimento nessa missão, além das tropas PM's normais, pois eles tem a capacidade de cobrir hiatos para que as forças militares cumpram outras ações mais objetivas no sentido de combater diretamente os grupos insurgentes.
Por fim, a nossa capacidade de pronta resposta é de deslocamento, e apoio as tropas em combate deve ser objeto de análise criteriosa. Quanto menos dependência da burrocracia da ONU no país melhores as chances de trazermos de volta pra casa todos são os e salvos. Apesar da realidade diferente da RCA.
Vamos ver se dessa vez estamos realmente dispostos a fazer mais do que o mínimo básico necessário.
Afinal, aqui pode até funcionar, mas a RCA não é o Brasil, e as partes em luta também nada tem a ver como lidar com a vagabundagem local em GLO.
Tomara que a gente aprenda rápido,pois vai doer de verdade.
Abs
Além disso, praticamente não existe controle das fronteiras. A ação de diversos grupos na RCA tem continuidade via abastecimento por elas. Sem controlar o acesso às armas e mantimentos, não tem como prover segurança. Neste sentido, o uso intensivo de FOEsp deve ser considerado condição sine quanon. Mas a ONU limita a apenas um Pelotão para cada tropa. Tenho dúvidas sobre a capacidade de atuar eficazmente e alcançar os objetivos propostos.
Em minha opinião, como ainda não sabemos exatamente onde vamos ficar, é difícil prever o nível de dificuldade de ação que encontraremos. Mas algo me diz que a logística será o fator decisivo para o sucesso ou o fracasso dessa missão. Se conseguirmos estabelecer isto com êxito e na medida necessária, nossas ações trarão seus frutos e não teremos enterros aqui à toa.
Por outro lado a presença de operadores especiais policiais também deve fazer parte do nosso investimento nessa missão, além das tropas PM's normais, pois eles tem a capacidade de cobrir hiatos para que as forças militares cumpram outras ações mais objetivas no sentido de combater diretamente os grupos insurgentes.
Por fim, a nossa capacidade de pronta resposta é de deslocamento, e apoio as tropas em combate deve ser objeto de análise criteriosa. Quanto menos dependência da burrocracia da ONU no país melhores as chances de trazermos de volta pra casa todos são os e salvos. Apesar da realidade diferente da RCA.
Vamos ver se dessa vez estamos realmente dispostos a fazer mais do que o mínimo básico necessário.
Afinal, aqui pode até funcionar, mas a RCA não é o Brasil, e as partes em luta também nada tem a ver como lidar com a vagabundagem local em GLO.
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Re: República Centro Africana - MINUSCA
Carvalho,
as nossas tropas estão previstas serem desdobradas, se forem, no noroeste/oeste da RCA.
O material a ser deslocado, inicialmente, já está praticamente pronto.
Dependemos do aval dos Srs parlamentares e do Itamaraty.
Vou tentar colocar algumas fotos do material....
Relembrando, o contingente inicial será do RJ!
'
as nossas tropas estão previstas serem desdobradas, se forem, no noroeste/oeste da RCA.
O material a ser deslocado, inicialmente, já está praticamente pronto.
Dependemos do aval dos Srs parlamentares e do Itamaraty.
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Re: República Centro Africana - MINUSCA
Olá Elígio. Grato pelas fotos e informações.
Parece que vamos aproveitar a maior parte do equipamento do Haiti. O que não é nenhuma surpresa.
O pessoal a que te refere são pqdt? Alguma definição sobre o tempo de estadia dessa primeira tropa? CFN junto e misturados?
Interessante notar a ausência dos Guarani. Mas como nem os LMV irão aparecer por aqui tão cedo, nada contra enviar material novo a posterior.
Quanto a autorização do congresso, bem, retorno só em fevereiro. Trabalho que é bom, março ou abril talvez.
Se tinha alguém com pressa nessa missão, se ferrou, literalmente.
Falar em ferrar, já vistes a pauta do congresso nesse começo de ano?
Abs
Parece que vamos aproveitar a maior parte do equipamento do Haiti. O que não é nenhuma surpresa.
O pessoal a que te refere são pqdt? Alguma definição sobre o tempo de estadia dessa primeira tropa? CFN junto e misturados?
Interessante notar a ausência dos Guarani. Mas como nem os LMV irão aparecer por aqui tão cedo, nada contra enviar material novo a posterior.
Quanto a autorização do congresso, bem, retorno só em fevereiro. Trabalho que é bom, março ou abril talvez.
Se tinha alguém com pressa nessa missão, se ferrou, literalmente.
Falar em ferrar, já vistes a pauta do congresso nesse começo de ano?
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Re: República Centro Africana - MINUSCA
Semana que vem, dia 22, completam dois meses do convite formal da ONU para o Brasil participar da Minusca.
Apesar dos preparativos militares neste sentido, não houve de fato até agora uma resposta oficial do governo brasileiro, dizendo nem sim e nem não.
Está me parecendo cada vez mais que está missão não sai tão cedo. Sequer há consenso sobre a questão no governo. E este ano promete já começar bem complicado mesmo agora em janeiro. E se estamos começando assim, com não poucas intenções do uso político das ffaa's, qual prioridade teria assumir mais uma missão da ONU lá fora, quando se espera o uso intenso das forças militares aqui dentro do Brasil?
Posso afirmar com alguma certeza que dependendo dos acontecimentos neste primeiro semestre, a Minusca tende a ver-nos somente no ano que vem.
Isso, claro, se chegar a haver alguma decisão sobre.
Abs
Apesar dos preparativos militares neste sentido, não houve de fato até agora uma resposta oficial do governo brasileiro, dizendo nem sim e nem não.
Está me parecendo cada vez mais que está missão não sai tão cedo. Sequer há consenso sobre a questão no governo. E este ano promete já começar bem complicado mesmo agora em janeiro. E se estamos começando assim, com não poucas intenções do uso político das ffaa's, qual prioridade teria assumir mais uma missão da ONU lá fora, quando se espera o uso intenso das forças militares aqui dentro do Brasil?
Posso afirmar com alguma certeza que dependendo dos acontecimentos neste primeiro semestre, a Minusca tende a ver-nos somente no ano que vem.
Isso, claro, se chegar a haver alguma decisão sobre.
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