Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.
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#46
Mensagem
por Bolovo » Qui Jan 11, 2018 12:49 pm
FIGHTERCOM escreveu:FCarvalho escreveu:Não. Nae novo só bem para lá de 2030. E até que isso se confirme, vamos vendo o que aparece por aí.
Uma opção que penso seria interessante é a aquisição por oportunidade do INS Vycrant, que em fins dos anos de 2030 já estará com quase vinte anos de uso.
Não é exatamente um Nae ligeiro, mas como no caso do Ocean, seria melhor do que tentar reinventar a roda por aqui mesmo. E com muito tempo de uso ainda pela frente.
Abs
Prezado FCarvalho,
Qual seria o ganho em se comprar o INS Vikrant? Não entendi!
Att.,
Wesley
Eu não entendi qual navio.
De qual Vikrant o Carvalho está falando? Existe um que é tão antigo quanto o Minas Gerais e o outro ainda nem saiu do estaleiro.
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#47
Mensagem
por FCarvalho » Qui Jan 11, 2018 8:31 pm
O atual INS Vicrant é o novo Nae STOVL indiano e que tem sua estreia agendada para 2019. A entrada em operação é 2021. Ele pesa carregado 40 mil toneladas. E é pouca coisa menor que o SP. Mas ganha na largura.
Vantagem 1 - está pronto e testado daqui vinte anos.
Vantagem 2 - disponível daqui vinte anos.
Vantagem 3 - custos.
Os indianos pretendem dispor de 3 Nae. Hoje eles tem um russo modernizado, o INS Vicrant entrando breve em operação e um terceiro projeto de NAe de 65 mil tons ainda não definido.
Minha opinião é que assim que este último projeto, o INS Vishal, estiver definido, testado e operacional, eles irão desfazer-se dos demais para abrir espaço na frota para mais undes daquele, com fins de obter uma frota mais homogênea. E como defesa lá é assunto sério, tenho motivos para crer na possibilidade de obtenção por oportunidade do Vicrant.
Em 2038 com certeza eles já terão pelo menos 2 Vishal.
Pará a nossa realidade voltar a possuir um Nae já vai ser uma tremenda sorte. E sabendo como são as coisas por aqui, não duvidaria de ver este Nae e o Ocean navegando juntos com o pavilhão nacional.
A ver.
Abs
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#48
Mensagem
por Bolovo » Qui Jan 11, 2018 10:00 pm
O INS Vikrant não é STOVL (Harrier, por exemplo), mas sim STOBAR (tanto que vai operar o MiG-29K). Vc realmente acha que irão aposentar em apenas 20 anos um navio que já custou 4 bilhões de dólares? Ele já está garantido para 2040 e além, isso já foi indicado nos requisitos dos 57 novos caças navais. O primeiro a ser aposentado será o INS Vikramadytia, mas também vai demorar bastante, muito além de 2030.
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#49
Mensagem
por Marechal-do-ar » Qui Jan 11, 2018 10:26 pm
Se acreditasse, por que não reformar o São Paulo?
Sério, seria bem mais barato do que comprar qualquer outro NAE e o Sea Gripen seria um dos poucos caças com capacidade de operação plena no São Paulo.
Agora, vamos pensar em outra hipótese, a de que a MB NÃO acredita no Sea Gripen, se reformassem o São Paulo, como fariam para comprar OUTRO caça?
Ainda nessa hipótese, se MB quisesse outro caça, tipo F-35, que será o único capaz de operar em NAEs STOVL mas não póderia operar no São Paulo, qual seria o primeiro passo?
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#50
Mensagem
por pmicchi » Sex Jan 12, 2018 11:54 am
Marechal-do-ar escreveu:
E qual o paradigma do futuro?
Pensando que o Ocean vai operar uns vinte anos, algo para substitui-lo certamente utilizaria VANTs armados, VTOLs ou STOL. Esses vetores poderiam operar de NAes muito menores e baratos mas ainda sim com centros de controle capazes de operá-los simultaneamente e à distância.
Certamente o F-35 vai ser o último caça embarcado tripulado que vamos ver operando.
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#51
Mensagem
por FCarvalho » Sex Jan 12, 2018 6:16 pm
Bolovo escreveu:O INS Vikrant não é STOVL (Harrier, por exemplo), mas sim STOBAR (tanto que vai operar o MiG-29K). Vc realmente acha que irão aposentar em apenas 20 anos um navio que já custou 4 bilhões de dólares? Ele já está garantido para 2040 e além, isso já foi indicado nos requisitos dos 57 novos caças navais. O primeiro a ser aposentado será o INS Vikramadytia, mas também vai demorar bastante, muito além de 2030.
Sim concordo. Mas ele é o máximo que vejo como uma oportunidade de negócios para a MB ter um Nae novamente. Do contrário, pode esperar sentado até 2084 que isso não sai.
Ele vai operar com os Mig-29, e depois com Rafale ou F-18. O que vier primeiro.
Quem sabe com alguma sorte, e um pouco de negociação, não conseguimos ele antes do tempo.
abs
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FCarvalho em Sex Jan 12, 2018 6:23 pm, em um total de 1 vez.
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#52
Mensagem
por FCarvalho » Sex Jan 12, 2018 6:19 pm
pmicchi escreveu:Marechal-do-ar escreveu:
E qual o paradigma do futuro?
Pensando que o Ocean vai operar uns vinte anos, algo para substitui-lo certamente utilizaria VANTs armados, VTOLs ou STOL. Esses vetores poderiam operar de NAes muito menores e baratos mas ainda sim com centros de controle capazes de operá-los simultaneamente e à distância.
Certamente o F-35 vai ser o último caça embarcado tripulado que vamos ver operando.
Os americanos estão se preparando para operar VANT's de ataque e o substituir os C-2 pelo CV-22.
Isso deve ser seguido e maior ou menor medida pelas demais marinhas que possuem aviação embarcada.
Eu por exemplo, aposto em uma versão do AW-609 para AEW, COD/revo e mesmo ASW embarcado.
Um tipo de V-22 de pobre. Mas que serviria muito bem em um Nae ligeiro ou algo parecido.
abs
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FCarvalho em Sex Jan 12, 2018 6:25 pm, em um total de 1 vez.
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#53
Mensagem
por Bolovo » Sex Jan 12, 2018 6:23 pm
FCarvalho escreveu:Bolovo escreveu:O INS Vikrant não é STOVL (Harrier, por exemplo), mas sim STOBAR (tanto que vai operar o MiG-29K). Vc realmente acha que irão aposentar em apenas 20 anos um navio que já custou 4 bilhões de dólares? Ele já está garantido para 2040 e além, isso já foi indicado nos requisitos dos 57 novos caças navais. O primeiro a ser aposentado será o INS Vikramadytia, mas também vai demorar bastante, muito além de 2030.
É sim.
E vai operar com os Mig-29, e depois com Rafale ou F-18. O que vier primeiro.
abs
...
STOVL (Short Take-Off and Vertical Landing aircraft), decolagem curta e pousos verticais i.e. Harrier, F-35B, Yak-141 etc.
https://en.wikipedia.org/wiki/STOVL
STOBAR (Short Take-Off But Arrested Recovery), decolagem curta e pouso enganchado i.e. MiG-29K, Su-33, J-15 etc.
https://en.wikipedia.org/wiki/STOBAR
Tanto o INS Vikrant como o Vikramaditya são do último tipo.
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#54
Mensagem
por FCarvalho » Sex Jan 12, 2018 6:26 pm
Editei o texto acima depois do teu post sem ter visto. Falha minha na interpretação das siglas. Estas correto.
abs.
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#55
Mensagem
por Bolovo » Sex Jan 12, 2018 8:31 pm
FCarvalho escreveu:Editei o texto acima depois do teu post sem ter visto. Falha minha na interpretação das siglas. Estas correto.
abs.
Sem problemas! Mas há algo que eu concordo com vc, mesmo que seja ao mesmo tempo discordando!
O Vikrant não será vendido tão cedo, pode esquecer isso, vai passar de 2040 na Índia, porém o navio é muito, muito interessante. Ao meu ver, é o projeto de NAE ideal para o PRONAE da MB, porque? Porque é um projeto pequeno, de 40 mil toneladas (um pouco maior que o São Paulo), baseado no Cavour italiano (a italiana Fincantieri foi quem desenhou o navio), é STOBAR (ou seja, não depende das problemáticas catapultas a vapor ou as caríssimas eletromagnéticas), tem uma propulsão conhecida por aqui (quatro turbinas LM2500, as mesmas que equipam todas as nossas corvetas) e por aí vai. A alergia fica por conta da ala aérea, que no caso é toda russa (a parte do complexo de aviação foi desenhada pela empresa russa Nevskoye). Sonharia em um desses sendo fabricado em Suape-PE, no estaleiro Vard Promar, que é da Fincantieri...
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#56
Mensagem
por FCarvalho » Sáb Jan 13, 2018 1:25 pm
Eu penso que se a MB quiser um dia ter de novo um Nae, vai ter que se obrigar a pensar fora do convencional de sempre.
Um navio como esse poderia muito bem ser adaptado para nós, se construído aqui.
Mesmo na Índia, pode ser que ele possa ser negociado tendo em vista a busca de fundos para um terceiro Nae da classe Vishal de 65 mil tons. O primeiro só deve estar operacional para depois de 2030.
E como eles querem 3 Nae's...
A Índia não tem problemas com dinheiro para a defesa, então quem sabe... sonhar ainda não está nos custando nada.
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#57
Mensagem
por pmicchi » Seg Jan 15, 2018 5:10 pm
Bolovo escreveu:FCarvalho escreveu:Editei o texto acima depois do teu post sem ter visto. Falha minha na interpretação das siglas. Estas correto.
abs.
Sem problemas! Mas há algo que eu concordo com vc, mesmo que seja ao mesmo tempo discordando!
O Vikrant não será vendido tão cedo, pode esquecer isso, vai passar de 2040 na Índia, porém o navio é muito, muito interessante. Ao meu ver, é o projeto de NAE ideal para o PRONAE da MB, porque? Porque é um projeto pequeno, de 40 mil toneladas (um pouco maior que o São Paulo), baseado no Cavour italiano (a italiana Fincantieri foi quem desenhou o navio), é STOBAR (ou seja, não depende das problemáticas catapultas a vapor ou as caríssimas eletromagnéticas), tem uma propulsão conhecida por aqui (quatro turbinas LM2500, as mesmas que equipam todas as nossas corvetas) e por aí vai. A alergia fica por conta da ala aérea, que no caso é toda russa (a parte do complexo de aviação foi desenhada pela empresa russa Nevskoye). Sonharia em um desses sendo fabricado em Suape-PE, no estaleiro Vard Promar, que é da Fincantieri...
STOBAR limita bastante a carga útil da aeronave na decolagem (com uma catapulta, o avião decola mais pesado - com mais armas e/ou combustivel). Economiza no navio mas reduz a efetividade dos vetores. Para interceptação e defesa afeta menos, mas é um fator negativo importante na projeção de força.
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#58
Mensagem
por Luís Henrique » Seg Jan 15, 2018 5:44 pm
Um Juan Carlos class NOVO modificado para operação STOBAR.
12 caças Gripen M
E fecha a conta.
Um navio desse tipo teria deslocamento muito próximo de 30 mil toneladas e custaria POUCO acima de U$ 1 bi.
Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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#59
Mensagem
por FCarvalho » Seg Jan 15, 2018 6:38 pm
pmicchi escreveu:
STOBAR limita bastante a carga útil da aeronave na decolagem (com uma catapulta, o avião decola mais pesado - com mais armas e/ou combustivel). Economiza no navio mas reduz a efetividade dos vetores. Para interceptação e defesa afeta menos, mas é um fator negativo importante na projeção de força.
Defesa aérea da frota é e será sempre a primeira missão de qualquer caça naval brasileiro. Neste sentido um Nae STOBAR não necessariamente significa uma limitação ou problema.
Como defesa vai ser sempre o foco das nossas ações no mar, até o Gripen naval dava um baita vetor.
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#60
Mensagem
por FCarvalho » Seg Jan 15, 2018 6:41 pm
Luís Henrique escreveu:Um Juan Carlos class NOVO modificado para operação STOBAR.
12 caças Gripen M
E fecha a conta.
Um navio desse tipo teria deslocamento muito próximo de 30 mil toneladas e custaria POUCO acima de U$ 1 bi.
Nem precisa. Temos um projeto aqui em casa no CPN para um NPM, e que com a devida alteração pode muito bem fazer o papel de NAe ligeiro.
O RFP das corvetas deu o caminho.
Abs
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