Meu caro amigo gaudério, eu já há alguns anos acompanho e leio material oficial da MB e CFN, e neles, se nota claramente até hoje não apenas no alto comando da MB/CFN, como de resto a imensa maioria da oficialidade que pensa, articula e escreve sobre o poder naval nacional, continuam pensando que somos/devemos ser um tipo de versão mini ou 'PP' da US Navy. Isto é tão claro e retilíneo no pensamento dentro da marinha quanto a merda de salário de professor.Túlio escreveu:Morro concordando. Aliás, a argumentação dos Colegas deve andar em maré baixa porque está começando a ficar chato isso, sou acostumado é a discordar do Marechal (e do Bolovo ), hoje em dia concordo quase sempre, POWS!!!
Sei lá o que deu, é tanto wishful thinkin' partindo de premissa errada e, por consequência, chegando a conclusões do tipo "fazer mudanças importantes para ficar tudo igual" que acaba nisso, eu concordando com Colegas de quem adoro discordar.
ACORDEM, POWS!!!
Temos uma "marinha" que tenta ir em todas as direções ao mesmo tempo e, por óbvio, não vai chegar a lugar algum. O "planejamento" (e FCarvalho, PELAMOR, a sigla é PAEMB - Plano de Articulação e Equipamento da Marinha do Brasil - e não "PEAMB", tri? ) é um desastre, tipo querer fazer churrasco, daí comprar batata, feijão, vela de carro, açúcar e abacaxi para isso. Baita "churrasco" vai dar...
Por isso que sempre repito aqui que é muito mais fácil mudar manuais e doutrinas nas ffaa's do que pensamentos.
Porque tu achas que até hoje o almirantado vira a cara para a ideia de uma guarda costeira? Porque achas que o CFN continua a crescer mesmo onde não há meios para a sua mobilidade? Porque achas que a patrulha é um assunto sempre deixado para depois? Porque achas que a aviação de asas fixa na MB ainda não morreu de vez depois da morte súbita do SP? Porque achas que a MB não aceita abrir mão das CCT em favor do investimento em NaPaOc BR, que com US 1,6 bi, poderíamos construir quase vinte undes?
Acabo vendo que os colegas aqui ainda não perceberam o que pensa, e como pensa, os nossos gestores navais. O mundo deles é diferente da realidade nacional, apesar de estarem plenamente consciente dela, e vêm o país, a marinha e a si próprios, com uma visão que não é a nossa, e nem a da tradicional cegueira tupiniquim. Eles acreditam sinceramente no que pensam e como vem o país e a marinha. E se não fosse assim, honestamente, com certeza a MB estaria hoje sendo não mais que uma boa e mera guarda costeira, ou talvez, com alguma sorte, uma marinha de águas marrons mais ou menos.
De qualquer forma, o pensamento da nossa elite naval não difere muito das demais forças. Eles ainda acham que vale a pena acreditar no Brasil, e que as forças armadas podem e devem ser tão grandes quanto eles pensam que o país, e o seu zé povinho, são.
Embora, a bem da verdade, nunca tenhamos passado de uma grande senzala que pensa que se tornou casa grande desde o séc XIX, e agora com ares de "pais em desenvolvimento" no sec XXI.
Fazer o quê...
abs.