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Livres-PSL
Livres ganha espaço e pode assumir o comando do PSL.
José Fucs - O Estado de S.Paulo, 17.12.17.
Nas fileiras da chamada “nova direita” que surgiu no País nos últimos anos, um grupo ainda pouco conhecido começa a ganhar visibilidade. Batizado de Livres e “incubado” dentro do Partido Social Liberal (PSL), o movimento está conquistando um espaço cada vez maior e poderá assumir de vez o comando da legenda no início de 2018, em uma convenção extraordinária que deverá ser convocada para permitir a troca da cúpula partidária.
Com uma proposta libertária, que contempla a defesa da liberdade individual em todos os campos de atividade, o Livres se distingue de forma sensível dos principais grupos e legendas considerados “de direita” e está ocupando um lugar até agora inexplorado na arena política nacional. Além de apoiar a democracia e de ter uma postura pró-mercado, o movimento é favorável ao livre arbítrio em questões relacionadas à moral e aos costumes, como o sexo e as drogas.
Ao contrário do Partido Novo, que foi criado do zero, e do MBL, que resolveu não se vincular a uma legenda e atuar por meio das agremiações já existentes, o Livres optou por se incrustar no PSL para poder participar para valer do jogo político. Assim, foi possível ganhar um tempo precioso e reduzir os custos de implantação, enquanto o movimento ganhava musculatura para controlar o partido. Apesar de jamais ter decolado em seus 23 anos de vida, o PSL conseguiu espalhar seus tentáculos pelo País afora e representa um ativo valioso para quem herdá-lo.
Segundo o economista Sérgio Bivar, um dos idealizadores do Livres e presidente da Fundação Indigo, o órgão partidário voltado para o estudo de políticas públicas, já são 12 os diretórios estaduais com presidentes alinhados ao grupo. Mesmo em Estados ainda controlados pela “velha guarda”, o Livres detém o comando em cidades importantes, como Vitória (ES). Ainda falta, é certo, “concluir a transição” em diretórios de grandes estados, como São Paulo e Minas Gerais, mas a estratégia adotada pelo movimento deu resultados estimulantes. “A conversão está ocorrendo de forma progressiva, dentro da capacidade do Livres de ocupar espaços no partido”, diz.
Oficialmente, os dirigentes do Livres e do PSL não confirmam a convocação de uma Convenção Extraordinária para viabilizar a mudança na direção, mas comentam nos bastidores que a ideia é realizá-la até o final de março, para aproveitar a “janela partidária” que permite a parlamentares mudar de partido sem sanções. Isso possibilitará ao Livres receber os descontentes de outros partidos identificados com suas bandeiras, para que eles possam disputar as eleições do ano que vem pela nova legenda. Permitirá também ao partido disputar o pleito já 100% convertido ao Livres. “O plano é a gente fazer esse ‘reset’ já para 2018”, afirma o cientista político Diogo Costa, diretor executivo da Fundação Indigo, que já está sob controle do Livres, e um dos líderes do movimento.
DOSE DE IRONIA.
Criado no final de 2015 por um grupo de jovens que participavam de organizações de difusão do liberalismo no País, como Estudantes pela Liberdade, Ordem Livre e Instituto de Estudos Empresariais (IEE), o Livres pretende lançar candidatos em vários Estados, especialmente para deputado federal. O movimento poderá também ter candidato para a Presidência da República, se surgir um nome com cacife para encarar o desafio. “Mesmo que seja uma candidatura com pouca chance, é melhor ter um bom mensageiro do que um candidato que seja caricato e não represente bem as nossas ideias”, diz Costa.
Entre os políticos com mandato que poderão aderir ao Livres, um dos mais comentados é o senador José Reguffe (DF), atualmente sem partido, que participou recentemente de um programa de TV do PSL. Embora não se tenha filiado à sigla, muitos dirigentes do Livres dizem que gostariam de vê-lo como candidato à Presidência. Fala-se também na adesão de vários nomes do PSDB, como os deputados federais Daniel Coelho (PE), Pedro Cunha Lima (PB) e Mariana Carvalho (RO), o que levou alguns críticos do Livres a chamá-lo, com boa dose de ironia, de PSDB do B.
No início de dezembro, a economista Elena Landau, que assinou um documento meses atrás criticando os rumos do PSDB, foi a primeira figura de destaque do partido a anunciar sua aproximação do Livres. Ela não se filiou ao PSL, mas deverá ocupar o lugar de Sérgio Bivar na presidência da Fundação Indigo e acumular o comando do conselho de governança da instituição a ser criado em breve. “O que me atraiu é que o Livres não é um movimento liberal só da boca para fora”, afirma Landau, que coordenou o programa de desestatização no governo FHC e presidente do Conselho de Administração da Eletrobras.
Para conseguir chegar nesta etapa, o projeto do Livres contou desde o princípio com o aval do deputado Luciano Bivar, fundador e presidente de honra do PSL e pai de Sérgio, um dos articuladores do movimento. Agora, Luciano se prepara para dar um impulso decisivo à empreitada, ao deixar o partido de herança para a nova geração engajada no Livres.
Com 73 anos, Luciano, que foi candidato à Presidência pelo PSL em 2006, defendendo a adoção do imposto único, deseja se afastar da política e se dedicar apenas às atividades empresariais – ele controla a Companhia Excelsior de Seguros, a única empresa ativa do setor com sede no Nordeste, entre outros negócios.
‘MODERNIDADE’.
A expectativa é que Luciano anuncie a sua “aposentadoria” na convenção que deverá marcar a tomada de controle do partido pelo Livres. “A transformação do PSL em Livres será a grande força que a gente vai ter, não só pela mudança do nome, mas principalmente pelas ideias, pela modernidade.”.
No atual estágio do processo, é pouco provável que a “velha guarda” do PSL consiga conter a ascensão do Livres, mas as propostas do movimento têm gerado tensões internas. O deputado federal Alfredo Kaefer (PSL-PR), que foi “expulso” simbolicamente da legenda pela turma do Livres por ter votado contra o Uber, é um dos principais críticos da transformação do partido. Kaefer se considera um liberal na economia e não aceita a postura do movimento em relação aos costumes. “Tenho dúvidas de que essa visão se transforme em voto”, afirma. Se o Livres realmente assumir o controle da máquina partidária, ele poderá trocar de legenda para disputar a reeleição em 2018. “Minha percepção é de que as posições do Livres não contribuem para o crescimento do partido.”
Inspirado nas ideias dos economistas Milton Friedman (1912-2006) e Friedrich Hayek (1899-1992), dois grandes nomes do liberalismo no século XX, e do diplomata, jurista e historiador Joaquim Nabuco, o Livres tem uma visão bem mais doutrinária do partido que o atual PSL. Embora o PSL tenha sempre cultivado as ideias do social liberalismo do filósofo José Guilherme Merquior (1941-1991), acabou perdendo ao longo do tempo, a sua identidade programática, ao se expandir de forma descontrolada.
FILIGRANAS.
Para não cair na mesma armadilha, o Livres decidiu exigir o comprometimento dos filiados com a sua plataforma política, por meio da adesão a seus 17 compromissos. Eles incluem o direito de cada indivíduo escolher o seu estilo de vida, a igualdade de gênero, o corte de impostos e o combate à corrupção. “É importante que os filiados sejam fiéis aos nossos valores”, diz o advogado Felipe Melo França, presidente do novo Conselho de Ética e Disciplina Partidária e outros dos fundadores do movimento. “Mas não queremos excluir pessoas que tenham identidade com a gente por filigranas.”
Ideologicamente, o Livres se opõe aos grupos mais autoritários da direita, que advogam o nacional-desenvolvimentismo, de viés estatizante, rechaçam costumes diferentes dos seus e até defendem, em alguns casos, a intervenção militar no País. O movimento também tem divergências significativas com os liberais conservadores ou simplesmente conservadores, como preferem dizer alguns integrantes do movimento, que consideram o termo um paradoxo. Os conservadores podem apoiar a democracia e o liberalismo econômico, como o Livres, mas em geral defendem restrições à liberdade de escolha individual em questões comportamentais.
Por causa das posições mais abertas do Livres na seara comportamental, como a liberação da maconha e a adoção de filhos por casais do mesmo sexo, alguns conservadores costumam chamá-lo, em tom de chacota, de “PSOL da direita” ou “PSOL sem O”, numa referência ao partido da extrema-esquerda que defende bandeiras semelhantes nesse campo. “É uma tentativa de nos estigmatizar”, diz o cientista político Fábio Ostermann, candidato a prefeito em Porto Alegre pela legenda, em 2016.
De acordo com Ostermann, a proposta do Livres nas questões de costumes nada tem a ver com a do PSOL. O Livres, segundo ele, defende a liberdade de o indivíduo ter ou não certo comportamento. Defende também a tolerância em relação aos que cultivam uma postura mais tradicionalista. O PSOL, ao contrário, na opinião de Ostermann, pretende impor sua visão de mundo, a partir de uma política de Estado, a toda a sociedade. “O liberalismo como filosofia política não é um conjunto de ditames sobre o que o Estado deve ou não fazer”, afirma. “Queremos que as pessoas sejam livres para decidir o que desejam para a sua vida.”
José Fucs - O Estado de S.Paulo, 17.12.17.
Nas fileiras da chamada “nova direita” que surgiu no País nos últimos anos, um grupo ainda pouco conhecido começa a ganhar visibilidade. Batizado de Livres e “incubado” dentro do Partido Social Liberal (PSL), o movimento está conquistando um espaço cada vez maior e poderá assumir de vez o comando da legenda no início de 2018, em uma convenção extraordinária que deverá ser convocada para permitir a troca da cúpula partidária.
Com uma proposta libertária, que contempla a defesa da liberdade individual em todos os campos de atividade, o Livres se distingue de forma sensível dos principais grupos e legendas considerados “de direita” e está ocupando um lugar até agora inexplorado na arena política nacional. Além de apoiar a democracia e de ter uma postura pró-mercado, o movimento é favorável ao livre arbítrio em questões relacionadas à moral e aos costumes, como o sexo e as drogas.
Ao contrário do Partido Novo, que foi criado do zero, e do MBL, que resolveu não se vincular a uma legenda e atuar por meio das agremiações já existentes, o Livres optou por se incrustar no PSL para poder participar para valer do jogo político. Assim, foi possível ganhar um tempo precioso e reduzir os custos de implantação, enquanto o movimento ganhava musculatura para controlar o partido. Apesar de jamais ter decolado em seus 23 anos de vida, o PSL conseguiu espalhar seus tentáculos pelo País afora e representa um ativo valioso para quem herdá-lo.
Segundo o economista Sérgio Bivar, um dos idealizadores do Livres e presidente da Fundação Indigo, o órgão partidário voltado para o estudo de políticas públicas, já são 12 os diretórios estaduais com presidentes alinhados ao grupo. Mesmo em Estados ainda controlados pela “velha guarda”, o Livres detém o comando em cidades importantes, como Vitória (ES). Ainda falta, é certo, “concluir a transição” em diretórios de grandes estados, como São Paulo e Minas Gerais, mas a estratégia adotada pelo movimento deu resultados estimulantes. “A conversão está ocorrendo de forma progressiva, dentro da capacidade do Livres de ocupar espaços no partido”, diz.
Oficialmente, os dirigentes do Livres e do PSL não confirmam a convocação de uma Convenção Extraordinária para viabilizar a mudança na direção, mas comentam nos bastidores que a ideia é realizá-la até o final de março, para aproveitar a “janela partidária” que permite a parlamentares mudar de partido sem sanções. Isso possibilitará ao Livres receber os descontentes de outros partidos identificados com suas bandeiras, para que eles possam disputar as eleições do ano que vem pela nova legenda. Permitirá também ao partido disputar o pleito já 100% convertido ao Livres. “O plano é a gente fazer esse ‘reset’ já para 2018”, afirma o cientista político Diogo Costa, diretor executivo da Fundação Indigo, que já está sob controle do Livres, e um dos líderes do movimento.
DOSE DE IRONIA.
Criado no final de 2015 por um grupo de jovens que participavam de organizações de difusão do liberalismo no País, como Estudantes pela Liberdade, Ordem Livre e Instituto de Estudos Empresariais (IEE), o Livres pretende lançar candidatos em vários Estados, especialmente para deputado federal. O movimento poderá também ter candidato para a Presidência da República, se surgir um nome com cacife para encarar o desafio. “Mesmo que seja uma candidatura com pouca chance, é melhor ter um bom mensageiro do que um candidato que seja caricato e não represente bem as nossas ideias”, diz Costa.
Entre os políticos com mandato que poderão aderir ao Livres, um dos mais comentados é o senador José Reguffe (DF), atualmente sem partido, que participou recentemente de um programa de TV do PSL. Embora não se tenha filiado à sigla, muitos dirigentes do Livres dizem que gostariam de vê-lo como candidato à Presidência. Fala-se também na adesão de vários nomes do PSDB, como os deputados federais Daniel Coelho (PE), Pedro Cunha Lima (PB) e Mariana Carvalho (RO), o que levou alguns críticos do Livres a chamá-lo, com boa dose de ironia, de PSDB do B.
No início de dezembro, a economista Elena Landau, que assinou um documento meses atrás criticando os rumos do PSDB, foi a primeira figura de destaque do partido a anunciar sua aproximação do Livres. Ela não se filiou ao PSL, mas deverá ocupar o lugar de Sérgio Bivar na presidência da Fundação Indigo e acumular o comando do conselho de governança da instituição a ser criado em breve. “O que me atraiu é que o Livres não é um movimento liberal só da boca para fora”, afirma Landau, que coordenou o programa de desestatização no governo FHC e presidente do Conselho de Administração da Eletrobras.
Para conseguir chegar nesta etapa, o projeto do Livres contou desde o princípio com o aval do deputado Luciano Bivar, fundador e presidente de honra do PSL e pai de Sérgio, um dos articuladores do movimento. Agora, Luciano se prepara para dar um impulso decisivo à empreitada, ao deixar o partido de herança para a nova geração engajada no Livres.
Com 73 anos, Luciano, que foi candidato à Presidência pelo PSL em 2006, defendendo a adoção do imposto único, deseja se afastar da política e se dedicar apenas às atividades empresariais – ele controla a Companhia Excelsior de Seguros, a única empresa ativa do setor com sede no Nordeste, entre outros negócios.
‘MODERNIDADE’.
A expectativa é que Luciano anuncie a sua “aposentadoria” na convenção que deverá marcar a tomada de controle do partido pelo Livres. “A transformação do PSL em Livres será a grande força que a gente vai ter, não só pela mudança do nome, mas principalmente pelas ideias, pela modernidade.”.
No atual estágio do processo, é pouco provável que a “velha guarda” do PSL consiga conter a ascensão do Livres, mas as propostas do movimento têm gerado tensões internas. O deputado federal Alfredo Kaefer (PSL-PR), que foi “expulso” simbolicamente da legenda pela turma do Livres por ter votado contra o Uber, é um dos principais críticos da transformação do partido. Kaefer se considera um liberal na economia e não aceita a postura do movimento em relação aos costumes. “Tenho dúvidas de que essa visão se transforme em voto”, afirma. Se o Livres realmente assumir o controle da máquina partidária, ele poderá trocar de legenda para disputar a reeleição em 2018. “Minha percepção é de que as posições do Livres não contribuem para o crescimento do partido.”
Inspirado nas ideias dos economistas Milton Friedman (1912-2006) e Friedrich Hayek (1899-1992), dois grandes nomes do liberalismo no século XX, e do diplomata, jurista e historiador Joaquim Nabuco, o Livres tem uma visão bem mais doutrinária do partido que o atual PSL. Embora o PSL tenha sempre cultivado as ideias do social liberalismo do filósofo José Guilherme Merquior (1941-1991), acabou perdendo ao longo do tempo, a sua identidade programática, ao se expandir de forma descontrolada.
FILIGRANAS.
Para não cair na mesma armadilha, o Livres decidiu exigir o comprometimento dos filiados com a sua plataforma política, por meio da adesão a seus 17 compromissos. Eles incluem o direito de cada indivíduo escolher o seu estilo de vida, a igualdade de gênero, o corte de impostos e o combate à corrupção. “É importante que os filiados sejam fiéis aos nossos valores”, diz o advogado Felipe Melo França, presidente do novo Conselho de Ética e Disciplina Partidária e outros dos fundadores do movimento. “Mas não queremos excluir pessoas que tenham identidade com a gente por filigranas.”
Ideologicamente, o Livres se opõe aos grupos mais autoritários da direita, que advogam o nacional-desenvolvimentismo, de viés estatizante, rechaçam costumes diferentes dos seus e até defendem, em alguns casos, a intervenção militar no País. O movimento também tem divergências significativas com os liberais conservadores ou simplesmente conservadores, como preferem dizer alguns integrantes do movimento, que consideram o termo um paradoxo. Os conservadores podem apoiar a democracia e o liberalismo econômico, como o Livres, mas em geral defendem restrições à liberdade de escolha individual em questões comportamentais.
Por causa das posições mais abertas do Livres na seara comportamental, como a liberação da maconha e a adoção de filhos por casais do mesmo sexo, alguns conservadores costumam chamá-lo, em tom de chacota, de “PSOL da direita” ou “PSOL sem O”, numa referência ao partido da extrema-esquerda que defende bandeiras semelhantes nesse campo. “É uma tentativa de nos estigmatizar”, diz o cientista político Fábio Ostermann, candidato a prefeito em Porto Alegre pela legenda, em 2016.
De acordo com Ostermann, a proposta do Livres nas questões de costumes nada tem a ver com a do PSOL. O Livres, segundo ele, defende a liberdade de o indivíduo ter ou não certo comportamento. Defende também a tolerância em relação aos que cultivam uma postura mais tradicionalista. O PSOL, ao contrário, na opinião de Ostermann, pretende impor sua visão de mundo, a partir de uma política de Estado, a toda a sociedade. “O liberalismo como filosofia política não é um conjunto de ditames sobre o que o Estado deve ou não fazer”, afirma. “Queremos que as pessoas sejam livres para decidir o que desejam para a sua vida.”
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Re: Livres-PSL
Comunistas liberais, claro.prp escreveu:Comunistas?
Gostei
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Livres-PSL
Se o comunismo agora defender livre mercado, desburocratização e desestatização, sim.prp escreveu:Comunistas?
Não sou tão libertário, mas venho acompanhando esse movimento, em minha cidade já me convidaram para duas reuniões dos Livres, mas pra um pai viúvo e com crianças pequenas fica meio complicado me ausentar.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Livres-PSL
prp escreveu:Mas essa tal de liberdade da pessoa ser bixa ou não não seria coisa de esquerdistas?
Bela demonstração de respeito pela diversidade de gêneros, CONGRATZ!
Eu vejo cada uma, ora me aparece "esquerdista" com fobia de Nordestino, ora homofóbico. O que virá a seguir? "Esquerdista" neonazista? Porque estão a um passo bem curtinho...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
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Re: Livres-PSL
Túlio escreveu:prp escreveu:Mas essa tal de liberdade da pessoa ser bixa ou não não seria coisa de esquerdistas?
Bela demonstração de respeito pela diversidade de gêneros, CONGRATZ!
Eu vejo cada uma, ora me aparece "esquerdista" com fobia de Nordestino, ora homofóbico. O que virá a seguir? "Esquerdista" neonazista? Porque estão a um passo bem curtinho...
Tá de sacanagem cupincha.
Então vc quer dizer que essa gente é comunista.
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Re: Livres-PSL
É originalmente ideia da esquerda, proteção de minorias oprimidas e tudo mais. Só que recentemente está sendo adotada também pela Direita Libertária, que basicamente prega auto-determinação e que o Estado fique fora da vida privada de seus constituintes. É uma idéia plenamente coerente e válida, da qual eu discordo completamente pq você não pode simplesmente parar de uma pra outra de oprimir uma minoria, pois caso isso ocorra ela então se sente empoderada e começa a crescer pra cima da maioria opressora, e aí se vale do seu novo poder de visibilidade de sua causa social pra impor novas regras destinadas a desconstruir a identidade cultural da antiga maioria opressora, numa espécie de vingança ideológica. O processo de cessação de uma opressão têm de ser gradual de modo que tantos opressor quando oprimido tenham condições de se aclimatarem com essa nova realidade de modo a minimizar riscos de choques culturais traumáticos.prp escreveu:Mas essa tal de liberdade da pessoa ser bixa ou não não seria coisa de esquerdistas?
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
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Re: Livres-PSL
Para reflexão, quem é mais liberal, a Inglaterra, Alemanha, Canadá, Austrália, todos capitalistas, ou Cuba, Coréia do Norte e China, todos comunistas?prp escreveu:Mas essa tal de liberdade da pessoa ser bixa ou não não seria coisa de esquerdistas?
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Re: Livres-PSL
Acho que o que o tópico quer dizer é que a liberdade de ser bixa (se bem que a galera do politicamente correto prefere ser homossexual) não tem nada a ver com o modelo econômico adotado, e que até soa contraditório alguns no Brasil defenderem um modelo econômico liberal mas o conservadorismo social.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: Livres-PSL
Aqui respondes tu mesmo à pergunta que me fizeste acima: por considerá-la meramente retórica, nem me dei ao trabalho. Como um dos temas mais caros à dita "esquerda" é precisamente o POLITICAMENTE CORRECTO, chamar um GAY ou homoafetivo ou vai saber qual a palavra "esquerdista" da moda de "bixa" se enquadra como desrespeito ao conceito que botei em maiúsculas, além de também ser um desrespeito à Gramática, eis que escrito com "x" seria lido como "bicsa", sendo a forma correta com "ch".Marechal-do-ar escreveu:Acho que o que o tópico quer dizer é que a liberdade de ser bixa (se bem que a galera do politicamente correto prefere ser homossexual) não tem nada a ver com o modelo econômico adotado, e que até soa contraditório alguns no Brasil defenderem um modelo econômico liberal mas o conservadorismo social.
Apenas referi quanta HIPOCRISIA existe na mente maniqueísta de quem se diz "de esquerda", sempre prontos a criticar nos outros o que eles mesmos fazem e ainda dão risada. Preconceito só é feio se praticado por quem não é "de esquerda" - e aí, por certo, deve ser "de direita", mais um fascista FDP - pois se for "dos nossos" tá valendo tudo, pode chamar (escolhas a palavra) de bicha e tá limpo; pode dizer que no NE se compra gente (como se no resto do Brasil não) e tá valendo. Em suma, pode ser tão preconceituoso quanto quiser, o que não pode é ser "coxinha".
E estes são os "libertários" que vão nos redimir...
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Re: Livres-PSL
Ué... Nunca ouviu flaar no "esquerdo macho". Um individuo que se diz politicamente correto e democrático no discurso, mas que na prática é autoritário, racista, homofóbico, agressivo tanto quando as figuras de extrema direita que ele se coloca contra. Temos até alguns candidatos a Presidência assim.
Conservadorismo e liberalismo são conflitantes. O conservador quer manter a ordem social, boa ou ruim, adequada ou não, na medida que vê a paz social e uma ordem. O liberal quer transformar a sociedade e enfatiza os direitos civis, políticos e de propriedade, tendendo a dar maior foco nos dois primeiros. Na aberração atual da política nacional e mundial acabam se confundindo, especialmente no Brasil em que ninguém lê sobre o tema e não sabe construir argumentos. No resto do mundo, o Liberal é associado a esquerda. O conservador a direita. No entanto, ambos os casos, defendem a democracia liberal e instituições liberais com ênfase nos direitos como parâmetro básico.
Conservadorismo e liberalismo são conflitantes. O conservador quer manter a ordem social, boa ou ruim, adequada ou não, na medida que vê a paz social e uma ordem. O liberal quer transformar a sociedade e enfatiza os direitos civis, políticos e de propriedade, tendendo a dar maior foco nos dois primeiros. Na aberração atual da política nacional e mundial acabam se confundindo, especialmente no Brasil em que ninguém lê sobre o tema e não sabe construir argumentos. No resto do mundo, o Liberal é associado a esquerda. O conservador a direita. No entanto, ambos os casos, defendem a democracia liberal e instituições liberais com ênfase nos direitos como parâmetro básico.
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Re: Livres-PSL
Não tenho como negar essa hipocrisia...Túlio escreveu:Apenas referi quanta HIPOCRISIA existe na mente maniqueísta de quem se diz "de esquerda", sempre prontos a criticar nos outros o que eles mesmos fazem e ainda dão risada. Preconceito só é feio se praticado por quem não é "de esquerda" - e aí, por certo, deve ser "de direita", mais um fascista FDP - pois se for "dos nossos" tá valendo tudo, pode chamar (escolhas a palavra) de bicha e tá limpo; pode dizer que no NE se compra gente (como se no resto do Brasil não) e tá valendo. Em suma, pode ser tão preconceituoso quanto quiser, o que não pode é ser "coxinha".
Tive que repetir com as mesmas letras, é que, ia colocar uma outra informação aqui, que gays, quer dizer, ao menos os que eu conheço, não se incomodam de serem chamados de "bicha" e até se chamam assim entre eles, com eles não tem essa viadagem de se ofenderem por causa de uma palavra.Túlio escreveu:Aqui respondes tu mesmo à pergunta que me fizeste acima: por considerá-la meramente retórica, nem me dei ao trabalho. Como um dos temas mais caros à dita "esquerda" é precisamente o POLITICAMENTE CORRECTO, chamar um GAY ou homoafetivo ou vai saber qual a palavra "esquerdista" da moda de "bixa" se enquadra como desrespeito ao conceito que botei em maiúsculas, além de também ser um desrespeito à Gramática, eis que escrito com "x" seria lido como "bicsa", sendo a forma correta com "ch".
E a propósito, de onde vem essa regra de que "bixa" seria lido como "bicsa"? Que eu saiba um dos possíveis sons do "X" é justamente o "ch", por exemplo, no verbo "mexer".
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Re: Livres-PSL
Muita hora nessa calma: chegues sozinho num grupo de GAYS que não conheces nem te conhecem e digas "falaê, bicharada" e vamos ver se te levam nas buenas. Mais tri ainda vai ser se tiver puliça pertinho, provavelmente vais passar a ter "fixa" policial...Marechal-do-ar escreveu: Tive que repetir com as mesmas letras, é que, ia colocar uma outra informação aqui, que gays, quer dizer, ao menos os que eu conheço, não se incomodam de serem chamados de "bicha" e até se chamam assim entre eles, com eles não tem essa viadagem de se ofenderem por causa de uma palavra.
Cheques "bicha ou bixa" no Google, qualquer página de Gramática serve, desde que ela seja .br, claro. Com acordo ortográfico e tudo, tem ainda muita coisa que os tugas escrevem e falam diferente de nós...Marechal-do-ar escreveu:E a propósito, de onde vem essa regra de que "bixa" seria lido como "bicsa"? Que eu saiba um dos possíveis sons do "X" é justamente o "ch", por exemplo, no verbo "mexer".
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