República Centro Africana - MINUSCA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#181 Mensagem por eligioep » Qui Nov 30, 2017 11:02 am

FCarvalho escreveu:E a confusão continua... :roll: :?

http://www.defesanet.com.br/africa/noti ... do-Brasil/

ps: quem esperava que o CFN fosse adotar alguma outra solução de improviso que não fosse americana, bem... não conhece o CFN. :mrgreen:

abs
Já está confirmado que serão hummers norte-americanos, via FMS.
E os Navais já estão com o pessoal selecionado, e em treinamento, com diversas instruções sobre o país, situação atual, região para onde deverá ser desdobrada a Cia Fz Nv.
Também já está certo o transporte para Camarões, via marítima, dos meios materiais, e dali via terrestre até Bangui, e depois à localidade definida como Base do BRABATT e da BRAMACOY.
Não está definido se teremos uma BRAENGCOY, pois esta não foi solicitada pelo DPKO. Mas provavelmente será....
Tudo agora depende do Congresso, pois o Sr Temer já deu o aval ao Min Def, podendo ocorrer a qualquer momento.




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#182 Mensagem por FCarvalho » Qui Nov 30, 2017 11:37 am

eligioep escreveu:
FCarvalho escreveu:E a confusão continua... :roll: :?
http://www.defesanet.com.br/africa/noti ... do-Brasil/
ps: quem esperava que o CFN fosse adotar alguma outra solução de improviso que não fosse americana, bem... não conhece o CFN. :mrgreen:
abs
Já está confirmado que serão hummers norte-americanos, via FMS.
E os Navais já estão com o pessoal selecionado, e em treinamento, com diversas instruções sobre o país, situação atual, região para onde deverá ser desdobrada a Cia Fz Nv.
Também já está certo o transporte para Camarões, via marítima, dos meios materiais, e dali via terrestre até Bangui, e depois à localidade definida como Base do BRABATT e da BRAMACOY.
Não está definido se teremos uma BRAENGCOY, pois esta não foi solicitada pelo DPKO. Mas provavelmente será....
Tudo agora depende do Congresso, pois o Sr Temer já deu o aval ao Min Def, podendo ocorrer a qualquer momento.
Obrigado pelas infos Eligio.

Aqui no DB e alhures pela net já corriam boatos de aquisição deste tipo de material pelo CFN, e o apronto da tropa para operação em outra missão.
Só lamento que não tenhamos feito o nosso dever de casa a tempo de oferecer soluções nacionais.
Esta aquisição talvez "incentive" o EB a optar também pelos Hammvee bldos via FMS, quase com certeza bem mais em conta do que os LMV italianos, também usados. Seriam cerca de 80 veículos ao todo ( 50 EB + 30 CFN) que acho até poderiam vir a ser mais, já que tem que haver treinamento aqui. Não sei se todos estes veículos serão enviados, mas pelas circunstâncias do TO, entendo que sim.
Mas como diz o ditado, "há males que vem para o bem..."
Talvez isso nos sirva como o paliativo necessário para dar tempo de dispor das soluções caseiras que temos, e que agora, penso, devem ter alguma prioridade no planejamento de aquisições das 3 forças, já que a FAB também está pleiteando mais espaço nessa missão.
O que vem a ser as siglas BRAMACOY e BRAENGCOY?

abs.




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#183 Mensagem por FCarvalho » Qui Nov 30, 2017 11:45 am

eligioep escreveu:
cabeça de martelo escreveu:Os Marroquinos já perderam vários militares. A realidade ali não é fácil, muito pelo contrário, é considerado um To de alto risco.
Cabeça,
sem dúvida que é um TO de alto risco.
Mas muito também vai da conduta, do treinamento, dos Peacekeepers.
Estive em duas missões, e vi os militares de diversos países em operação.
E o que vi me deixou chocado, com a conduta de militares, em especial árabes e africanos, a operarem como se tratasse de treinamento, sem risco real.....
Os europeus e asiáticos, no geral, são altamente qualificados, e operam de acordo com a segurança e prudência requerida.
Em particular, paquistaneses, jordanianos e nepaleses são muito mal qualificados e treinados para estas missões.
Angola mostrou países, como Zambia, Zimbábue, que além de não possuírem meios adequados, eram de uma ineficiência e incapacidade chocante.
Talvez tenham evoluído, o que acho difícil, mas as mortes dos Peacekeepers tem sido das regiões que citei.
Mas espero que haja uma evolução favorável na MINUSCA, e não degenere em uma guerra civil total, como ocorreu em 1992, em Angola, onde os peacekeepers tiveram que ser evacuados às pressas, sob risco iminente de morte, deixando todo o material para trás, dos quais vimos alguns em uso aquando da nossa missão, que já era a 3ª da ONU no país: UNAVEM III
Pelo que acompanho das missões da ONU por aí, na África, é muito difícil encontrar-se tropas à altura da missão que se lhes impõe. Seja por falta de profissionalismo, formação ou material adequado.

Suponho que tirando a Africa do Sul, e talvez os egípcios, que contam com apoio americano já há décadas, as ffaa's da imensa maioria dos países africanos são pouco ou nada efetivas em termos militares. E isso já por si só constitui-se em um grande problema.

Do oriente médio, apesar de décadas seguidas de guerras e conflitos, também não se pode esperar grandes coisa, e o Iemem é um grande exemplo disso, visto o que a guerrilha Housti está fazendo por lá com os exércitos da peníssula arábica, todos fortemente equipados com o bom e do melhor.

Aliás, é bom se ressaltar, e eu ainda nem tinha colocado aqui, mas os nossos vizinhos peruanos já estão por lá na RCA. Onde especificamente ainda não sei. Mas as tropas peruanas, pelo que conheço, são bastante profissionais e competentes. Isso claro não é generalizado, mas eles tem gente boa por lá. Se foram à Africa, ainda vamos saber.

abs




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#184 Mensagem por FCarvalho » Qui Nov 30, 2017 11:58 am

Deixo uma questão aqui. Se vamos comprar Hummvee "chapado" para a mesma função das nossas VBMT-LR, para a qual eles obviamente são um paliativo e nada de acordo, porque então não comprar logo de uma vez MRAV?

Eles tem aos milhares disponíveis em estoque e seriam bem mais adaptados, e melhor protegidos, que aquelas viaturas, perdidas as centenas nos vários anos de combate ao redor do mundo.

Tenho certeza que os americanos não teriam objeções em nos fornecer algumas poucas dezenas.

https://s3media.247sports.com/Uploads/Assets/483/706/6_5706483.jpg
http://2.bp.blogspot.com/-0S1uT-s61VI/VWU9S7QKXcI/AAAAAAABNi4/3NRjHy0Q6nI/s1600/1788719_original.jpg

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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#185 Mensagem por FCarvalho » Qui Nov 30, 2017 1:14 pm

Não é para querer fazer terrorismo, mas, diz-se que "o barato, as vezes, sai caro."
Rezo ao bom Deus que tenhamos muita proteção na RCA.
E que nos livremos o mais rápido possível dessas tranqueiras... :x :roll:

Imagem

https://wallpapers.wallhaven.cc/wallpapers/full/wallhaven-331227.jpg

E que venham as VBMT-LR o mais rápido possível.

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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#186 Mensagem por FCarvalho » Qui Nov 30, 2017 1:20 pm

Fuerzas Armadas de Perú intensifican presencia en MINUSCA
Un segundo contingente de 205 militares peruanos contribuye a la paz de África.
Julieta Pelcastre/Diálogo | 8 noviembre 2017

https://dialogo-americas.com/application/files/cache/2e63296a9f2c0d0d50a6c685fa517775.jpg

Parece que eles tem uma Cia de Engenharia por lá também.

Perú tiene fuerte presencia en misiones de paz
Las Fuerzas Armadas peruanas cuentan con más de 200 militares solamente en la Misión Multidimensional Integrada de Estabilización de las Naciones Unidas en la República Centroafricana.
Marcos Ommati/Diálogo | 9 noviembre 2017

https://dialogo-americas.com/es/article ... g-missions

abs




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#187 Mensagem por FCarvalho » Qui Nov 30, 2017 1:33 pm

EL PAÍS
OPINIÃO - TRIBUNA
Envio de tropas brasileiras à África Central seria boa notícia para o Brasil e o mundo
Usar problemas domésticos como justificativa para reduzir atuação internacional do Brasil é equívoco

https://brasil.elpais.com/brasil/2017/0 ... 02675.html

ps1: não esquecer um "pequeno detalhe" que parece passar despercebido da maioria. A RCA faz fronteira com 3 "grandes problemas" em termos de missão da ONU: Chad, Sudão e Sudão do Sul. :roll:

ps2: de novo, vamos entrar em uma missão com a cara e a coragem, e sem as condições materiais necessárias; e pior, para um TO muito mais quente que o Haiti, onde combates, mortes e as ameças serão diárias, de todos os lados, em um país praticamente falido e sem Estado.

abs.




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#188 Mensagem por eligioep » Qui Nov 30, 2017 2:49 pm

FCarvalho escreveu: .......................................................................................
Esta aquisição talvez "incentive" o EB a optar também pelos Hammvee bldos via FMS, quase com certeza bem mais em conta do que os LMV italianos, também usados. Seriam cerca de 80 veículos ao todo ( 50 EB + 30 CFN) que acho até poderiam vir a ser mais, já que tem que haver treinamento aqui. Não sei se todos estes veículos serão enviados, mas pelas circunstâncias do TO, entendo que sim.
Mas como diz o ditado, "há males que vem para o bem..."
Talvez isso nos sirva como o paliativo necessário para dar tempo de dispor das soluções caseiras que temos, e que agora, penso, devem ter alguma prioridade no planejamento de aquisições das 3 forças, já que a FAB também está pleiteando mais espaço nessa missão.
O que vem a ser as siglas BRAMACOY e BRAENGCOY?

.......................................................................................

Aliás, é bom se ressaltar, e eu ainda nem tinha colocado aqui, mas os nossos vizinhos peruanos já estão por lá na RCA. Onde especificamente ainda não sei. Mas as tropas peruanas, pelo que conheço, são bastante profissionais e competentes. Isso claro não é generalizado, mas eles tem gente boa por lá. Se foram à Africa, ainda vamos saber.
abs.
Pelo que se sabe, seriam 80 para o EB e 30 para os Navais.
Nem todos serão enviados para a RCA, pois necessita-se um quantitativo para treinar aqui no Brasil. Quando os Navais receberam os 6 primeiros Piranha, foram enviados 4 para o Haiti e 2 permaneceram para treinamento aqui no Brasil.

BRAMACOY = Brazilian Marrine Company
BRAENGCOY = Brazilian Engeenering Company

Os peruanos que conheci no Haiti eram profissionais, mas eram da Cia Eng, assim não pudemos fazer uma avaliação mais exata.

Best Regard's!




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#189 Mensagem por eligioep » Qui Nov 30, 2017 3:11 pm

Aqui tem mais detalhes, news:

https://minusca.unmissions.org/en

Efetivos e distribuição:

https://minusca.unmissions.org/sites/de ... ct2017.pdf




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Exército brasileiro na MINUSCA?

#190 Mensagem por jambockrs » Qui Nov 30, 2017 5:03 pm

Meus prezados
Através do documento DPKO/OMA/, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, oficializou pedido formal a Missão Permanente do Brasil nas Nações Unidas para a cessão de um contingente militar brasileiro que será mobilizado para tomar parte na Multidimensional Integrated Stabilization Mission in the Central African Republic (MINUSCA).

No documento, é estipulado que o Governo Brasileiro deverá se responsabilizar pelo envio de um efetivo mínimo de 750 militares (valor batalhão de infantaria), organizados em companhias equipadas com material, logística e armamentos modernos, tudo pré-aprovado mediante inspeções realizadas pelo pessoal da ONU.

Esse mesmo documento, quando se refere ao prazo para o envio das tropas brasileiras, usa a expressão “assim que for possível”, indicando a premente necessidade de mais Capacetes Azuis na República Centro Africana.

Os selecionados para se tornarem Capacetes Azuis devem apresentar fichas de conduta sem qualquer tipo de processo na justiça, ou incorrer em crimes que atentem contra as leis humanitárias internacionais, entre outros requisitos legais.

Um intenso programa de treinamento desse pessoal deverá ser iniciado o quanto antes. Com relação ao material que a tropa brasileira receberá para operar na RCA, algumas aquisições pontuais deverão ocorrer em ritmo de urgência.

Portugal assumirá em janeiro o papel de Force Commander da MINUSCA, e já enviou ao longo de 2017 cerca de 160 militares para o País africano. O Brasil, sob comando português, atuando em conjunto no centro da África, é uma situação de significado geoestratégico importantíssimo.

Brasil busca equipamentos

Os estudos sobre o emprego de militares do Exército Brasileiro e Fuzileiros Navais na RCA indicam a necessidade de veículos blindados sobre quatro rodas adquiridos de 2ª mão.

As Forças Armadas brasileiras estão realizando uma série de consultas a nações amigas que possuam experiência em Missões de Paz da ONU com maior risco as tropas envolvidas, e assim verificar quais lacunas de material devem ser supridas.

Entre as conclusões desses estudos (comentadas nos bastidores), a falta de material adequado para operações em um cenário de imposição de paz é um tema recorrente.

Segundo fontes em Brasília, o Exército Brasileiro vem buscando alternativas que permitam equipar rapidamente uma Força Expedicionária com material de 2ª mão fornecido por países amigos. Entre as demandas estão a compra emergencial de veículos blindados leves sobre quatro rodas (fala-se em IVECO LMV/LINCE usados via Exército Italiano, ou Hummer/Humvee usados via Exército dos Estados Unidos), entregues prontos para emprego, kits de blindagem extra para os Guarani, estações de armamento remotamente controladas com capacidade diuturna/qualquer tempo, também para reforçar os 6×6, e um incremento na capacidade de comunicação por rádio destes veículos e da tropa, com rádios digitais de maior alcance e capacidade que os atualmente disponíveis.

Também fazem parte dos equipamentos tidos como indispensáveis para a tropa brasileira, segundo esses mesmos estudos, óculos de visão noturna, miras/designadores laser acoplados aos novos fuzis de assalto Imbel IA2 e uma capacidade logística/apoio ao combate ampliado.

Esse material teria de ser disponibilizado e a tropa treinada no seu emprego antes do final do primeiro semestre de 2018, daí a necessidade de acelerar o processo de aquisição dos blindados com a opção de material de 2ª mão disponível no mercado.

Interessante observar como fica a situação da Imbrafiltro e seu Gladiador II, da Avibras Aeroespacial e seu Guará 4WS, e da Iveco, com o seu LMV.

No caso da última, a seleção do seu blindado pelo Exército Brasileiro, anunciada em 2016, não se concretizou ainda na assinatura de um contrato de produção. Comenta-se que o fornecimento de 30 carros LMV/LINCE de segunda mão, para suprir a demanda existente, seria descontado da encomenda ainda não efetivada, quando esta for contratada. No entanto, a opção Hummer/Humvee significaria outra linha de suprimentos diferente numa mesma missão, caso os dois carros sejam adotados.

Por outro lado, o Exército Brasileiro não costuma recusar uma boa oferta de material militar demandado, quando isso ocorre via Foreign Military Sales (FMS), o que pode ser o caso dessa aquisição, caso ela se concretize. Contra as intenções do Ministério da Defesa, dar as Forças Armadas experiência real em cenários cada vez mais exigentes, existem as considerações de ordem econômica (fala-se em um custo anual de US$ 100 milhões para a missão) e a politização do tema.

Nas últimas semanas, a imprensa brasileira publicou artigos onde a proposta de envio das tropas receberam duras críticas, incluindo setores do Itamaraty resistentes a ideia, e parlamentares que estão dispostos a politizar a questão já que 2018 é ano de eleições presidenciais no País.

Estudos já começaram há meses.

Em abril último, especialistas do Sistema de Capacidades de Prontidão de Manutenção da Paz da ONU (UNPCRS) visitaram a capital amazonense para inspecionar o transporte turboélice Airbus C-105 Amazonas, avião capaz de realizar missões de transporte tático e logístico, incluindo lançamento de paraquedistas, evacuação médica e entrega de cargas variadas, como vacinas, alimentos e água potável.

Durante a visita a Base Aérea de Manaus, a Força Aérea Brasileira (FAB) enfatizou que o modelo é versátil, podendo ser utilizado em operações de busca e salvamento, missões em áreas de difícil acesso ou que não possuem pista de pouso convencional.

Oficiais do UNPCRS foram acompanhados por representantes do Ministério da Defesa, do Centro Conjunto de Operações de Paz no Brasil (CCOPAB), do Comando de Preparo(COMPREP) e do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER).

Além do Airbus C-105 Amazonas, o Estado brasileiro colocou à disposição da ONU dois helicópteros H-60L Black Hawk e dois turboélices de ataque leve Embraer A-29 Super Tucano.

Processo demorado.

Atualmente, o Brasil é um voluntário de nível 1 no sistema do UNPCRS. Esta primeira etapa começa quando um Estado-membro decide se candidatar à participação em missões de paz, oferecendo seus meios aéreos. (tal como o País fez com relação a República Centro Africana):

Com a vistoria presencial dos especialistas da ONU, o governo espera ser elevado ao nível 3 — quando os pré-requisitos para a utilização das aeronaves já foram verificados e tem início o planejamento das operações.

A última etapa prevê que efetivos e aviões fiquem de prontidão para emprego em no máximo 90 dias.

O processo tem inúmeras etapas, e a previsão é de que as aeronaves brasileiras, caso sejam aprovadas, possam ser empregadas no segundo semestre de 2018.

Exatamente a mesma metodologia se aplica aos veículos blindados e demais equipamentos aqui descritos. A compra de material já qualificado (de 2ª mão) teria o efeito de acelerar o processo de inspeções.
Como esses veículos não são aprovados se não atenderem a todos os requisitos colocados pela ONU, está garantida a qualidade mínima de proteção e mobilidade necessárias.
Fonte: INFODEFENSA.COM (Espanha) via Roberto Caiafa 30 nov 2017




Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
claudioseverinodasilva41@gmail.com
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Re: Exército brasileiro na MINUSCA?

#191 Mensagem por tamokae » Qui Nov 30, 2017 5:27 pm

Permita a correcção:

- O Brasil, não ficara sob comando Português!

cumprimentos




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#192 Mensagem por FCarvalho » Sex Dez 01, 2017 5:38 pm

eligioep escreveu:Os peruanos que conheci no Haiti eram profissionais, mas eram da Cia Eng, assim não pudemos fazer uma avaliação mais exata.
Há duas companhias de engenharia agora na RCA vindas do Peru. Em se tratando de engenheiros, entendo que sejam tropas profissionais em sua maior parte.

abs.




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#193 Mensagem por FCarvalho » Sex Dez 01, 2017 5:57 pm

eligioep escreveu:BRAMACOY = Brazilian Marrine Company
Quanto ao CFN, a organização e o tamanho da tropa vão variar de acordo com os objetivos, complexidade e as condições da missão.

No caso do Haiti como era uma missão de manutenção de paz, a tropa foi baseada em companhia de inf fuz. Isso significa mais ou menos uns 200 homens. O assim chamado Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav).

https://www.marinha.mil.br/cgcfn/?q=minustah

Como entendo que a MINUSCA está mais para imposição da paz do que manutenção, e existe uma falta crescente de tropas e de também de áreas não atingidas pela missão, acredito que este número possa vir a ser acrescido. Talvez tenhamos assim algo em torno de uns 500 fuzileiros navais por lá baseados em 2 companhias de inf e pessoal de apoio.

Tal incorporação deve-se principalmente ao fato de que a área de atuação para onde provavelmente iremos ser desprovida de qualquer infraestrutura e/ou apoio, além das distâncias dos centros urbanos e estradas. É provável que desta vez mesmo o CFN tenha readequado os seus números, recursos e organização.

A ver.

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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#194 Mensagem por Viktor Reznov » Sex Dez 01, 2017 6:52 pm

FCarvalho escreveu:Deixo uma questão aqui. Se vamos comprar Hummvee "chapado" para a mesma função das nossas VBMT-LR, para a qual eles obviamente são um paliativo e nada de acordo, porque então não comprar logo de uma vez MRAV?

Eles tem aos milhares disponíveis em estoque e seriam bem mais adaptados, e melhor protegidos, que aquelas viaturas, perdidas as centenas nos vários anos de combate ao redor do mundo.

Tenho certeza que os americanos não teriam objeções em nos fornecer algumas poucas dezenas.

https://s3media.247sports.com/Uploads/Assets/483/706/6_5706483.jpg
http://2.bp.blogspot.com/-0S1uT-s61VI/VWU9S7QKXcI/AAAAAAABNi4/3NRjHy0Q6nI/s1600/1788719_original.jpg

abs.
O Sul-Africanos também tem vários veículos extremamente úteis pra esse exato tipo de missão, e com uma vantagem que a base matriz da logística é muito próxima o que facilita muito as despesas de manutenção.




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#195 Mensagem por FCarvalho » Sáb Dez 02, 2017 12:01 am

Seria também uma boa opção, mas ao que parece temos um sério problema de caixa, e aparentemente, o de tempo.
E como FMS por aqui ainda faz o maior sucesso... :roll:

abs




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