Perfeitamente, Bolovo. É esta a idéia principal....Bolovo escreveu:E outra coisa, já tem uma infraestrutura da ONU na RCA, com tropas, veículos e tudo mais. Não é necessário o envio urgente das tropas, dos veículos e tudo mais que o Brasil pensa em enviar, pode ser bem gradual. Em todas as missões da ONU que o Brasil participou foi assim. Não foi de um dia pro outro que já estava tudo pronto e funcionando, leva algum tempo até estabelecer as coisas.
República Centro Africana - MINUSCA
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- eligioep
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Editado pela última vez por eligioep em Qua Nov 29, 2017 11:19 am, em um total de 1 vez.
- FCarvalho
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
De sorte, renovo a pergunta: quantos veículos mecanizados e motorizados são necessários para equipar um batalhão nosso, no caso reforçado, para serviço em favor da ONU?eligioep escreveu:Carvalho,FCarvalho escreveu: hã... deixa ver se eu entendi. O material pesado então vai de navio antes, vai levar umas duas semanas para chegar lá, e depois mais 2 ou 3 dias andando pelas "estradas" de Camarões, até chegar na RCA, aí sim o pessoal sai daqui? É isso? E se a ONU disser que temos de estar lá "pra ontem" de mala e cuia?
ps: quem vai garantir a segurança do comboio até chegarmos à RCA, e depois, lá estando, quem garante que vamos chegar incólumes até o TO de ação?
creio que vc não "pegou" a dimensão, a quantidade de material que um batalhão necessita.
Como exemplo, usemos o retorno do Haiti, onde foi fretado um navio mercante gigantesco para trazer as tralhas importantes, pois o de menor valor, ou sem valor militar, foi doado ao governo haitiano.
Agora falar que para a Missão em Angola foi "só atravessar o Atlântico", você está sendo leniente, pois além de "só atravessar o Atlântico" havia que deslocar TODO o material por via rodoviária por quase 2.000 km até o local da Base do BRABATT, em estradas que nem mereciam este nome, após mais de 25 anos de guerra fratricida.
Não me entenda mal Eligio, a expressão estava entre aspas para ressaltar o tom jocoso usado na frase. Teve até uma carinha no final. Tenho plena consciência do tamanho do trabalho que é deslocar um simples batalhão para qualquer lugar. Já trabalhei com logística tempo suficiente e estudo há bastante tempo questões militares para não incorrer em um erro grosseiro desses de achar que mover tropas seja algo simplório. Eu com certeza não seria leniente com isso. Ainda mais morando onde moro.
Dizer que a Missão de Angola foi light é sem fundamento, é desconhecimento de causa.....
Eu não me lembro de ter escrito ou vi onde escrevi isso...
Foi uma missão no auge da Guerra, onde houve por 2 ou 3 meses um cessar fogo oficial, que contudo não foi cumprido. É desconhecer que de lá voltaram diversos militares brasileiros em "sacos de plástico preto" como costumam dizer aqui no DB. É desconhecer que houveram diversos militares que retornaram antecipadamente ao Brasil por ferimentos, seja em combate, seja por acidente com viaturas, seja por explosão de minas terrestres. Exemplo: fui do 3º Contingente, e no rodízio para o 4º, na segunda semana deles, uma viatura Xingu dos Fuzileiros Navais ignorou as ROE (Rules of Engagement) da ONU, também o bom senso e foi no lema "Somos fodões, e tudo podemos". Resultado: um sargento e um cabo ensacados, e um cabo removido para um hospital da África do Sul, quando não pararam a viatura para uma simples cordinha vermelha atravessada na estrada, que os guerrilheiros colocaram para sinalizar o check-point deles. E estes abriram fogo com seus AK's!
Isso foi noticiado à época. Só não os detalhes, claro. Mas apenas o suficiente para denotar o "heroísmos" dos navais no cumprimento do dever.
Faltou explicar que soldados morrem quando em missão, e que isso faz parte do trabalho, e que ninguém precisa se sentir culpado ou mesmo solidário porque essas coisas acontecem.
Mas como no Brasil ser militar sempre suou mais à serviço público, estabilidade no emprego e renda, aposentadoria garantida e coisa do gênero, ainda é bem complicado fazer com que as pessoas não se choquem quando alguém volta num saco preto de uma missão no exterior.
Para o brasileiro médio, um militar morrer em combate ainda é algo muito estranho. Agora, se morrer de caxumba, de cansaço ou porque tropeçou em um buraco e caiu, foda-se, ninguém vai dar a minima.
Valeu para Angola, para o Haiti, e vai continuar valendo para qualquer coisa que a gente faça lá fora.
No final, ninguém aqui dá a mínima mesmo.
Morreram 3 no Traíra, e sabes o que sobrou deles? Nem lembrança.
Não vai ser diferente agora e nem depois. Pessoas morrem todos os dias aqui aos milhares. E simplesmente ninguém se incomoda com isso. Tá no sangue tupiniquim esse impávido ostracismo alienado.
Creio que podes ter agora uma leve imagem do que foi a Missão de Angola, onde os nossos Cascavéis 90mm, tão criticados aqui no DB, troaram em tiros direto contra posições dos guerrilheiros, onde nossos morteiros 80mm, os nossos Can S/R 106mm fizeram por merecer. Aliás, não esqueça que a imprensa nem sempre noticia tudo, bem como não tem acesso total ao TO das tropas, bem como não recebe as informações na íntegra. Exemplo: foi sempre noticiado que no Haiti o armamento mais pesado eram pistolas. Mas, e o nosso tenente que perdeu o movimento do braço atingido por um projétil 7,62 que antes atravessou a emenda da porta do Urutu com a blindagem. Foi de pistola?
Os militares, penso, já entenderam uma coisa. Não se pode acreditar, e esperar, qualquer coisa da imprensa. Nem apoio, lisonja ou qualquer passo no sentido de maior compreensão mútua. Jornais são empresas. E empresas querem ter lucro. Simples assim. Se não der manchete e primeira página, vai para o rodapé, e lá fica, como costumam ser noticiados as questões relativas à defesa por aqui desde sempre. Por outro lado, os canais de comunicação das ffaa's precisam ser ainda muito melhorados, não apenas com a imprensa, mas com toda a sociedade, demais órgãos públicos e até o mundinho dos políticos. Se não vamos passar eternamente ouvindo aquela conversa escrota de ditadura militar x democracia e liberdades individuais e outros bordões imbecis politicamente corretos.
No mais, eu tenho certeza que o EB vai ter que levar mais do que apenas IA-2 e alguns coletes novos para a RCA. Pode me cobrar depois.
Se alguém aqui vai se importar com isso, e se as histórias que serão feitas por lá nos serão contadas do modo verdadeiro, bem, isso só o tempo dirá.
Então, para terminar, experiência já temos, e não vai ser a ONU que irá dizer quando lá deveremos estar. Ela sugere uma data, e nós tentamos estar lá nesta data. Se não der, chegaremos depois.
Se as coisas estão postas neste sentido, então porque a pressa do MD em estar lá antes do final do 1o semestre do ano que vem?
Perguntas quem irá fazer a segurança dos nosso comboio??... Ora, o nosso pessoal, embarcado nos Guarani, Urutu ou Cascavel, seja qual for. Foi assim que fizemos anteriormente, e faremos de novo, e de novo...... E provavelmente pela RN3!
O que é a RN3?
O pessoal pode perfeitamente sair daqui em data aproximada da chegada do equipamento no TO. O pessoal necessário para o transporte e escolta do comboio vai embarcado nos nossos navios de apoio logístico.
Hoje, e ano que vem, vamos ter apenas o G-40 Bahia disponível. Tem dois navios ingleses também, mas estes não tem a mesma capacidade do francês, e salvo engano, um está no estaleiro, e o outro, bem, não sei sinceramente em que condições ele está no momento.
Os demais, em aeronave, e ficam localizados numa Base de Transição que a ONU sempre monta no porto, ou aeroporto, por onde as tropas e material costumam ingressar no país da missão. E depois, são conduzidos, via de regra, por aeronave L-100 ou C130 da ONU para o destino final. Quando isso não é possível ou viável, embarca em viaturas e deslocam por meios próprios.
Aqui um adendo. A região leste do país é, provavelmente, o destino final de nossas tropas. A ONU está pedindo tropas para lá há tempos, pois foram retiradas tropas africanas de lá a pedido em função de várias e repetidas violações das regras de comportamento em relação a população local. Então, pelo que eu acompanho e conheço da região, é semi-desértica, com fronteira com o Sudão e Sudão do Sul, basicamente dominado por vários grupos rebeldes que lutam entre si, e mormente com as tropas da ONU. Basicamente não existe infraestrutura do Estado por lá, e o pouco que a ONU tem, ou deve ter, não será o suficiente para receber-nos. Não há estradas, nem portos ou aeroportos.
E consequentemente se faz como os tugas fizeram naquele vídeo aqui postado, onde pernoitaram em algum ponto durante o deslocamento, e depois são armadas as barracas para a instalação da Base, inicialmente.
Podes ver então que não faremos voo direto, e nem com air refueling. Não temos tanta pressa de lá chegar.
Bem, eu quero crer que realmente não precisa de pressa para ir para aquele buraco. Creio que ninguém aqui em sã consciência tem pressa de correr para a morte ou por a vida em risco a troco de nada. Mas tem de combinar isso direito com os políticos no MD. Porque pelo que parece, eles não estão em acordo com o que expuseste aqui.
Só para este paisano ter uma ideia mais concreta do tamanho do trabalho que vai ser.
abs.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Notícias...
EXPRESSO Quais os planos dos militares brasileiros para a África João Paulo Charleaux 19 Nov 2017 (atualizado 22/Nov 18h48) País ambiciona liderar missão de paz na República Centro-Africana, além de manter presença em três outros países do continente
Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/ ... C3%81frica
_______________________________________________________________
A Importância do Brasil em Missões de Paz.
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/20 ... -paz.shtml
abs.
EXPRESSO Quais os planos dos militares brasileiros para a África João Paulo Charleaux 19 Nov 2017 (atualizado 22/Nov 18h48) País ambiciona liderar missão de paz na República Centro-Africana, além de manter presença em três outros países do continente
Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/ ... C3%81frica
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A Importância do Brasil em Missões de Paz.
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/20 ... -paz.shtml
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Essas duas figuras, embora ilustrativas., me chamaram a atenção para o que, espeto, possa vir a ser a imagem do soldado brasileiro na MINUSCA.
abs
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Buenas Carvalho,FCarvalho escreveu: .........................................................................................
De sorte, renovo a pergunta: quantos veículos mecanizados e motorizados são necessários para equipar um batalhão nosso, no caso reforçado, para serviço em favor da ONU?
Só para este paisano ter uma ideia mais concreta do tamanho do trabalho que vai ser.
abs.
citando como experiência o Haiti, onde possuíamos um Batalhão básico, e Angola, onde possuíamos um Batalhão reforçado, o número de viaturas é grande.
Vou passar uma média, apenas para referencia:
- Vtr 5 ton (VW/MBB) - 64
- Vtr 1/2 Ton (Marruá) - 78
- EE 9 Cascavel (só teve em Angola) - 10
- Guarani/Urutu - 12
- Ambulância - 10
- Cisterna Água 15.000 L - 10
- Caminhão oficina: 6
Viaturas diversas, sem quantitativo definido: caminhões frigoríficados, semi-reboque tipo prancha, vtr resgate leve 4x4, vtr resgate pesada 4x4 (ou 6x6 inexistente no EB), vtr tipo munck, vtr caçambas, pás carregadeiras, retroescavadeiras, bobcat, vtr porta containers (muitas), movimentadores de containers, vtr bld leve 4x4.......
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Prezados,
Se me permitem e visto de fora, na esperança de nos vermos em terras ultramarinas. No entanto apercebendo-me para onde caminha este tópico:
- Faço votos para a rápida resolução ou resoluções dos impasses endógenos(inst. Militar) e exógenos(inst. Políticas) dentro das diversas instituições da republica Brasileira.
- Um planeamento e adestramento, consentâneo com o elevado profissionalismo, reconhecido internacionalmente aos oficiais militares Brasileiros.
- Um planeamento Estratégico, militar e civil, que atente ao que foi solicitado ao governo Brasileiro.
Atenciosamente,
p.s. ate ao primeiro trimestre de 2019, ja operacionalmente no terreno.
Caso não voltem atrás.
Se me permitem e visto de fora, na esperança de nos vermos em terras ultramarinas. No entanto apercebendo-me para onde caminha este tópico:
- Faço votos para a rápida resolução ou resoluções dos impasses endógenos(inst. Militar) e exógenos(inst. Políticas) dentro das diversas instituições da republica Brasileira.
- Um planeamento e adestramento, consentâneo com o elevado profissionalismo, reconhecido internacionalmente aos oficiais militares Brasileiros.
- Um planeamento Estratégico, militar e civil, que atente ao que foi solicitado ao governo Brasileiro.
Atenciosamente,
p.s. ate ao primeiro trimestre de 2019, ja operacionalmente no terreno.
Caso não voltem atrás.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Olá Eligio, muito obrigado pelas informações.eligioep escreveu:Buenas Carvalho,FCarvalho escreveu:
.........................................................................................
De sorte, renovo a pergunta: quantos veículos mecanizados e motorizados são necessários para equipar um batalhão nosso, no caso reforçado, para serviço em favor da ONU?
Só para este paisano ter uma ideia mais concreta do tamanho do trabalho que vai ser.
abs.
citando como experiência o Haiti, onde possuíamos um Batalhão básico, e Angola, onde possuíamos um Batalhão reforçado, o número de viaturas é grande.
Vou passar uma média, apenas para referencia:
- Vtr 5 ton (VW/MBB) - 64
- Vtr 1/2 Ton (Marruá) - 78
- EE 9 Cascavel (só teve em Angola) - 10
- Guarani/Urutu - 12
- Ambulância - 10
- Cisterna Água 15.000 L - 10
- Caminhão oficina: 6
Viaturas diversas, sem quantitativo definido: caminhões frigoríficados, semi-reboque tipo prancha, vtr resgate leve 4x4, vtr resgate pesada 4x4 (ou 6x6 inexistente no EB), vtr tipo munck, vtr caçambas, pás carregadeiras, retroescavadeiras, bobcat, vtr porta containers (muitas), movimentadores de containers, vtr bld leve 4x4.......
Se me permites alguns comentários, êi-los.
Primeiro uma pergunta: haverá um Btl Log específico responsável por toda essa parte de apoio e movimentação à tropa na RCA ou isso será feito em níveis superiores dado a extensão do suporte requerido? Mais de uma undes de apoio serão necessárias, visto o acima disposto?
Uma observação: pela quantidade exposta de material acima, é praticamente impossível levar tudo isso em apenas um navio da MB (mesmo que tivéssesmos os tais NPM por aqui). Até por isso, creio, na falta de meios navais próprios, o MD alugou um Roll on/ Roll off para trazer o que havia no Haiti. Talvez seja o caso agora também, se quiserem, claro, levar tudo de uma vez. Se não, vamos ter várias viagens com o Bahia.
Eu suponho que neste primeiro momento, o que se há de levar é - preferencialmente - equipamento leve e facilmente transportável por avião e estrada, com o mínimo básico necessário para uma permanência de 6 meses, no caso dos Pqdt's, com pouco ou quase nenhum suporte, supondo também que a maior parte da tropa - incluindo elementos de apoio ao combate - tenham sua origem na própria bgda, que dispõe de organização, material e facilidades logísticas para isso. Acrescentaria talvez, um hospital de campanha e um base logística mais robusta de apoio, pois certamente iremos precisar, além da engenharia.
Por fim, entendo que no médio prazo é muito provável que após o estabelecimento desta primeira tropa, e uma vez equalizadas as questões de apoio material, de residência e operacionalidade no TO, a tropa que se seguirá tenderá a ser mecanizada, no caso da infantaria, de preferência com o apoio de um RCM completo.
Neste sentido, as quantidades acima mencionadas de bldos - 4x4/6x6 e talvez 8x8 - será exponencialmente maior, em detrimento, de certa forma, do material mtz, que entendo será relegado às atividades de apoio, manutenção e administrativas, específica de um btl Log do EB. Claro, posso estar bem enganado, já que quanto maior a tropa de combate no terreno, maior a necessidade de apoio a mesma. Diz-se que para cada soldado de infantaria são necessários pelo menos 3 outros atrás para mantê-lo.
Para resumir, acredito na seguinte organização do nosso btl na MINUSCA para 2019 e após:
Cmdo
Pel ou Cia Cmdo
Btl Inf Mec Reforçado - 4 Cia's de Inf + 1 Cia Cmdo e Ap
Rec Cav Mec
Btl ou Cia Eng Cmbt
Base Logística
Hospital de Campanha
Pel PE / Inf Gda - reforçado
Pel Comunicações - reforçado
No mais, eu sei que esta missão no papel é de manutenção da paz, mas na prática o pau tá comendo solto lá. Supondo que possamos fazer isso, sou de opinião que deveria haver um grupo ou Bia de artilharia equipada com morteiros pesados, para eventuais necessidades. Poderiam ser mec ou mtz ou mesmo no comuns. Os de 81 e 60 com certeza também seriam bem vindos a nível cia e pel.
Para não falar nestas belezuras aqui que infelizmente até hoje parece continuar sendo um doce sonho de verão para qualquer soldado que não pertença a Bgda ops Esp:
No mais, eu ainda acredito que esta missão será uma boa oportunidade para renovarmos os muitos meios mtz de que precisamos para operar a logística de apoio na RCA. Não seria nada demais estipular este requisito, já que invariavelmente eles serão usados em locais com pouca ou nenhuma infraestrutura desde a chegada na África até o seu translado à RCA e mesmo permanência.
E sem aquela pressão ignóbil do GF sobre comprar este ou aquele material de determinado fabricante.
Eu sou um torcedor claro e honesto dos produtos da Agrale. Espero que os Marruá, e suas muitas versões e plataformas possam ter um pouco mais de sorte quanto a esta questão. A empresa com certeza agradece nestes tempos bicudos de ostracismo orçamentário.
Aliás, lembras daquelas fotos que postastes aqui dos caminhões da Avibrás....
É bem por aí.
abs.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
E a confusão continua...
http://www.defesanet.com.br/africa/noti ... do-Brasil/
ps: quem esperava que o CFN fosse adotar alguma outra solução de improviso que não fosse americana, bem... não conhece o CFN.
abs
http://www.defesanet.com.br/africa/noti ... do-Brasil/
ps: quem esperava que o CFN fosse adotar alguma outra solução de improviso que não fosse americana, bem... não conhece o CFN.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Carvalho,FCarvalho escreveu: ..............................................................
Primeiro uma pergunta: haverá um Btl Log específico responsável por toda essa parte de apoio e movimentação à tropa na RCA ou isso será feito em níveis superiores dado a extensão do suporte requerido? Mais de uma undes de apoio serão necessárias, visto o acima disposto?
.........................................................................
Cmdo
Pel ou Cia Cmdo
Btl Inf Mec Reforçado - 4 Cia's de Inf + 1 Cia Cmdo e Ap
Rec Cav Mec
Btl ou Cia Eng Cmbt
Base Logística
Hospital de Campanha
Pel PE / Inf Gda - reforçado
Pel Comunicações - reforçado
usando as missões anteriores como exemplo, em particular Angola, onde tivemos que atuar isolados, o Batalhão seria constituído de
- Cmdo
- Cia Cmdo
- Cia Ap
- 03 Cia Fz Paz
- 01 Esqd Cav Paz
- 01 Cia Fz Naval
Nesta constituição tínhamos toda a parte logística na Cia Ap, com Pel Mnt, Pel Eng, Pel Sup, Pel Sau e Pel Cmdo, praticamente um mini-Batalhão Logístico. Estes pelotões são todos reforçados, com a companhia tendo aproximadamente 230 militares.
Na Cia Cmdo tínhamos Pel PE, Pel Com, Pel C Mec, Pel Ap (arma anti-carro), Pel Adm e Pel Cmdo, responsável por fornecer todo o apoio que o batalhão necessita para funcionar em termos de pessoal.
A água era fornecida por uma estação de tratamento em ambas as missões pelo Pel Eng, sendo que também eram responsáveis por obras nas Bases do Batalhão e das Cias destacadas.
A Unidade responsável pelo apoio externo e preparação do material é a Base de Apoio Logístico do Exército, do RJ, e que também provê todo o suporte no exterior. Periodicamente são enviadas equipes para reforço na manutenção das diversas classes de material à Base do Brabatt no exterior, ali permanecendo por cerca de 20 dias.
A AAée que citastes é desnecessária, visto serem combatentes à pé, sem aviação.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Valeu pelas informações Elígio. Só não vi onde citei AAe, já que não há este tipo de problema lá.
Mas em se falando nisso, eu até acho que seria uma boa ideia mandar uma esquadrilha de helos da Avex para lá.
Claro, se a ONU pedir.
De qualquer forma, esse apoio aéreo será necessário, e previdente, em vista das características do TO.
Uma esquadrilha com 4 Fennec, 2 Panter K2 e 2 Cougar seria muito importante para nós.
Se observares o mapa abaixo, é possível perceber que as principais bases da ONU na região leste estão bem distantes umas das outras e da fronteira, onde também atuam.
Apoio aéreo seria algo importante.
abs
Mas em se falando nisso, eu até acho que seria uma boa ideia mandar uma esquadrilha de helos da Avex para lá.
Claro, se a ONU pedir.
De qualquer forma, esse apoio aéreo será necessário, e previdente, em vista das características do TO.
Uma esquadrilha com 4 Fennec, 2 Panter K2 e 2 Cougar seria muito importante para nós.
Se observares o mapa abaixo, é possível perceber que as principais bases da ONU na região leste estão bem distantes umas das outras e da fronteira, onde também atuam.
Apoio aéreo seria algo importante.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Foi mal, Carvalho....FCarvalho escreveu: ....................................................................................
No mais, eu sei que esta missão no papel é de manutenção da paz, mas na prática o pau tá comendo solto lá. Supondo que possamos fazer isso, sou de opinião que deveria haver um grupo ou Bia de artilharia equipada com morteiros pesados, para eventuais necessidades. Poderiam ser mec ou mtz ou mesmo no comuns. Os de 81 e 60 com certeza também seriam bem vindos a nível cia e pel.
....................................................................................
Li rápido, e confundi com Bia AAéé.........
Os morteiros 80mm fazem parte do Pel Ap e do Pel C Mec.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Blz. Acho que eles serão muito necessários nessa missão.
Talvez até pensando nisso o EB deu partida a compra de modelos para equipar os Guarani.
Mas também há outras soluções bem mais em conta.
abs.
Talvez até pensando nisso o EB deu partida a compra de modelos para equipar os Guarani.
Mas também há outras soluções bem mais em conta.
abs.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
As coisas definitivamente não vão ser fáceis.
COBERTURA ESPECIAL - AFRICA - DEFESA
29 de Novembro, 2017 - 00:10 ( Brasília )
MINUSCA - Capacete-azul morre em ataque contra comboio da ONU na República Centro-Africana
http://www.defesanet.com.br/africa/noti ... -Africana/
A proteção de nossas tropas ainda vai gerar muita discussão nesta missão.
Começando pela nossa capacidade de fazê-lo com efetividade e qualidade de meios e recursos.
absc
COBERTURA ESPECIAL - AFRICA - DEFESA
29 de Novembro, 2017 - 00:10 ( Brasília )
MINUSCA - Capacete-azul morre em ataque contra comboio da ONU na República Centro-Africana
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A proteção de nossas tropas ainda vai gerar muita discussão nesta missão.
Começando pela nossa capacidade de fazê-lo com efetividade e qualidade de meios e recursos.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Os Marroquinos já perderam vários militares. A realidade ali não é fácil, muito pelo contrário, é considerado um To de alto risco.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Cabeça,cabeça de martelo escreveu:Os Marroquinos já perderam vários militares. A realidade ali não é fácil, muito pelo contrário, é considerado um To de alto risco.
sem dúvida que é um TO de alto risco.
Mas muito também vai da conduta, do treinamento, dos Peacekeepers.
Estive em duas missões, e vi os militares de diversos países em operação.
E o que vi me deixou chocado, com a conduta de militares, em especial árabes e africanos, a operarem como se tratasse de treinamento, sem risco real.....
Os europeus e asiáticos, no geral, são altamente qualificados, e operam de acordo com a segurança e prudência requerida.
Em particular, paquistaneses, jordanianos e nepaleses são muito mal qualificados e treinados para estas missões.
Angola mostrou países, como Zambia, Zimbábue, que além de não possuírem meios adequados, eram de uma ineficiência e incapacidade chocante.
Talvez tenham evoluído, o que acho difícil, mas as mortes dos Peacekeepers tem sido das regiões que citei.
Mas espero que haja uma evolução favorável na MINUSCA, e não degenere em uma guerra civil total, como ocorreu em 1992, em Angola, onde os peacekeepers tiveram que ser evacuados às pressas, sob risco iminente de morte, deixando todo o material para trás, dos quais vimos alguns em uso aquando da nossa missão, que já era a 3ª da ONU no país: UNAVEM III