Primeiramente, cupincha véio, não me ofendeste em absoluto, apenas, como falei, achei injusto dares a entender que eu estava fugindo a um debate por falta de ARGUMENTOS: posso sair fora - e costumo fazê-lo, como expliquei hoje mesmo a um outro cupincha que me perguntou por MP sobre meu distanciamento de outro tópico - por falta de INTERESSE ou mesmo por não ter nada a acrescentar; mesmo assim não vou estar ausente de todo: Moderadores têm que ler tudo, gostem do assunto ou não.Luís Henrique escreveu: Tulio, primeiro quero pedir desculpas se te ofendi.
Apenas fui sincero. Como você disse, somos macacos velhos do DB.
Eu já sabia que os argumentos em defesa da FAB seguiriam este caminho: Temos E-99 AEW e o melhor treinamento.
Em momento algum eu disse que o Brasil PERDERIA um conflito contra qualquer um desses vizinhos.
Eu estou sendo apenas ESPECÍFICO.
Me referi que estamos apanhando de 4 vizinhos NO QUESITO CAÇA E ARMAMENTOS AR-AR.
O contrato para aquisição dos E-99 com Erieye, talvez foi a melhor coisa que a FAB fez.
Sem dúvidas é um diferencial ENORME, e concordo que quem tem, tem para USAR.
Mas como você mostrou no seu texto, existe uma diferença entre o mundo real e as especificações no papel (o odiado super trunfo).
Quem tem mais de 17 MIL km de fronteiras e apenas 5 AEW, MUITA coisa pode acontecer.
Até com um E-99 no ar, pode ocorrer uma 'falha', e ele não detectar os caças inimigos.
Não aconteceu com o E-3 francês?? muito mais potente que o nosso E-99?
E no final, ele não viu nada??
Portanto, possuir o MELHOR CAÇA e o MELHOR ARMAMENTO AR-AR continua sendo IMPORTANTÍSSIMO para garantir a vitória.
É o que toda força aérea de primeiro mundo busca.
Claro, não APENAS o caça e o míssil BVR, mas todos os outros meios que AJUDARÃO/CONTRIBUIRÃO para o sucesso da missão.
Portanto, concordamos sim que a FAB está em vantagem sobre o Peru e sobre a Colômbia.
Computando as aeronaves AEW a nosso favor.
Contra o Chile e Venezuela as coisas já ficam BEM MAIS COMPLICADAS.
O primeiro possui Caça mais capaz, BVR mais capaz e TAMBÉM possui AEW.
E o segundo possui Caça mais capaz com MUITA diferença de Persistência em Combate, o que dificulta muito para um caça perna curta como o F-5.
E possui um SISTEMA de defesa antiaérea de várias camadas. Ou seja, se defendendo o Brasil pode até ter a vantagem, pois os F-5 estariam mais próximos das bases e contaria com consciência situacional ampliadas graças aos E-99. Mas se o Brasil partir para o ataque, ai o bicho pega. Até quantos km nossos E-99 proverão cobertura sem serem ameaçados pelos S-300 venezuelanos?
Abraço e desculpa qualquer coisa.
De resto, vejo que - e não estou nada surpreso - basta pensarmos um pouco e acabamos convergindo, ao menos em boa parte. Sobre o pouco que sobrou, e sem intenção de poluir o tópico que criaste, resta-me pouca coisa a dizer, e o faço abaixo:
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1 - CHILE - Para não mencionar que não temos nem nunca tivemos uma só disputa séria com ele (fora dos campos de futebol, claro), lembro-te que seria inacreditável que um País cercado de inimigos viesse se meter logo conosco! Acreditas mesmo que dariam as costas ao Peru e Bolívia (e até Argentina) para virem fazer bagunça logo no Brasil?
2 - VUVUZELA - Mesmo caso do Chile (e sem AEW): se olha para um lado lá está a Colômbia, com quem tem disputas territoriais e marítimas (fora as legais e ideológicas), se olha para o outro (com cobiça) lá está a Guiana que, se for atacada - e há reivindicações territoriais importantes - vai levar ao troco de uma certa superpotência que só aguarda um pretexto legal (uma invasão territorial o seria) para lhe dar um couro daqueles. Entrando, ainda que a contragosto, no Super Trunfo, como te pareceria F-22/F-35 + B-2 + AWACS + SSGN x uns 24 (max) Su-30 MKK e S-300 downgraded? Então, de onde os bovinos tirariam desculpa para se meter logo conosco? Os caras podem até ser PILANTRAS, mas não me parecem SUICIDAS!
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Porém, isto não é previsto para AMEAÇAR ou mesmo ATACAR algum vizinho. E aí chegamos ao ponto onde te dou razão, SE for o que almejas, e que me parece correto: trata-se de uma questão de prestígio, ser o maior e ter os melhores meios. Não teria argumento algum para desmentir isso, admito. Faltaria apenas botar uma Esquadra de nível equivalente no Atlântico...