Leopard 1A5 do EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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tatamovitch
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Re: Leopard 1A5 do EB

#6721 Mensagem por tatamovitch » Qua Out 11, 2017 4:22 pm

Juniorbombeiro escreveu:Eu sou um grande entusiasta de pegar Marders usados (tem muitos), uns 200 já nos serviam, e mandar recauchutar em Santa Maria para ocupar aquela suposta fábrica da KaEmeVê. Compartilha a filosofia de projeto com os Leo (já que não vamos nos livrar dessas encrencas mesmo) e dá para fazer coisas interessantes, acredito, pelo preço de um Guarani. Para formar doutrina podem ser excelentes. Tem conceitos interessantes modernizados com liner interno, bancos fixados no teto, que em versão sem torre intrusiva, carrega 8 passageiros, sem contar o motorista e o cobrador. :mrgreen: Na versão Argentina, diz-se que carrega 10 candidatos a saco preto, fora a tripulação, não consegui encontrar fotos internas para confirmar.
Prezados,
Também sou entusiasta de se adqiuirir o Marder 1A3 como IFV para acompanhar o Leo 1A5-BR. Claro um MBT mais moderno e capaz seria o desejavel. Mas, não o EB não o tem e não o terá a curto prazo. Logo o ideal seria adquirir o Marder 1A3 para mobiliar os BIBs e RCBs. Alem dos BE Cmb Bld.
Para solucionar o problema do GC em 9 Fzo segue meu post no topico "Grupo de Combate - Presente e Futuro" onde cito a adoção do GC com 11 Fzo.
Sds,

Segue sugestao da composicao do GC (Grupo de Combate) tanto nas unidades de Inf. quanto Cav. As razoes apresentadas vao de encontro ao documento “The Infantry Rifle Squad: SizeIs Not the Only Problem” de autoria do Maj Inf Melody, Paul E. que apresenta de forma suscinta as razoes para o retorno ao GC, Squad em ingles, de 11 combatentes. De forma resumida a principal razao pela perda de eficiencia do GC de 9 combatentes eh a falta de capacidade de realizar “apoio de fogo” e “manobra” pelo GC assim que a taxa de atrito reduz o numero de combatentes no GC. Segundo o documento a taxa de atrito (baixa) desde a Segunda Grande Guerra ao Vietnam no exercito Norte-Americano foi em torno de 20% a 30%. Com esta taxa de baixas o GC fica restrito ao numero de 6 a 7 combatentes (Fzo). Como foi constatado que durante os conflitos existe a tendencia dos lideres do GC a manterem as armaa automaticas (FAP/BAR e/ou FN Minimi) em operacao a custas dos Fzo (fuzileiros) o GC perde a capacidade de realizar “fogo” e “manobra”. Logo, na pratica deixa de existir as duas fracoes (ou fire team). E no Pel Fzo um GC acaba executando “fogo” ou “manobra” em beneficio de outro GC, tambem restrito em numero de combatentes e/ou Fzo. Um GC com 11 combatentes com a taxe de 30% de atrito ainda assim mantem de 8 a 9 combatentes e retem a capacidade de realizar “fogo” e “manobra”.

Apenas para ilustrar, o USMC (Marines) , ou Fuzileiros Navais Norte Americanos adotam 3 fracoes ou fire teams de 4 combatentes cada. Exatamente para manter o GC capaz de realizar “fogo” e “manobra” diante das perdas imposta pelo combate. Porem, o documento citado adimite que na experiencia do exercito Norte-Americano um NCO ou 3º Sargento lider do GC tem muita dificuldade de comandar e controlar a acao de 12 homens em combate. E que o numero ente 8 e 10 seria o ideal.

http://oai.dtic.mil/oai/oai?verb=getRec ... =ADA225438

GC Padrao:
3° Sgt – Cmt GC (IA2 Rifle)
Cb – Cmt Esq A (IA2 Rifle)
Sd – AT1 (AT=Atirador, FN Minimi 5.56mm)
Sd – G1 (G=Ganadeiro, IA2 Rifle + M203)
Sd – E1/AC (E=Esclarecedor/AC=Anti-Carro, IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd – E2 (IA2 Rifle)
Cb – Cmt Esq B (IA2 Rifle)
Sd – AT2 (FN Minimi 5.56mm)
Sd – G2 (IA2 Rifle + M203)
Sd – E3/AC (IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd –DM (DM=Designated Marksman, IA2 7.62mm Sniper Rifle)

GC Inf Selva:
3° Sgt – Cmt GC (IA2 Rifle)
Cb – Cmt Esq A (IA2 Rifle)
Sd – AT1 (AT=Atirador, FN Minimi 5.56mm)
Sd – G1 (G=Ganadeiro, Benelli M-4 Calibre 12 Semi Automatica + GL6)
Sd – E1/AC (E=Esclarecedor/AC=Anti-Carro, IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd – E2 (IA2 Rifle+ Besta)
Cb – Cmt Esq B (IA2 Rifle)
Sd – AT2 (FN Minimi 5.56mm)
Sd – G2 (Benelli M-4 Calibre 12 Semi Automatica + GL6)
Sd – E3/AC (IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd –DM (DM=Designated Marksman, IA2 7.62mm Sniper Rifle)

No ambiente de selva a tendencia eh os GCs operarem isolados e mais dispersos e portanto sem apoio das armas dos escaloes superiores. Desta forma estes GCs dependem muito mais do poder de fogo de suas fracoes/esquadras e consequentemente do armamento individual de cada infante de selva. Por isso os Granadeiros dos GCs de selva seriam dotados do lancador de granadas GL6 com seis granadas 40mm aumentanto em muito o poder de fogo do GC. Porem, muitas vezes o ambiente de selva, com reduzido campo de observacao pode propiciar encontros entre forcas inimigas a curtas distancias. As granadas de 40mm do lançador de granada só armam seu detonador a uma distância de 10-20m. Por isso para curta distancias estes combatentes seriam dotados da Benelli M-4 Calibre 12 Semi Automatica, arma adotada pelo US Special Operations. Notar que a adocao do Cal 12 junto a um lancador de granadas GL6 para os Granadeiros da Inf Selva eh uma sugestao de um colega deste mesmo forum, e que para mim fazem todo o sentido. Com a adocao do GC de 11 combatentes o numero de fuzis de assalto do GC de selva segueria inalterado, 9 ao total, havendo o acrescimo de duas Cal. 12.

Creio que o maior impacto seria nas tropas embarcadas, ou seja GC dos C/Inf Mec e C/Inf Bld alem eh claro dos B Inf Lev (Aeromovel). Onde existe limitacoes para o embarque em um mesmo transporte do GC na sua integra. A adocao do Sikorsky UH-60 Black Hawk como aeronave padrao de manobra do EB eliminaria qualquer problema deste tipo na Inf Lev (Aeromovel). Fica portanto a limitacao imposta pela VBTP. Neste caso creio que uma VBTP e/ou VCI (rodas e/ou esteira) com capacidade para o transporte de 6 combatentes mais o de sua guarnicao de 3 combatentes seria suficiente. Pois, cada Pel eh normamalmente formado por 4 VBTP e 3GCs. Sendo cada Cia/Esqd formado por 3 Pel, o que resulta num total de 9 GCs por Cia/Esqd. A adocao de cada fracao e/ou fire team embarcado em um VBTP supera este problema. Desta forma cada Pel mantem o mesmo numero de VBTP, 4 para um total de 2 GCs, cada GC embarcando em duas VBTP mais o grupo de comando. Para que se mantenha um numero proximo ao anterior de GCs por Cia/Esqd eh soh elevar o numero de Pel por Cia/Esqd a 4 Pel. Desta forma o total de GCs seria de 8 (4 Pel x 2 GC). Haveria, no entanto, o incremento de 4 VBTP por Cia/Esqd. Razoavel em minha opiniao.

Outra possibilidade seria com a introducao da LMG (Light Machine Gun) FN Minimi 5,56mm reestruturar o GC, nao em duas fracoes identicas com a missao de realizar “fogo” e “manobra”. Mas em duas fracoes com tarefas distintas, ou seja, uma fracao de “apoio de fogo” e outra de “manobra”. Assim uma unica LMG (FN Minimi 5,56mm) seria empregada por GC, ao inves de duas como no caso anterior. O documento supra citado menciona que a eficiencia de uma unica LMG por GC na funcao de apoio de fogo eh praticamente a mesma da eficiencia de fogo resultante do emprego de duas LMGs por GC. Pois, apesar da reducao da densidade de fogo provido o lider do GC consegue direcionar e controlar melhor o emprego de uma unica LMG, quando comparado a duas LMGs no mesmo GC. Neste caso o total de combatentes por GC seria de 10 homens, incluindo seu lider.

GC Atualizado para emprego LMG (FN Minimi 5.56mm):
3° Sgt – Cmt GC (IA2 Carbine)
Cb – Cmt Esq “Apoio de Fogo” (IA2 Rifle)
Sd – AT1 (AT=Atirador, FN Minimi 5.56mm)
Sd – G1 (G=Ganadeiro, IA2 Carbine + GL6)
Sd –DM (DM=Designated Marksman, IA2 7.62mm Sniper Rifle)
Cb – Cmt Esq “Manobra” (IA2 Rifle)
Sd – E1/AC (IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd – E2 (IA2 Rifle)
Sd – E3/AC (IA2 Carbine + ALAC/AT4)
Sd – E4 (IA2 Rifle)

Quanto ao numeo de IFVs Marder 1A3 seriam necessarios pelo menos 328 sem considerar as unidades escolas e BE Cmb Bld.

Cia/Esqd Fzo Bld: 3x Pel Fzo Bld + 1x Sec Cmdo = 3x4 + 1x1 = 13 IFVs
BIB: 4x Cia Fzo Bld + 1x Sec Cmdo = 4x 13 + 1x2 = 54
RCB: 2x Esqd Fzo Bld + 1x Sec Cmdo = 2x 13 + 1x2 = 28

Logo, temos um total de 328 IFVs requeridos :
4x BIB = 4x 54
4x RCB = 4x 28




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6722 Mensagem por Clermont » Qua Out 11, 2017 8:50 pm

tatamovitch escreveu:Outra possibilidade seria com a introducao da LMG (Light Machine Gun) FN Minimi 5,56mm reestruturar o GC, nao em duas fracoes identicas com a missao de realizar “fogo” e “manobra”. Mas em duas fracoes com tarefas distintas, ou seja, uma fracao de “apoio de fogo” e outra de “manobra”. Assim uma unica LMG (FN Minimi 5,56mm) seria empregada por GC, ao inves de duas como no caso anterior.
Neste caso, talvez fosse melhor utilizar a MAG no lugar da Minimi. Então, este hipotético GC ficaria muito semelhante ao GC que o Exército adotou até 1964 antes da aquisição dos FAL e FAP. Esse antigo GC dividia-se em duas esquadras: a Esquadra de Tiro, empregando um fuzil-metralhadora (Hotchkiss, se não me engano) e a Esquadra de Volteadores (atualmente chamados "esclarecedores").




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6723 Mensagem por tatamovitch » Qua Out 11, 2017 10:53 pm

Clermont escreveu:
tatamovitch escreveu:Outra possibilidade seria com a introducao da LMG (Light Machine Gun) FN Minimi 5,56mm reestruturar o GC, nao em duas fracoes identicas com a missao de realizar “fogo” e “manobra”. Mas em duas fracoes com tarefas distintas, ou seja, uma fracao de “apoio de fogo” e outra de “manobra”. Assim uma unica LMG (FN Minimi 5,56mm) seria empregada por GC, ao inves de duas como no caso anterior.
Neste caso, talvez fosse melhor utilizar a MAG no lugar da Minimi. Então, este hipotético GC ficaria muito semelhante ao GC que o Exército adotou até 1964 antes da aquisição dos FAL e FAP. Esse antigo GC dividia-se em duas esquadras: a Esquadra de Tiro, empregando um fuzil-metralhadora (Hotchkiss, se não me engano) e a Esquadra de Volteadores (atualmente chamados "esclarecedores").
Exato, esta seria a ideia. No entanto creio que a FN Minimi 7.62mm deveria ser adotada pelo EB como metralhadora media no escalão Pel. A FN MAG 7.62mm, deveria ser utilizada somente embarcada e em reparos de viaturas...




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6724 Mensagem por Túlio » Qua Out 11, 2017 11:21 pm

Acredito que perdemos o foco aqui: a charla iniciou da fraqueza do Leo1A5 e falei de como estaria menos pior se acompanhado por IFV; daí o Marechal comparou o modelo de GC da Inf Bld dos EUA enquanto eu mencionava e depois descrevia os Panzergrenadiere, com uma filosofia operacional muito diferente e que me parece superior em capacidades, mesmo sendo o PG menor.

Daí virou numa charla puramente sobre Inf, até de Slv apareceu. De minha parte, me desinteressei completamente do debate. Lamento, senhores, mas estou fora.




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6725 Mensagem por EDSON » Qui Out 12, 2017 8:20 am

Túlio escreveu:Acredito que perdemos o foco aqui: a charla iniciou da fraqueza do Leo1A5 e falei de como estaria menos pior se acompanhado por IFV; daí o Marechal comparou o modelo de GC da Inf Bld dos EUA enquanto eu mencionava e depois descrevia os Panzergrenadiere, com uma filosofia operacional muito diferente e que me parece superior em capacidades, mesmo sendo o PG menor.

Daí virou numa charla puramente sobre Inf, até de Slv apareceu. De minha parte, me desinteressei completamente do debate. Lamento, senhores, mas estou fora.
Mas o debate é todo focado no problema de nossa minguada força blindada e seus paupérrimos meios. Tudo dentro do previsto.




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6726 Mensagem por gabriel219 » Qui Out 12, 2017 9:14 am

Digo mais, tirando aquela torre intrusiva e colocando uma remota, cabem mais 2 lugares, carregando 8 e 3 tripulantes.

Há um link que eu perdi sobre a modernização da Rheinmetal nos Marders, chamando de "Revolution", em que fala explicitamente sobre carregar 8 homens e 3 tripulantes.

Eu sou muito fã do tipo de missão em que os PG são instruídos e como podem atuar de forma independente, só acho o tamanho em si, pequeno. Porém, é perfeitamente normal adaptar o Marder a isso.

A modernização dos M113 foi cara e totalmente desnecessária. Acrescentando um pouco mais de dinheiro, que tinha, poderíamos ter adquirido Marders e feota as devidas modificações.

Mas voltando pro 1A5, as imagens comprovam o grande problema que temos: temos um MBT capaz de destruir seus inimigos diretos (exceto os T-72 dos bunda-suja)? Sim, mas, em compensação, quase 90% das armas que possam ser usadas como "anti-carro", inclusive um mero 30 mm, pode destruir ou colocar fora de combate nossos "MBT's".

Isso chega a ser vergonhoso. Um RBS 70 é capaz de destruir um 1A5, se brincar.

Até nosso MSS, tão criticado, é capaz de destrui-lo!!!

Mas isso não é pior quanto, Militares da ativa, dizerem que "nossa doutrina de inf bld é melhor que as do mundo" e que "ifv não faz diferença, é o mesmo que um APC".




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6727 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Out 12, 2017 10:32 am





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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Re: Leopard 1A5 do EB

#6728 Mensagem por Juniorbombeiro » Qui Out 12, 2017 10:44 am

Completamentando o vídeo do Cabeça.

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Re: Leopard 1A5 do EB

#6729 Mensagem por FCarvalho » Qui Out 12, 2017 10:58 am

gabriel219 escreveu:Mas isso não é pior quanto, Militares da ativa, dizerem que "nossa doutrina de inf bld é melhor que as do mundo" e que "ifv não faz diferença, é o mesmo que um APC".
Gabriel, sabe aquela frase do Rui Barbosa que diz que "um exército pode passar 100 anos sem ir a guerra mas não pode deixar de treinar 1 minuto sequer..." ?
Bem, aqui ficou só na retórica. Como sempre.

abs.




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6730 Mensagem por EDSON » Qui Out 12, 2017 12:14 pm





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Re: Leopard 1A5 do EB

#6731 Mensagem por EDSON » Qui Out 12, 2017 12:49 pm

Disparos de 20 mm na lateral do Leo1A4.


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A torre do canadense 1A3 no local de teste no Canadá.

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Re: Leopard 1A5 do EB

#6732 Mensagem por gabriel219 » Qui Out 12, 2017 1:05 pm

Esse é o nosso MBT "mais poderoso". Mas vão falar que o 2A4, cerca de 3 toneladas mais pesado que um M60, vai fazer cair pontes e ruir estradas.

Que o Marder não faz translado de rio, mesmo o M113 sempre fazer translado sobre pontes móveis (ao menos em exercícios) e que IFV não faz diferença e faz a mesma missão de um APC.

Se discordar, você é ignorante e oficial do EB (se é que é mesmo) entende mais que todo mundo.

Da perfeitamente para fecharmos um negócio com Mix 2A4 + Marder + Modernização há um custo aceitável, talvez perto da loucura que foi a modernização dos M113.

No Marder era só revitalizar, colocar blindagem, acentos e trazer pra cá colocando UT-30 neles e pronto. Talvez um motor mais potente ou usava o dos nossos 1A5.

O mesmo pra os 2A4: modernização pro 2A7 ou a Canadense com AMAP (Evo é um sonho, mas bem mais caro), talvez um L55 e se possível DYNA.




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6733 Mensagem por Túlio » Qui Out 12, 2017 2:30 pm

gabriel219 escreveu:Digo mais, tirando aquela torre intrusiva e colocando uma remota, cabem mais 2 lugares, carregando 8 e 3 tripulantes.
Era por aí que o debate estava interessante: até que ponto é necessário um GC maior dentro das missões inerentes a uma Inf Bld operando com IFVs e junto com os MBTs? Porque APC não faz isso, nem o Marder APC que o HAMMERHEAD mostrou, me parece mais coisa de quem não sabe bem o que quer e precisa ou, alternativamente, de gente que nem jipe pode usar porque tem RPG, IED, mina e Msl AT hostil por toda parte. Aliás, parece ser de todo inadequado ao tipo mais comum de combate hoje, mesmo para blindados, que é aquele que se desenrola em áreas urbanizadas. A pífia capacidade de ataque/contra-ataque daquele APC é triste de ver, até o Guarani está melhor neste quesito, para não falar na porta traseira, também pequena perto da do citado Guarani.

gabriel219 escreveu:Eu sou muito fã do tipo de missão em que os PG são instruídos e como podem atuar de forma independente, só acho o tamanho em si, pequeno. Porém, é perfeitamente normal adaptar o Marder a isso.
Muito obrigado por prestares atenção, foi precisamente neste ponto que o debate perdeu o foco, passando a ser sobre qualquer Inf, e não sobre a inerente ao tópico, a Inf Bld. Renovados agradecimentos, retomo então de onde tinha parado.

Bueno, a escola Americana tem faz muito tempo essa preocupação com o tamanho das unidades, inclusive as menores SUs (como GC e até Esq Tir) e nós, naturalmente, seguimos a deles (recordar que falo especificamente de Inf Bld). Vivem estudando, teorizando e testando desde as menores até as maiores mas focam nestas últimas, a ponto de, em Inf Bld, cometerem uma verdadeira heresia, que é distribuir o Squad por mais de uma VTR. A escola Alemã foca tradicionalmente em eficiência, o que leva naturalmente a uma concepção que preconiza obter o máximo usando o mínimo. E assim o Bundeswehr chegou à atual formação de Panzergrenadiere, e isso já faz décadas: a Força Blindada é composta por 3 elementos operativos individuais mas que operam em sincronia, que são o MBT, o IFV e o PG. Um quarto elemento, mais à retaguarda - entre a Força Principal e a de Apoio (Art, Eng, etc) - pode ser empregado, que é a Inf Bld ou Mec (Jägers) operando a partir de APCs (rodas e/ou lagartas) e até VTRs mais leves, cuja finalidade é aproveitar os sucessos da Força Principal para ampliá-los/consolidá-los ou mesmo prestar apoio próximo, se e quando a coisa realmente ficar FEIA (o que é meio excepcional mas acontece)! Aliás, o emprego de uma Força assim não é para qualquer coisa, é mais para quando a Inteligência já revelou que o que está à frente não é moleza. Em casos menos complexos, e que não são poucos, os Jägers podem perfeitamente segurar as pontas com o que têm (mas sempre vão ao menos tentar ficar perto de algo como o que descrevi acima, porque Inteligência também erra). Assim, em minha visão, a escola Alemã é superior à Americana (eficiência x tamanho), sendo esta prevalente apenas porque a influência dos EUA é esmagadoramente maior do que a da Alemanha. A diferença fulcral entre um PG e um Squad em IFV é que o primeiro é uma unidade completa em uma só VTR, enquanto que o segundo está separado, o que obriga duas (ou até mais) VTRs a operarem mais próximas do que o necessário ou mesmo prudente, além de o desmonte ser mais complicado e exigir planejamento extra. Por exemplo, num Puma os seis Panzergrenadiere apenas planejam rapidamente a missão, seu comandante combina com o da própria VTR e este é responsável, se necessário, pela articulação com todo o resto que for necessário e estiver disponível no TO; a partir daí cada um vai fazer a sua parte. Num Bradley já começa que um comandante tem que falar com outro (em outro IFV) e ordens e instruções devem ser repassadas a duas equipes diferentes mas que as deverão executar como uma só, com uma enorme margem para erros e más interpretações. E é por aí que, se e quando formos operar IFV, provavelmente iremos seguir...
gabriel219 escreveu:A modernização dos M113 foi cara e totalmente desnecessária. Acrescentando um pouco mais de dinheiro, que tinha, poderíamos ter adquirido Marders e feota as devidas modificações.
Concordo sem reservas com a primeira afirmação mas a segunda (pegar Marder e transformar em APC) colide com o que escrevi acima. Eficiência ou tamanho?
gabriel219 escreveu:Mas voltando pro 1A5, as imagens comprovam o grande problema que temos: temos um MBT capaz de destruir seus inimigos diretos (exceto os T-72 dos bunda-suja)? Sim, mas, em compensação, quase 90% das armas que possam ser usadas como "anti-carro", inclusive um mero 30 mm, pode destruir ou colocar fora de combate nossos "MBT's".

Isso chega a ser vergonhoso. Um RBS 70 é capaz de destruir um 1A5, se brincar.

Até nosso MSS, tão criticado, é capaz de destrui-lo!!!
Reitero que a maior importância do Leo1A5 para o EB foi a de ter criado e consolidado (na verdade os estudos não pararam, continua a criação e consolidação) como Doutrina a noção de Família de Blindados sobre lagartas, demonstrando na prática suas vantagens sobre o modelo anterior, uma coleção de VTRs de diferentes origens e, portanto, grande complicação logística. Não menor foi a tão sonhada prevalência sobre os TAM argies (tá, um TAM tem poder de fogo mais do que suficiente para mandar um Leo pelos ares mas basta que o ataque seja à noite e vira sitting duck). Resta ainda perguntar como um APC artilhado (ou mesmo um grupo deles) vai conseguir chegar a menos de 500 metros de um grupo de Leo para destroçá-lo com sua(s) Pç(s) auto de 30 x 173 mm sem ser detectado e atacado primeiro, e de distâncias muito maiores do que as efetivas de sua(s) arma(s). Atacar Leo1 aqui é para mina, IED, RPG e Msl AT, aí sim, tá mortinho! O outro caso é para KAMIKAZES, e aí até aqueles SUVs artilhados já bastam, mesmo que percam várias unidades para cada baixa que causarem, pois isso tanto faz, são suicidas mesmo.
gabriel219 escreveu:Mas isso não é pior quanto, Militares da ativa, dizerem que "nossa doutrina de inf bld é melhor que as do mundo" e que "ifv não faz diferença, é o mesmo que um APC".
Não conheço um só que fale este tipo de besteira mas não duvido de sua existência; num mundo ideal só existiriam PROs mas não é assim o mundo Real, tá assim de diletante fardado (é, não é coisa só de paisano, vi um assim em Santa Maria, quando foram nos apresentar o Gepard: botaram um Capitão que falava pomposamente e com expressões eruditas, daí foi falar sobre as duas Pçs e enguiçou, "são dois canhões de...de...de...uns 30 ou 40 mm, não recordo". Eu e o Düring do DN só nos entreolhamos e não dissemos nada, daí alguns falaram TRINTA E CINCO e o "pro" seguiu perorando sua arenga, sem sequer se corrigir, nem a cadência de tiro sabia) posando de sabichão. Infelizmente tem disso mas não é só no EB nem só no Brasil.




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6734 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Out 12, 2017 3:33 pm

Túlio escreveu:É apenas uma primeira resposta (quase exploratória) minha a um questionamento muito pertinente do Marechal véio, que colocou em cheque o que eu pensava que sabia sobre Guerra Blindada. Não consideres definitivo, ele certamente vai ter seu contraponto e, conhecendo a figura, vem CHUMBO!
Desculpa decepcionar, mas não tenho muito o que escrever e a pergunta que fiz ainda não foi respondida.

Mas fiquei com vontade de escrever um pouco sobre o assunto.

Primeiro, em relação aos "taxis de batalha" que deixam a infantaria próximo do campo de batalha e dão no pé, bem, mesmo na 2GM as frentes avançavam mais rápido do que soldados a pé conseguiam caminhar, mesmo naquela época já estava claro que não dava para deixar a infantaria "perto", pela baixíssima velocidade a infantaria era uma arma praticamente estática e precisava ser levada até o coração da batalha, na 2GM improvisaram subindo nos tanques, a estratégia ficou famosa com os russos, mas foi aplicada por todos os participantes:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0d/Bundesarchiv_Bild_101I-269-0240-11A%2C_Russland%2C_Panzer_mit_aufgesesssener_Infanterie.jpg
Pouco seguro, visto a chuva de artilharia no caminho da batalha.

Depois veio o IFV e a doutrina dos panzergrenadier segue a risca essas lições aprendidas, com o IFV se mantendo próximo da infantaria desmontada, apoiando-a com seu próprio canhão e buscando ela sempre que um deslocamento um pouco maior for necessário.

E deve dizer, gosto muito dessa ideia, quando vejo operações americanas os GCs parecem sempre grandes demais, há muitos soldados próximos "esperando" enquanto só um ou dois de fato atuam, em um ambiente repleto de explosivos esses soldados esperando são fortes candidados a sacos pretos, quanto menos soldados desembarcarem, melhor, e de preferência com uma certa distribuição, e os alemães fazem exatamente isso.

Mas... E aqui vem aquela pergunta que ainda não foi respondida, os americanos, esses caras que estão o tempo todo em guerra, conhecem bem os PG mas não abraçam a ideia, ao invés disso mantem aquele esquema complicado de distribuir 3 GCs por 4 IFVs, indo em direção oposta à ideia que me agrada tanto, o que eles sabem que eu não sei? O que que eu deixar passar?




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Túlio
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Re: Leopard 1A5 do EB

#6735 Mensagem por Túlio » Qui Out 12, 2017 6:16 pm

Marechal-do-ar escreveu: Desculpa decepcionar, mas não tenho muito o que escrever e a pergunta que fiz ainda não foi respondida.

(((by Túlio: aqui eu pulo a parte que posso comentar depois)))

Mas... E aqui vem aquela pergunta que ainda não foi respondida, os americanos, esses caras que estão o tempo todo em guerra, conhecem bem os PG mas não abraçam a ideia, ao invés disso mantem aquele esquema complicado de distribuir 3 GCs por 4 IFVs, indo em direção oposta à ideia que me agrada tanto, o que eles sabem que eu não sei? O que que eu deixar passar?

Na verdade eu creio que já avancei boa parte da resposta no post anterior, comparando a Inf Bld de ianques e Alemães, estes focados em eficiência, aqueles em tamanho como sinônimo de eficiência (mais gente = mais eficiência) ou pelo menos como um significativo aumento dela. O fato de estarem sempre em guerra deve ser confrontado com a pergunta de quantas eles já venceram, não? Porque tudo está bem quando se defrontam com um Exército em campo aberto e a Aviação arrebenta com quase tudo que os infelizes têm, sobrando à Força Terrestre, ou seja, quem está no chão, apenas a tarefa de aparar as arestas que tiverem sobrado e depois limpar a bagunça. O problema (e isso vem desde os tempos do Vietnã, com a louvável exceção de Bush Sr, que fez o que é certo no Iraque e pagou caro por ter feito, tchau reeleição; o Jr fez o oposto e reelegeu fácil) é que não consideram "isso" como vitória, eles acreditam que têm de ocupar e manter o território, e aí encrespa, como estamos enjoados de ver.

Em minha opinião, os caras estão tão absortos em suas TRADICIONALICES que não conseguem manter a mente aberta, sequer cogitam disso. Não é à toa que Arlington e lugares semelhantes têm cada vez menos slots disponíveis...




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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