Leopard 1A5 do EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Leopard 1A5 do EB

#6691 Mensagem por Túlio » Sex Out 06, 2017 5:16 pm

Clermont escreveu: Bem, o Exército, algum dia desses, terá de trocar o M-113 por alguma coisa (seja APC, seja IFV) que se movimente sobre lagartas. Pelo que li, aqui mesmo no DB, essa "alguma coisa" não será o "Marder", justamente por este não ser anfíbio e nem transportar o GC padrão de nove homens. Pelo menos, uma parcela do corpo de oficiais de infantaria pensa desta forma.
Claro que sim: quantos têm a chance de treinar com gente que opera IFV faz décadas? Pois foi com estes felizardos que charlei, e caias duro: boa parte do que lhes disse foi com base nos teus posts!

De resto, o GC no número "fixo" de 9 integrantes só o é pela inexistência do IFV e daquele jipe blindado 4 x 4 do qual a tigrada vive falando. Bota um bom número de ambos a operar e vamos ver como ficam os números. Aliás, sobre a AvEx, tentes imaginar a brabeza que deve ser botar 1P, 2P + 1 GC completo (9 elementos totalmente equipados) num Dauphin militarizado. Como será que fica o alcance, a capacidade de manobra, autoproteção & quetales?
No Brasil, uma força-tarefa blindada é constituída por M-113 (fuzileiros de infantaria/cavalaria) e por "Leopards" (tanques de cavalaria). Se o "Marder" fosse adquirido, seria, em teoria, para substituir o M-113 dentro do binômio fuzileiros-tanques. Como se organizaria um BIB para operar, ao mesmo tempo, com M-113/"Marder" dentro de uma força-tarefa blindada juntamente com "Leopards"?
Falei antes, isso teria que ser revisto, e sem M-113. Reitero que o APC tem pouco uso em TOs "quentes"; nos demais nem vai precisar de apoio, já que estará enfrentando no máximo armas leves (e notar que no Alemão conseguiram parar M-113 de tanto tiro; tive a oportunidade de assistir - só assistir, nem a pau o índio me deu cópia - a um vídeo onde um 4 x 4 no qual é costume aqui descer o pau de tão "ruim" que é e ele lá, sob fogo e rebocando o M-113: meninos, EU VI!).

Quando implantou a infantaria aeromóvel, o Exército estudou organizá-la com GC de oito elementos, mas no final ficou com o padronizado.
Sim, isso foi cogitado por algum tempo porque o BK-117 estava no páreo (por mim ele e o BO-105 eram muito superiores à dupla escolhida). Volto aos teus posts (que sabes que leio avidamente): era um tempo em que o EB era definitivamente o "De Caxias", ou seja, se a Realidade não se adaptasse ao pensamento corrente, azar da Realidade.

Mas é esta a questão: uma corrente (majoritária? minoritária?) dentro do Exército quer uma viatura blindada, transportando homens armados de fuzil que cumpra missões iguais e não "diferentes" do que se espera de uma tropa de fuzileiros blindados.
PUTZ, vou ter que resumir bastante porque daria um post quilométrico: começa que não é só arma leve (Fz, Fz Mtr, Mtr) nem é só arma. Como disse, se me estender mais isso fica mais comprido que esperança de pobre e ainda vira off-topic. Uma pista (fotos minhas na empresa):

https://i.imgur.com/bbCjFn7.jpg
https://i.imgur.com/vFcidu2.jpg




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6692 Mensagem por Túlio » Sex Out 06, 2017 5:28 pm

knigh7 escreveu: Boas observações, Túlio.

Vc sabe me dizer qual a resistência [(em mm de RHA) da parte frontal da torre com aquele cavalete?
Além da munição M900 da tabela, saberia dizer se tem alguma outra que o 1A5 não poderia usar?
Sobre blindagem não sei, cupincha. No C I Bld cheguei a comentar sobre os "famosos" 240 mm RHAE e só ouvi risada, não disseram sal nem água (eu era ainda pouco conhecido nos meios; quando isso mudou, não lembrei mais de perguntar de novo), idem com respeito àqueles troços que parecem - à visão e ao tato - com lona de pneu de caminhão antigo e que ficam nas laterais, supostamente para segurar HEAT (pessoalmente, não acredito que segurem sequer um disparo da primeira versão operacional do Panzerfaust, da 2 GM).

Sobre munições, qualquer uma das modernas (e não os tiros que replicam as pressões das antigas), de alta pressão, não vai servir sem mexer e muito na peça e mecanismo de recuo; até para usar LAHAT 105 vai ter que mexer (neste caso, até na parte de estocagem de munição).




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6693 Mensagem por gabriel219 » Sáb Out 07, 2017 3:12 am

Clermont escreveu:
saullo escreveu:Completando o Bolovo, tem centenas de Marder lá na Alemanha, e daria para reequipar nossos BIB e até os RCB, (...)
A doutrina do Exército exige uma viatura anfíbia, o que o "Marder" não é. Além disso, este blindado não comporta um GC de nove homens, o que também é considerado como inaceitável.
Removendo aquela torre e adotando uma externa (UT-30, CPWS...), abre espaço para mais um combatente. Cabe 7, passaria a caber 8, fora os 3 demais.

Além disso, por que o Exército que viatura anfíbia se todo exercício com translado de rio, os M113 só passam em pontes móveis, igual o Cascavél?




Editado pela última vez por gabriel219 em Sáb Out 07, 2017 5:08 am, em um total de 2 vezes.
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Re: Leopard 1A5 do EB

#6694 Mensagem por gabriel219 » Sáb Out 07, 2017 3:13 am

FCarvalho escreveu:Leo 2 ou equivalente no CFN só quando tivermos embarcações de desembarque capazes de sustentar bldos deste porte. Por enquanto não temos nada disso. As EDCG não levam esse tipo de CC.

abs
???

Além dos franceses, que transportavam até o Leclerc, as fabricadas aqui possuem 70 tons de capacidade.

Isso já foi falado é a muuito tempo!




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6695 Mensagem por gabriel219 » Sáb Out 07, 2017 5:02 am

Chega a ser preocupante ver o Combelli, um cara da ativa, dizer que o Leopard resiste a 40 mm e dizer que a blindagem de aço do 1A5 quase a mesma que a uma composta, além do fato de esquecer que os Alemães também possuem VBCI...

Tenho sérias dúvidas em achar que um 2A4 resista a isso na lateral...

Também gostaria de saber da onde ele tirou que um Marder USADO custaria 1 milhão de euros... Nem um 2A4 usado custa isso, pelo que sei!

Isso deve explicar bem a nossa situação atual




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6696 Mensagem por Marechal-do-ar » Sáb Out 07, 2017 6:10 am

gabriel219 escreveu:Chega a ser preocupante ver o Combelli, um cara da ativa, dizer que o Leopard resiste a 40 mm e dizer que a blindagem de aço do 1A5 quase a mesma que a uma composta, além do fato de esquecer que os Alemães também possuem VBCI...

Tenho sérias dúvidas em achar que um 2A4 resista a isso na lateral...
Uma munição 40mm tem capacidade de penetração de cento e poucos milimetros de aço, o Leo 1 aguenta isso frontalmente, é possível que o Leo 2 também resista a isso nas laterais.

A questão é, logo acima do 40mm temos o 90mm, os calibres intermediários quase não são usados hoje, então, o Leo 1 consegue, frontalmente, resistir aos canhões automáticos, mas tudo o que estiver acima disso é um problema.
gabriel219 escreveu:Também gostaria de saber da onde ele tirou que um Marder USADO custaria 1 milhão de euros... Nem um 2A4 usado custa isso, pelo que sei!

Isso deve explicar bem a nossa situação atual
Explica muito bem mesmo, ele falou que pelo preço de um IFV se compra 12 ou 15 M-113 (ou alguma porqueira do tipo), mas esqueceu de como fazer para pagar a guarnição e as indenizações quando essas guarnições voltarem em sacos pretos, se considerar que recruta é lixo descartável, ai, realmente, a lógica dele faz sentido, mas no nosso mundo não, inclusive, pelo que me lembro, o maior custo do EB é justamente para manter essas guarnições, incluindo ai as pensões que vem depois do tempo de serviço, ou do saco preto.
Túlio escreveu:3 - Dada a completa inexperiência com IFVs, o EB não sabe por experiência própria se um GC de 9 elementos seria mesmo necessário; aliás, o EB não tem só GC de 9 integrantes, o de um BIS tem 10, um DOFesp tem 12, PQDT pode ter até 18. Nunca vi argie, Chileno ou Alemão reclamando da quantidade de tropa embarcada que o IFV Marder pode transportar, já que não são Inf comum nem mesmo - em termos exatos - Inf Bld, estão mais para Panzergrenadiere, que desmontam em grande parte das vezes para cumprir missões bem diferentes das demais Infs. Os Alemães, p ex, estão substituindo o citado carro pelo IFV Puma que, mesmo com umas 10 tons a mais em peso, reduz a capacidade de 3+7 do anterior para 3+6. Algo que não sabemos eles sabem, pois operam este tipo de VTR desde fins dos anos 50 (SPz 12)...
Não sei muito sobre os alemães, apenas algumas coisas, por exemplo, o equivalente ao GC deles não possui duas esquadras de tiro, apenas uma, esse GC/esquadra de tiro é composto por 6 homens e 4 deles formam um pelotão, em diversos lugares li que a função da segunda esquadra seria desempenhada pelo próprio IFV, mas tenho ressalvas em relação a isso, visto que essa formação é muito parecida com a que eles usavam na 2GM, quando ainda não existiam IFVs.

E isso explica algumas coisas, por exemplo, eles fabricam seus próprios carros, então por que carregar mais do que 6 homens? Os IFVs alemães foram produzidos conforme os requisitos do exército deles, não foi o exército deles que teve que se adaptar aos carros.

Já os americanos usam um GC de 9 homens muito parecido com o do EB, e usam IFV que transportam apenas 7 fazendo uma dança das cadeiras para acomodar 3 GCs em 4 carros.

Agora aquela perguntinha que todos devem estar pensando: Por que os alemães estão satisfeitos com 6, o EB/US Army com 9 e os FzNav/Marines com 13?
Não sei, vai ver nenhuma das opções apresenta vantagem suficiente sobre as outras para vencer a inércia (tradicionalices, para os íntimos) que existe nessas forças.




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6697 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Out 07, 2017 7:07 am

Já agora os Fuzos Norte-Americanos vão fazer a transição de 13 para 15 homens.
Rifle Squad Size: 15 Marines

“We recognize that operations in urban areas are the most likely to occur and the most dangerous. Urban areas are complex terrain, which emphasizes the need to maneuver in the human dimension of conflict… Conducting operations in very large urban areas… can soak up personnel resources in labor-intensive ground actions.”

- Marine Corps Operating Concept, September 2016

If our Service truly desires to achieve all that the MOC describes for our infantry small units, the 15 Marine rifle squad, as illustrated in Figure 2 is, at a minimum, the way to go. This organization accounts for the integration of advanced technologies to enhance the squad’s situational awareness and battlefield understanding per the unanimously approved Marine Requirements Oversight Council August 2015 Marine Expeditionary Rifle Squad (MERS) Initial Capabilities Document (ICD).5 This organization also provides the rifle squad the flexibility and lethality required to win the direct fire fight in a complex, most likely urban environment.

Imagem

The 13 Marine rifle squad is a proven construct to fight and win in complicated direct fires engagements. The employment of assault, support, and security is easily accomplished, squad leaders are able to effectively lead subordinate elements of “3,” and each fire team is capable of independent combined arms. This model has proven effective on islands in the Pacific, mountains in Korea, jungles in Vietnam, dense urban sprawl in Iraq and villages and intersecting farmlands in Afghanistan – in everything from daily patrols to deliberate attacks to straight up clearing in zone. We cannot afford to sacrifice the killing efficiency and combat power that three combined arms fire teams possess, but we do need to enhance their capabilities to provide the currently absent asymmetric advantages that the MOC mandates.

The “new” fire team should be fundamentally constructed in the same manner as today. However, the fire team’s Marines’ weapons should all be M27 IARs [infantry automatic rifles], with one Marine still designated as the true “automatic rifleman.” This frees up the old “assistant” automatic rifleman to become a combat multiplier. Each fire team within the squad would have a different specialty training requirement for their new “combat multiplier” capability, creating enhanced fire teams with unique abilities that together enhance overall squad combat power. 1st Fire Team will have an infantry Marine with specialized demolitions and rocket proficiency, 2nd Fire Team an unmanned air/ground/water system (UxS) operator that will be operated as needed, and the 3rd Fire Team a counter-UxS. The strength of this model is that it builds a table of organization that allows the infantry to adapt to the future -- the combat multiplier is an infantry Marine with additional, specialized, and formal training which can be modified to fit future requirements.

The rifle squad also needs a “fighting headquarters” which will bring the unit size to 15 Marines. This headquarters will consist of the three Marines: the rifle squad leader (0365), the assistant to the squad leader (0311 that has graduated the Advanced Infantry Course and JFO course6) and an infantry systems operator (0311 that is the squad’s UxS and digital communications subject matter expert). The ISO’s primary mission is to operate and employ assigned unmanned systems in support of the rifle squad, be it UAS or UGV, and if and when necessary, he integrates the 2d Fire Team’s UxS operator to assist in carrying equipment or to operate a second system. The ASL is knowledgeable on the employment of the rifle squad, will act as an “in the know” radio operator and serve as the squad’s certified fires coordinator and observer. On one end, this Marine will manage information and provide to the squad leader knowledge that is critical to his decision making and reporting with higher headquarters. He will also assist the squad leader in the employment of technologies such as KILSWITCH and its connection to persistent close air support (PCAS) airborne systems (more on this below), as well as other fires capabilities.7 On the other end, the ASL will also conduct pre-combat check/pre-combat inspection of the squad’s new equipment. Ultimately, the ASL and ISO allow the actual rifle squad leader to control his teams, fight his squad, and supervise the employment of new capabilities to support his Marines in the “last 600 meters.”
https://www.mca-marines.org/gazette/201 ... s-thoughts




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: Leopard 1A5 do EB

#6698 Mensagem por EDSON » Sáb Out 07, 2017 8:55 am

Os 2A4 turcos verão ação em Idilib.

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Re: Leopard 1A5 do EB

#6699 Mensagem por knigh7 » Sáb Out 07, 2017 5:51 pm

gabriel219 escreveu: Chega a ser preocupante ver o Combelli, um cara da ativa, dizer que o Leopard resiste a 40 mm e dizer que a blindagem de aço do 1A5 quase a mesma que a uma composta, além do fato de esquecer que os Alemães também possuem VBCI...

Tenho sérias dúvidas em achar que um 2A4 resista a isso na lateral...

Também gostaria de saber da onde ele tirou que um Marder USADO custaria 1 milhão de euros... Nem um 2A4 usado custa isso, pelo que sei!

Isso deve explicar bem a nossa situação atual
Interessante ver a desconfiança que os militares lá têm dos argentinos.

Como bem disse o JL, a Argentina é o maior investidor das FFAA brasileiras.
Se eles não estão bem, então nós não temos como estarmos bem também.

Juarez conta umas histórias interessantes das sacaneadas dos argies em cima de nós...




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6700 Mensagem por gabriel219 » Dom Out 08, 2017 5:51 am

Marechal, são, ao menos o que o fabricante diz, 150 mm há 2 km de distância, isso é o suficiente pra penetrar o Leo, até onde sei.

Isso eles devem ter chego em testes contra blindagem mais moderna, quiça uma dos anos 50/60, fora isso, lastimável dizer que IFV não faz diferença nenhum no campo de batalha.

Ou seja, o mundo todo está errado, menos o nosso Exército.

Aliás, me chamou atenção ele falando duas coisas: infantaria protegerá nossos Leo 1A5 e que nossos combates entre blindados serão em campo aberto. Ai fica a questão: como a infantaria vai proteger um CC em campo aberto?

Se for em ambiente urbano, concordo, mais úteis que IFV, mas como a infantaria vai proteger um CC nessas condições?




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6701 Mensagem por Túlio » Dom Out 08, 2017 12:49 pm

Marechal-do-ar escreveu:
Túlio escreveu:3 - Dada a completa inexperiência com IFVs, o EB não sabe por experiência própria se um GC de 9 elementos seria mesmo necessário;(...) Nunca vi argie, Chileno ou Alemão reclamando da quantidade de tropa embarcada que o IFV Marder pode transportar, já que não são Inf comum nem mesmo - em termos exatos - Inf Bld, estão mais para Panzergrenadiere, que desmontam em grande parte das vezes para cumprir missões bem diferentes das demais Infs. Os Alemães, p ex, estão substituindo o citado carro pelo IFV Puma que, mesmo com umas 10 tons a mais em peso, reduz a capacidade de 3+7 do anterior para 3+6. Algo que não sabemos eles sabem, pois operam este tipo de VTR desde fins dos anos 50 (SPz 12)...
Não sei muito sobre os alemães, apenas algumas coisas, por exemplo, o equivalente ao GC deles não possui duas esquadras de tiro, apenas uma, esse GC/esquadra de tiro é composto por 6 homens e 4 deles formam um pelotão, em diversos lugares li que a função da segunda esquadra seria desempenhada pelo próprio IFV, mas tenho ressalvas em relação a isso, visto que essa formação é muito parecida com a que eles usavam na 2GM, quando ainda não existiam IFVs.

E isso explica algumas coisas, por exemplo, eles fabricam seus próprios carros, então por que carregar mais do que 6 homens? Os IFVs alemães foram produzidos conforme os requisitos do exército deles, não foi o exército deles que teve que se adaptar aos carros.
Marechal véio, sem compeenderes as diferenças entre a missão de uma VTR que serve apenas de "táxi" para levar a tropa até algum ponto a partir do qual possa desmontar e progredir por seus próprios meios e a de um VTR que segue junto com os MBTs e combate praticamente a seu lado, vai ficar complicado de entenderes o que a Inf Bld faz e necessita em um caso e no outro. Eu mesmo, que estudo o tema há décadas por gostar (recomendo, no DB, os posts do Clermont a respeito) muito, volta e meia me atrapalho.

Marechal-do-ar escreveu:Agora aquela perguntinha que todos devem estar pensando: Por que os alemães estão satisfeitos com 6, o EB/US Army com 9 e os FzNav/Marines com 13?
Não sei, vai ver nenhuma das opções apresenta vantagem suficiente sobre as outras para vencer a inércia (tradicionalices, para os íntimos) que existe nessas forças.
Novamente a confusão conceitual entre APC e IFV (portanto, brabo de alguém que conheça razoavelmente sobre Guerra Blindada estar se perguntando algo assim). Ademais, onde leste que o Bundeswehr inteiro só tem UM tamanho/formato de GC? FYI, eles não têm só Panzergrenadiere...




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6702 Mensagem por Marechal-do-ar » Dom Out 08, 2017 3:37 pm

gabriel219 escreveu:Marechal, são, ao menos o que o fabricante diz, 150 mm há 2 km de distância, isso é o suficiente pra penetrar o Leo, até onde sei.
Pode ser alguma munição mais nova, mas não são os valores que lembro de cabeça, tem link?

E digamos que a penetração seja de 150mm, e o Leo 1A5 conte com 149mm de blindagem na linha de visada, bem, a penetração só ocorreria se o impacto fosse perpendicular, qualquer desvio lateral e já haveria mais metal a ser perfurado.

E claro, lembrando que, a questão da penetração não é tão exato assim, existe uma pequena variação entre um disparo e outro ai, por exemplo, os russos assumem que que 150mm é o que 80% dos projéteis vão penetrar, outros podem assumir 50%, e claro, a blindagem do Leo 1A5 não é homogênea, há lugares mais espessos e outros menos.
gabriel219 escreveu:Isso eles devem ter chego em testes contra blindagem mais moderna, quiça uma dos anos 50/60
Quando falamos em RHAe o objetivo é justamente eliminar as diferença das blindagens, mesmo diferentes tipos de aço tem resistências variadas, então, não faz sentido eles dizerem que penetra 150mm de uma liga mais atual, eles tem que usar a mesma liga que já usam há decadas para que o número tenha algum significado.
gabriel219 escreveu:Aliás, me chamou atenção ele falando duas coisas: infantaria protegerá nossos Leo 1A5 e que nossos combates entre blindados serão em campo aberto. Ai fica a questão: como a infantaria vai proteger um CC em campo aberto?
De fato, é complicado entender a função da infantaria na guerra blindada, mas sim, a infantaria tem função mesmo em campo aberto.

Nesse caso, de forma bem resumida, o objetivo da infantaria é proteger os flancos, nesse caso de forma mais estática, eles devem impedir que o inimigo se aproxime pelos flancos, mas não vão avançar pelos flancos, e também eliminar possíveis inimigos que tenham ficado para trás (e poderiam atacar as laterais e a traseira dos CCs), mas tudo isso, é claro, funciona se assumirmos um CC capaz de lidar com adversários a sua frente.
Túlio escreveu:Marechal véio, sem compeenderes as diferenças entre a missão de uma VTR que serve apenas de "táxi" para levar a tropa até algum ponto a partir do qual possa desmontar e progredir por seus próprios meios e a de um VTR que segue junto com os MBTs e combate praticamente a seu lado, vai ficar complicado de entenderes o que a Inf Bld faz e necessita em um caso e no outro. Eu mesmo, que estudo o tema há décadas por gostar (recomendo, no DB, os posts do Clermont a respeito) muito, volta e meia me atrapalho.
Imagina aqueles dois membros do EB que disseram que os IFVs e APCs são quase a mesma coisa...
Túlio escreveu:Novamente a confusão conceitual entre APC e IFV (portanto, brabo de alguém que conheça razoavelmente sobre Guerra Blindada estar se perguntando algo assim).
Bem... A infantaria blindada do US Army continua com 9 homens, mesmo com um IFV que só transporta 7, e os Marines com 13, 15 no futuro, então, você sabe a resposta?
Túlio escreveu:Ademais, onde leste que o Bundeswehr inteiro só tem UM tamanho/formato de GC? FYI, eles não têm só Panzergrenadiere...
Tem razão, a Bundeswehr usa outros tamanhos de GC, com o Boxer (que para eles é um APC) eles usam 8 homens, mas estávamos falando da infantaria blindada, dos Panzergrenadiere, não é mesmo? Nesse caso são 6 homens contra 9 do US Army e 13 dos Marines.

Alias, a Bundeswehr é uma exceção aqui, quase todos os países tem um GC maior na infantaria blindada, e isso mesmo usando um IFV que não comporta todo o GC, cheguei até a ler um autor que dividia a infantaria média/pesada (quer dizer, tudo o que não é leve) em três:
1) Infantaria mecanizada;
2) Infantaria blindada;
3) Panzergrenadiere.

E devo lembrar mais uma vez que os Panzergrenadiere com seu GC de 5 ou 6 homens já existia desde antes de inventarem o IFV.

E sabe de uma coisa, eu gostaria muito de acreditar que a Bundeswehr está certa e que praticamente todo o resto do mundo está errado, mas tenho maturidade suficiente para entender que isso é wishful thinking, e que não há evidencias de que esse tamanho do GC foi escolhido por razões puramente técnicas.

E uma evidência muito forte é de que o exército mais experiente do mundo na atualidade usa um GC de 9 homens com um IFV que comporta apenas 7, em sua infantaria blindada, o melhor que posso fazer é admitir que, talvez, esses também não tenham se baseado apenas em razões técnicas.




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Re: Leopard 1A5 do EB

#6703 Mensagem por Túlio » Dom Out 08, 2017 4:56 pm

Marechal-do-ar escreveu: Tem razão, a Bundeswehr usa outros tamanhos de GC, com o Boxer (que para eles é um APC) eles usam 8 homens, mas estávamos falando da infantaria blindada, dos Panzergrenadiere, não é mesmo? Nesse caso são 6 homens contra 9 do US Army e 13 dos Marines.

Alias, a Bundeswehr é uma exceção aqui, quase todos os países tem um GC maior na infantaria blindada, e isso mesmo usando um IFV que não comporta todo o GC, cheguei até a ler um autor que dividia a infantaria média/pesada (quer dizer, tudo o que não é leve) em três:
1) Infantaria mecanizada;
2) Infantaria blindada;
3) Panzergrenadiere.

E devo lembrar mais uma vez que os Panzergrenadiere com seu GC de 5 ou 6 homens já existia desde antes de inventarem o IFV.

E sabe de uma coisa, eu gostaria muito de acreditar que a Bundeswehr está certa e que praticamente todo o resto do mundo está errado, mas tenho maturidade suficiente para entender que isso é wishful thinking, e que não há evidencias de que esse tamanho do GC foi escolhido por razões puramente técnicas.

E uma evidência muito forte é de que o exército mais experiente do mundo na atualidade usa um GC de 9 homens com um IFV que comporta apenas 7, em sua infantaria blindada, o melhor que posso fazer é admitir que, talvez, esses também não tenham se baseado apenas em razões técnicas.
Muito interessante, de fato. Recorda-me de um estudo que li na década passada (CAC-TRADOC) onde era referido que o US Army havia testado GCs de 7 a 13 Infantes sem encontrar maiores diferenças na eficácia, servido isso como justificativa para manter como o mais comum o de 9.

Mas esta parte que quotei do teu post é tão instigante - não há piada aqui, é sério - que não vou responder levianamente, preciso pesquisar mais, charlar com mais gente, pensar mais.

Assim, não vai haver realmente uma resposta. Não agora, ao menos. No que tiver algo mais concreto, te quoto por uma razão qualquer e posto.

Tks.




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gabriel219
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Re: Leopard 1A5 do EB

#6704 Mensagem por gabriel219 » Seg Out 09, 2017 1:32 am

Marechal, mas a questão em si não é se vai penetrar no primeiro ou segundo tiro, mas sim que nosso principal MBT pode APANHAR de um IFV!!! Esse é o ponto. Um 20 mm APFSDS moderno ainda pode causar sérios danos.

Esse é o ponto em que quero chegar.

Sobre a infantaria ajudar no campo aberto, até ajuda, mas junto com um IFV a coisa muda totalmente de figura. Mas, se chegou a ler os comentários do Combelli, ele foi categorico ao falar "a Infantaria usaria o CC de escudo"... Isso me lembra totalmente a IIGM! Fora isso, só vi MBT servindo de escudo em região urbana ou ajudar na progressão da infantaria e não dessa forma.

Volto a dizer, é preocupante um cara que se diz Ex-comandante de um GC Blindado falar coisas do tipo.




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EDSON
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Re: Leopard 1A5 do EB

#6705 Mensagem por EDSON » Seg Out 09, 2017 7:12 am

gabriel219 escreveu:Marechal, mas a questão em si não é se vai penetrar no primeiro ou segundo tiro, mas sim que nosso principal MBT pode APANHAR de um IFV!!! Esse é o ponto. Um 20 mm APFSDS moderno ainda pode causar sérios danos.

Esse é o ponto em que quero chegar.

Sobre a infantaria ajudar no campo aberto, até ajuda, mas junto com um IFV a coisa muda totalmente de figura. Mas, se chegou a ler os comentários do Combelli, ele foi categorico ao falar "a Infantaria usaria o CC de escudo"... Isso me lembra totalmente a IIGM! Fora isso, só vi MBT servindo de escudo em região urbana ou ajudar na progressão da infantaria e não dessa forma.

Volto a dizer, é preocupante um cara que se diz Ex-comandante de um GC Blindado falar coisas do tipo.
O canhão do Apache atravessa a blindagem do Leo 1A1 eu mostrei as fotos aqui neste fórum mas parece que ninguém se ateu ao fato e o canhão APACHE é de 30mm.




Editado pela última vez por EDSON em Seg Out 09, 2017 3:31 pm, em um total de 1 vez.
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