pmicchi escreveu:Lord Nauta
parabéns pelo post!
É natural uma certa frustação, até por conta de expectativas infladas por planos pouco realistas de crescimento, com a aquisição de NAes, escoltas sofisticadas, corvetas, submarinos, etc. Porém pondo os pés no chão e olhando a realidade ao redor, há se considerar que apesar da idade avançada de muitas unidades, a MB não é marinha qualquer e tem suas capacidades e qualidades.
Primeiramente, me parece que temos uma força de navios anfíbios razoável (1 NDD e 3 NDCC). A adição do Ocean, se houver, permitira a baixa de 1 ou 2 NDCC mais antigos, compondo uma força anfibia capaz de desempenhar missões de projeção de força com unidades leves e aerotransportadas muito bem alinhadas com possíveis conflitos modernos.
Quanto aos submarinos, são 5 submarinos silenciosos e capazes, entre os melhores modelos da atualidade. Além disso, a substituição por unidades maiores e mais adequadas para missoes mais longas está em vista. São a principal força da MB, ainda mais se modelos nucleares vierem também. Ao menos, 6 unidades convencionais permitira ter 2-3 unidades em patrulha em um possível conflito de curta duração. Poucas marinhas se lançariam contra uma área ocupada por submarinos assim, ainda mais se apoiados por meios aéreos.
Sobre a força de escoltas (11 unidades), me parece ser um numero elevado como escolta para uma força anfibia com apenas 3-4 navios. Não vejo necessidade de um grande numero delas para caçar submarinos ou enfrentar ameaças de superfície, e como os recursos são sempre limitados, a substituição futura por 6 unidades modernas liberaria recursos para a força submarina.
Temos apenas 3 NaPaOc. Isso acho pouco e ao menos 8 unidades me parece adequado. Muitas das missões de tempo de paz em que hoje enviamos navios de "primeira linha" poderiam ser desempenhadas por navios patrulha minimamente armados. Um gasto maior com estes navios permitira economizar muito mais com fragatas e corvetas, que acabam sendo usadas em missões em que seus sensores e armamentos são desnecessários.
Não é a marinha dos sonhos, mas tem seus meios e suas capacidades, e um caminho para uma força suficientemente grande, balanceada e capaz é possível dentro de um gasto realista.
Prezado colega,
A médio prazo com base no seu texto acredito que com um certo grau de determinação e arrojo seria possível de serem atingidas as seguintes metas:
1. A construção de um LPD e a obtenção por oportunidade do HMS Ocean;
2. A extensão da vida útil de 4 dos atuais SSK ( o Tupi deveria ser mantido até 2025) que seriam substituídos 1 x 1 por um segundo lote de SSK-BR;
3. A implementação do programa das FFG classe Tamandaré e paralelamente a realização de estudo de exequibilidade de uma classe de FFG de 4500 ton que substituiria a classe Niterói; e
4. A construção de pelo menos 3 NaPaOc da classe Amazonas e um lote de NaPa 500 BR.
Os recursos necessários ( FN,FMM,BNDS...etc) existem o que falta e a inserção de fato do tema Defesa na agenda nacional.
Sds
Lord Nauta