EUA
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- Sterrius
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Re: EUA
O problema mmatuso é que os EUA depende de mtas dessas regiões para manter o padrão de vida que possui hoje.
Se eles sairem os americanos vão ter que aprender a também viver com menos.
Um grande desafio para um país que não sabe o que é consumir menos desde 1940.
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- Túlio
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Re: EUA
Seria salutar lembrarmos que essa é uma rua de mão dupla: vamos supor que os EUA se fechassem o mais possível, o que seria de quem depende, direta ou indiretamente de seu gigantesco mercado consumidor? Nós mesmos vimos há pouco como é estar na outra ponta da corda, pois na década passada a China não parava de nos comprar commodities (e os preços subindo) para transformar em produtos acabados que iam parar nos EUA e Países que eles sempre levam a reboque (os da UE, por exemplo); daí veio a Grande Crise, o preço das commodities despencou e com eles o Cristo Redentor, que decolava para o seu voo de galinha. Daí foi o que estamos vendo, crise econômica virando crise política que retroalimenta a crise econômica que, por sua vez, retroalimenta a crise política que...Sterrius escreveu:O problema mmatuso é que os EUA depende de mtas dessas regiões para manter o padrão de vida que possui hoje.
Se eles sairem os americanos vão ter que aprender a também viver com menos.
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- Bourne
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Re: EUA
Sei não.
A volta dos EUA para casa vem desde a década passada. O sentimento atual de que "não temos nada a ver com isso" dentro dos EUA ganha corpo trump, mas é um discurso cada vez mais comum entre democratas e republicanos tradicionais. Cada vez mais, o papel americano é político e militar bem marginal. Já que a mudança de direcionamento da política é deixar o mundo por si mesmo. Eles não precisam manter tropas ao redor do mundo para manter seu nível de consumo.
Olhe como ao redor do mundo países médio (sim termo usado por aí), emergentes e antigas potência estão se movimentando nas suas regiões e nos acordos internacionais contra ou a revelia dos EUA. É como se eles tivessem liberdade para agir e ninguém em Washington está disposto a dar um soco na mesa e fazer uma ligação para dizer não. Ao contrário. O Trump cortou ajuda militar e humanitária de meio mundo, abriu espaço para outros países agirem e serem novas potências regionais.
A região onde é mais é oriente médio, norte da África. A Síria é só mais um teatro de ação, mais ali tensão Turquia e Arabia Saudita, Irã e Arabia Saudita, a Russia no meio da confusão. O Qatar é outro exemplo. A reação americana é sempre sair pela tangente. O mesmo acontece na Europa Oriental e Sudeste Asiático. Países como Alemanha, Japão, Coreia colocam em aberto questões de força militar e agir sem os EUA. A tendência é aprofundar os conflitos regionais e as potenciais regionais começarem a se confrontar.
Além disso, questões comerciais e de acordos multilaterais. Hoje e na última década, os EUA tem cada vez menos influência e liderança. Atualmente, quem lidera negociações de integração produtiva e liberalização comercial são os países emergentes. Olhe o protocolo de Paris, os EUA e não aconteceu nada. O acordo trans-apacifico os EUA abandonaram e, como resultado, os países envolvidos tocam sozinho e ainda convidam a China.
A volta dos EUA para casa vem desde a década passada. O sentimento atual de que "não temos nada a ver com isso" dentro dos EUA ganha corpo trump, mas é um discurso cada vez mais comum entre democratas e republicanos tradicionais. Cada vez mais, o papel americano é político e militar bem marginal. Já que a mudança de direcionamento da política é deixar o mundo por si mesmo. Eles não precisam manter tropas ao redor do mundo para manter seu nível de consumo.
Olhe como ao redor do mundo países médio (sim termo usado por aí), emergentes e antigas potência estão se movimentando nas suas regiões e nos acordos internacionais contra ou a revelia dos EUA. É como se eles tivessem liberdade para agir e ninguém em Washington está disposto a dar um soco na mesa e fazer uma ligação para dizer não. Ao contrário. O Trump cortou ajuda militar e humanitária de meio mundo, abriu espaço para outros países agirem e serem novas potências regionais.
A região onde é mais é oriente médio, norte da África. A Síria é só mais um teatro de ação, mais ali tensão Turquia e Arabia Saudita, Irã e Arabia Saudita, a Russia no meio da confusão. O Qatar é outro exemplo. A reação americana é sempre sair pela tangente. O mesmo acontece na Europa Oriental e Sudeste Asiático. Países como Alemanha, Japão, Coreia colocam em aberto questões de força militar e agir sem os EUA. A tendência é aprofundar os conflitos regionais e as potenciais regionais começarem a se confrontar.
Além disso, questões comerciais e de acordos multilaterais. Hoje e na última década, os EUA tem cada vez menos influência e liderança. Atualmente, quem lidera negociações de integração produtiva e liberalização comercial são os países emergentes. Olhe o protocolo de Paris, os EUA e não aconteceu nada. O acordo trans-apacifico os EUA abandonaram e, como resultado, os países envolvidos tocam sozinho e ainda convidam a China.
- mmatuso
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Re: EUA
Concordo com o bourne sobre isso, acho que o padrão de vida americano não cairá se voltarem a se centrar neles mesmo.Sterrius escreveu:O problema mmatuso é que os EUA depende de mtas dessas regiões para manter o padrão de vida que possui hoje.
Se eles sairem os americanos vão ter que aprender a também viver com menos.
Um grande desafio para um país que não sabe o que é consumir menos desde 1940.
Globalização funcionou para os EUA quando o mundo estava saindo da guerra fria e metade do planeta estava na mulambice, EUA sem grandes desafiantes na arena comercial e reinando sozinho após o fim da URSS, tinham a fica e o queijo na mão e exportaram a idéia para o planeta inteiro que no fundo foi uma forma de tornar as empresas deles gigantescas e esmagando empresas locais pelo tamanho.
Hoje o mundo é outro, existe um país que se não passou os EUA na arena comercial hoje é tão pesado quanto, boa parte dos países mulambentos que eram exploradas com a tal da globalização montaram e se indutrializaram e competem com os EUA nas suas regiões e a nível global, o feitiço se voltou ao feiticeiro.
Mesmo que os EUA se recolha eles não vão perder influencia por serem grandes demais e ricos sempre vão levar muitos a reboque, a única situação onde os EUA deixaram um vacuo seria a economica quebrar de forma permanente e encolher sem volta.
- P44
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Re: EUA
E 5 santos congressistas democratas bloquearam uma iniciativa bipartidária que visava impedir que a venda de armas para a arábia saudita fosse para a frente.
Triste sina ter nascido português
- P44
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- Clermont
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Re: EUA
O Congresso americano aprovou novas sanções contra a Rússia. Além disto, aprovou - ou quer aprovar - uma lei que proíba o presidente de suspender qualquer sanção contra os russos, sem pedir permissão dos congressistas. É apavorante ver como um grupo de políticos americanos parece ansiar, desvairadamente, pela possibilidade de um choque direto com a Rússia.
O que passará pela cabeça dessa gente? Será que acreditam que os russos se renderão, amedrontados, cumprindo todos os desejos dos Estados Unidos e da OTAN? Acreditam que surgirá um novo cachaceiro como Boris Yeltsin para substituir Putin? E se estas coisas não acontecerem? E se os russos, comandados por Putin ou alguém ainda pior, resolverem reagir, por todos os meios?
O Congresso dos Estados Unidos estará preparado para provocar uma guerra mundial?
E os europeus, que, provavelmente seriam os primeiros a pagarem o preço desta insensatez americana? Estarão predispostos a assistirem seu continente queimar, mais uma vez, como foi em 1914 e 1939, em nome da "solidariedade com os parceiros da OTAN"?
O que passará pela cabeça dessa gente? Será que acreditam que os russos se renderão, amedrontados, cumprindo todos os desejos dos Estados Unidos e da OTAN? Acreditam que surgirá um novo cachaceiro como Boris Yeltsin para substituir Putin? E se estas coisas não acontecerem? E se os russos, comandados por Putin ou alguém ainda pior, resolverem reagir, por todos os meios?
O Congresso dos Estados Unidos estará preparado para provocar uma guerra mundial?
E os europeus, que, provavelmente seriam os primeiros a pagarem o preço desta insensatez americana? Estarão predispostos a assistirem seu continente queimar, mais uma vez, como foi em 1914 e 1939, em nome da "solidariedade com os parceiros da OTAN"?
- mmatuso
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Re: EUA
Rússia é apenas um espantalho que parte dos americanos estão usando desde a eleição.
De repente eles conseguem invadir e alterar resultados de eleições em países como EUA e França.
Simplesmente possuem o serviço secreto e grupo de hackers mais poderosos do mundo e nível NEO.
- J.Ricardo
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Re: EUA
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
Que apresentam face hostil,
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- cabeça de martelo
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Re: EUA
União Europeia e Estados Unidos: o primeiro confronto a sério
António Freitas de Sousa
A cimeira do G20, agenda para esta semana em Hamburgo, pode redundar numa acesa troca de argumentações entre o bloco europeu e os Estados Unidos. Angela Merkel, numa cimeira preparatória na semana passada, quis assumir uma posição de força.
Desde o primeiro instante – o da campanha eleitoral – ficou claro que uma possível vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais iria colocar em causa o tradicional bom relacionamento entre a União Europeia e os Estados Unidos. Para além das idiossincrasias avulsas do discurso do rei do imobiliário, Trump foi taxativo no apoio ao Brexit, na condenação do nível de envolvimento dos parceiros europeus na NATO e no desprezo pelo aprofundamento do processo de federalização da União Europeia.
Depois da surpreendente eleição para a Casa Branca, Trump limitou-se a transpor para a política externa as ideias, ou parte substancial delas, que tinha consolidado durante a campanha eleitoral. Tudo isto teve o seu momento alto na cimeira da NATO em Bruxelas e na do G7 em Itália, há umas semanas atrás, ocasião em que Trump decidiu passear o seu desprezo por algumas das capitais da Europa – culminando com o anúncio de que os Estados Unidos iriam desvincular-se do Acordo de Paris sobre Alterações Climatéricas; para, disse, propor uma nova entrada, mais favorável aos interesses e às empresas norte-americanas.
A resposta interna a esta decisão não terá sido a que Trump esperava – uma infinidade de organismos, empresas, governos federais, universidades, etc., desvinculou-se da ‘desvinculação’ e assumiu que iria continuar a perseguir as metas de Paris.
É neste quadro de relações cada vez mais abespinhadas entre a União Europeia e os Estados Unidos que ocorrerá, já esta semana, mais uma cimeira do G20, em Hamburgo, Alemanha. Mas, desta vez – e ao contrário do que é tradicional – o bloco da União Europeia não quer ser apanhado desprevenido.
Na semana que ontem acabou, Angela Merkel decidiu chamar os líderes dos países da União Europeia com lugar no G20 – para além da Alemanha, a França, Itália, a União enquanto conjunto e o Reino Unido (parece que ainda conta…) – para acertar azimutes para a cimeira. Nada de novo, portanto. Mas o que transpirou dessa minicimeira preparatória parece ser, essa sim uma novidade: os países europeus e a União Europeia preparam-se para mostrar a Donald Trump que os seus tirocínios internacionais não são propriamente reconhecidos do lado de cá do Atlântico como uma excelência em termos diplomáticos.
E a questão do Acordo de Paris é apenas uma das facetas da reserva com que o agregado europeu observa a evolução do posicionamento internacional dos Estados Unidos. Como não poderia deixar de ser, Angela Merkel afirmou em conferência de imprensa que não está interessada em nenhum confronto com os Estados Unidos. Mas a envolvente indica, se mais não for, que o bloco europeu do G20 esgotou a paciência para a titubeante evolução do presidente norte-americano no plano internacional.
Cimeira? Qual cimeira?
Do seu lado, Trump – como já fez antes, nomeadamente em relação à referida cimeira da NATO em Bruxelas – tem feito declarações de menosprezo pelo encontro de Hamburgo. Como se quisesse retirar impacto ao que lá se vai passar – escudando-se sempre, como é seu hábito, naquilo que continua a referir como ‘interesse americano’, algo que à posteriori não tem confirmação sequer no interior das fronteiras do seu próprio país (como ficou evidente no cado do Acordo de Paris, mas também no do encerramento das fronteiras com sete países muçulmanos).
Na conferência de imprensa, parece ter ficado a cargo do presidente francês, Emmanuel Macron, responder, por vias transversais, a essa tentativa de desqualificação da cimeira do G20. Fica à escolha de cada um seguir os nossos passos, disse Macron, para se referir especificamente ao Acordo de Paris – como que querendo dizer que quem decidir ficar para trás não deverá depois queixar-se das consequências.
Para alguns analistas, pode mesmo suceder que Trump decida, à última da hora, nem sequer se dignar aparecer em Hamburgo. A suceder – o que não será provável – isso seria um grave precedente em relação ao andamento dos trabalhos. Mas o grau de imprevisibilidade da agenda do presidente dos Estados Unidos é de tal ordem, que tudo pode acontecer.
Seja como for, a cimeira deverá ser pródiga em acontecimentos políticos, com soundbites à mistura e, possivelmente, muitas declarações desencontradas. A não perder, portanto.
http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noti ... rio-177866
António Freitas de Sousa
A cimeira do G20, agenda para esta semana em Hamburgo, pode redundar numa acesa troca de argumentações entre o bloco europeu e os Estados Unidos. Angela Merkel, numa cimeira preparatória na semana passada, quis assumir uma posição de força.
Desde o primeiro instante – o da campanha eleitoral – ficou claro que uma possível vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais iria colocar em causa o tradicional bom relacionamento entre a União Europeia e os Estados Unidos. Para além das idiossincrasias avulsas do discurso do rei do imobiliário, Trump foi taxativo no apoio ao Brexit, na condenação do nível de envolvimento dos parceiros europeus na NATO e no desprezo pelo aprofundamento do processo de federalização da União Europeia.
Depois da surpreendente eleição para a Casa Branca, Trump limitou-se a transpor para a política externa as ideias, ou parte substancial delas, que tinha consolidado durante a campanha eleitoral. Tudo isto teve o seu momento alto na cimeira da NATO em Bruxelas e na do G7 em Itália, há umas semanas atrás, ocasião em que Trump decidiu passear o seu desprezo por algumas das capitais da Europa – culminando com o anúncio de que os Estados Unidos iriam desvincular-se do Acordo de Paris sobre Alterações Climatéricas; para, disse, propor uma nova entrada, mais favorável aos interesses e às empresas norte-americanas.
A resposta interna a esta decisão não terá sido a que Trump esperava – uma infinidade de organismos, empresas, governos federais, universidades, etc., desvinculou-se da ‘desvinculação’ e assumiu que iria continuar a perseguir as metas de Paris.
É neste quadro de relações cada vez mais abespinhadas entre a União Europeia e os Estados Unidos que ocorrerá, já esta semana, mais uma cimeira do G20, em Hamburgo, Alemanha. Mas, desta vez – e ao contrário do que é tradicional – o bloco da União Europeia não quer ser apanhado desprevenido.
Na semana que ontem acabou, Angela Merkel decidiu chamar os líderes dos países da União Europeia com lugar no G20 – para além da Alemanha, a França, Itália, a União enquanto conjunto e o Reino Unido (parece que ainda conta…) – para acertar azimutes para a cimeira. Nada de novo, portanto. Mas o que transpirou dessa minicimeira preparatória parece ser, essa sim uma novidade: os países europeus e a União Europeia preparam-se para mostrar a Donald Trump que os seus tirocínios internacionais não são propriamente reconhecidos do lado de cá do Atlântico como uma excelência em termos diplomáticos.
E a questão do Acordo de Paris é apenas uma das facetas da reserva com que o agregado europeu observa a evolução do posicionamento internacional dos Estados Unidos. Como não poderia deixar de ser, Angela Merkel afirmou em conferência de imprensa que não está interessada em nenhum confronto com os Estados Unidos. Mas a envolvente indica, se mais não for, que o bloco europeu do G20 esgotou a paciência para a titubeante evolução do presidente norte-americano no plano internacional.
Cimeira? Qual cimeira?
Do seu lado, Trump – como já fez antes, nomeadamente em relação à referida cimeira da NATO em Bruxelas – tem feito declarações de menosprezo pelo encontro de Hamburgo. Como se quisesse retirar impacto ao que lá se vai passar – escudando-se sempre, como é seu hábito, naquilo que continua a referir como ‘interesse americano’, algo que à posteriori não tem confirmação sequer no interior das fronteiras do seu próprio país (como ficou evidente no cado do Acordo de Paris, mas também no do encerramento das fronteiras com sete países muçulmanos).
Na conferência de imprensa, parece ter ficado a cargo do presidente francês, Emmanuel Macron, responder, por vias transversais, a essa tentativa de desqualificação da cimeira do G20. Fica à escolha de cada um seguir os nossos passos, disse Macron, para se referir especificamente ao Acordo de Paris – como que querendo dizer que quem decidir ficar para trás não deverá depois queixar-se das consequências.
Para alguns analistas, pode mesmo suceder que Trump decida, à última da hora, nem sequer se dignar aparecer em Hamburgo. A suceder – o que não será provável – isso seria um grave precedente em relação ao andamento dos trabalhos. Mas o grau de imprevisibilidade da agenda do presidente dos Estados Unidos é de tal ordem, que tudo pode acontecer.
Seja como for, a cimeira deverá ser pródiga em acontecimentos políticos, com soundbites à mistura e, possivelmente, muitas declarações desencontradas. A não perder, portanto.
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Re: EUA
Penso que estas "sanções" são voltadas para o eleitor americano. Não terão qualquer influência na vida diária dos russos. Nenhum BurguerKing, Subway ou McDonald vai fechar em Moscou ou outra cidade russa. As avenidas de Moscou ou Saõ Petesburgo vão continuar entupidas de Toyotas, Mercedes, VW, Renault, Ford, Opel, etc.. Multidões de turistas da Europa vão continuar a lotar os hotéis e amontoarem-se na praça vermelha e dentro do Kremlin de Moscou ou no museu Hermitage e no palácio de verão em São Petesburgo. As sanções são algo para "americano médio ver", só isso.Clermont escreveu:O Congresso americano aprovou novas sanções contra a Rússia. Além disto, aprovou - ou quer aprovar - uma lei que proíba o presidente de suspender qualquer sanção contra os russos, sem pedir permissão dos congressistas. É apavorante ver como um grupo de políticos americanos parece ansiar, desvairadamente, pela possibilidade de um choque direto com a Rússia.
O que passará pela cabeça dessa gente? Será que acreditam que os russos se renderão, amedrontados, cumprindo todos os desejos dos Estados Unidos e da OTAN? Acreditam que surgirá um novo cachaceiro como Boris Yeltsin para substituir Putin? E se estas coisas não acontecerem? E se os russos, comandados por Putin ou alguém ainda pior, resolverem reagir, por todos os meios?
O Congresso dos Estados Unidos estará preparado para provocar uma guerra mundial?
E os europeus, que, provavelmente seriam os primeiros a pagarem o preço desta insensatez americana? Estarão predispostos a assistirem seu continente queimar, mais uma vez, como foi em 1914 e 1939, em nome da "solidariedade com os parceiros da OTAN"?
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.