Bolovo escreveu:Galina escreveu:Não posso deixar de notar que fez várias referências a geopolítica, para ao final arrematar que é geógrafo, algo que poderia nos remeter a quem quer passar algum tipo de autoridade no assunto. Tomara que seja apenas impressão. E eu passei dessa fase… disputa de egos de “vencer debates”…
Muito pelo contrário, meu caro. Eu sempre prego por aqui que aqui somos todos a mesma coisa: meros usuários, ninguém está acima de ninguém e odeio qualquer tipo de carteirada, sobretudo uma carteirada virtual (que coisa mais ridícula, não?). Eu só fiquei feliz em saber que alguém por aqui gosta de geografia, pois sendo da área, fico um pouco decepcionado com a falta de conhecimento de muita gente, inclusive aqui, nessa área. Se eu botei um foco em geopolítica é para acrescentar algo a mais no debate que eu acho importante, porém, pelo visto, aparentemente você não dá muita importância, nesse caso, a isso.
Galina escreveu:Bolovo, fatos notórios e incontroversos dispensam prova. Da mesma forma, a manifestação de um perito (expert em algum assunto), para ser impugnada, deve o ser de forma fundamentada. Desconstituída. Voltando aqui, desde mecânicos a oficiais de alta patente, gente que estudou e vivencia isso, citam problemas no MI-35. Então, se alguém vem e relata um problema de cabeamento elétrico do MI-35, a contestação deveria ser baseada em explicações também técnicas. Por exemplo, algumas células tem o local alterado do cabeamento porque v.g. operam em regiões mais frias da Rússia e essa era a melhor solução de engenharia para esse teatro. Sobre o SU-35, a mesma coisa… olham, inexistem parâmetros de TBO de motores pela razão x (e não me venha dizer que é porque o avião não estava pronto. No FX1 estava - outro modelo - pronto e foi a mesma coisa).
Eu não vi nenhum fato notório e nem incontroverso em lugar nenhum por aqui. Quais suas fontes? Eu tenho as minhas, que dizem exatamente o contrário.
Galina escreveu:Então, novamente, para que não se perca o foco: não se trata de “quem acusa tem que provar”, mas no credenciamento mínimo para se desconstituir o que fala alguém com conhecimento técnico na questão. A fim, inclusive, de não passarmos o ridículo tal qual a de uma Sra (vi acontecer) que, munida de explicações da programa Sonia Abraão e várias pesquisas no google em sites “especializados”, permitiu-se a contrariar e discutir com seu médico acerca de seus sintomas… É inteligente para não cair nessa, Bolovo.
Eu realmente não entendi essa parte.
Não se pode contestar ninguém num fórum de debates? Meu caro, aqui todo mundo é usuário, eu não me importo de onde as pessoas vem. Aqui é todo mundo igual.
Galina escreveu:Quanto ao SU-34 ainda vale a pena responder. Se fosse um exemplar de testes, onde foram descobertos graves erros no airframe, o que serviu para que fossem corrigidos logo na sequência, ok. Mas você deveria saber que esse não foi o caso. Eram aeronaves de produção e que formavam já um esquadrão “operacional”. Que bom que corrigiram isso a tempo da campanha na Síria, o que já não era sem tempo, para uma aeronave cujo vôo inicial (exemplar de pré-produção) aconteceu em 1990.
Quanto ao restante, você incorporou, por assim dizer, questões levantadas pelo nosso colega Luis Henrique, as quais não vou responder, até porque a minha resposta já está dada nos próprios posts que já escrevi, evitando assim que entremos aqui num “looping” dos mesmos argumentos.
Tudo bem. Vou fazer aqui uma coisa, vou concordar com você: ok, aqueles 16 primeiros Su-34 tinham problemas de fabricação. Porém, agora já tem mais de 100 entregues e já não tem mais problemas. Resolveram o problema e é isso que me importa, não? Ou por causa disso todo produto russo é ruim, mal feito, "amador" como estão dizendo? Por exemplo, fizeram lá no Reino Unido, lugar que fala aquela maravilhosa língua inglesa, um submarino que não chega na velocidade máxima. Eu acho que vão resolver o problema, porém não vejo ninguém aqui falando que o Reino Unido é "amadora".
Vamos começar como tudo começou, eu citei você, que citou o Thor, que fala que os russos são "sem noção e amadores". É aquilo que eu disse e vou dizer mais uma vez (e vou repetir quantas vezes mais achar necessário): a Rússia é a segunda maior exportadora de armamento no mundo, portanto, tem algum coisa muito errada. Ou os equipamentos deles são bons, competitivos e conseguem emplacar em todos os continentes do planeta ou o mundo inteiro rasga dinheiro e os russos tem um estoque inestimável de vodka e putas oriundos de propina. Tá todo mundo errado, e a gente, que compra uns 1% de armamento do mundo, certos. Isso eu realmente não entendo.
Mas eu prefiro parar por aqui, pois, aparentemente, ninguém vai convencer ninguém do contrário.