Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#466 Mensagem por Bolovo » Qua Mai 31, 2017 3:22 pm

Túlio escreveu:O que eu estranho é que ninguém está descendo a marreta na IVECO (sem ela não teríamos Guarani) ou KMW (sem ela, sem Mntç para os Leopards). Só vale pra AEL? Porque a Aeroeletrônica teria fechado as portas ainda antes da "nave-mãe", a AEROMOT! Assim, ao invés de fazer aqui coisas de Israel e outras nossas (ou quase), teríamos que importar TUDO!
A questão é que todo mundo sabe que a Iveco é uma empresa italiana e a KMW é uma outra alemã, instaladas aqui no Brasil assim como são as fabricantes de carro que conhecemos, todas estrangeiras. Já a Aeroeletronica é uma filial de uma empresa israelense, a Elbit, que se passa por empresa 100% brasileira. Um nome mais sincero seria "Elbit do Brasil". Acho que, talvez, o exemplo que mais se aproxime seja o da Helibras, que é subsidiaria da Airbus.




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#467 Mensagem por Túlio » Qua Mai 31, 2017 3:36 pm

Me parece uma boa razão, faz sentido. Se este era o ponto do Colega Toncat (são seria Tomcat, referência ao F-14?), minhas humildes e sinceras desculpas por não ter entendido. Véio, sacumé... :lol: :lol: :lol: :lol:




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#468 Mensagem por Carlos Lima » Qua Mai 31, 2017 5:23 pm

Bolovo escreveu:
Túlio escreveu:O que eu estranho é que ninguém está descendo a marreta na IVECO (sem ela não teríamos Guarani) ou KMW (sem ela, sem Mntç para os Leopards). Só vale pra AEL? Porque a Aeroeletrônica teria fechado as portas ainda antes da "nave-mãe", a AEROMOT! Assim, ao invés de fazer aqui coisas de Israel e outras nossas (ou quase), teríamos que importar TUDO!
A questão é que todo mundo sabe que a Iveco é uma empresa italiana e a KMW é uma outra alemã, instaladas aqui no Brasil assim como são as fabricantes de carro que conhecemos, todas estrangeiras. Já a Aeroeletronica é uma filial de uma empresa israelense, a Elbit, que se passa por empresa 100% brasileira. Um nome mais sincero seria "Elbit do Brasil". Acho que, talvez, o exemplo que mais se aproxime seja o da Helibras, que é subsidiaria da Airbus.
Exatamente isso.

Grifo 'e meu.

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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#469 Mensagem por Túlio » Qua Mai 31, 2017 5:28 pm

OK, aceites também minhas desculpas, não havia entendido o ponto, Lima véio. Se eu mesmo sou há vários anos um dos maiores críticos da EURObrás, seria desonesto endossar quem age do mesmo jeito.




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#470 Mensagem por Penguin » Qua Mai 31, 2017 5:36 pm

Bolovo escreveu:
Túlio escreveu:O que eu estranho é que ninguém está descendo a marreta na IVECO (sem ela não teríamos Guarani) ou KMW (sem ela, sem Mntç para os Leopards). Só vale pra AEL? Porque a Aeroeletrônica teria fechado as portas ainda antes da "nave-mãe", a AEROMOT! Assim, ao invés de fazer aqui coisas de Israel e outras nossas (ou quase), teríamos que importar TUDO!
A questão é que todo mundo sabe que a Iveco é uma empresa italiana e a KMW é uma outra alemã, instaladas aqui no Brasil assim como são as fabricantes de carro que conhecemos, todas estrangeiras. Já a Aeroeletronica é uma filial de uma empresa israelense, a Elbit, que se passa por empresa 100% brasileira. Um nome mais sincero seria "Elbit do Brasil". Acho que, talvez, o exemplo que mais se aproxime seja o da Helibras, que é subsidiaria da Airbus.
Sim, mas isso não é obrigatório. Assim como a Thales não mudou o nome da Omnisys e a nem a Airbus mudou o nome da Helibrás.

No site da AEL está muito claro e explicito:

Imagem
Considerada um “centro de excelência” em tecnologia de defesa, a AEL SISTEMAS S.A. faz parte do grupo Elbit Systems Ltd, líderes de defesa no mercado mundial, e detém hoje plena capacitação nas áreas de defesa e espacial.
http://www.ael.com.br/ael_sistemas.php




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#471 Mensagem por Túlio » Qua Mai 31, 2017 5:45 pm

Penguin escreveu: Sim, mas isso não é obrigatório. Assim como a Thales não mudou o nome da Omnisys e a nem a Airbus mudou o nome da Helibrás.

No site da AEL está muito claro e explicito:

Imagem
Considerada um “centro de excelência” em tecnologia de defesa, a AEL SISTEMAS S.A. faz parte do grupo Elbit Systems Ltd, líderes de defesa no mercado mundial, e detém hoje plena capacitação nas áreas de defesa e espacial.
http://www.ael.com.br/ael_sistemas.php

Sei lá, creio que entendi o ponto: se é Nacional (100%), tem direito a nome próprio; se não é, tem que ser "xxx do Brasil". Eu concordo MESMO, a "helibrás" deveria se chamar EUROCOPTER do Brasil, bem como a AEL e Ares "ELBIT do Brasil". É coerente, não? Tipo dar nome aos bois. Temos a VW do Brasil, etc...




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#472 Mensagem por Carlos Lima » Qua Mai 31, 2017 6:03 pm

Túlio escreveu:
Penguin escreveu: Sim, mas isso não é obrigatório. Assim como a Thales não mudou o nome da Omnisys e a nem a Airbus mudou o nome da Helibrás.

No site da AEL está muito claro e explicito:

Imagem
http://www.ael.com.br/ael_sistemas.php

Sei lá, creio que entendi o ponto: se é Nacional (100%), tem direito a nome próprio; se não é, tem que ser "xxx do Brasil". Eu concordo MESMO, a "helibrás" deveria se chamar EUROCOPTER do Brasil, bem como a AEL e Ares "ELBIT do Brasil". É coerente, não? Tipo dar nome aos bois. Temos a VW do Brasil, etc...
Bem por ai Veio!

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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#473 Mensagem por Penguin » Qua Mai 31, 2017 6:07 pm

Túlio escreveu:
Penguin escreveu: Sim, mas isso não é obrigatório. Assim como a Thales não mudou o nome da Omnisys e a nem a Airbus mudou o nome da Helibrás.

No site da AEL está muito claro e explicito:

Imagem
http://www.ael.com.br/ael_sistemas.php

Sei lá, creio que entendi o ponto: se é Nacional (100%), tem direito a nome próprio; se não é, tem que ser "xxx do Brasil". Eu concordo MESMO, a "helibrás" deveria se chamar EUROCOPTER do Brasil, bem como a AEL e Ares "ELBIT do Brasil". É coerente, não? Tipo dar nome aos bois. Temos a VW do Brasil, etc...
Na boa, isso é uma questão terciária, sem maior relevância. Só assume importância aqui no DB, por conta da implicância com o Gripen e com a participação da AEL no programa. Há tb muitos que não gostam da AEL por ser controlada por um grupo israelense.
se é Nacional (100%), tem direito a nome próprio; se não é, tem que ser "xxx do Brasil".
Essa regra não existe. Nem aqui e em lugar nenhum.

Essas empresas já existiam antes do controle passar para uma empresa estrangeira.
É comum que mantenham os nomes originais ou que queiram utilizar outro diferente da controladora. Isso depende da estratégia empresarial:

A Ford comprou a Troller e manteve o nome da empresa.
A Azul comprou a TAP e vai manter o nome.
O grupo chinês CTG comprou a CESP e vai manter o nome.
O grupo americano Devry comprou o IBMEC e vai manter o nome.
A British American Tobacco comprou a Souza Cruz e manteve o nome.

Vamos supor um cenário, que no futuro a Embraer amplie sua participação na AEL (que hoje é de 25%) e assuma o controle dela. Não precisaria trocar o nome AEL.

[]s




Editado pela última vez por Penguin em Qua Mai 31, 2017 7:13 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#474 Mensagem por Túlio » Qua Mai 31, 2017 6:09 pm

Carlos Lima escreveu: Bem por ai Veio!

[100]
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Sempre tentando APRENDER, cupincha.

É o que vai caber no crematório junto comigo, o resto fica. :wink: 8-]




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#475 Mensagem por Carlos Lima » Qua Mai 31, 2017 7:34 pm

Penguin escreveu:
Túlio escreveu:
Sei lá, creio que entendi o ponto: se é Nacional (100%), tem direito a nome próprio; se não é, tem que ser "xxx do Brasil". Eu concordo MESMO, a "helibrás" deveria se chamar EUROCOPTER do Brasil, bem como a AEL e Ares "ELBIT do Brasil". É coerente, não? Tipo dar nome aos bois. Temos a VW do Brasil, etc...
Na boa, isso é uma questão terciária, sem maior relevância. Só assume importância aqui no DB, por conta da implicância com o Gripen e com a participação da AEL no programa. Há tb muitos que não gostam da AEL por ser controlada por um grupo israelense.
se é Nacional (100%), tem direito a nome próprio; se não é, tem que ser "xxx do Brasil".
Essa regra não existe. Nem aqui e em lugar nenhum.

Essas empresas já existiam antes do controle passar para uma empresa estrangeira.
É comum que mantenham os nomes originais ou que queiram utilizar outro diferente da controladora. Isso depende da estratégia empresarial:

A Ford comprou a Troller e manteve o nome da empresa.
A Azul comprou a TAP e vai manter o nome.
O grupo chinês CTG comprou a CESP e vai manter o nome.
O grupo americano Devry comprou o IBMEC e vai manter o nome.
A British American Tobacco comprou a Souza Cruz e manteve o nome.

Vamos supor um cenário, que no futuro a Embraer amplie sua participação na AEL (que hoje é de 25%) e assuma o controle dela. Não precisaria trocar o nome AEL.

[]s
Claro que isso tem toda a relevancia.

O problema 'e levarmos a serio o que de fato e' o real retrato da industria de Defesa do Brasil.

O problema tem a ver com essa propaganda que finge que temos projetos "nacionais" quando na verdade sao de mentira.

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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#476 Mensagem por Marechal-do-ar » Qua Mai 31, 2017 8:00 pm

Túlio escreveu:O que eu estranho é que ninguém está descendo a marreta na IVECO (sem ela não teríamos Guarani) ou KMW (sem ela, sem Mntç para os Leopards). Só vale pra AEL? Porque a Aeroeletrônica teria fechado as portas ainda antes da "nave-mãe", a AEROMOT! Assim, ao invés de fazer aqui coisas de Israel e outras nossas (ou quase), teríamos que importar TUDO!
Quanto a KWM, eles dão manutenção em um blindado deles, não em um "nacional";

Quanto a IVECO, eu lembro de ter criticado isso mais de uma vez no tópico do Guarani, memória curta a sua, hein?




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#477 Mensagem por Túlio » Qua Mai 31, 2017 8:04 pm

Marechal-do-ar escreveu: Quanto a KWM, eles dão manutenção em um blindado deles, não em um "nacional";

Quanto a IVECO, eu lembro de ter criticado isso mais de uma vez no tópico do Guarani, memória curta a sua, hein?

Como assim? Criticas mais do que eu a configuração 6 x 6 do Guarani ou chamaste de URUTU III mais do que eu? Não entendi, cupincha...




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#478 Mensagem por Marechal-do-ar » Qua Mai 31, 2017 10:44 pm

Críticas porque já fizemos o Urutu no passado e agora tivemos que recorrer a uma empresa estrangeira, e o povo ainda aplaudindo.




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#479 Mensagem por Túlio » Qua Mai 31, 2017 10:52 pm

E tu não?




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#480 Mensagem por Marechal-do-ar » Qua Mai 31, 2017 11:26 pm

Eu? Aplaudi a participação da Iveco? Por favor, me mostre em que post fui favorável a isso.




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