O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Black Shaheen

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9676 Mensagem por Black Shaheen » Qui Abr 27, 2017 4:33 pm

Ziba escreveu:
mmatuso escreveu:Provavelmente algum lixo sueco, não espero nada mais que isso.

Se for algo novo e atual eu ficarei muito surpreso.
Lixo Sueco, monocanal e utilizado em lugar algum a não ser na... Suécia! Mas não quero voltar a discussão, as cartas foram postas e quem entende o mínimo sobre defesa aérea sabe por que os sistemas Russos são os melhores que podemos adquirir! Não porque são Russos, mas simplesmente porque não há concorrentes no mundo Ocidental, até porque toda doutrina Ocidental é completamente diferente. Queria eu que o Brasil tivesse capacidade para colocar 300 aviões no ar, ter 2 PAs e etc. Acho que temos que nos ater a nossa realidade.

Aiii te chamam de Russófilo e falam que você está "putinho" porque não compraram o Pantsir. Putz! Eu quero que se dane o Pantsir, mas quero um projeto descente no que concerne a nossa AAe, até porque, atualmente, é a primeira fase de uma campanha. O que temos hoje? um punhado de injetores velhos e meia dúzia de manpads e me parece que AAe continua lá no final da fila nas prioridades do EB e ainda querem que eu não os chamem de "imbecis".

E olha que eu nem to entrando a seara de aquisição de arma de fogo/calibres, instalação de fábricas estrangeiras, coletes e etc. Se for falar disso "imbecis" vai ser elogio. Um montão de polícia morrendo ai com armas da Taurus nas mãos e eles fechando e restringindo cada vez mais o mercado.

Mas a única notícia que há é que não vamos mais comprar o Pantsir. A artilharia antiaérea do Exército continua como um dos 7 projetos estratégicos. A prioridade não foi retirada.
Entretanto com os contingenciamentos acredito que não vá ter uma solução em pouco tempo.




Black Shaheen

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9677 Mensagem por Black Shaheen » Qui Abr 27, 2017 4:38 pm

mmatuso escreveu:
Ziba escreveu: Lixo Sueco, monocanal e utilizado em lugar algum a não ser na... Suécia! Mas não quero voltar a discussão, as cartas foram postas e quem entende o mínimo sobre defesa aérea sabe por que os sistemas Russos são os melhores que podemos adquirir! Não porque são Russos, mas simplesmente porque não há concorrentes no mundo Ocidental, até porque toda doutrina Ocidental é completamente diferente. Queria eu que o Brasil tivesse capacidade para colocar 300 aviões no ar, ter 2 PAs e etc. Acho que temos que nos ater a nossa realidade.

Aiii te chamam de Russófilo e falam que você está "putinho" porque não compraram o Pantsir. Putz! Eu quero que se dane o Pantsir, mas quero um projeto descente no que concerne a nossa AAe, até porque, atualmente, é a primeira fase de uma campanha. O que temos hoje? um punhado de injetores velhos e meia dúzia de manpads e me parece que AAe continua lá no final da fila nas prioridades do EB e ainda querem que eu não os chamem de "imbecis".
Pois é, blz odeia comunistas então tragam algo israelense, europeu ou similar ou com alguma semelhança para cumprir o papel.

Mas não, vão lá comprar uma tralha que seria ótima há 20 anos, com uma quantidade ridícula que não deve proteger nem uma cidade.
Houve decisão da concorrência de média altura? Claro que não. Vocês estão se antecipando demais.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9678 Mensagem por Ziba » Qui Abr 27, 2017 5:18 pm

Black Shaheen escreveu:
Ziba escreveu: Lixo Sueco, monocanal e utilizado em lugar algum a não ser na... Suécia! Mas não quero voltar a discussão, as cartas foram postas e quem entende o mínimo sobre defesa aérea sabe por que os sistemas Russos são os melhores que podemos adquirir! Não porque são Russos, mas simplesmente porque não há concorrentes no mundo Ocidental, até porque toda doutrina Ocidental é completamente diferente. Queria eu que o Brasil tivesse capacidade para colocar 300 aviões no ar, ter 2 PAs e etc. Acho que temos que nos ater a nossa realidade.

Aiii te chamam de Russófilo e falam que você está "putinho" porque não compraram o Pantsir. Putz! Eu quero que se dane o Pantsir, mas quero um projeto descente no que concerne a nossa AAe, até porque, atualmente, é a primeira fase de uma campanha. O que temos hoje? um punhado de injetores velhos e meia dúzia de manpads e me parece que AAe continua lá no final da fila nas prioridades do EB e ainda querem que eu não os chamem de "imbecis".

E olha que eu nem to entrando a seara de aquisição de arma de fogo/calibres, instalação de fábricas estrangeiras, coletes e etc. Se for falar disso "imbecis" vai ser elogio. Um montão de polícia morrendo ai com armas da Taurus nas mãos e eles fechando e restringindo cada vez mais o mercado.

Mas a única notícia que há é que não vamos mais comprar o Pantsir. A artilharia antiaérea do Exército continua como um dos 7 projetos estratégicos. A prioridade não foi retirada.
Entretanto com os contingenciamentos acredito que não vá ter uma solução em pouco tempo.
Espero que continue...

Já que a compra do Pantsir (ou TOR) não será efetuada, seria interessante o desenvolvimento de um sistema nacional, afinal de contas não é um bicho de sete cabeças, várias partes do que é necessário nós já temos, basta juntar.

Isso por si só já resolve o problema da produção nacionalizada das munições, uma vez que não adianta nada comprar Pantsir, TOR, ou qualquer equipamento ocidental sem produzir as munições por aqui.




Black Shaheen

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9679 Mensagem por Black Shaheen » Qui Abr 27, 2017 5:36 pm

Nós já somos capazes de desenvolver um sistema nacional de media altura moderno em não muito tempo.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9680 Mensagem por Ziba » Qui Abr 27, 2017 5:45 pm

Black Shaheen escreveu:Nós já somos capazes de desenvolver um sistema nacional de media altura em não muito tempo.
A qual "média altura" tu te referes? a do EB ou a padrão usada no Mundo?

Sistemas de médio alcance, hoje, ficaram meio que sem serventia. É óbvio que seria bom ter a capacidade de desenvolver um sistema desse porte, até porque depois seria um pulo para um sistema de longo alcance.

Outra coisa, vimos o recente bombardeio da base aérea Síria e os preparativos na Bad Korea. Então acho que deveríamos nos preocupar, primeiro, com um sistema de curto alcance (na casa dos 20km) para cuidar desse tipo de ameaça. Mísseis simples, CLOS, com capacidade de engajar 2 ou 3 alvos simultâneos.




Black Shaheen

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9681 Mensagem por Black Shaheen » Qui Abr 27, 2017 6:19 pm

O A-Darter com ou sem cabeça de guiamento (sem no caso Clos) atingiria esse alcance mais curto que vc vem dizendo (uns 15km). Aí uma versão com mais alcance, com booster do mesmo míssil.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9682 Mensagem por Luís Henrique » Qui Abr 27, 2017 6:43 pm

Ziba escreveu:
Black Shaheen escreveu:Nós já somos capazes de desenvolver um sistema nacional de media altura em não muito tempo.
A qual "média altura" tu te referes? a do EB ou a padrão usada no Mundo?

Sistemas de médio alcance, hoje, ficaram meio que sem serventia. É óbvio que seria bom ter a capacidade de desenvolver um sistema desse porte, até porque depois seria um pulo para um sistema de longo alcance.

Outra coisa, vimos o recente bombardeio da base aérea Síria e os preparativos na Bad Korea. Então acho que deveríamos nos preocupar, primeiro, com um sistema de curto alcance (na casa dos 20km) para cuidar desse tipo de ameaça. Mísseis simples, CLOS, com capacidade de engajar 2 ou 3 alvos simultâneos.
Discordo apenas nesse ponto. Concordamos em quase tudo.

Para mim a prioridade número 1 seria sistemas de LONGO alcance, para dissuasão.

Em seguida, sistemas de curto alcance como os que citaste.

Possuir um sistema como o Pantsir ou TOR, não vai mudar quase nada em termos de dissuasão.
Se uma potência resolver nos atacar, eles não mudarão de ideia por causa de nenhum Pantsir ou equivalente. Apenas vão usar munição mais cara, de longo alcance e precisarão gastar mais munição (ataques de saturação) contra os poucos alvos protegidos.

Já com sistemas do porte do S-300 a coisa muda de figura. São sistemas que podem derrubar as aeronaves atacantes ANTES de lançarem seus armamentos.
Podem até EVITAR um conflito.




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Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9683 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Abr 27, 2017 6:49 pm

Sistemas de longo alcance desprotegidos são alvos fáceis, um Tomahawk tira uma bateria de S-300 de operação com facilidade.

Os dois sistemas são importantes, aliás, tem muita coisa importante deixada para segundo plano, a AAAe inclusive tem o problema de proteger o que, já que as armas que receberiam essa proteção estão pra lá de obsoletas.




"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9684 Mensagem por juarez castro » Qui Abr 27, 2017 7:14 pm

A casa deve ser iniciada pelo alicerce e não pelo telhado, portanto o EB deve sedimentar o curto alcance que eu entendo ser na faixa de até 15 Kms, depois um sistema simples de operar na faixa do médio, algo entre 20 e 40Kms(estou simplificando aqui, pois ao citar classe de AA deveria citar alcance e altitude para ser correto), deixando o "telhado" para a FAB com um sistema na faixa dos 100km.

G abraço




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9685 Mensagem por FCarvalho » Sex Abr 28, 2017 10:31 am

Primeiro tentamos copiar os Roland e deu no que deu. Depois tentamos um projeto para MAPADS que também deu em nada. Aí compraram manpads russos em doses mais que homeopáticas. Depois arrumaram uns RBS 70 para ver se dava um caldo. E parou por aí. A nossa defesa AAe continua parada na GM II.

Quiseram comprar o Pantsyr, mas o pessoal não gosta de coisas comunistas que não falam a nossa lingua, e porque nem sequer sabiam onde iriam colocar aquilo ali. Então compraram na promoção uns poucos Gepards para "manter a doutrina... "

E é o que fazemos até hoje. Estamos mantendo a doutrina que nunca tivemos.

Para não citar o fato de que várias parcerias poderiam ter sido feitas com outros países em relação ao desenvolvimento de sistemas de AAe a partir de soluções já conhecidas e testadas, mas que obviamente foram colocadas de lado em defesa do "desenvolvimento nacional".

Ainda bem que nós moramos em uma parte do mundo com a qual ninguém se importa.

Sorte a nossa.

abs.




Carpe Diem
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9686 Mensagem por Ziba » Sex Abr 28, 2017 10:51 am

@Luís Henrique, é bem o que o @Marechal-do-ar falou. Sistemas de longo alcance desprotegidos são muito vulneráveis a sistemas relativamente simples e não tão sofisticados. Depois dos aprendizados na guerra do Iraque e da Bósnia, os Russos vieram com esse novo conceito.

Eu continuo concordando com você. O 48N6E2 nos daria uma capacidade formidável. Mas eu me sentiria mais seguro começando da base, talvez um sistema nacional como proposta aqui seria bastante interessante, apesar dos problemas citados @FCarvalho, principalmente em relação aos Rolands. É temerário começar e ficar pelo meio do caminho.

Sistemas de médio alcance, hoje, são plenamente dispensáveis.

Não sei a situação dos Mistral na MB, mas por questões de comunalidade eu trocaria tudo por Mistral, porque ele possui a versão manpad como o RBS70, além do lançador duplo (Albi) que pode ser montado em VTRs leves e lançadores sêxtuplos (Santal e Sadral) que podem equipar tanto veículos blindados (que nos daria capacidade parecido ao SA-13 Russo, por exemplo) quanto os navios da MB.

Albi:
Imagem

Santal:
Imagem

Sadral:
Imagem

Strela:
Imagem

Após isso os sistemas de curto alcance e aí poderíamos pular para os sistemas de longo alcance, tanto para FAB quanto para o EB, uma vez que um sistema de longo alcance para o EB permitiria um excepcional guarda-chuvas e a tranquilidade de operar libre de aviões como Su-22 e A-10.

Já passou da hora dessa decisão ser tomada em conjunto.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9687 Mensagem por Túlio » Sex Abr 28, 2017 8:49 pm

Apenas um pequeno palpite: a Avibrás estava faz pouco querendo joint-venture com a MBDA para o CAMM lançado do Astros. Sabem o que é o CAMM? É um A-Darter (que agora parece ser da Avibrás) com aletas dobráveis e ARH (descendente do ASRAAM, outro AAM WVR). Até o diâmetro é o mesmo, 166 mm! No CAMM AV iam ser 3 Msls por módulo (tamanho), por que não A-Darters? Para curtas distâncias/altitudes (umas 11 nm MAX) se desenvolve ACLOS/SACLOS Beam-Rider (temos a tecnologia para o MSS 1.2) sem booster, para mais longas o próprio A-Darter IRH com booster e depois ARH idem.

Mas tá, se é importado não paga imposto... :roll: :roll: :roll: :roll:




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9688 Mensagem por mmatuso » Sex Abr 28, 2017 9:43 pm

Tai um projeto que seria interessante, algo nacional!?




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9689 Mensagem por Túlio » Sáb Abr 29, 2017 12:14 pm

TUDO! Mísseis, radares, computadores de tiro, VTRs! Mas a josta é convencer as demais Forças a abraçarem junto um projeto "da FAB", é aí que a porca torce o rabo. CAMM tudo bem, é estrangeiro... :roll: :roll: :roll: :roll:




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9690 Mensagem por LeandroGCard » Sáb Abr 29, 2017 12:31 pm

FCarvalho escreveu:Para não citar o fato de que várias parcerias poderiam ter sido feitas com outros países em relação ao desenvolvimento de sistemas de AAe a partir de soluções já conhecidas e testadas, mas que obviamente foram colocadas de lado em defesa do "desenvolvimento nacional".
Uma curiosidade sincera: Fora os radares Saber, quando foi que alguma autoridade do GF ou das FA´s sequer falou em desenvolvimentos nacionais nesta área de AAe?

Só o que eu vi até agora foram sugestões (sequer propostas reais, com custos e prazos de desenvolvimentos definidos) de empresas como a Avibrás, e mesmo assim usando sim parcerias com empresas estrangeiras (como no caso do CAMM ou do Umkhonto), ou ofertas também sem muitos detalhes de outros estrangeiros (como o tal Paraná que os russos teriam oferecido). Mas que eu saiba nenhuma autoridade jamais sequer mostrou tomar conhecimento de nenhuma destas propostas, tudo o que já saiu de oficial sobre aquisição de sistemas AAe até hoje falava de compra pura e simples.

A menos que você esteja dizendo que a simples desmontagem para tentativa de estudo de alguns mísseis Roland tenha significado o abandono de parcerias internacionais em favor de desenvolvimentos nacionais.


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