Creio que vai ser por aí. Lembrar, não obstante, que vários BOVINOS - como o seriam PUTISTAS aqui - têm uma causa que julgam legítima para lutar. Como ficamos?FCarvalho escreveu:Entendo e até concordo com a sua observação Túlio. O problema é aquele: enquanto estiverem se pegando entre eles, a coesão pode até demorar a acabar, mas acaba. Agora, se alguma botina estrangeira entrar lá a pretexto do que for, de que lado for, aí a coesão dos militares reforça-se, mesmo que temporariamente até a expulsão dos "invasores".Túlio escreveu: Cupincha véio, é sempre perigoso achar que só porque OGs e eventuais OSs estão sendo beneficiados pelo regime, todo o resto das FFAA vão atrás. Não tem como beneficiar todo mundo (ou Ceausescu nunca teria caído; nos primeiros dias o Exército atirava em todo mundo, veio a revolta interna e foi a vez do ditador & cupinchas no Alto Comando acabarem mal) e Praça e Oficial Subalterno tem família, achas que é essa barbada toda para alguém atirar (ou dar ordem) contra seus próprios familiares e amigos? No que notarem que não dá para ganhar no blefe, tipo "olha só quantas armas temos, vem que tem" vai ser um festival de vira-casaca. Isso sem contar que militar algum gosta de ver civil armado (ainda mais com Fz Ass), a pauleira acaba sendo entre as FFAA e os guerrilheiros bovinos, as "milícias populares". Para nós sobram os campos de refugiados...
Melhor mesmo é esperar e deixarem eles se pegarem. Reforçamos a nossas malocas na fronteira norte e ficamos só olhando para ver o que acontece.
Já vamos ter muito trabalho aqui do nosso lado, quiçá alguns meses, diga-se de passagem, tentando chegar em Roraima e no noroeste do Amazonas e lá permanecer.
abs.
VENEZUELA
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Re: VENEZUELA
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Re: VENEZUELA
E por certo tocará, com extremo "sentimiento patriótico!, EL CONDOR PASA....mmatuso escreveu:Sim, uma TG boliviana onde haverá um soldado rufando a fluatinha de guerra na proa do porta aviões e amedrontando todos adversários imperialistas.gusmano escreveu:Acho que a bolivia vai enviar sua marinha para lá!
kkk
-----------
tirando piada, acho que a situação lá esta caminando para uma gravidade tamanha que já já ficará sem aliados. Vide o caso dos russos e o petroleiro "confiscado" recentemente.
abs
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Re: VENEZUELA
Bem, é manter os dois olhos na nossa rapaziada aqui. Sabes bem como são essas coisas de 'causas legítimas' e 'lutas' para esse povo. Tanto lá como cá.Túlio escreveu:Creio que vai ser por aí. Lembrar, não obstante, que vários BOVINOS - como o seriam PUTISTAS aqui - têm uma causa que julgam legítima para lutar. Como ficamos?FCarvalho escreveu:Entendo e até concordo com a sua observação Túlio. O problema é aquele: enquanto estiverem se pegando entre eles, a coesão pode até demorar a acabar, mas acaba. Agora, se alguma botina estrangeira entrar lá a pretexto do que for, de que lado for, aí a coesão dos militares reforça-se, mesmo que temporariamente até a expulsão dos "invasores"...
No mais, espero que tenhamos culhões suficiente para fazer o nosso dever de casa na defesa. Se é que algum dia tivemos.
abs.
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Re: VENEZUELA
Cada vez mais isolados:
sdsDelcy Rodríguez anuncia que Venezuela se retira de la OEA
La ministra de Relaciones Exteriores, Delcy Rodríguez, informó que Venezuela iniciará el proceso para retirarse de la Organización de Estados Americanos (OEA) por instrucciones del presidente Nicolás Maduro.
Rodríguez indicó que el jueves 27 de abril Venezuela denunciará la carta de la OEA y empezaría el procedimiento para desligarse del bloque regional. Detalló que el procedimiento dura 24 meses y que el retiro no es coyuntural sino en "defensa del pueblo".
Indicó que estaba puesta la mira sobre la soberanía del país y el deseo de tutelarlo. Sostuvo que Venezuela no participará en ningún evento en el que se pretenda el intervencionismo.
Citó el ejemplo de Cuba, país que se encuentra fuera de la organización, y lo catalogó como un país revolucionario desde hace años.
Acusó a una “coalición intervencionista” de actuar contra Venezuela y pretender aislar a la nación, pero desestimó ese accionar. “Tienen cantado el fracaso”.
Aseveró que parte de la realidad que vive Venezuela tenía “mucho que ver” con la “intolerancia” política e ideológica de oponerse al gobierno del presidente Nicolás Maduro y a la revolución.
http://www.el-nacional.com/noticias/gob ... oea_179265
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Re: VENEZUELA
Eu quero uma guerra civil sangrenta na Venezuela, mas, a oposição é muito cagona para começá-la.
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
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Re: VENEZUELA
Ilya Ehrenburg escreveu:Eu quero uma guerra civil sangrenta na Venezuela, mas, a oposição é muito cagona para começá-la.
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Re: VENEZUELA
cabeça de martelo escreveu:Ilya Ehrenburg escreveu:Eu quero uma guerra civil sangrenta na Venezuela, mas, a oposição é muito cagona para começá-la.
É que o Ilya tá achando que os COMUNAZZZ vão ganhar! Só ele e o Professor Girafalis mesmo!
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Re: VENEZUELA
Já falei tinha que juntar Temer + Macri + Bachelet +Juan Manuel Santos invadir a Venezuela, acabar com os comunas, ocupar e dividir o país em 4.
Única receita comprovada para paz duradora.
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Re: VENEZUELA
São todos uns cagões, não farão nada. Não sai uma guerrinha por aqui... Quero as FARC de volta!mmatuso escreveu:Já falei tinha que juntar Temer + Macri + Bachelet +Juan Manuel Santos invadir a Venezuela, acabar com os comunas, ocupar e dividir o país em 4.
Única receita comprovada para paz duradora.
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
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Re: VENEZUELA
Olha...se rolar partilha na venezuela já aviso que quero ficar com a isla margarita. O resto, pode terraplanar.
abs
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Re: VENEZUELA
Nos conte mais sobre isla margarita.gusmano escreveu:Olha...se rolar partilha na venezuela já aviso que quero ficar com a isla margarita. O resto, pode terraplanar.
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Re: VENEZUELA
Propaganda chavista já não engana ninguémVenezuelanos rejeitam vídeos de Maduro no parquinho, no teleférico ou dirigindo alegre, para parecer ‘gente boa’
THE ECONOMIST,
28 Abril 2017 | 05h00
Em protestos quase diários, os opositores do regime autoritário venezuelano encontraram diferentes formas de manifestar sua revolta. O país vive seu período mais conturbado nos últimos três anos porque o governo tornou a vida dos venezuelanos insuportável: a escassez de alimentos e medicamentos é aguda, a taxa de homicídios é provavelmente a mais alta do mundo e a democracia foi para o beleléu.
Apesar disso, no mundo do presidente Nicolás Maduro, tudo corre às mil maravilhas. Com o caos tomando conta do país, os marqueteiros do presidente tentam humanizar sua imagem, inundando as redes sociais com vídeos que enfatizam suas origens humildes e sua sabedoria simples.
Num desses vídeos, postado no Facebook, Maduro aparece num parque infantil, equilibrando-se desajeitadamente num balanço, enquanto discorre com fervor sobre a inocência da infância. Em outro, o presidente contempla a paisagem de uma Caracas que, do alto, na segurança de uma das gôndolas do teleférico da cidade, parece realmente tranquila. Às vezes, acompanhado da mulher, Maduro se põe ao volante de seu carro: é o momento de relembrar os tempos de motorista de ônibus.
O material postado nas redes sociais é um adendo ao arsenal de propaganda do chavismo, que tem como principal arma o controle estatal sobre a TV do país — utilizada nos últimos tempos para veicular à exaustão a ideia risível de que a Venezuela é vítima de uma guerra econômica. As transmissões protagonizadas pelo presidente às vezes se estendem por quatro longas horas.
Os vídeos “intimistas” (e um programa de salsa no rádio) são uma tentativa de fazer com que Maduro, mesmo sem ter o carisma de Hugo Chávez, pareça tão simpático e “gente boa” quanto seu antecessor. Os venezuelanos já não caem nessa.
É motivo de especial indignação um vídeo em que o presidente aparece jogando beisebol com Diosdado Cabello, o truculento ex-presidente da Assembleia Nacional.
“É um jogo democrático, um jogo constitucional”, escarnece Cabello, que ajudou a planejar muitas das investidas do governo contra a democracia, como a tentativa malograda de transferir os poderes do Parlamento, atualmente controlado pela oposição, para o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que faz tudo o que o governo manda. “Estamos trabalhando”, promete Maduro ao lançar a bola de volta para seu companheiro de arbitrariedades.
Para o ensaísta Alberto Barrera Tyszka, o vídeo é prova da “decadência” do chavismo. Segundo ele, as imagens de políticos brincando à vontade, de pança cheia, são um insulto à pobreza dos venezuelanos, muitos dos quais perderam peso nos últimos dois anos. Em outro vídeo ainda, Maduro aparece dirigindo seu carro pelas ruas de um bairro pobre de Caracas.
A intenção é mostrar os moradores felizes. A certa altura, o presidente passa por um muro em que se vê a pichação: “Maduro, assassino de estudantes”. Ele não se dá conta da gafe. Os chavistas já foram bons de propaganda. Agora, nem isso conseguem fazer direito. / TRADUÇÃO DE ALEXANDRE HUBNER
© 2017 THE ECONOMIST NEWSPAPER LIMITED. DIREITOS RESERVADOS. PUBLICADO SOB LICENÇA. O TEXTO ORIGINAL EM INGLÊS ESTÁ EM WWW.ECONOMIST.COM.
THE ECONOMIST,
28 Abril 2017 | 05h00
Em protestos quase diários, os opositores do regime autoritário venezuelano encontraram diferentes formas de manifestar sua revolta. O país vive seu período mais conturbado nos últimos três anos porque o governo tornou a vida dos venezuelanos insuportável: a escassez de alimentos e medicamentos é aguda, a taxa de homicídios é provavelmente a mais alta do mundo e a democracia foi para o beleléu.
Apesar disso, no mundo do presidente Nicolás Maduro, tudo corre às mil maravilhas. Com o caos tomando conta do país, os marqueteiros do presidente tentam humanizar sua imagem, inundando as redes sociais com vídeos que enfatizam suas origens humildes e sua sabedoria simples.
Num desses vídeos, postado no Facebook, Maduro aparece num parque infantil, equilibrando-se desajeitadamente num balanço, enquanto discorre com fervor sobre a inocência da infância. Em outro, o presidente contempla a paisagem de uma Caracas que, do alto, na segurança de uma das gôndolas do teleférico da cidade, parece realmente tranquila. Às vezes, acompanhado da mulher, Maduro se põe ao volante de seu carro: é o momento de relembrar os tempos de motorista de ônibus.
O material postado nas redes sociais é um adendo ao arsenal de propaganda do chavismo, que tem como principal arma o controle estatal sobre a TV do país — utilizada nos últimos tempos para veicular à exaustão a ideia risível de que a Venezuela é vítima de uma guerra econômica. As transmissões protagonizadas pelo presidente às vezes se estendem por quatro longas horas.
Os vídeos “intimistas” (e um programa de salsa no rádio) são uma tentativa de fazer com que Maduro, mesmo sem ter o carisma de Hugo Chávez, pareça tão simpático e “gente boa” quanto seu antecessor. Os venezuelanos já não caem nessa.
É motivo de especial indignação um vídeo em que o presidente aparece jogando beisebol com Diosdado Cabello, o truculento ex-presidente da Assembleia Nacional.
“É um jogo democrático, um jogo constitucional”, escarnece Cabello, que ajudou a planejar muitas das investidas do governo contra a democracia, como a tentativa malograda de transferir os poderes do Parlamento, atualmente controlado pela oposição, para o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que faz tudo o que o governo manda. “Estamos trabalhando”, promete Maduro ao lançar a bola de volta para seu companheiro de arbitrariedades.
Para o ensaísta Alberto Barrera Tyszka, o vídeo é prova da “decadência” do chavismo. Segundo ele, as imagens de políticos brincando à vontade, de pança cheia, são um insulto à pobreza dos venezuelanos, muitos dos quais perderam peso nos últimos dois anos. Em outro vídeo ainda, Maduro aparece dirigindo seu carro pelas ruas de um bairro pobre de Caracas.
A intenção é mostrar os moradores felizes. A certa altura, o presidente passa por um muro em que se vê a pichação: “Maduro, assassino de estudantes”. Ele não se dá conta da gafe. Os chavistas já foram bons de propaganda. Agora, nem isso conseguem fazer direito. / TRADUÇÃO DE ALEXANDRE HUBNER
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Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: VENEZUELA
Venezuela apresenta carta para oficializar saída da OEA e se nega a pagar dívida
Processo de saída irá durar dois anos. País é o primeiro a pedir desligamento da organização desde sua fundação, mas diz que não irá pagar dívida de mais de US$ 10 milhões.
Por Agencia EFE
28/04/2017 20h09
O governo da Venezuela comunicou nesta sexta-feira (28) formalmente sua saída da Organização dos Estados Americanos (OEA), que não será efetivada em até dois anos, em 2019, segundo as normas do organismo.
A representante da Venezuela na OEA, Carmen Velásquez, foi a encarregada de entregar hoje ao secretário geral, Luis Almagro, o documento com o qual seu governo denuncia a carta de fundação da OEA, de 1948, dando assim o passo requerido para pedir a saída da organização.
O governo venezuelano declarou, no entanto, que não tem a intenção de pagar o que deve à Organização, um total de US$ 10,5 milhões, por considerar essa cobrança uma "humilhação". "Ninguém pode me obrigar a pagar", afirmou o vice-ministro da Venezuela para a América do Norte e embaixador do país perante a OEA, Samuel Moncada, em coletiva de imprensa concedida no Consulado da Venezuela em Nova York.
O governo de Venezuela toma a decisão sem precedentes de deixar a OEA após a aprovação na última quarta-feira na Organização da convocação de uma reunião de chanceleres sobre a crise política do país, apesar de sua oposição frontal a essa sessão.
O chavismo sempre foi muito crítico em relação à OEA, organismo ao qual acusa de estar às ordens dos Estados Unidos apesar de, durante o mandato de Hugo Chávez, a Venezuela ter tido hegemonia política na região e, portanto, na organização.
Após as últimas mudanças de governo em países antes alinhados (Argentina e Brasil), a Venezuela se viu incapaz de evitar que a OEA abordasse sua crise, uma mediação liderada pelo secretário geral do organismo, Luis Almagro, há quase dois anos.
A chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, anunciou na última quarta-feira que o presidente, Nicolás Maduro, tinha dado a ordem de iniciar o procedimento para deixar a OEA na quinta-feira, embora a formalização tenha sido adiada para sexta por motivos desconhecidos.
O processo para pedir a saída da organização, algo que nenhum Estado tinha feito até agora, começa com o governo do país em questão apresentando um comunicado por escrito à Secretaria Geral, no qual anuncia a decisão de denunciar a Carta da OEA.
"Transcorridos dois anos a partir da data em que a Secretaria Geral recebe uma notificação de denúncia, a presente Carta deixará de ter efeito sobre o Estado denunciante, e este ficará desvinculado da Organização depois de ter cumprido com as obrigações expressas na presente Carta", indica o artigo 143 da Carta da OEA.
Assim, até que se passem esses dois anos, a Venezuela continuará sendo "membro pleno com todos os seus direitos e obrigações", explicou na quarta-feira à Agência Efe o secretário de Assuntos Jurídicos da OEA, Jean Michel Arrighi.
Entre essas obrigações está o pagamento da dívida pendente de sua cota como membro da OEA, que até dezembro de 2016 subiu para US$ 8,7 milhões, enquanto este ano ainda não foram pagos US$ 1,8 milhão em função de critérios socioeconômicos.
Mas essas obrigações não são só econômicas, já que a Carta da OEA estipula que os Estados membros devem respeitar a democracia representativa, os direitos humanos, a separação de poderes e a liberdade de expressão, justamente os elementos que serão analisados na reunião de chanceleres programada, ainda sem data marcada.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/venez ... -oea.ghtml
Processo de saída irá durar dois anos. País é o primeiro a pedir desligamento da organização desde sua fundação, mas diz que não irá pagar dívida de mais de US$ 10 milhões.
Por Agencia EFE
28/04/2017 20h09
O governo da Venezuela comunicou nesta sexta-feira (28) formalmente sua saída da Organização dos Estados Americanos (OEA), que não será efetivada em até dois anos, em 2019, segundo as normas do organismo.
A representante da Venezuela na OEA, Carmen Velásquez, foi a encarregada de entregar hoje ao secretário geral, Luis Almagro, o documento com o qual seu governo denuncia a carta de fundação da OEA, de 1948, dando assim o passo requerido para pedir a saída da organização.
O governo venezuelano declarou, no entanto, que não tem a intenção de pagar o que deve à Organização, um total de US$ 10,5 milhões, por considerar essa cobrança uma "humilhação". "Ninguém pode me obrigar a pagar", afirmou o vice-ministro da Venezuela para a América do Norte e embaixador do país perante a OEA, Samuel Moncada, em coletiva de imprensa concedida no Consulado da Venezuela em Nova York.
O governo de Venezuela toma a decisão sem precedentes de deixar a OEA após a aprovação na última quarta-feira na Organização da convocação de uma reunião de chanceleres sobre a crise política do país, apesar de sua oposição frontal a essa sessão.
O chavismo sempre foi muito crítico em relação à OEA, organismo ao qual acusa de estar às ordens dos Estados Unidos apesar de, durante o mandato de Hugo Chávez, a Venezuela ter tido hegemonia política na região e, portanto, na organização.
Após as últimas mudanças de governo em países antes alinhados (Argentina e Brasil), a Venezuela se viu incapaz de evitar que a OEA abordasse sua crise, uma mediação liderada pelo secretário geral do organismo, Luis Almagro, há quase dois anos.
A chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, anunciou na última quarta-feira que o presidente, Nicolás Maduro, tinha dado a ordem de iniciar o procedimento para deixar a OEA na quinta-feira, embora a formalização tenha sido adiada para sexta por motivos desconhecidos.
O processo para pedir a saída da organização, algo que nenhum Estado tinha feito até agora, começa com o governo do país em questão apresentando um comunicado por escrito à Secretaria Geral, no qual anuncia a decisão de denunciar a Carta da OEA.
"Transcorridos dois anos a partir da data em que a Secretaria Geral recebe uma notificação de denúncia, a presente Carta deixará de ter efeito sobre o Estado denunciante, e este ficará desvinculado da Organização depois de ter cumprido com as obrigações expressas na presente Carta", indica o artigo 143 da Carta da OEA.
Assim, até que se passem esses dois anos, a Venezuela continuará sendo "membro pleno com todos os seus direitos e obrigações", explicou na quarta-feira à Agência Efe o secretário de Assuntos Jurídicos da OEA, Jean Michel Arrighi.
Entre essas obrigações está o pagamento da dívida pendente de sua cota como membro da OEA, que até dezembro de 2016 subiu para US$ 8,7 milhões, enquanto este ano ainda não foram pagos US$ 1,8 milhão em função de critérios socioeconômicos.
Mas essas obrigações não são só econômicas, já que a Carta da OEA estipula que os Estados membros devem respeitar a democracia representativa, os direitos humanos, a separação de poderes e a liberdade de expressão, justamente os elementos que serão analisados na reunião de chanceleres programada, ainda sem data marcada.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/venez ... -oea.ghtml
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