VENEZUELA

[delmar]

O duro é que os militares venezuelanos também estão impregnados pelo chavismo, a coisa lá tende a complicar ainda mais.

O que pode acontecer na Venezuela é começar uma revolta, popular e militar, numa provincia ou localidade distante da capital, Caracas. Se houver o aporte de material bélico e logístico de algum país para os rebeldes poderá ter início uma guerra civil, similar a ocorrida na Espanha. O governo de Maduro está muito fragilizado e teria dificuldade em combater os rebeldes que acabariam tomando Caracas. É uma possibilidade.

[Zeca]

Acho mais fácil que as eleições sejam adiadas, por motivo de "segurança", do que adiantadas. Com o parlamento paralisado e o judiciário em suas mão, Maduro poderá dar as cartas que quiser. É bom lembrar que as forças armadas venezuelanas estão totalmente aparelhadas. A tendência é as coisas piorarem e acabarem em guerra civil. Maduro tentará se segurar até que o preço do petróleo melhore e usará todos os meios pra isso. A única saída para os venezuelanos seria uma intervenção externa.

[Túlio]

Acho mais fácil que as eleições sejam adiadas, por motivo de "segurança", do que adiantadas. Com o parlamento paralisado e o judiciário em suas mão, Maduro poderá dar as cartas que quiser. É bom lembrar que as forças armadas venezuelanas estão totalmente aparelhadas. A tendência é as coisas piorarem e acabarem em guerra civil. Maduro tentará se segurar até que o preço do petróleo melhore e usará todos os meios pra isso. A única saída para os venezuelanos seria uma intervenção externa.

Discordo: uma intervenção externa (leia-se INVASÃO, pois é como o fato será entendido pelos Cidadãos) é tudo que o Professor Girafalis precisa para unir o Povo em torno dele, afinal, quem quer se olhar no espelho e ver um traidor, quinta-coluna, etc? Necas, toca todo mundo a defender a Pátria Ultrajada, mesmo que isso signifique na prática defender uma camarilha de narcos.

O cenário proposto pelo conterrâneo Delmar me parece mais crível/viável: não intervenção mas AJUDA externa (disfarçada) às lideranças de uma ou mais províncias claramente de oposição; estas se rebelam e tá formado o freje. Aí sim, guerra civil é mais brabo de digerir, uma missão de Imposição de Paz seguida de outra de Manutenção de Paz, ambas decretadas pela ONU, tudo passa a ser aceitável, junto com a ajuda humanitária (comida, remédios, etc) que sempre vem.

[Zeca]

Acho mais fácil que as eleições sejam adiadas, por motivo de "segurança", do que adiantadas. Com o parlamento paralisado e o judiciário em suas mão, Maduro poderá dar as cartas que quiser. É bom lembrar que as forças armadas venezuelanas estão totalmente aparelhadas. A tendência é as coisas piorarem e acabarem em guerra civil. Maduro tentará se segurar até que o preço do petróleo melhore e usará todos os meios pra isso. A única saída para os venezuelanos seria uma intervenção externa.

Discordo: uma intervenção externa (leia-se INVASÃO, pois é como o fato será entendido pelos Cidadãos) é tudo que o Professor Girafalis precisa para unir o Povo em torno dele, afinal, quem quer se olhar no espelho e ver um traidor, quinta-coluna, etc? Necas, toca todo mundo a defender a Pátria Ultrajada, mesmo que isso signifique na prática defender uma camarilha de narcos.

O cenário proposto pelo conterrâneo Delmar me parece mais crível/viável: não intervenção mas AJUDA externa (disfarçada) às lideranças de uma ou mais províncias claramente de oposição; estas se rebelam e tá formado o freje. Aí sim, guerra civil é mais brabo de digerir, uma missão de Imposição de Paz seguida de outra de Manutenção de Paz, ambas decretadas pela ONU, tudo passa a ser aceitável, junto com a ajuda humanitária (comida, remédios, etc) que sempre vem.

Eu acredito que tenha usado o termo incorreto, intervenção significa ação direta... Concordo com seu ponto.

[FCarvalho]

O cenário proposto pelo conterrâneo Delmar me parece mais crível/viável: não intervenção mas AJUDA externa (disfarçada) às lideranças de uma ou mais províncias claramente de oposição; estas se rebelam e tá formado o freje. Aí sim, guerra civil é mais brabo de digerir, uma missão de Imposição de Paz seguida de outra de Manutenção de Paz, ambas decretadas pela ONU, tudo passa a ser aceitável, junto com a ajuda humanitária (comida, remédios, etc) que sempre vem.

Com as ffaa's venezuelanas aparelhadas como estão, acho muito difícil qualquer missão de imposição da paz. Algo neste sentido só faria as tropas da ONU/OEA ou UNASUL, virarem alvo dos militares venezuelanos, ou quiçá até das própria oposição.

Ademais, em um país como a Venezuela, uma intervenção internacional soaria aqui para nossos militares como algo extremamente danoso a nós mesmos. Nossos militares, todos eles, sem exceção, sentem um calafrio na espinha quando se fala em intervenção internacional em conflitos internos de países. Tenho sérias dúvidas de que eles apoiariam tal tipo de ação, por iniciativa de quem quer que seja. Veriam isso como um precedente sério e muito perigoso contra nós na região amazônica. Ainda mais se isso incluir tropas de fora da região.

Já uma força de manutenção da paz talvez fosse mais fácil de digerir. Mas como em caso de uma guerra civil na Venezuela as coisas ficariam muito feias mesmo só do outro lado da cordilheira, o máximo que se faria por aqui seria reforçar as undes de fronteira em Roraima pelo tempo que o conflito durasse. Neste caso, o pior problema seria o crescimento do número de refugiados tentando atravessar para o nosso lado, e a total incapacidade do governo de Roraima de lidar com uma situação como esta.

Aí eu fico pensando aqui com os meus botões. Com 80% do EB exprimido entre a praia e as montanhas no sul/sudeste, qual não seria o tamanho da trabalheira de mover undes inteiras de de forma a permanecer naquele distante TO sem qualquer previsão de retorno? Chega a ser hilário, para não dizer triste.

abs.

[Túlio]

Com as ffaa's venezuelanas aparelhadas como estão, acho muito difícil qualquer missão de imposição da paz. Algo neste sentido só faria as tropas da ONU/OEA ou UNASUL, virarem alvo dos militares venezuelanos, ou quiçá até das própria oposição.

Ademais, em um país como a Venezuela, uma intervenção internacional soaria aqui para nossos militares como algo extremamente danoso a nós mesmos. Nossos militares, todos eles, sem exceção, sentem um calafrio na espinha quando se fala em intervenção internacional em conflitos internos de países. Tenho sérias dúvidas de que eles apoiariam tal tipo de ação, por iniciativa de quem quer que seja. Veriam isso como um precedente sério e muito perigoso contra nós na região amazônica. Ainda mais se isso incluir tropas de fora da região.

Já uma força de manutenção da paz talvez fosse mais fácil de digerir. Mas como em caso de uma guerra civil na Venezuela as coisas ficariam muito feias mesmo só do outro lado da cordilheira, o máximo que se faria por aqui seria reforçar as undes de fronteira em Roraima pelo tempo que o conflito durasse. Neste caso, o pior problema seria o crescimento do número de refugiados tentando atravessar para o nosso lado, e a total incapacidade do governo de Roraima de lidar com uma situação como esta.

Aí eu fico pensando aqui com os meus botões. Com 80% do EB exprimido entre a praia e as montanhas no sul/sudeste, qual não seria o tamanho da trabalheira de mover undes inteiras de de forma a permanecer naquele distante TO sem qualquer previsão de retorno? Chega a ser hilário, para não dizer triste.

abs.

Cupincha véio, é sempre perigoso achar que só porque OGs e eventuais OSs estão sendo beneficiados pelo regime, todo o resto das FFAA vão atrás. Não tem como beneficiar todo mundo (ou Ceausescu nunca teria caído; nos primeiros dias o Exército atirava em todo mundo, veio a revolta interna e foi a vez do ditador & cupinchas no Alto Comando acabarem mal) e Praça e Oficial Subalterno tem família, achas que é essa barbada toda para alguém atirar (ou dar ordem) contra seus próprios familiares e amigos? No que notarem que não dá para ganhar no blefe, tipo "olha só quantas armas temos, vem que tem" vai ser um festival de vira-casaca. Isso sem contar que militar algum gosta de ver civil armado (ainda mais com Fz Ass), a pauleira acaba sendo entre as FFAA e os guerrilheiros bovinos, as "milícias populares". Para nós sobram os campos de refugiados...

[gusmano]

Exato, os milicos lá tb estão sentindo o efeito da crise..não tem como não sentir. O maduro pode reajustar o soldo quantas vezes quiser, priorizar a distribuição de comida/tv´s (isso eu vi)/carros (tb vi) /casas para os militares e até "facilitar a corrupção" (como acontece no porto). Mas até essa capacidade esta sendo comprometida, uma vez até a russia esta começando a endurecer o caldo...a china jaja vai na onda. Ou seja, daqui a pouco, não vai ter o que roubar... já que para extrair petroleo e vender não é igual diamante que cabe no bolso.

eu ainda acho que a situação esta caminhando para uma conclusão.

abs

[Zeca]

Verdade. Tanto que o Maduro está reforçam das milícias que, supostamente, lhe são leais e não as forças armadas. Sobre a conclusão do conflito, eu acho que não será nada rápido. O governo bolivariano é praticamente o último bastião de poder no continente, o fim de Maduro seria o fim de todo um projeto de poder. Eles vão tentar se sustentar até o último suspiro.

[Túlio]

Verdade. Tanto que o Maduro está reforçam das milícias que, supostamente, lhe são leais e não as forças armadas. Sobre a conclusão do conflito, eu acho que não será nada rápido. O governo bolivariano é praticamente o último bastião de poder no continente, o fim de Maduro seria o fim de todo um projeto de poder. Eles vão tentar se sustentar até o último suspiro.

Eu fico curioso é com OUTRA coisa: quando estava feio pro Evil Morales na Bolívia, o Chávez - TINHA que ser o Chávez - chegou a violar o nosso espaço aéreo (sem mais do que débeis protestos de nossa parte) para lhe enviar tropas e armas; quando a Colômbia destruiu uma base de narcoguerrilheiros (FARC) em território Equatoriano, El Comandante quase declarou guerra.

E a recíproca, onde fica? Bolívia e Equador vão deixar o Mestre se afundar?

[Zeca]

Verdade. Tanto que o Maduro está reforçam das milícias que, supostamente, lhe são leais e não as forças armadas. Sobre a conclusão do conflito, eu acho que não será nada rápido. O governo bolivariano é praticamente o último bastião de poder no continente, o fim de Maduro seria o fim de todo um projeto de poder. Eles vão tentar se sustentar até o último suspiro.

Eu fico curioso é com OUTRA coisa: quando estava feio pro Evil Morales na Bolívia, o Chávez - TINHA que ser o Chávez - chegou a violar o nosso espaço aéreo (sem mais do que débeis protestos de nossa parte) para lhe enviar tropas e armas; quando a Colômbia destruiu uma base de narcoguerrilheiros (FARC) em território Equatoriano, El Comandante quase declarou guerra.

E a recíproca, onde fica? Bolívia e Equador vão deixar o Mestre se afundar?

Bom, se considerar que o esquerdismo continental era financiado pelo petróleo venezuelano e pelo contribuinte brasileiro, eu acredito que Bolívia e Equador têm pouco a oferecer. Talvez o índio boliviano tenha força política para meter seu país nessa, mas lhe falta poder econômico. Já o equatoriano não tem nenhum nem outro. Ajuda cubana pode vir na forma de "consultores" mas acredito que também será limitada, principalmente agora que estão negociando uma aproximação com os EUA. É o que eu acho, talvez eu esteja errado.

[gusmano]

Acho que a bolivia vai enviar sua marinha para lá!


kkk
-----------
tirando piada, acho que a situação lá esta caminando para uma gravidade tamanha que já já ficará sem aliados. Vide o caso dos russos e o petroleiro "confiscado" recentemente.

abs

[Zeca]

De dia gás, de noite chumbo.

[EduClau]

Ajuda cubana pode vir na forma de "consultores" mas acredito que também será limitada, principalmente agora que estão negociando uma aproximação com os EUA. É o que eu acho, talvez eu esteja errado.

Parece que a ajuda cubana é um pouco maior que alguns consultores:

...Del mismo modo, el parlamentario alegó que esto es una suerte de invasión permisada por el Gobierno, en el que han exagerado con el tema de la cooperación.

“En la actualidad hay 15.000 funcionarios cubanos en fuentes públicas, civiles, de inteligencia y militares”.

“Nicolás Maduro a permitido que los cubanos, civiles y militares, se coloquen por encima de los funcionarios venezolanos produciendo una relación de subordinación que profundiza más aún la transgresión de la soberanía nacional”, agregó el dirigente de MPV.

https://www.lapatilla.com/site/2017/01/ ... -y-saqueo/

Se é verdade ou intriga da oposição não sei, mas o próprio Maduro viaja com frequência à ilha para aconselharse, inclusive se não me engano foi voltando da última delas que ele foi atacado com ovos e tomates (que os simpatizantes do regime usaram como 'prova' de que a escassez de alimentos no país é uma mentira propagada pelos inimigos da "robolución").

[mmatuso]

Acho que a bolivia vai enviar sua marinha para lá!


kkk
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tirando piada, acho que a situação lá esta caminando para uma gravidade tamanha que já já ficará sem aliados. Vide o caso dos russos e o petroleiro "confiscado" recentemente.

abs

Sim, uma TG boliviana onde haverá um soldado rufando a fluatinha de guerra na proa do porta aviões e amedrontando todos adversários imperialistas.

[FCarvalho]

Com as ffaa's venezuelanas aparelhadas como estão, acho muito difícil qualquer missão de imposição da paz. Algo neste sentido só faria as tropas da ONU/OEA ou UNASUL, virarem alvo dos militares venezuelanos, ou quiçá até das própria oposição.
Ademais, em um país como a Venezuela, uma intervenção internacional soaria aqui para nossos militares como algo extremamente danoso a nós mesmos. Nossos militares, todos eles, sem exceção, sentem um calafrio na espinha quando se fala em intervenção internacional em conflitos internos de países. Tenho sérias dúvidas de que eles apoiariam tal tipo de ação, por iniciativa de quem quer que seja. Veriam isso como um precedente sério e muito perigoso contra nós na região amazônica. Ainda mais se isso incluir tropas de fora da região...

Cupincha véio, é sempre perigoso achar que só porque OGs e eventuais OSs estão sendo beneficiados pelo regime, todo o resto das FFAA vão atrás. Não tem como beneficiar todo mundo (ou Ceausescu nunca teria caído; nos primeiros dias o Exército atirava em todo mundo, veio a revolta interna e foi a vez do ditador & cupinchas no Alto Comando acabarem mal) e Praça e Oficial Subalterno tem família, achas que é essa barbada toda para alguém atirar (ou dar ordem) contra seus próprios familiares e amigos? No que notarem que não dá para ganhar no blefe, tipo "olha só quantas armas temos, vem que tem" vai ser um festival de vira-casaca. Isso sem contar que militar algum gosta de ver civil armado (ainda mais com Fz Ass), a pauleira acaba sendo entre as FFAA e os guerrilheiros bovinos, as "milícias populares". Para nós sobram os campos de refugiados...

Entendo e até concordo com a sua observação Túlio. O problema é aquele: enquanto estiverem se pegando entre eles, a coesão pode até demorar a acabar, mas acaba. Agora, se alguma botina estrangeira entrar lá a pretexto do que for, de que lado for, aí a coesão dos militares reforça-se, mesmo que temporariamente até a expulsão dos "invasores".

Melhor mesmo é esperar e deixarem eles se pegarem. Reforçamos a nossas malocas na fronteira norte e ficamos só olhando para ver o que acontece.

Já vamos ter muito trabalho aqui do nosso lado, quiçá alguns meses, diga-se de passagem, tentando chegar em Roraima e no noroeste do Amazonas e lá permanecer.

abs.