pmicchi escreveu:Por isso eu questiono a necessidade desses sistemas caros de longo alcance. Sem cobertura aérea, eles não impedem um ataque de misseis antinavio. Varias marinhas europeias utilizam esses navios para operar em conjunto com NAes de outros países - além de que o cenário do Mar do Norte, ou do Mediterraneo, pouco tem haver com o Atlantico Sul.
Não impedem mas dificultam, e muito!
Uma coisa é um meio aéreo com total liberdade para localizar, travar e atacar o alvo, outra coisa é esse meio aéreo ter que evitar mísseis anti-aéreos do alvo, o primeiro cenário é praticamente uma sessão de tiro ao alvo, no segundo cenário a eficácia do meio e de seus mísseis cai muito.
pmicchi escreveu:Que ameaça aérea a MB pode esperar no meio do Atlantico Sul? (Exceto se for um NAe do EUA, nesse eu ficaria no porto!)
Vamos ver, se for considerar países que possuem, possuíram nos últimos anos ou planejam possuir um NAe, temos: EUA, Rússia, Inglaterra, França, Espanha, Itália, Austrália, China, India e Tailândia, ainda que oficialmente não operem asas fixas mas que seriam capazes poderíamos incluir Japão e Coréia do Sul.
"Ah, mas por que esses ai atacariam o Brasil?"
Por que qualquer país atacaria o Brasil? E ainda mais pelo mar? Se for considerar apenas inimigos prováveis então o melhor é não ter marinha nenhuma, não há inimigos prováveis, só uma lista cada vez maior de países que mandariam a MB toda para o fundo do mar em um piscar de olhos.
Luís Henrique escreveu:Na verdade no cenário proposto, com um míssil sea skimmer (voando rente às ondas) e com as limitações de detecção via radar embarcado no próprio navio (curvatura da terra), dificilmente mísseis como SM2, Aster-30 e outros de LONGO alcance seriam utilizados. Quem TEM pode até utilizar, mas não fariam tanta diferença, já que a distância dos mísseis inimigos estariam dentro do envelope de um míssil de curto/médio alcance como ESSM ou Sea Ceptor.
Portanto, em vez de 4 ou 3 camadas de defesa, teria apenas 3 ou 2.
1) Míssil antiaéreo de curto/médio alcance (ESSM, Sea Ceptor, 9M96, 9M100)
2) Míssil antiaéreo de curto alcance (RAM e equivalentes)
3) CIWS
Em muitos casos o RAM substitui os CIWS e em outros não possuem RAM, apenas CIWS.
Portanto seriam 2 camadas de defesa antiaérea.
Por exemplo, no caso da Corveta Tamandaré, teríamos Sea Ceptor como míssil de curto/médio alcance na PRIMEIRA camada.
E 76mm e 40mm na SEGUNDA camada.
O objetivo desses mísseis de longo alcance não é engajar outros mísseis, mas engajar os vetores, tirar a liberdade de operação dos vetores, em algum momento o inimigo terá que subir acima da linha do horizonte para encontrar a frota em seus radares, é nessa hora que o SM-2 entra em ação, já com o SM-6 a coisa fica ainda mais perigosa para as aeronaves atacantes, além dele ter mais alcance ele também tem capacidade de atacar além do horizonte.