A substituição do Nae São Paulo
Moderador: Conselho de Moderação
-
- Sênior
- Mensagens: 1960
- Registrado em: Dom Nov 14, 2004 9:17 pm
- Localização: Santos
- Agradeceram: 63 vezes
Re: A substituição do Nae São Paulo
Prezados moderadores, notei que digitei a palavra substituição com a repetição indevida de uma sílaba, alguém pode corrigir por favor.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
- Túlio
- Site Admin
- Mensagens: 61989
- Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
- Localização: Tramandaí, RS, Brasil
- Agradeceu: 6446 vezes
- Agradeceram: 6803 vezes
- Contato:
Re: A substituição do Nae São Paulo
JL escreveu:Prezados moderadores, notei que digitei a palavra substituição com a repetição indevida de uma sílaba, alguém pode corrigir por favor.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
-
- Sênior
- Mensagens: 745
- Registrado em: Qui Jan 12, 2017 4:05 pm
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 18 vezes
Re: A substituição do Nae São Paulo
A ideia também está amadurecendo para mim. Nesse pouco tempo de forum (nem 2 meses), comecei defendendo a compra de algum tipo de porta-helicopteros na impossibilidade de termos um NAe mas fui gradativamente me interessando por navios multifuncionais como as Absalon dinamarquesas ou os antigos cruzadores ASW japoneses.Túlio escreveu: AO PMICCHI - Ainda estou tentando entender este teu conceito, o tenho lido em vários posts mas ainda não sei se te referes a usar apenas o tipo de belonave que propões - e com a qual simpatizo - ou se teria algum tipo de Escolta envolvida. Caso o consideres autoescoltável - não conheço meio flutuante que realmente o seja, nem mesmo os CVNs/Cruzadores/Destróieres AEGIS o são - eu gostaria de saber como. Nas buenas, é só pra tentar entender mesmo, tri?
Com certeza esse conceito deve ter suas falhas e agradeço qualquer critica construtiva.
Mas vamos partir da hipotese que você tem um orçamento limitado, suficiente para:
1) 1 LPH (HMS Ocean) operando 8 UH-15A e 8 SH-16 mais 4 escoltas (CV-03, por exemplo) e um navio-tanque auxiliar
ou
2) 5 ou 6 Navios de 6,000 t com armamento semelhante ao das escoltas e operando 20-24 helos
A força tarefa deve exercer controle de área no Atlantico Sul, contra ameaças submarinas e de superfície. A ameaça aérea vem de navios patrulha armados com MAN ou poucos caças armados com MAN operando no limite do alcance. Os helicopteros são a arma principal tanto ASW (como sonares de imersao e torpedos) como em ASuW (com radares de busca e MANs de bom alcance).
Na opção 1, vc precisa necessariamente ocupar ao menos duas escoltas para defesa de área (mesmo que limitada) e proteção do LPH e do navio auxiliar. As escoltas restantes poderiam operar mais afastadas mas dependeriam dos helos do LPH visto que só tem um helicoptero orgânico, insuficiente para uma cobertura 24/7. O LPH é o navio principal se tornando também alvo principal do inimigo - sua perda compromete totalmente a capacidade de combate da Força-Tarefa. Dada a limitação de navios de escolta, o risco de ser atingido por um ataque submarino ou MANs é elevado.
Na opção 2, os 5 navios operam mais dispersos e maximizando o alcance de seus sensores. Sendo navios de maior autonomia, dispensam o navio-tanque para uma missão de tempo equivalente a da opção 1. Os helos também cobrem uma área maior aproveitando a dispersão das plataformas. Conforme a situação tática exigir podem facilmente se concentrarem ou se reagrupar em duas FTs separadas para atacar o inimigo num movimento de pinça. O risco de perda de uma unidade num ataque submarino ou de MANs não é menor mas a perda de uma unidade não compromete a capacidade de combate da Força-Tarefa (que na verdade é uma Flotilha). Um submarino atacante, por exemplo, revelaria sua posição provável e seria caçado pelos navios remanescentes.
A opção 1, porém, permite uma melhor defesa contra uma concentração de ataques aéreos pela também concentração dos navios. Eu não considero essa hipótese tão importante pois nenhuma das duas opções é capaz de enfrentar um NAe moderno ou enfrentar ataques aéreos concentrados. Mesmo a adição de uma escolta com misseis AA de longo alcance, mas sem cobertura aérea, traz uma capacidade de sobrevivencia limitada e custos muito elevados (simplesmente não cabe no orçamento de nenhum desses casos)
Uma função secundária seria apoiar operações anfíbias. Na opção 1, o LPH certamente seria útil para transporte de tropas, equipamento e operação de helos, todavia as 4 escoltas seriam insuficientes para proteger o LPH e os navios anfíbios. A capacidade de apoio de fogo também seria limitada.
Na opção 2 teríamos navios multifuncionais também capazes de levar equipamentos e tropas, alem dos helos. Armadas com canhões mais pesados, seriam mais uteis no apoio de fogo. Também poderiam facilmente escoltar os navios anfíbios.
-
- Sênior
- Mensagens: 8789
- Registrado em: Qua Set 10, 2003 8:28 pm
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 419 vezes
Re: A substituição do Nae São Paulo
pmicchi, vou listar alguns problemas que vejo com sua proposta:
1) Você despreza a defesa anti-aérea; ao fazer isso você cria um elo fraco, permitindo que inimigos relativamente fracos inutilizem toda a sua frota:
a) Caças no limite do alcance seriam mortais para a FT, mesmo que eles dependam de 3 REVOs para chegar até lá a frota está completamente indefesa;
b) Sem defesa anti-aérea de área você não tem como impedir que helis inimigos se aproximem e disparem mísseis anti-navio, uma patrulha com um helicóptero carregando um Penguim poderia acabar com um dos seus navios;
c) A questão de que umadefesa anti-aérea é possível com um monte de heli operando próximo;
2) Um navio de 6000 tons carregar 4 helis, tropas, ter longo alcance e ainda ter a mesma capacidade multi-função de escoltas comuns; olha, eu suspeito que isso simplesmente não é possível, é muita coisa em um navio de 6000 tons, colocar tudo isso no mesmo navio deixaria ele bem maior, ainda mais se também colocar uma defesa AAAe decente, no fim, acho que ele ficaria ainda maior que um LPH.
1) Você despreza a defesa anti-aérea; ao fazer isso você cria um elo fraco, permitindo que inimigos relativamente fracos inutilizem toda a sua frota:
a) Caças no limite do alcance seriam mortais para a FT, mesmo que eles dependam de 3 REVOs para chegar até lá a frota está completamente indefesa;
b) Sem defesa anti-aérea de área você não tem como impedir que helis inimigos se aproximem e disparem mísseis anti-navio, uma patrulha com um helicóptero carregando um Penguim poderia acabar com um dos seus navios;
c) A questão de que umadefesa anti-aérea é possível com um monte de heli operando próximo;
2) Um navio de 6000 tons carregar 4 helis, tropas, ter longo alcance e ainda ter a mesma capacidade multi-função de escoltas comuns; olha, eu suspeito que isso simplesmente não é possível, é muita coisa em um navio de 6000 tons, colocar tudo isso no mesmo navio deixaria ele bem maior, ainda mais se também colocar uma defesa AAAe decente, no fim, acho que ele ficaria ainda maior que um LPH.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
- Juniorbombeiro
- Sênior
- Mensagens: 2685
- Registrado em: Sex Fev 24, 2006 7:20 pm
- Localização: Atlântico sul
- Agradeceu: 3 vezes
- Agradeceram: 68 vezes
Re: A substituição do Nae São Paulo
Algumas observações sobre o ceticismo em relação ao preço. Desconsiderando a questão da credibilidade da fonte (também não levo muito a sério), a questão do preço aventado, estar dentro ou não de um valor crível tem várias variáveis. Primeiro que é um navio usado, por melhor que tenha sido a modernização, e teria custo de desmantelamento muito maior que os trocados que se pode arrecadar, se a RN não passá-lo adiante vai lhe custar muito caro, fora o desgaste com ONG's ambientais pentelhas, como os maconheiros do Greenpeace (o Putin tem uma maneira mais eficiente de lidar com eles).juarez castro escreveu:Ele não é uma sucata, é sim um ótimo navio, só não vejo hoje de cartola sairá o coelho para compra-lo.
G abraço
O que tem nele que interessa a MB??? O próprio navio em si, o radar 3D e talvez, mais alguns sistemas auxiliares (radares auxiliares de navegação, controle de tiro e aproximação, comunicação via rádio (não sei, desconheço detalhes). O resto não nos interessa, ao menos na minha opinião. O sistema integrado de gerenciamento de defesa, obviamente é proprietário da RN, além de não vir nem a pau, nem nos interessaria, bem ou mal, temos o nosso próprio SICONTA. Aquelas tranqueiras do Phalanx, pode ser que o Tio Sam não libere, mas se liberar, não integramos ao SICONTA nem com reza braba, vai ficar um sistema perneta, funciona mas não conversa com o navio, prefiro colocar uns Bofors 40 Mk IV ou Sadral no lugar. Sistemas de EW, ELINT e SATCOM, por razões óbvias não viriam, também temos que buscar nossas próprias soluções. Então vamos usar a seguinte analogia porca: Supondo que eu fosse te vender um carro usado, nele tem um som pesado (Argh!!!) daqueles de magrão, que nem eu quero te vender nem você quer comprar. Vou tirar o som do carro antes de te entregá-lo. Você acharia razoável eu manter o valor do som no preço do carro ou então te cobrar o custo da retirada do equipamento??? Pois é, eu também não. Já o radar Artisan 3D, que em tese ficaria no navio, é o mesmo que a MB escolheu para a CV-3, as únicas escoltas passíveis de serem adquiridas em um horizonte próximo. Então, integrá-lo ao SICONTA já é uma tarefa da qual a MB não tem como escapar e já estaria precificado, mesma situação dos Bofors Mk IV, que poderiam substituir o Phalanx, é só incluir mais três peças no pacote. Eu tendo a achar que o preço aventado de US$ 100 milhões está próximo de um valor justo e lógico para o navio, muito mais do que isso, só se a RN vendesse para uma marinha que mantesse todos os sistemas do navio, teria que ser um aliado OTAN, quem deles estaria necessitado ou disposto a comprar um Porta Helicópteros usado???
- cabeça de martelo
- Sênior
- Mensagens: 40280
- Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
- Localização: Portugal
- Agradeceu: 1187 vezes
- Agradeceram: 2983 vezes
- Juniorbombeiro
- Sênior
- Mensagens: 2685
- Registrado em: Sex Fev 24, 2006 7:20 pm
- Localização: Atlântico sul
- Agradeceu: 3 vezes
- Agradeceram: 68 vezes
Re: A substituição do Nae São Paulo
Pois é, por isso acho que vai acabar depenado dos equipamentos sensíveis à OTAN (e caros) e vendido por um preço próximo a esse aventado, para um país de forças armadas marginais, se não nós talvez algum outro, como Chile, Indonésia, Filipinas. Se vier para cá, será um belo reforço nos desfiles navais da Guanabara e um eterno Whisful Thinking de sistemas e upgrades, pelo menos bem mais barato de operar que o Opalão. Poderíamos apelidá-lo de Santanão.cabeça de martelo escreveu:Nós... esquece não temos nem orçamento nem pessoal...
-
- Sênior
- Mensagens: 1960
- Registrado em: Dom Nov 14, 2004 9:17 pm
- Localização: Santos
- Agradeceram: 63 vezes
Re: A substituição do Nae São Paulo
Juniorbombeiro escreveu:Algumas observações sobre o ceticismo em relação ao preço. Desconsiderando a questão da credibilidade da fonte (também não levo muito a sério), a questão do preço aventado, estar dentro ou não de um valor crível tem várias variáveis. Primeiro que é um navio usado, por melhor que tenha sido a modernização, e teria custo de desmantelamento muito maior que os trocados que se pode arrecadar, se a RN não passá-lo adiante vai lhe custar muito caro, fora o desgaste com ONG's ambientais pentelhas, como os maconheiros do Greenpeace (o Putin tem uma maneira mais eficiente de lidar com eles).juarez castro escreveu:Ele não é uma sucata, é sim um ótimo navio, só não vejo hoje de cartola sairá o coelho para compra-lo.
G abraço
O que tem nele que interessa a MB??? O próprio navio em si, o radar 3D e talvez, mais alguns sistemas auxiliares (radares auxiliares de navegação, controle de tiro e aproximação, comunicação via rádio (não sei, desconheço detalhes). O resto não nos interessa, ao menos na minha opinião. O sistema integrado de gerenciamento de defesa, obviamente é proprietário da RN, além de não vir nem a pau, nem nos interessaria, bem ou mal, temos o nosso próprio SICONTA. Aquelas tranqueiras do Phalanx, pode ser que o Tio Sam não libere, mas se liberar, não integramos ao SICONTA nem com reza braba, vai ficar um sistema perneta, funciona mas não conversa com o navio, prefiro colocar uns Bofors 40 Mk IV ou Sadral no lugar. Sistemas de EW, ELINT e SATCOM, por razões óbvias não viriam, também temos que buscar nossas próprias soluções. Então vamos usar a seguinte analogia porca: Supondo que eu fosse te vender um carro usado, nele tem um som pesado (Argh!!!) daqueles de magrão, que nem eu quero te vender nem você quer comprar. Vou tirar o som do carro antes de te entregá-lo. Você acharia razoável eu manter o valor do som no preço do carro ou então te cobrar o custo da retirada do equipamento??? Pois é, eu também não. Já o radar Artisan 3D, que em tese ficaria no navio, é o mesmo que a MB escolheu para a CV-3, as únicas escoltas passíveis de serem adquiridas em um horizonte próximo. Então, integrá-lo ao SICONTA já é uma tarefa da qual a MB não tem como escapar e já estaria precificado, mesma situação dos Bofors Mk IV, que poderiam substituir o Phalanx, é só incluir mais três peças no pacote. Eu tendo a achar que o preço aventado de US$ 100 milhões está próximo de um valor justo e lógico para o navio, muito mais do que isso, só se a RN vendesse para uma marinha que mantesse todos os sistemas do navio, teria que ser um aliado OTAN, quem deles estaria necessitado ou disposto a comprar um Porta Helicópteros usado???
Interessantes colocações. Mas com relação ao Phalanx, ele não é mais um sistema de ponta e esta por aí em vários países operando, inclusive tem um no Mattoso Maia na nossa marinha, não sei se operando ou de enfeite.
Outro ponto o sistema não é autônomo, tendo um modo de operação em que opera independente do COC. Mas por outro lado os navios que compramos tem o costume de virem depenados, o que vai de encontro as suas colocações. Agora quanto a outros sistemas, não é interessante pelo porte do navio em integrar sistemas nacionais como o SISCONTA, CHAFF, ECM, claro levando em conta que isto ocorreria somente em 2019 e até lá a economia deveria melhorar.
Contra as outras colocações dos outros colegas, lembro que sem os caças do Nae e sem uma fragata dotada de um sistema de defesa aérea no estado da arte a Marinha estará sempre fadada a ser altamente vulnerável a qualquer ataque aéreo por um inimigo que tenha a combinação míssil x aeronave. Vejam que hoje um Orion com Harpoon faz um verdadeiro estrago em uma esquadra, que não tenha os recursos que apontei, inclusive a mesma consideração para os nossos helicópteros equipados com Exocet. Só que hoje tirando o Bahia não existe plataforma para servir os nossos helicópteros um navio como o HMS Ocean daria esta base.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
-
- Sênior
- Mensagens: 745
- Registrado em: Qui Jan 12, 2017 4:05 pm
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 18 vezes
Re: A substituição do Nae São Paulo
Primeiramente, agradeço pelos pontos. Vou tentar comentar melhor como vejo abaixo.Marechal-do-ar escreveu:pmicchi, vou listar alguns problemas que vejo com sua proposta:
Não diria que desprezo, mas coloco num segundo planoMarechal-do-ar escreveu:1) Você despreza a defesa anti-aérea; ao fazer isso você cria um elo fraco, permitindo que inimigos relativamente fracos inutilizem toda a sua frota:
Vamos assumir que o missel AA padrao da MB será o Sea Ceptor. Sejam um LPD protegido por escoltas com Sea Ceptor ou vários navios armados com Sea Ceptor, a capacidade de defesa é a mesma, não?
Acrescentar uma escolta AA (como a Iver Huiltfeldt ou mesmo um Arleigh Burke usada) teria um custo proibitivo e não garantiria defesa contra ataques aéreos pois os MANs poderiam ser disparados fora do alcance, mesmo por helicopteros. Esse tipo de navio funciona bem com apoio aéreo.
Vale um pouco do anterior, a defesa aérea caberia aos Sea Ceptors e a última linha aos sistemas CIWS. Na prática, o alvo seriam os MANs e não os vetores. Para se defender dos vetores é preciso cobertura aérea (de terra ou de um NAe).Marechal-do-ar escreveu:a) Caças no limite do alcance seriam mortais para a FT, mesmo que eles dependam de 3 REVOs para chegar até lá a frota está completamente indefesa;
E se o inimigo precisar de 3 REVOs para te alcançar não poderá te atacar com muitos vetores.
De qualquer modo, a frota não fica indefesa.
Uma força de superficie, equipada com navios de escolta, seria detectada e atacada antes por VÁRIOS helicopteros armados com MANs. Se mesmo assim, um helicoptero puder lançar um ou outro MAN, as defesas antimissel poderiam neutralizar essa ameaça.Marechal-do-ar escreveu:b) Sem defesa anti-aérea de área você não tem como impedir que helis inimigos se aproximem e disparem mísseis anti-navio, uma patrulha com um helicóptero carregando um Penguim poderia acabar com um dos seus navios;
Pensando criticamente, mesmo o finado São Paulo, operando A-4 modernizados e Trackers AEW (tudo isso um baita investimento) tem capacidade muito duvidosa de enfrentar ameaças aéreas. A capacidade de detecção é limitada assim como a capacidade de manter um numero mínimo de interceptadores no ar. Pior ainda: é um alvo enorme, sem defesa AA e dependente de navios escolta para defendê-los.
Pouco melhor estão as marinhas que operam pequenos NAe com caças VTOL como Espanha e Itália, mesmo contando com boas escoltas AA.
Talvez tenha me explicado mal: apenas considero que várias escoltas próximas criam uma superposição de defesas AA e teriam maiores chances contra ameaças aéreas. Os helicopteros não tem influencia nenhuma nisso, só cabe a desvantagem de operar todos de um único navio enquanto as escoltas operam um ou dois helicopteros pequenos de menor alcance e armamento limitadoMarechal-do-ar escreveu:c) A questão de que uma defesa anti-aérea é possível com um monte de heli operando próximo;
As Absalon tem cerca de 5,000t (6,000t full load). Uma versão alongada para receber 2 motores adicionais, conforme proposto para Marinha Canadense poderia ter um hangar alongado para até 4 Merlins. Eventualmente os VLS de meia-nau podem ser remanejados para proa (os Sea Ceptors são mais compactos que os ESSM).Marechal-do-ar escreveu:2) Um navio de 6000 tons carregar 4 helis, tropas, ter longo alcance e ainda ter a mesma capacidade multi-função de escoltas comuns; olha, eu suspeito que isso simplesmente não é possível, é muita coisa em um navio de 6000 tons, colocar tudo isso no mesmo navio deixaria ele bem maior, ainda mais se também colocar uma defesa AAAe decente, no fim, acho que ele ficaria ainda maior que um LPH.
Uma defesa AA decente implicaria no uso de misseis de longo alcance como o SM-2 e sensores correlatos, cujo custo acho proibitivo. Também questiono a utilidade de seu uso sem cobertura aérea.
-
- Sênior
- Mensagens: 8789
- Registrado em: Qua Set 10, 2003 8:28 pm
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 419 vezes
Re: A substituição do Nae São Paulo
Sea Ceptor será o padrão nas corvetas, mas após esse período de trevas acredito que a MB vai se preocupar novamente com defesa AAAe de verdade, quer dizer: SM-2, Aster 30, S-300.pmicchi escreveu:Vamos assumir que o missel AA padrao da MB será o Sea Ceptor. Sejam um LPD protegido por escoltas com Sea Ceptor ou vários navios armados com Sea Ceptor, a capacidade de defesa é a mesma, não?
Acrescentar uma escolta AA (como a Iver Huiltfeldt ou mesmo um Arleigh Burke usada) teria um custo proibitivo e não garantiria defesa contra ataques aéreos pois os MANs poderiam ser disparados fora do alcance, mesmo por helicopteros. Esse tipo de navio funciona bem com apoio aéreo.
Mísseis de maior alcance como o SM-2 (ou o SM-6, mais recente) colocam os vetores em uma situação mais delicada, por mais que ainda consigam lançar mísseis além do alcance a detecção e parâmetros da missão tornam a missão mais complicada e mais restrita e, como consequência, reduzem a efetividade dos mísseis.pmicchi escreveu:Vale um pouco do anterior, a defesa aérea caberia aos Sea Ceptors e a última linha aos sistemas CIWS. Na prática, o alvo seriam os MANs e não os vetores. Para se defender dos vetores é preciso cobertura aérea (de terra ou de um NAe).
Contar apenas com Sea Ceptor torna a FT um campo de treinamento de tiro, o vetor inimigo pode se expor, travar o alvo, e disparar tanto quanto for necessário (voltando para recarregar, óbviamente) até que um míssil passe as defesas AAAe, nenhuma defesa é 100% efetiva, se o vetor atacante tiver toda essa liberdade de operação uma hora vai furar a defesa.
Tanto o São Paulo quanto os pequenos NAe VTOL tem larga vantagem sobre frotas sem NAe, e uma vantagem ainda maior contra frotas sem defesa AAAe de longo alcance (SM-2, por exemplo).pmicchi escreveu:Pensando criticamente, mesmo o finado São Paulo, operando A-4 modernizados e Trackers AEW (tudo isso um baita investimento) tem capacidade muito duvidosa de enfrentar ameaças aéreas. A capacidade de detecção é limitada assim como a capacidade de manter um numero mínimo de interceptadores no ar. Pior ainda: é um alvo enorme, sem defesa AA e dependente de navios escolta para defendê-los.
Pouco melhor estão as marinhas que operam pequenos NAe com caças VTOL como Espanha e Itália, mesmo contando com boas escoltas AA.
Bem... Não me parece o caso, por tudo o que vejo a oepração simultânea de helicópteros e mísseis é um problema.pmicchi escreveu:Talvez tenha me explicado mal: apenas considero que várias escoltas próximas criam uma superposição de defesas AA e teriam maiores chances contra ameaças aéreas. Os helicopteros não tem influencia nenhuma nisso, só cabe a desvantagem de operar todos de um único navio enquanto as escoltas operam um ou dois helicopteros pequenos de menor alcance e armamento limitado
As Absalon não foram projetadas para serem navios de combate mas sim para dar suporte às Iver Huitfeldt que estão (ou melhor, foram projeatdas para estarem) armadas com os SM-2, os dinamarqueses devem ter suas razões para isso.pmicchi escreveu:As Absalon tem cerca de 5,000t (6,000t full load). Uma versão alongada para receber 2 motores adicionais, conforme proposto para Marinha Canadense poderia ter um hangar alongado para até 4 Merlins. Eventualmente os VLS de meia-nau podem ser remanejados para proa (os Sea Ceptors são mais compactos que os ESSM).
Uma defesa AA decente implicaria no uso de misseis de longo alcance como o SM-2 e sensores correlatos, cujo custo acho proibitivo. Também questiono a utilidade de seu uso sem cobertura aérea.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
-
- Sênior
- Mensagens: 745
- Registrado em: Qui Jan 12, 2017 4:05 pm
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 18 vezes
Re: A substituição do Nae São Paulo
Pesquisei um pouco sobre o uso do sistema Aegis contra MANs "sea-skimmers". Um unico missel SM-3 custa a bagatela de USD10mi:
http://breakingdefense.com/2015/08/sm-6 ... -missiles/
http://forum.worldofwarships.com/index. ... -skimmers/
gostei de um post em particular que narra o engajamento de um MAN subsonico:
The engagement goes something like this (times are approximate, and may not be accurate):
60 seconds to impact: missile crosses the radar horizon and is detected by the SPY-1 radar.
45 seconds to impact: operator targets incoming missile, and triggers defensive missiles. SM-2, ESSM, or SM-6 is launched. Their combined rates of closure gives a flight time of roughly 15 seconds to intercept.
30 seconds to impact: Missile interception.
25 seconds to impact: interception has failed. Automated chaff launcher goes into action. EW suite active jamming also goes into action
20 seconds to impact: CIWS acquisition
10 seconds to impact: CIWS fires 20mm depleted uranium slugs at a rate of 75 rounds/sec. CIWS continues to fire up until missile impact or destruction.
A repetição dessa sequencia contra um missel 3x mais rápido é algo assustador.
http://breakingdefense.com/2015/08/sm-6 ... -missiles/
http://forum.worldofwarships.com/index. ... -skimmers/
gostei de um post em particular que narra o engajamento de um MAN subsonico:
The engagement goes something like this (times are approximate, and may not be accurate):
60 seconds to impact: missile crosses the radar horizon and is detected by the SPY-1 radar.
45 seconds to impact: operator targets incoming missile, and triggers defensive missiles. SM-2, ESSM, or SM-6 is launched. Their combined rates of closure gives a flight time of roughly 15 seconds to intercept.
30 seconds to impact: Missile interception.
25 seconds to impact: interception has failed. Automated chaff launcher goes into action. EW suite active jamming also goes into action
20 seconds to impact: CIWS acquisition
10 seconds to impact: CIWS fires 20mm depleted uranium slugs at a rate of 75 rounds/sec. CIWS continues to fire up until missile impact or destruction.
A repetição dessa sequencia contra um missel 3x mais rápido é algo assustador.
-
- Sênior
- Mensagens: 8789
- Registrado em: Qua Set 10, 2003 8:28 pm
- Agradeceu: 1 vez
- Agradeceram: 419 vezes
Re: A substituição do Nae São Paulo
O SM-3 é designado contra mísseis balísticos, não contra "sea-skimmers", contra esses últimos é ESSM e CIWS.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
- Carlos Lima
- Sênior
- Mensagens: 18932
- Registrado em: Qui Mai 12, 2005 6:58 am
- Agradeceu: 1275 vezes
- Agradeceram: 631 vezes
Re: A substituição do Nae São Paulo
Eu gosto da ideia de um topico que pensa no que poderia ser a possiblidade de um substituto para o Sampa.
Na minha opiniao varias coisas tem que acontecer antes, comecando pela eliminacao da lei vergonhosa que proibe a MB ter a sua propria aviacao de asa fixa.
Ao eliminar essa lei, abrimos caminhos para a MB comecar o lento caminho de manter os seus pilotos voando e adestrando com os Navais e o FAB/EB e manter a chama 'acesa'.
Sou da opiniao que um PA com Ski jump seria mais interessante, pois elimina um montao de dores de cabeca com catapultas e 'e a solucao para quem nao tem $$$$ sobrando aos montes.
Alem disso o problema de 'disponibilidade' fica mais do lado dos "avioes" do que do Porta-avioes, o que tambem 'e mais desejavel. O caso do Sampa mostra que 'e muito pior nao ter o PA disponivel do que as aeronaves disponiveis.
Enfim, meus 2 cents por enquanto.
[]s
CB
Na minha opiniao varias coisas tem que acontecer antes, comecando pela eliminacao da lei vergonhosa que proibe a MB ter a sua propria aviacao de asa fixa.
Ao eliminar essa lei, abrimos caminhos para a MB comecar o lento caminho de manter os seus pilotos voando e adestrando com os Navais e o FAB/EB e manter a chama 'acesa'.
Sou da opiniao que um PA com Ski jump seria mais interessante, pois elimina um montao de dores de cabeca com catapultas e 'e a solucao para quem nao tem $$$$ sobrando aos montes.
Alem disso o problema de 'disponibilidade' fica mais do lado dos "avioes" do que do Porta-avioes, o que tambem 'e mais desejavel. O caso do Sampa mostra que 'e muito pior nao ter o PA disponivel do que as aeronaves disponiveis.
Enfim, meus 2 cents por enquanto.
[]s
CB
CB_Lima = Carlos Lima
-
- Sênior
- Mensagens: 3632
- Registrado em: Seg Jun 27, 2005 9:16 pm
- Agradeceram: 4 vezes
Re: A substituição do Nae São Paulo
Se for o RAM, você tem ma dose de razão em relação a integração com sistema de combate, se for o SEA RAM(eu não lembro se é, ou não) a coisa muda de figura porque ele seu próprio diretor de tiro independente.Juniorbombeiro escreveu:Algumas observações sobre o ceticismo em relação ao preço. Desconsiderando a questão da credibilidade da fonte (também não levo muito a sério), a questão do preço aventado, estar dentro ou não de um valor crível tem várias variáveis. Primeiro que é um navio usado, por melhor que tenha sido a modernização, e teria custo de desmantelamento muito maior que os trocados que se pode arrecadar, se a RN não passá-lo adiante vai lhe custar muito caro, fora o desgaste com ONG's ambientais pentelhas, como os maconheiros do Greenpeace (o Putin tem uma maneira mais eficiente de lidar com eles).juarez castro escreveu:Ele não é uma sucata, é sim um ótimo navio, só não vejo hoje de cartola sairá o coelho para compra-lo.
G abraço
O que tem nele que interessa a MB??? O próprio navio em si, o radar 3D e talvez, mais alguns sistemas auxiliares (radares auxiliares de navegação, controle de tiro e aproximação, comunicação via rádio (não sei, desconheço detalhes). O resto não nos interessa, ao menos na minha opinião. O sistema integrado de gerenciamento de defesa, obviamente é proprietário da RN, além de não vir nem a pau, nem nos interessaria, bem ou mal, temos o nosso próprio SICONTA. Aquelas tranqueiras do Phalanx, pode ser que o Tio Sam não libere, mas se liberar, não integramos ao SICONTA nem com reza braba, vai ficar um sistema perneta, funciona mas não conversa com o navio, prefiro colocar uns Bofors 40 Mk IV ou Sadral no lugar. Sistemas de EW, ELINT e SATCOM, por razões óbvias não viriam, também temos que buscar nossas próprias soluções. Então vamos usar a seguinte analogia porca: Supondo que eu fosse te vender um carro usado, nele tem um som pesado (Argh!!!) daqueles de magrão, que nem eu quero te vender nem você quer comprar. Vou tirar o som do carro antes de te entregá-lo. Você acharia razoável eu manter o valor do som no preço do carro ou então te cobrar o custo da retirada do equipamento??? Pois é, eu também não. Já o radar Artisan 3D, que em tese ficaria no navio, é o mesmo que a MB escolheu para a CV-3, as únicas escoltas passíveis de serem adquiridas em um horizonte próximo. Então, integrá-lo ao SICONTA já é uma tarefa da qual a MB não tem como escapar e já estaria precificado, mesma situação dos Bofors Mk IV, que poderiam substituir o Phalanx, é só incluir mais três peças no pacote. Eu tendo a achar que o preço aventado de US$ 100 milhões está próximo de um valor justo e lógico para o navio, muito mais do que isso, só se a RN vendesse para uma marinha que mantesse todos os sistemas do navio, teria que ser um aliado OTAN, quem deles estaria necessitado ou disposto a comprar um Porta Helicópteros usado???
Quanto ao Tio Sam liberar, no problema, lembrando que tem um de primeira geração pendurado no M Maia sem funcionar pelo próprio desinteresse da MB.
colocar um pedesttal do Sadral sem escravizar a um alço eletro ótica é mesma coisa que nada, agora se fosse um Tetral com guiamento é outra história
G abraço
-
- Sênior
- Mensagens: 3632
- Registrado em: Seg Jun 27, 2005 9:16 pm
- Agradeceram: 4 vezes
Re: A substituição do Nae São Paulo
Amigo, para este GT hipotético que tu criastes seria necessária a presença de pelo menos dois Destroyers full AAW, algo como Alvaro de Bazan, ou a De Zeven Provincian Holandesa para se ter uma cobertura de no mínimo três camadas de de defesa com SM2/6, ESSM, RAM/Phalanax/Meroka/30mm Signaal, caso contrário: Míssil no ar e em seguida vai ser caixão e vela preta.pmicchi escreveu:Pesquisei um pouco sobre o uso do sistema Aegis contra MANs "sea-skimmers". Um unico missel SM-3 custa a bagatela de USD10mi:
http://breakingdefense.com/2015/08/sm-6 ... -missiles/
http://forum.worldofwarships.com/index. ... -skimmers/
gostei de um post em particular que narra o engajamento de um MAN subsonico:
The engagement goes something like this (times are approximate, and may not be accurate):
60 seconds to impact: missile crosses the radar horizon and is detected by the SPY-1 radar.
45 seconds to impact: operator targets incoming missile, and triggers defensive missiles. SM-2, ESSM, or SM-6 is launched. Their combined rates of closure gives a flight time of roughly 15 seconds to intercept.
30 seconds to impact: Missile interception.
25 seconds to impact: interception has failed. Automated chaff launcher goes into action. EW suite active jamming also goes into action
20 seconds to impact: CIWS acquisition
10 seconds to impact: CIWS fires 20mm depleted uranium slugs at a rate of 75 rounds/sec. CIWS continues to fire up until missile impact or destruction.
A repetição dessa sequencia contra um missel 3x mais rápido é algo assustador.
G abraço