Negativo, se dependesse de ti continuavas com aquela DROGA!joao fernando escreveu: Eu votei na Dilma, disso estou livre
DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Só queria entender direito o que desejam os "legalizadores". Descriminalizar a posse, ou o tráfico também? Legalizar e vender em farmácia? Deixar o tráfico livre ou criar uma "vale-droga"? Ou ainda uma estatal tipo "maconhabrás"?vai cobrar imposto? de quem? Todas as drogas ou só algumas? Criar alguma lei tipo "vista grossa" como na Holanda?
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Eu falo "e a Holanda?" e todo mundo que quer liberar droga fica evasivo. O porquê:
Holanda reconhece: legalizar maconha foi erro
A Holanda constatou ter sido um grande erro legalizar a maconha e a prostituição e iniciou ações de reparação dos danos. E aqui no Brasil tem gente fazendo passeata pela legalização dessa droga. A seguir, uma matéria da revista Veja, escrita por Thomas Favaro, detalhando esse engano.
“A Holanda é um dos países mais liberais da Europa. Comportamentos considerados tabu em muitos países, como eutanásia, casamento gay, aborto e prostituição, são legalmente aceitos pelos holandeses. Em Amsterdã, turistas podem comprar pequenas quantidades de maconha em bares especiais, os coffee shops, e escolher abertamente prostitutas expostas em vitrines, uma tradição da cidade. No passado, De Wallen, o bairro da Luz Vermelha, como é chamado nos guias turísticos, foi relativamente tranqüilo e apinhado de curiosos. Desde que a prostituição foi legalizada, sete anos atrás, tudo mudou. Os restaurantes elegantes e o comércio de luxo que havia nas proximidades foram substituídos por hotéis e bares baratos. A região do De Wallen afundou num tal processo de degradação e criminalidade que o governo municipal tomou a decisão de colocar um basta. Desde o início deste ano, as licenças de alguns dos bordéis mais famosos da cidade foram revogadas. Os coffee shops já não podem vender bebidas alcoólicas nem cogumelos alucinógenos, e uma lei que tramita no Parlamento pretende proibi-los de funcionar a menos de 200 metros das escolas. Ao custo de 25 milhões de euros, o governo municipal comprou os imóveis que abrigavam dezoito prostíbulos. Os prédios foram reformados e as vitrines agora acolhem galerias de arte, ateliês de design e lojas de artigos de luxo. A prefeitura está investindo na remodelação do bairro, para atrair turistas mais ricos e bem-comportados.
De Wallen é um centro de bordéis desde o século XVII, quando a Holanda era uma potência naval e Amsterdã importava cortesãs da França e da Bélgica. Nos últimos vinte anos, a gerência dos prostíbulos saiu das mãos de velhas cafetinas holandesas para as de obscuras figuras do Leste Europeu, envolvidas em lavagem de dinheiro e tráfico de mulheres. Boa parte dos problemas é conseqüência do excesso de liberalidade. O objetivo da legalização da prostituição foi dar maior segurança às mulheres. Como efeito colateral houve a explosão no número de bordéis e o aumento na demanda por prostitutas. Elas passaram a ser trazidas – nem sempre voluntariamente – das regiões mais pobres, como a África, a América Latina e o Leste Europeu. A tolerância em relação à maconha, iniciada nos anos 70, criou dois paradoxos. O primeiro decorre do fato de que os bares podem vender até 5 gramas de maconha por consumidor, mas o plantio e a importação da droga continuam proibidos. Ou seja, foi um incentivo ao narcotráfico.
O objetivo da descriminalização da maconha era diminuir o consumo de drogas pesadas. Supunham os holandeses que a compra aberta tornaria desnecessário recorrer ao traficante, que em geral acaba por oferecer outras drogas. Deu certo em parte. Apenas três em cada 1.000 holandeses fazem uso de drogas pesadas, menos da metade da média da Inglaterra, da Itália e da Dinamarca. O problema é que Amsterdã, com seus coffee shops, atrai “turistas da droga” dispostos a consumir de tudo, não apenas maconha. Isso fez proliferar o narcotráfico nas ruas do bairro boêmio. O preço da cocaína, da heroína e do ecstasy na capital holandesa está entre os mais baixos da Europa. “Hoje, a população está descontente com essas medidas liberais, pois elas criaram uma expectativa ingênua de que a legalização manteria os grupos criminosos longe dessas atividades”, disse a VEJA o criminologista holandês Dirk Korf, da Universidade de Amsterdã.
A experiência holandesa não é a única na Europa. Zurique, na Suíça, também precisou dar marcha a ré na tolerância com as drogas e a prostituição. O bairro de Langstrasse, onde as autoridades toleravam bordéis e o uso aberto de drogas, tornara-se território sob controle do crime organizado. A prefeitura coibiu o uso público de drogas, impôs regras mais rígidas à prostituição e comprou os prédios dos prostíbulos, transformando-os em imóveis residenciais para estudantes. A reforma atraiu cinemas e bares da moda para o bairro. Em Copenhague, na Dinamarca, as autoridades fecharam o cerco ao Christiania, o bairro ocupado por uma comunidade alternativa desde 1971. A venda de maconha era feita em feiras ao ar livre e tolerada pelos moradores e autoridades, até que, em 2003, a polícia passou a reprimir o tráfico de drogas no bairro. Em todas essas cidades, a tolerância em relação às drogas e ao crime organizado perdeu a aura de modernidade.”
https://tercalivre.com/2015/09/30/holan ... -foi-erro/
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Não adianta só legalizar, tem que ter controle, tanto na maconha quanto na prostituição. Os Holandeses fizeram errado, deixar mulheres se exporem em vitrines como mercadorias não podia dar coisa boa, atrai todo o tipo de degenerado sexual. Na putaria há de se ter decência. Nao é a toa que é a profissão mais antiga do mundo, da maneira como se estruturou durante os séculos, coexistindo as sombras da civilização, foi fundamental para o equilíbrio da sociedade patriarcal, proporciona uma válvula de escape para a hipocrisia e o puritanismo de aparências da mesma. A unica coisa que se deve fazer, além das putas (e dos putos) se darem um mínimo de respeito, como todo profissional deve ter, é acabar com a cafetinagem, esse sim o grande mal da putaria.
Quanto a maconha, acho que é a única droga recreativa passível de ser legalizada, desde que com um controle de origem e produção, como é feito com as bebidas por exemplo, não vamos esquecer que a cachaça destrói muito mais lares e mão de obra produtiva que a maconha. Sem falar que essas porcarias que esses traficantes FDPs vendem, o que menos deve ter dentro é maconha, é pura pedra pra viciar os nóias mais rápido. A maconha produzida com um manejo controlado, pode ser fonte de empregos e divisas para exportação, cada vez mais países tendem a liberar, além do potencial medicinal que está começando a aparecer cada vez mais, pode-se também colocar uma carga tributária alta, como já é com a bebida e o cigarro, só o fato de tirar mercado do crime organizado já é uma grande coisa, muita gente que se perda na maconha é pq andou fumando maconha batizada, e depois que cria a dependência daquela especial, aí o boneco tá na mão do bandido.
Quanto a maconha, acho que é a única droga recreativa passível de ser legalizada, desde que com um controle de origem e produção, como é feito com as bebidas por exemplo, não vamos esquecer que a cachaça destrói muito mais lares e mão de obra produtiva que a maconha. Sem falar que essas porcarias que esses traficantes FDPs vendem, o que menos deve ter dentro é maconha, é pura pedra pra viciar os nóias mais rápido. A maconha produzida com um manejo controlado, pode ser fonte de empregos e divisas para exportação, cada vez mais países tendem a liberar, além do potencial medicinal que está começando a aparecer cada vez mais, pode-se também colocar uma carga tributária alta, como já é com a bebida e o cigarro, só o fato de tirar mercado do crime organizado já é uma grande coisa, muita gente que se perda na maconha é pq andou fumando maconha batizada, e depois que cria a dependência daquela especial, aí o boneco tá na mão do bandido.
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Foi um erro? Está me cheirando a artigo de opinião completamente fora da realidade. As recentes medidas tomadas mostram exatamente o contrário.
De poucas semanas atrás:
Parlamento holandês aprova o cultivo de maconha
Decisão aprovada nesta terça permitirá ainda que as cafeterias do país, que vendem a droga abertamente, tenham uma fonte legal de suprimento.
Por G1
21/02/2017 12h00 Atualizado 15/03/2017 11h03
O parlamento holandês aprovou a legalização do cultivo da maconha nesta terça-feira (21), segundo a Reuters. Há muito tempo vigorava no país uma política de tolerância. Até esta decisão, a maconha era tecnicamente ilegal, mas a polícia se recusava a processar pessoas que tivessem pequenas quantidades da droga. A decisão, que legaliza ainda o cultivo profissional da planta, permitirá que as cafeterias do país, que vendem a droga abertamente, tenham uma fonte legal de suprimento. A maioria dos deputados do Parlamento do país já tinha mostrado disposição em apoiar o projeto do partido liberal de centro-esquerda D66. Uma elevada porcentagem da população e das prefeituras também apoiam a medida, de acordo com a agência Efe.
De poucas semanas atrás:
Parlamento holandês aprova o cultivo de maconha
Decisão aprovada nesta terça permitirá ainda que as cafeterias do país, que vendem a droga abertamente, tenham uma fonte legal de suprimento.
Por G1
21/02/2017 12h00 Atualizado 15/03/2017 11h03
O parlamento holandês aprovou a legalização do cultivo da maconha nesta terça-feira (21), segundo a Reuters. Há muito tempo vigorava no país uma política de tolerância. Até esta decisão, a maconha era tecnicamente ilegal, mas a polícia se recusava a processar pessoas que tivessem pequenas quantidades da droga. A decisão, que legaliza ainda o cultivo profissional da planta, permitirá que as cafeterias do país, que vendem a droga abertamente, tenham uma fonte legal de suprimento. A maioria dos deputados do Parlamento do país já tinha mostrado disposição em apoiar o projeto do partido liberal de centro-esquerda D66. Uma elevada porcentagem da população e das prefeituras também apoiam a medida, de acordo com a agência Efe.
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Criar drogódromos e surubodromo a céu aberto não pode dar certo, o negócio é partir para o modelo de produção ou importação controlada e venda em farmácias ou outros locais específicos, sem o consumo no local, como no modelo californiano e Uruguaio, apesar de não ter certeza sobre como se dá o consumo lá. Compra tua maconha na farmácia e vai fumar em casa, esse negócio de clube da fumaça e festa do cabide indiscriminada, só vai servir para facilitar a vida dos traficantes e atrair turistas sexuais.Túlio escreveu:Eu falo "e a Holanda?" e todo mundo que quer liberar droga fica evasivo. O porquê:
Holanda reconhece: legalizar maconha foi erro
A Holanda constatou ter sido um grande erro legalizar a maconha e a prostituição e iniciou ações de reparação dos danos. E aqui no Brasil tem gente fazendo passeata pela legalização dessa droga. A seguir, uma matéria da revista Veja, escrita por Thomas Favaro, detalhando esse engano.
“A Holanda é um dos países mais liberais da Europa. Comportamentos considerados tabu em muitos países, como eutanásia, casamento gay, aborto e prostituição, são legalmente aceitos pelos holandeses. Em Amsterdã, turistas podem comprar pequenas quantidades de maconha em bares especiais, os coffee shops, e escolher abertamente prostitutas expostas em vitrines, uma tradição da cidade. No passado, De Wallen, o bairro da Luz Vermelha, como é chamado nos guias turísticos, foi relativamente tranqüilo e apinhado de curiosos. Desde que a prostituição foi legalizada, sete anos atrás, tudo mudou. Os restaurantes elegantes e o comércio de luxo que havia nas proximidades foram substituídos por hotéis e bares baratos. A região do De Wallen afundou num tal processo de degradação e criminalidade que o governo municipal tomou a decisão de colocar um basta. Desde o início deste ano, as licenças de alguns dos bordéis mais famosos da cidade foram revogadas. Os coffee shops já não podem vender bebidas alcoólicas nem cogumelos alucinógenos, e uma lei que tramita no Parlamento pretende proibi-los de funcionar a menos de 200 metros das escolas. Ao custo de 25 milhões de euros, o governo municipal comprou os imóveis que abrigavam dezoito prostíbulos. Os prédios foram reformados e as vitrines agora acolhem galerias de arte, ateliês de design e lojas de artigos de luxo. A prefeitura está investindo na remodelação do bairro, para atrair turistas mais ricos e bem-comportados.
De Wallen é um centro de bordéis desde o século XVII, quando a Holanda era uma potência naval e Amsterdã importava cortesãs da França e da Bélgica. Nos últimos vinte anos, a gerência dos prostíbulos saiu das mãos de velhas cafetinas holandesas para as de obscuras figuras do Leste Europeu, envolvidas em lavagem de dinheiro e tráfico de mulheres. Boa parte dos problemas é conseqüência do excesso de liberalidade. O objetivo da legalização da prostituição foi dar maior segurança às mulheres. Como efeito colateral houve a explosão no número de bordéis e o aumento na demanda por prostitutas. Elas passaram a ser trazidas – nem sempre voluntariamente – das regiões mais pobres, como a África, a América Latina e o Leste Europeu. A tolerância em relação à maconha, iniciada nos anos 70, criou dois paradoxos. O primeiro decorre do fato de que os bares podem vender até 5 gramas de maconha por consumidor, mas o plantio e a importação da droga continuam proibidos. Ou seja, foi um incentivo ao narcotráfico.
O objetivo da descriminalização da maconha era diminuir o consumo de drogas pesadas. Supunham os holandeses que a compra aberta tornaria desnecessário recorrer ao traficante, que em geral acaba por oferecer outras drogas. Deu certo em parte. Apenas três em cada 1.000 holandeses fazem uso de drogas pesadas, menos da metade da média da Inglaterra, da Itália e da Dinamarca. O problema é que Amsterdã, com seus coffee shops, atrai “turistas da droga” dispostos a consumir de tudo, não apenas maconha. Isso fez proliferar o narcotráfico nas ruas do bairro boêmio. O preço da cocaína, da heroína e do ecstasy na capital holandesa está entre os mais baixos da Europa. “Hoje, a população está descontente com essas medidas liberais, pois elas criaram uma expectativa ingênua de que a legalização manteria os grupos criminosos longe dessas atividades”, disse a VEJA o criminologista holandês Dirk Korf, da Universidade de Amsterdã.
A experiência holandesa não é a única na Europa. Zurique, na Suíça, também precisou dar marcha a ré na tolerância com as drogas e a prostituição. O bairro de Langstrasse, onde as autoridades toleravam bordéis e o uso aberto de drogas, tornara-se território sob controle do crime organizado. A prefeitura coibiu o uso público de drogas, impôs regras mais rígidas à prostituição e comprou os prédios dos prostíbulos, transformando-os em imóveis residenciais para estudantes. A reforma atraiu cinemas e bares da moda para o bairro. Em Copenhague, na Dinamarca, as autoridades fecharam o cerco ao Christiania, o bairro ocupado por uma comunidade alternativa desde 1971. A venda de maconha era feita em feiras ao ar livre e tolerada pelos moradores e autoridades, até que, em 2003, a polícia passou a reprimir o tráfico de drogas no bairro. Em todas essas cidades, a tolerância em relação às drogas e ao crime organizado perdeu a aura de modernidade.”
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
De minha parte, tem que legalizar a maconha e torna-la um produto normal como qualquer outro. A maconha é hoje, basicamente porque o Estado quer, um produto ilegal, portanto a única maneira de consegui-la é ilegalmente, por isso existe o tráfico de drogas, ela supre uma demanda que existe. Portanto, ao legaliza-la, seria possível uma pequena empresa ter sua pequena plantação ou mesmo uma empresa gigantesca como, por exemplo, a Philip Morris ter suas plantações de cannabis, produzindo seus cigarros que seriam vendidos em qualquer comércio para pessoas com mais de 18 anos (assim como é com qualquer outra droga psicoativa lícita atualmente). Portanto, ao ser legalizada, a maconha deixaria de ser um produto ilegal, passaria a ser um produto controlado (diferente de hoje, onde o Estado tem 0% - ZERO porcento de controle), com controle de qualidade (pela Anvisa), que pagaria impostos (IPI, assim como qualquer outro produto industrializado) etc. Como o produto seria legalizado aqui, atual tráfico de drogas vindo do Paraguai se tornaria contrabando. Mas diferente do cigarro, a história da maconha é bem diferente. Diferente do que muita gente pensa, o cigarro paraguaio que inunda o país não é "falsificado" ou pior do que o feito aqui no Brasil, ele é contrabando simplesmente porque é um produto vindo de fora. Se eu trouxer cigarro americano para vender aqui no Brasil, também vai ser considerado contrabando. Já a maconha paraguaia é uma merda prensada, que tem 0% controle de qualidade, que usa urina para conservar, que tem escala de produção pequena, que é lotada de impostos (o custos com subornos são o que?), que tem um frete altíssimo (tem que viajar escondida por 1400km até chegar em São Paulo) e etc, tudo isso porque? Porque o Estado tem controle algum. Achar que isso vai conseguir concorrer com uma maconha verdinha, feita em estufa especial, que bebe só aguinha mineral, que tem escala de produção gigantesca, que tem financiamento etc é simplesmente loucura. Seria uma história bem diferente do contrabando de cigarro. Outra é que, mesmo se a legalização não acabe com o tal tráfico, e pegasse sei lá, uma grande fatia desse mercado, já seria um avanço, pois hoje a maconha está 100% nas mãos do crime.Matheus escreveu:Só queria entender direito o que desejam os "legalizadores". Descriminalizar a posse, ou o tráfico também? Legalizar e vender em farmácia? Deixar o tráfico livre ou criar uma "vale-droga"? Ou ainda uma estatal tipo "maconhabrás"?vai cobrar imposto? de quem? Todas as drogas ou só algumas? Criar alguma lei tipo "vista grossa" como na Holanda?
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Aí sim está certo. De que adianta liberar e continuar dependendo dos traficantes para fornecer? A única vantagem, muito incipiente, é economizar na repressão. Quanto as putas, a situação delas é análoga a dos trabalhadores sem leis trabalhistas, grande fetiche do Deus mercado. Se elas não tem lei que as protege e nem sindicato, quem vai mandar é o cafetão, que tem o poder econômico e a repressão através do medo. Essa lei de terceirização irrestrita e indiscriminada vai criar uma classe de cafetões de trabalhadores, quem pode mais chora menos, e o Estado cada vez mais quebrado para esboçar qualquer reação de proteção ao lado fraco (além de ultimamente não esboçar muito interesse). Pior que ainda por cima é um tiro no pé, pois se não se tem uma massa crítica de trabalhadores bem remunerados, não se tem consumo, pois eles não tem poder de compra. Aí tem que se basear toda a economia em exportação. O pior de tudo, é que eles sabem disso, mas é contra a natureza deles irem contra o lucro (e não é nenhum demérito), pois afinal, como eles mesmos dizem: quem vai pagar o pato?? Se um empresário ir contra o status quo, será engolido pelos outros, não é função das empresas, elas tem outras coisas para se preocupar. Por isso que regular o mercado é tarefa do estado.Bolovo escreveu:Foi um erro? Está me cheirando a artigo de opinião completamente fora da realidade. As recentes medidas tomadas mostram exatamente o contrário.
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Decisão aprovada nesta terça permitirá ainda que as cafeterias do país, que vendem a droga abertamente, tenham uma fonte legal de suprimento.
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21/02/2017 12h00 Atualizado 15/03/2017 11h03
O parlamento holandês aprovou a legalização do cultivo da maconha nesta terça-feira (21), segundo a Reuters. Há muito tempo vigorava no país uma política de tolerância. Até esta decisão, a maconha era tecnicamente ilegal, mas a polícia se recusava a processar pessoas que tivessem pequenas quantidades da droga. A decisão, que legaliza ainda o cultivo profissional da planta, permitirá que as cafeterias do país, que vendem a droga abertamente, tenham uma fonte legal de suprimento. A maioria dos deputados do Parlamento do país já tinha mostrado disposição em apoiar o projeto do partido liberal de centro-esquerda D66. Uma elevada porcentagem da população e das prefeituras também apoiam a medida, de acordo com a agência Efe.
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Um texto que li há muito tempo atrás, e que expõe de uma forma muito clara uma, entre muitas, das contradições no discurso proibicionista, inclusive aquele abraçado por parte da classe médica brasileira. As perguntas são inquietantes.
O único erro do autor, é ao opor o panorama da descriminalização com o do encarceramento do usuário, que hoje não pode mais ser preso. Contudo, há toda o embaraço penal a que o usuário pode se ver envolvido, resultando muitas vezes na perda da condição de réu primário e até mesmo dificuldades com o trabalho, o que tende a retroalimentar o problema, se considerarmos os números que correlacionam o desemprego ao alcoolismo.
O único erro do autor, é ao opor o panorama da descriminalização com o do encarceramento do usuário, que hoje não pode mais ser preso. Contudo, há toda o embaraço penal a que o usuário pode se ver envolvido, resultando muitas vezes na perda da condição de réu primário e até mesmo dificuldades com o trabalho, o que tende a retroalimentar o problema, se considerarmos os números que correlacionam o desemprego ao alcoolismo.
http://brasil.estadao.com.br/blogs/dire ... do-jaleco/A maconha e a autoridade do jaleco
Geraldo Miniuci
19 Setembro 2015 | 07h06
Tanto a proibição, como a legalização da maconha são estratégias para a realização dos mesmos objetivos: segurança e saúde. A questão que se coloca diz respeito à eficiência de uma ou de outra. Há mais de 50 anos proíbem-se a venda e o consumo de drogas, que, não obstante a repressão, não somente cresceram nesse período, como também diversificaram-se: se, nos anos 1960, as drogas mais populares eram maconha e LSD, hoje temos cocaína, crack e infindáveis tipos de outros entorpecentes à disposição do mercado.
Diante disso, debate-se se a legalização do consumo de drogas, de modo geral, ou da maconha, em particular, não poderia atingir esses objetivos, uma vez que, de um lado, ela ofereceria ao consumidor um mercado supervisionado pelo poder público, seguro e livre da interferência do crime organizado que, desprovido de importante fonte de recursos, se veria enfraquecido. De outro lado, o usuário de drogas deixaria de ser tratado como criminoso. Seu vício não seria mais um problema policial, mas de saúde, e como tal deveria ser tratado.
Se segurança e saúde podem ser objetivos comuns de quem defende seja a proibição, seja a legalização das drogas, cada uma dessas políticas têm, no entanto, objetivos próprios: proteger uma determinada moralidade vigente na esfera pública, no caso da proibição, proteger a liberdade individual na esfera privada, no caso da legalização. Pode-se acrescentar ainda o aumento da arrecadação tributária que adviria da venda e do consumo legalizados de drogas, mas trata-se de um efeito colateral, uma vantagem que seria inadmissível, se não estivesse em jogo um valor tão caro a uma sociedade liberal: o individualismo.
Nesse debate sobre a legalização de drogas, inaugurado já há algum tempo, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (ABEAD) divulgaram manifesto assinado por todos os médicos psiquiatras da Comissão de Dependência Química da ABP, sob o título ”Associação Brasileira de Psiquiatria se manifesta contra a legalização da maconha” (disponível em www.abp.org.br/manifesto/manifesto.pdf). Nele, são apresentadas 10 razões pelas quais os manifestantes são contrários a eventual decisão política de liberar o uso daquela droga.
Os motivos avançados podem ser resumidos da seguinte forma: de um lado, há referência a fatos que somente profissionais da área de saúde têm formação para avaliar, como, por exemplo, a relação entre consumo de maconha e esquizofrenia ou o seu impacto no desenvolvimento do cérebro de adolescentes ou na estrutura psíquica do usuário. De outro lado, porém, os signatários do manifesto fazem referência a questões que não são médicas. Nesse sentido, alegam que falta estrutura para o tratamento de dependentes, que a maioria do povo brasileiro é contra a legalização e que a agência americana Food and Drug Administration (FDA) é igualmente contra. Supõem, ademais, que a legalização não trará nenhum impacto significativo sobre as atividades do tráfico ou que haverá aumento no número de acidentes de trânsito. Ora, as questões de infraestrutura, o apoio ou a reprovação a alguma proposta, o crime organizado e a educação de motoristas que dirigem embriagados ou sob efeitos de drogas, nada disso é propriamente um problema médico, mas de ordem administrativa, política, criminal e educacional.
Seja como for, sejam os fatos alegados de natureza médica ou não, a ABP não responde à pergunta que ela mesma se propôs, deixando em aberto uma questão essencial: por que reagir a esses fatos, tratando-os como caso de polícia, e não de saúde pública? Haverá alguma razão médica para criminalizar o uso recreativo ou mesmo o uso doentio da maconha? Por que, sempre do ponto de vista médico, o viciado deve ser tratado como criminoso e não como paciente? Se há razões médicas para imobilizar o membro fraturado de uma pessoa, haverá razões médicas para privar um usuário de drogas de sua liberdade? Se falta estrutura para o tratamento de dependentes no sistema de saúde, por que então deixá-los no sistema prisional? Do ponto de vista médico, as condições serão, por um acaso, melhores?
Em suma, ao posicionarem-se sobre a legalização da maconha, os signatários do manifesto tornam pública sua postura política a favor da criminalização. Convencidos dos malefícios do entorpecente, defendem a repressão como terapia, mas não explicam se essa recomendação realmente faz parte de um receituário médico ou se ela não está, na verdade, meramente a serviço de um determinado moralismo que se vale da autoridade do jaleco branco para impor-se.
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Já foram feitas pesquisas em universidades brasileiras da qualidade dos cigarros paraguaios. Grande parte deles apresentou teores de nicotina, chumbo, restos de animais, bactérias e fungos muito superiores ao produto nacional. Então não é bem assim. Ao meu ver, este tipo de empresa só beneficiaria os maconheiros com dinheiro. Ou você acha que a periferia, grande consumidora de drogas baratas, iria poder pagar por uma canabis "tratada com água mineral, em estufa especial, fiscalizada pela anvisa", tendo que ter acompanhamento especializado de agrônomos, pagando aluguel, direitos trabalhistas, impostos e taxas, frete nacional, etc, etc? Claro que não. Isso só serviria pra nossa playboyzada, "artistas" e "intelectuais" fumarem seus baseados em paz. O tráfico iria continuar forte através do contrabando de maconha ou do tráfico das outras drogas, o aparato policial continuaria voltado ao tráfico, até pq somos o segundo maior consumidor de cocaína no mundo, continuariam as disputas pelas bocas, o roubo pra sustentar o vício, etc. Enfim, não vejo grandes impactos na diminuição da violência desta forma.Bolovo escreveu:De minha parte, tem que legalizar a maconha e torna-la um produto normal como qualquer outro. A maconha é hoje, basicamente porque o Estado quer, um produto ilegal, portanto a única maneira de consegui-la é ilegalmente, por isso existe o tráfico de drogas, ela supre uma demanda que existe. Portanto, ao legaliza-la, seria possível uma pequena empresa ter sua pequena plantação ou mesmo uma empresa gigantesca como, por exemplo, a Philip Morris ter suas plantações de cannabis, produzindo seus cigarros que seriam vendidos em qualquer comércio para pessoas com mais de 18 anos (assim como é com qualquer outra droga psicoativa lícita atualmente). Portanto, ao ser legalizada, a maconha deixaria de ser um produto ilegal, passaria a ser um produto controlado (diferente de hoje, onde o Estado tem 0% - ZERO porcento de controle), com controle de qualidade (pela Anvisa), que pagaria impostos (IPI, assim como qualquer outro produto industrializado) etc. Como o produto seria legalizado aqui, atual tráfico de drogas vindo do Paraguai se tornaria contrabando. Mas diferente do cigarro, a história da maconha é bem diferente. Diferente do que muita gente pensa, o cigarro paraguaio que inunda o país não é "falsificado" ou pior do que o feito aqui no Brasil, ele é contrabando simplesmente porque é um produto vindo de fora. Se eu trouxer cigarro americano para vender aqui no Brasil, também vai ser considerado contrabando. Já a maconha paraguaia é uma merda prensada, que tem 0% controle de qualidade, que usa urina para conservar, que tem escala de produção pequena, que é lotada de impostos (o custos com subornos são o que?), que tem um frete altíssimo (tem que viajar escondida por 1400km até chegar em São Paulo) e etc, tudo isso porque? Porque o Estado tem controle algum. Achar que isso vai conseguir concorrer com uma maconha verdinha, feita em estufa especial, que bebe só aguinha mineral, que tem escala de produção gigantesca, que tem financiamento etc é simplesmente loucura. Seria uma história bem diferente do contrabando de cigarro. Outra é que, mesmo se a legalização não acabe com o tal tráfico, e pegasse sei lá, uma grande fatia desse mercado, já seria um avanço, pois hoje a maconha está 100% nas mãos do crime.Matheus escreveu:Só queria entender direito o que desejam os "legalizadores". Descriminalizar a posse, ou o tráfico também? Legalizar e vender em farmácia? Deixar o tráfico livre ou criar uma "vale-droga"? Ou ainda uma estatal tipo "maconhabrás"?vai cobrar imposto? de quem? Todas as drogas ou só algumas? Criar alguma lei tipo "vista grossa" como na Holanda?
Talvez, liberar a plantação pra consumo próprio, descriminalizar a posse e dar penas alternativas para o "pequeno" tráfico tenha um custo benefício melhor.
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Há um problema que não foi tocado e merece se-lo. No caso do cigarro e, se liberada, pode acontecer com a maconha, a causa do contrabando é o alto preço do cigarro brasileiro, causado pela incidência de taxas e impostos altíssimos sobre o produto. Até o preço mínimo para a carteira de cigarro é estabelecido pelo governo, R$5,00 o mais barato. Os contrabandistas vendem seus produtos por R$2,50, com altos lucros. Em tese os altos preços visariam frear o consumo e, também, aumentar a arrecadação de impostos. Na prática estimula a criminalidade. Se o governo fosse menos guloso e possibilitasse a venda de cigarros nacionais por R$2,50, o mais barato, o contrabando acabava na hora.
Se a liberação da maconha for vista com o uma forma de aumentar a arrecadação de impostos, cobrando taxas exorbitantes sobre o produto, a situação não vai mudar nada. O pessoal do tráfico vai vender maconha e cigarro juntos.
Se a liberação da maconha for vista com o uma forma de aumentar a arrecadação de impostos, cobrando taxas exorbitantes sobre o produto, a situação não vai mudar nada. O pessoal do tráfico vai vender maconha e cigarro juntos.
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
E cai por terra de vez o argumento econômico, levando junto o da redução da criminalidade. Tem um OUTRO problema que não vi ser tocado aqui: um Colega, ao mencionar Lei, o fez no sentido de que era um conjunto de direitos ou algo assim.
Mas perae, e os DEVERES? A vida então é só isso, ter todos os prazeres que quiser e (eventualmente) puder pagar? E a régua sou eu mesmo, ou seja, se eu tenho condições financeiras de ter a minha "plantinha", usar adubo orgânico nela e regar com água mineral então pode, azar do goleiro se a grande (esmagadora) maioria não tem a mesma condição?
E, qualquer coisa, a culpa é do governo???
PUTZ!
Mas perae, e os DEVERES? A vida então é só isso, ter todos os prazeres que quiser e (eventualmente) puder pagar? E a régua sou eu mesmo, ou seja, se eu tenho condições financeiras de ter a minha "plantinha", usar adubo orgânico nela e regar com água mineral então pode, azar do goleiro se a grande (esmagadora) maioria não tem a mesma condição?
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Mas isso é por conta do controle de qualidade paraguaio ser porco. Esse mesmo cigarro lá no Paraguai é 100% legal. O problema é quando ele passa pela fronteira e só e somente isso.Matheus escreveu:Já foram feitas pesquisas em universidades brasileiras da qualidade dos cigarros paraguaios. Grande parte deles apresentou teores de nicotina, chumbo, restos de animais, bactérias e fungos muito superiores ao produto nacional. Então não é bem assim.
Oras, pela sua mesma lógica, deveríamos criminalizar o cigarro aqui no Brasil, já que ele é caro (como qualquer outro produto industrializado nacional) e deixar o Paraguai cuidar disso.Matheus escreveu:Ao meu ver, este tipo de empresa só beneficiaria os maconheiros com dinheiro. Ou você acha que a periferia, grande consumidora de drogas baratas, iria poder pagar por uma canabis "tratada com água mineral, em estufa especial, fiscalizada pela anvisa", tendo que ter acompanhamento especializado de agrônomos, pagando aluguel, direitos trabalhistas, impostos e taxas, frete nacional, etc, etc? Claro que não.
E qual o problema disso? Sinceramente, não entendo. Tirar pelo menos o dinheiro dos ricos das mãos do tráfico já é um argumento bem razoável em favor da legalização.Matheus escreveu:Isso só serviria pra nossa playboyzada, "artistas" e "intelectuais" fumarem seus baseados em paz.
Obviamente não vai acabar com o tráfico do dia para a noite. Mas o meu ponto é outro: hoje a venda de maconha, especificadamente, está 100% nas mãos do tráfico. Se eu conseguir colocar nem que seja 1% disso (obviamente seria muito mais) dentro da lei, já estaria de ótimo tamanho. Seria uma grande vitória. Uma coisa de cada vez. Tão sem noção quanto achar que proibir tudo vai resolver esse problema, é achar que legalizar tudo vai resolver do dia pra noite. Não é assim e eu sei disso. Mas olhe para o mundo. Meu discurso se encaixa muito mais com a tendência atual do que o seu. Se até os EUA que tem muro com o México, o melhor exército do mundo, 500 mil agentes de inteligência, 20 polícias federais e tudo já tá mudando de postura, não consigo imaginar que o Brasil com seu exército de merda, sua polícia de merda, sua receita federal de merda e suas leis de merda irá conseguir.Matheus escreveu:O tráfico iria continuar forte através do contrabando de maconha ou do tráfico das outras drogas, o aparato policial continuaria voltado ao tráfico, até pq somos o segundo maior consumidor de cocaína no mundo, continuariam as disputas pelas bocas, o roubo pra sustentar o vício, etc. Enfim, não vejo grandes impactos na diminuição da violência desta forma.
Quando falo em legalização, obviamente esse escopo também está incluso. Eu posso plantar um tomate em casa, não posso? O elefante verde da Cica não vai vir aqui em casa derrubar minha mudinha. Com a maconha também seria assim.Matheus escreveu:Talvez, liberar a plantação pra consumo próprio, descriminalizar a posse e dar penas alternativas para o "pequeno" tráfico tenha um custo benefício melhor.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: DROGAS: BRASIL ESTÁ NO RUMO DA DESCRIMINALIZAÇÃO
Eu me lembro de 2011 quando o governo decidiu aumentar 20% o preço do cigarro, com a justificativa de desestimular a compra. Eu morava de frente pra uma favela. Até aquele momento o Derby, o cigarro mais barato da Souza Cruz, era onipresente por aqui. Após o aumento, explodiu o número de cigarros contrabandeados. O Eight se tornou o rei, junto a outras marcas vagabundas como Vila Rica e San Marino. Ou seja, deixaram de comprar um cigarro nacional, que pagava impostos aqui, que gerava divisas aqui, que tinha um mínimo controle de qualidade, para outro contrabandeado, que não pagava impostos aqui, que não gerava renda aqui e que tem um controle de qualidade duvidoso. Foi um grande tiro no pé. O que era ruim, ficou pior.delmar escreveu:Há um problema que não foi tocado e merece se-lo. No caso do cigarro e, se liberada, pode acontecer com a maconha, a causa do contrabando é o alto preço do cigarro brasileiro, causado pela incidência de taxas e impostos altíssimos sobre o produto. Até o preço mínimo para a carteira de cigarro é estabelecido pelo governo, R$5,00 o mais barato. Os contrabandistas vendem seus produtos por R$2,50, com altos lucros. Em tese os altos preços visariam frear o consumo e, também, aumentar a arrecadação de impostos. Na prática estimula a criminalidade. Se o governo fosse menos guloso e possibilitasse a venda de cigarros nacionais por R$2,50, o mais barato, o contrabando acabava na hora.
Se a liberação da maconha for vista com o uma forma de aumentar a arrecadação de impostos, cobrando taxas exorbitantes sobre o produto, a situação não vai mudar nada. O pessoal do tráfico vai vender maconha e cigarro juntos.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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