VENEZUELA
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Re: VENEZUELA
Tri, mas fico cá a pensaire: se não têm dinheiro nem para produzir/comprar comida e papel higiênico, de onde vão tirar para IMPORTAR munições, repuestos, lubrificante, combustível & quetales, desde para os AK-103 até os FLANKERs, passando por S300, etc? Estão no SPC do mundo todo, quem vai bancar essa roubada, sabendo que vão perder e, portanto, o calote é certo (já que o governo que assumir os escombros da Vuvuzela não vai querer nem saber de assumir compromissos de quem destruiu o País)? Nem a China tem dinheiro para jogar fora assim e, de quebra, se antagonizar com uma região onde se esforça para ter influência e fazer bons negócios.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: VENEZUELA
Eu quero crer que ninguém Túlio. O menos não em sã consciência. Afinal, eles não tem tantos amigos assim que possam apoiar um disparate como esses. Se os raros amigos que este governo tem não apoiariam esse tipo de coisa, os que não são...Túlio escreveu:Tri, mas fico cá a pensaire: se não têm dinheiro nem para produzir/comprar comida e papel higiênico, de onde vão tirar para IMPORTAR munições, repuestos, lubrificante, combustível & quetales, desde para os AK-103 até os FLANKERs, passando por S300, etc? Estão no SPC do mundo todo, quem vai bancar essa roubada, sabendo que vão perder e, portanto, o calote é certo (já que o governo que assumir os escombros da Vuvuzela não vai querer nem saber de assumir compromissos de quem destruiu o País)? Nem a China tem dinheiro para jogar fora assim e, de quebra, se antagonizar com uma região onde se esforça para ter influência e fazer bons negócios.

Só penso que nos tempos do Hugo Chaves eles tiveram tempo de sair comprando muito coisa por aí. Com certeza os estoques deles se não garantem 2 anos de guerra, devem ao menos suportar bem mais que 2 semanas de confusão com os vizinhos. E essa seria uma questão séria a se considerar.
Tem doido para tudo e para todos os gostos neste mundo. E no nosso caso, tal como é (des)considerada a defesa por aqui, até 2 dias de "guerra" já serviria para causar um verdadeiro pandemônio em todas as áreas do país. O Brasil é um caso surreal de país dito em desenvolvimento que renega a própria segurança.
Ao menos por aqui os jornais teriam algo diferente do que falar durante uma semana que não fosse lava jato, e políticos e ladrões do colarinho branco negociando delações e relaxamento de prisões.
Uma variada no noticiário por aqui já seria, ao menos para mim, uma boa notícia.
abs.
Carpe Diem
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Re: VENEZUELA
Tá certo que aqui tá FEIO, mas olhem só a Vuvuzela, o alegado paraíso fofialifta da América do Sul. Como diria o saudoso John Lennon que, se vivo, teria ele próprio sido um grande entusiasta do Chávez -
TINHA que ser o Chávez
- do mesmo jeito que o Sean Penn e o cara aquele dos documentários que ninguém assiste: "the dream is over"...


“Na Venezuela não há comida, no Brasil sim”: a fuga da fome na fronteira do norte
Marina Rossi
5 horas atrás
Esse pequeno grupo de indígenas forma parte de um fluxo de imigrantes venezuelanos, que também é feito de não indígenas, que atravessam a fronteira em busca de alimentos, empregos e melhores condições de vida no Brasil. Muitos não querem mais voltar ao país de origem. A maioria chega pelo pequeno município de Pacaraima, com 16.000 habitantes, e depois seguem para a capital Boa Vista. Entre os indígenas, o movimento, na maioria dos casos, implica em ir para as cidades, receber doações, ganhar dinheiro com o artesanato e a mendicância, e depois voltar para sua comunidade. Já os não indígenas buscam se regularizar no Brasil, trabalhar e começar uma nova vida longe da escassez da Venezuela.
Ambos os casos têm em comum a fuga da fome. “Na Venezuela, com um salário você consegue comer por apenas três dias”, disse Freiomar Viana, 41. “Se você tem família, como vai fazer para comer?”. Há um ano, ele trouxe a família de Caracas para o Brasil e hoje trabalha em uma lanchonete em Boa Vista.
Desde o ano passado, a cidade de Pacaraima, acostumada ao fluxo de venezuelanos que vão até lá para comprar alimentos e produtos de necessidades básicas, viu sua rotina mudar. Os habitantes do país vizinho passaram a cruzar a fronteira não somente para fazer compras, mas para tentar permanecer no ali. Segundo a Defesa Civil, em agosto, um dos meses mais críticos, havia 177 venezuelanos vivendo nas ruas da cidade em situação precária. Em dezembro, a cidade decretou emergência na saúde pública
A crise econômica e política da Venezuela é a grande responsável por esse êxodo. A socióloga e professora de estudos sobre fronteiras da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Francilene Rodrigues, explica que, historicamente, a Venezuela é um país que recebe imigrantes e não o contrário. Mas foi no início da gestão de Hugo Chávez (1999-2013) que o movimento imigratório também começou, primeiramente encabeçado pela classe média, que passou a deixar o país rumo aos Estados Unidos e à Espanha, principalmente. Depois, os mais pobres passaram a seguir o mesmo caminho. “Esse processo aumenta a partir de 2010”, diz. “O alto custo de vida na Venezuela, atrelado à queda no preço do petróleo causou um baque na economia de lá”.
Para María Pérez, indígena warao, a morte do ex-presidente Hugo Chávez, em 2013, foi um marco econômico. “Depois da morte de Chávez, acabou a comida e chegou a crise”, contou. “Não há nada para comprar, e quando há, é muito caro”. Segundo a professora Francilene Rodrigues, a maioria dos imigrantes venezuelanos é feita de jovens em idade produtiva, além dos indígenas, que chegam com as famílias inteiras. Os dois grupos fazem um movimento migratório que é, em sua essência, por uma distância pequena de onde vivem. “Os venezuelanos têm um orgulho muito grande da sua nação”, diz. “O fato de estarem em um lugar muito próximo com a fronteira dá a eles a oportunidade de voltar para a Venezuela a qualquer momento”.
A fala da professora Marjorie González, 41, deixa claro esse orgulho venezuelano. “Estou a somente 24 horas do meu país”, disse. “Eu amo meu país. Mas, ainda assim, é melhor estar aqui no Brasil, porque tenho mais tranquilidade”. De Caracas, ela veio para Boa Vista depois que ladrões invadiram sua casa e levaram quase tudo. “Colocamos as mãos na cabeça e pensamos ‘o que vamos fazer agora?”, indagou. Veio com o marido e a filha, de seis anos, que, por não ter documentos ainda, está sem estudar. Ainda assim, não quer voltar tão cedo para a Venezuela. “A culpa por nosso país estar assim é nossa", afirmou. "Nós permitimos que fizessem o que quisessem com o nosso país. Os valores acabaram”.
Marjorie vende no Brasil roupas e perfumaria comprados na Venezuela. Está esperando a resposta do seu pedido de refúgio, que é uma forma de se estar regular no país. Esse pedido é válido para pessoas que sofrem perseguições políticas ou vivem situações de ameaças, mas, ao menos até o momento, a situação econômica de um país não se configura ameaça diante da lei brasileira. Portanto, não é possível saber se o pedido de Marjorie será aceito pelas autoridades brasileiras. Em 2014, nove venezuelanos fizeram o pedido de refúgio no Brasil. Em 2015, esse número subiu para 234. Já no ano passado, foram 2.230. Neste ano, até a última quarta-feira, esse número já chegava a 1.035.
Missão Roraima
A capital de Roraima viveu o auge dessa chegada de imigrantes venezuelanos no final do ano passado. Como os indígenas chegam e se instalam em terrenos, calçadas e praças, e praticam a mendicância como parte da cultura de subsistência, Boa Vista acabou tomada por pessoas nas ruas. A iniciativa do município foi então tentar realizar uma deportação em massa, planejando levá-los de ônibus até a fronteira. Mas a legislação brasileira proíbe a deportação em massa e a Defensoria Pública entrou rapidamente com um pedido de liminar suspendendo a deportação. O Ministério Público estadual entrou então com uma ação pedindo o abrigo das crianças indígenas que ficavam nas ruas, mas o juiz entendeu que era preciso abriga-las junto às suas famílias. Por isso, desde o final do ano, muitos indígenas e não indígenas estão abrigados em um ginásio na periferia de Boa Vista.
O local foi batizado de centro de referência ao imigrante, mas está com as instalações precárias, fossas abertas, as pessoas dormem no chão e os alimentos que chegam são de doações. A população do abrigo varia diariamente. No dia em que a reportagem esteve ali, a Fraternidade, que toma conta do local, contabilizava 193 pessoas, sendo 57 não indígenas e o restante, indígenas warao. Mas esse número chegou a quase 300.
Diante do impasse, o Ministério Público Federal decidiu intervir in locuo. Na última semana, realizou uma missão até Roraima para fiscalizar a situação desses imigrantes e propor possíveis medidas para que a situação fosse contornada. A missão de três dias contou com representantes do MPF, da Casa Civil, de organizações nacionais e internacionais de defesa dos direitos humanos e dos imigrantes, como agências da ONU, antropólogos e membros da Polícia Federal. O EL PAÍS acompanhou os três dias da missão, que contou com a visita ao abrigo, à cidade de Pacaraima e instalações como o hospital de lá, e, no terceiro dia, realizou uma audiência pública para debater ações com os imigrantes.
Ao longo da missão encabeçada pelo MPF, houve também uma reunião agendada com a prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (PMDB), que não apareceu. Enviou cinco secretários e foi representada pela procuradora do município, Marcela Medeiros. O discurso, porém, foi um só: a cidade não tem condições financeiras para absorver os imigrantes. “Não temos condições financeiras de assumir a responsabilidade dessas pessoas”, disse a procuradora Marcela Medeiros. As reclamações por parte do município, porém, foram as mais variadas: desde o problema da falta de documentação dos imigrantes, o que impede, por exemplo, que as crianças sejam registradas pelo Governo, e, logo, não entram na contabilidade na hora de distribuir verbas para a educação, até ao problema no trânsito que os imigrantes causam ao pedir dinheiro nos sinais, segundo apontou o secretário de Transportes.
O poder público também afirma que a criminalidade aumentou com a chegada dos venezuelanos às cidades brasileiras. Mas não há dados que associam diretamente os imigrantes à criminalidade. “A Polícia Federal Esteve aqui nos meses de setembro e outubro e produziu um relatório onde afirma categoricamente que não há evidências de que a presença do imigrante venezuelano tenha aumentado a criminalidade no Estado de Roraima.”, disse João Akira Omoto, procurador federal dos direitos do cidadão adjunto, que encabeçou a missão do MPF.
Outra reunião da missão foi agendada com a governadora de Roraima, Suely Campos (PP), que recebeu parte da delegação, mas a reportagem não pôde participar da conversa. Após a reunião, ela concedeu uma breve entrevista, e afirmou que “não sabe” o que fazer com a situação dos imigrantes no Estado. Assim como no âmbito municipal, o Governo estadual também reclamou da falta de condições financeiras para receber os imigrantes. "O Estado está sozinho nesta demanda grande", disse a governadora. "O Governo Federal precisa chegar até nós para nos ajudar".
EL PAÍS
http://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo ... ocid=wispr
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Re: VENEZUELA
Deu um probleminha na fronteira da Vuvuzela com a Colômbia que tá bombando no Facebook. Uns 70 Militares bovinos montaram acampamento às margens de um rio e, quando foram ver, estavam em território Colombiano. Como falei, tá um Deus-nos-acuda no Face, com gente à espera de guerra total para ONTEM!
Na verdade foi um engano, nesta época as margens do tale de rio se alteram, os caras pensavam que estavam em seu próprio território; no que deu o rebuliço o Professor Girafalis mandou sair de lá.
Mas, no Face...
![Gargalhada [003]](./images/smilies/003.gif)
Na verdade foi um engano, nesta época as margens do tale de rio se alteram, os caras pensavam que estavam em seu próprio território; no que deu o rebuliço o Professor Girafalis mandou sair de lá.
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Re: VENEZUELA
Maduro é burro, mas não é louco. Com a colombia ele não se mete. Se for para arrumar alguma confusão, vai ser para outro lado....
Ps. No instagram, ao menos os flankers não passam uma semana sem foto voando (mas naõ dá para saber a data original obviamente).
abs
Ps. No instagram, ao menos os flankers não passam uma semana sem foto voando (mas naõ dá para saber a data original obviamente).
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Re: VENEZUELA
é louco sim, acabou de consolidar o golpe por lá... o negócio é tão sério que até o síte do PSOL tirou as referências à Venezuela que tinham lá.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: VENEZUELA
J.Ricardo escreveu:é louco sim, acabou de consolidar o golpe por lá... o negócio é tão sério que até o síte do PSOL tirou as referências à Venezuela que tinham lá.
Torço para que dê CERTO, por mais que tenha tudo para dar errado. Penses, com uma ditadura da pesada e fazendo cara feia para todo mundo lá no N, cedo ou tarde alguém em BSB acordaria e perguntaria "como está nossa capacidade de Defesa? Vai que esse doido..."
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Re: VENEZUELA
O mundo não é um livro de Tom Clancy. O Brasil sempre viveu mais perto de uma guerra civil do que de um inimigo externo. Por isso, as forças armadas são basicamente para manter unidade nacional e, assim, precisa de gente no solo. É uma país que não resolveu a questão do regionalismo, federação e identidade nacional até hoje. Esse é nosso Brazilzinho br huehue.
O problema da Venezuela está aí e já aparece de outra forma. Vai que essa ditadura venezuelana vinga, imagina o número de refugiados permanentes. Esse é um número por cima, a realidade tem muitos clandestinos vieram juntos e causam impacto enorme na região. Logo teremos um Roraima falando muito espanhol.
O problema da Venezuela está aí e já aparece de outra forma. Vai que essa ditadura venezuelana vinga, imagina o número de refugiados permanentes. Esse é um número por cima, a realidade tem muitos clandestinos vieram juntos e causam impacto enorme na região. Logo teremos um Roraima falando muito espanhol.
Pedidos de refúgio de venezuelanos em RR cresceram 22.000% em 3 anos
Em 2016, mais de 2 mil venezuelanos foram à PF solicitar refúgio.
Migração em massa coincide com agravamento da crise na Venezuela.
O número de venezuelanos que solicitaram refúgio em Roraima cresceu 22.122% nos últimos três anos, revelam dados divulgados pela Polícia Federal no estado. Só no ano de 2016, mais de 2 mil venezuelanos foram à sede da PF em Boa Vista para pedir a condição de refúgio.
A Polícia Federal diz que em 2014 foram só nove solicitações, enquanto que em 2015 o índice foi para 230 e chegou a 2.230 em 2016. O aumento no número de pedidos coincide com o agravamento da crise econômica no país governado por Nicolás Maduro.
Neste ano, o índice de solicitações ainda deve dobrar: até março a PF já tinha agendado 4 mil atendimentos de pedidos de refúgio até outubro. A polícia diz que quase 100% desses agendamentos foram feitos a venezuelanos.
O refúgio é uma proteção legal para estrangeiros que sofram perseguição em seu país de origem por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, ou ainda, que estejam sujeitos à grave e generalizada violação de direitos humanos.
Segundo a PF, apenas cinco das 2.230 solicitações feitas em 2016 foram analisadas e arquivadas pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), que decide pela concessão ou não do refúgio. O G1 tentou contato com a assessoria do comitê, mas não obteve retorno.
Os números são fiéis à realidade. Na sede da Superintendência da Polícia Federal em Boa Vista as filas de venezuelanos são diárias e começam logo nas primeiras horas do dia.
A polícia estima que até 70 estrangeiros compareçam por dia na unidade no intuito de fazer o pedido. Desses, 98% são venezuelanos que querem ficar no Brasil.
Na quinta-feira (8) às 7h, já era possível ver mesmo de longe um extenso grupo de venezuelanos à espera da abertura do portão da sede da polícia, que ocorre só às 8h.
Às vezes, famílias inteiras vão ao local para solicitar o refúgio. Nos relatos deles, a crise econômica e a consequente falta de comida na Venezuela são fatores comuns.
Uma venezuelana de 21 anos, a filha dela de 3 e a mãe de 48 foram à PF na quinta-feira solicitar refúgio para permanecer em Roraima.
Antes moradores da cidade de Anaco, no estado Anzoátegui, Nordeste do país, elas querem ficar em Roraima até que a crise venezuelana se amenize.
Estamos trocando de país para comer. Queremos uma vida melhor"
Venezuelana que pede refúgio no Brasil
"Eu e minha filha de 3 anos estamos aqui há quatro meses. Meu marido veio antes de nós para trabalhar como mecânico e depois nos trouxe. Já a minha mãe veio tem 15 dias. Queremos morar em Roraima até que a situação melhore na Venezuela", explica a jovem, que não quis ter o nome divulgado.
A mãe dela, que era cabeleireira no país natal, diz que a falta de comida e o desemprego são os fatores que mais têm feito os venezuelanos deixarem suas casas em busca de refúgio no Brasil.
"Estamos trocando de país para comer. Queremos uma vida melhor", desabafa. Ela conta que já encontrou trabalho em Roraima e que pretende solicitar também a carteira de trabalho. "Só voltaremos para a Venezuela quando tudo voltar ao normal."
Ex-soldador de petrolífera venezuelana
Companheiro de fila, um venezuelano de 33 anos é rápido em dizer porque veio para Roraima em busca de emprego.
"Eu era soldador em uma petrolífera venezuelana há seis meses. Um dia meu salário atrasou e eu disse ao meu patrão que não dava mais para comer na
Venezuela. Ele me demitiu de imediato. Lá não se pode falar mal do governo, mas a verdade é que no governo Maduro tudo se acabou", afirma. Ele também não quis ter a identidade divulgada.
Hoje, vendendo flores em um sinal de Boa Vista, ele diz que quer se regularizar no Brasil para trazer, em breve, para Roraima, a mulher e os dois filhos que continuam morando em Caracas, capital do país.
"Eu tinha casa e dois carros na Venezuela, mas quando fui demitido tive de vender um dos meus veículos para conseguir vir para o Brasil. Só voltarei para Caracas se um dia a vida lá melhorar", finaliza.
Fronteira entre Brasil e Venezuela
A fronteira entre Brasil e Venezuela fica no Norte de Roraima e, desde o agravamento da crise econômica venezuelana, o estado vive um boom de imigração considerado histórico.
O tráfego entre os dois países é praticamente livre. No final do ano passado, no entanto, o acesso foi fechado por ordem de Maduro no intuito de combater as máfias que fazem contrabando de bolívares.
Com o bloqueio da estrada que liga os dois países, centenas de pessoas estavam cruzando a fronteira a pé de forma clandestina, tanto para comprar comida em Pacaraima, cidade brasileira, quanto para fugir da Venezuela. A fronteira foi reaberta em 7 de janeiro deste ano.
Além de buscarem postos formais de trabalho em Roraima, muitos imigrantes sobrevivem de trabalhos informais ou até pedindo esmolas. Alguns vêm apenas em busca de tratamento médico, o que levou o estado a decretar emergência na Saúde.
Devido ao elevado número de venezuelanos morando nas ruas de Boa Vista, um abrigo foi improvisado pelo governo e agora o estado tenta integrar índios da etnia venezuelana Warao com grupos indígenas nativos.
http://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/ ... -anos.html
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Re: VENEZUELA
Bourne escreveu:O mundo não é um livro de Tom Clancy. O Brasil sempre viveu mais perto de uma guerra civil do que de um inimigo externo. Por isso, as forças armadas são basicamente para manter unidade nacional e, assim, precisa de gente no solo. É uma país que não resolveu a questão do regionalismo, federação e identidade nacional até hoje. Esse é nosso Brazilzinho br huehue.
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Bourne, o texto que quotaste já foi postado há um bom tempo aqui, creio aliás que por mim mesmo. Bem como a questão das FFAA - para que e a quem REALMENTE servem - foi objeto de dúzias de posts meus, ao longo de vários anos. Vais continuar a usar o que eu escrevo para me contestar?




De resto, a questão dos refugiados é incontornável/inevitável: de um jeito ou de outro, a coisa lá vai ficar BEM FEIA! Cedo ou tarde um lado fará um movimento mais forte, a situação irá escalar e quem tiver a perder vai se bandear (e não apenas para cá)...
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Re: VENEZUELA
O que preocupado que o governo não tem plano (não que seja novidade
). O governo federal não sabia o que fazer com os haitianos que era algumas centenas, imaginas se forem dezenas de milhares de venezuelanos.
Quero ver como o governo brasileiro vai agir quando começar a aparecer em Roraima uns 10, 30 ou 30 mil refugiados. E quando pior a situação para venezuela do maduro ou sem ele, pior para os estados da região.
Deportar não tem como. Eles vão querer comer, serviços de saúde e educação, assistência social, trabalho.

Quero ver como o governo brasileiro vai agir quando começar a aparecer em Roraima uns 10, 30 ou 30 mil refugiados. E quando pior a situação para venezuela do maduro ou sem ele, pior para os estados da região.
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Re: VENEZUELA
Bourne escreveu:O que preocupado que o governo não tem plano (não que seja novidade). O governo federal não sabia o que fazer com os haitianos que era algumas centenas, imaginas se forem dezenas de milhares de venezuelanos.
Quero ver como o governo brasileiro vai agir quando começar a aparecer em Roraima uns 10, 30 ou 30 mil refugiados. E quando pior a situação para venezuela do maduro ou sem ele, pior para os estados da região.
Deportar não tem como. Eles vão querer comer, serviços de saúde e educação, assistência social, trabalho.
A meu ver o problema nem é quantos milhares vão passar para o lado de cá da fronteira, mas QUAIS! Derrotados (o que é altamente provável), os BOVINOS militarizados podem vir de mala e cuia (armas, munições, explosivos). Não que tenham algum interesse aqui mas, com a bagunça, a Colômbia vai deixar a fronteira com a Vuvuzela virada em um firewall; sobra contornar pelo Brasil e tentar ressuscitar as moribundas FARCs. No trajeto daqui até lá, aí sim, temos um enredo digno do falecido Tom Clancy...




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Re: VENEZUELA
Caen los últimos vestigios de la democracia en Venezuela
La decisión que viene de ser adoptada por el Tribunal Supremo de Justicia (TSJ) de Venezuela, declarando en desacato a la Asamblea Nacional de ese país, nada menos que al poder legislativo de Venezuela, al momento que también anuncia que asume a la vez las funciones de ese poder del Estado, es la negación misma, más que eso, es un golpe critico a los últimos vestigios de la democracia en esa nación latinoamericana.
La democracia es tal cuando existe una clara división de los poderes del Estado, lo que ya desde hace un tiempo considerable los ciudadanos de Venezuela venían observando como ésta se vulneraba, al tiempo que se iban restringiendo sus libertades y derechos, y profundizando las consecuencias de una grave crisis política, social, humanitaria, de seguridad humana y salud, que ha golpeado inexorablemente a los habitantes de ese país tras una gestión deficiente, autoritaria, centrada en ella misma, e indiferente al sufrimiento causado por sus acciones.
Cuando la opinión pública internacional ha estado conociendo de los esfuerzos de organizaciones multilaterales como la Organización de Estados Americanos, OEA, para que prevalezcan en Venezuela un mínimo de referentes y de respeto a valores y principios que hoy se comparten, no solo por los pueblos de América Latina y el Caribe, sino también a través del mundo, resulta hoy inaceptable para los demócratas de cualquier continente la concentración de poder que observamos en Venezuela, los abusos de las libertades y derechos de sus ciudadanos, la existencia de presos políticos y las carencias que golpean mortalmente a la población de esa nación todos los días.
La Internacional Socialista, frente a la gravedad de lo que hoy sucede en Venezuela, condena y denuncia con fuerza y convicción la decisión del TSJ, cuya composición en las postrimerías del mandato de la anterior Asamblea ya había sido gravemente cuestionada y se suma a la demanda de las fuerzas democráticas de Venezuela para que se reestablezca de inmediato la división de los poderes del Estado en ese país establecidos en su Constitución. Hace un llamamiento a que se ponga fin al desconocimiento, trabas e impedimentos para que la Asamblea Nacional, electa por todos los ciudadanos venezolanos, pueda reasumir de inmediato sus labores legislativas con además el pleno reconocimiento de las inmunidades parlamentarias de sus miembros; a la inmediata liberación de todos los presos políticos que permanecen ya por años en las cárceles del régimen, ya que también no hay democracia cuando existen presos políticos; y a la formulación urgente de un calendario electoral, porque es el pueblo quien elige a sus líderes en democracia a través de elecciones que deben ser justas y libres y celebradas regularmente.
Hoy, cuando en las últimas décadas, finalmente, ciudadanos a través de los diversos rincones del planeta, otrora sin voz ni voto, entregan y legitiman con su voluntad y con su ilusión sistemas políticos que permiten construir y preservar la democracia, nadie en ninguna parte, tampoco en Venezuela, puede pretender escapar, ocultar y huir de sus obligaciones y reclamar que el resto del mundo no tiene derecho a entregar su opinión.
El gobierno de Venezuela y Nicolás Maduro tienen hoy una enorme responsabilidad y deben actuar hoy y no mañana.
Internacional Socialista
La decisión que viene de ser adoptada por el Tribunal Supremo de Justicia (TSJ) de Venezuela, declarando en desacato a la Asamblea Nacional de ese país, nada menos que al poder legislativo de Venezuela, al momento que también anuncia que asume a la vez las funciones de ese poder del Estado, es la negación misma, más que eso, es un golpe critico a los últimos vestigios de la democracia en esa nación latinoamericana.
La democracia es tal cuando existe una clara división de los poderes del Estado, lo que ya desde hace un tiempo considerable los ciudadanos de Venezuela venían observando como ésta se vulneraba, al tiempo que se iban restringiendo sus libertades y derechos, y profundizando las consecuencias de una grave crisis política, social, humanitaria, de seguridad humana y salud, que ha golpeado inexorablemente a los habitantes de ese país tras una gestión deficiente, autoritaria, centrada en ella misma, e indiferente al sufrimiento causado por sus acciones.
Cuando la opinión pública internacional ha estado conociendo de los esfuerzos de organizaciones multilaterales como la Organización de Estados Americanos, OEA, para que prevalezcan en Venezuela un mínimo de referentes y de respeto a valores y principios que hoy se comparten, no solo por los pueblos de América Latina y el Caribe, sino también a través del mundo, resulta hoy inaceptable para los demócratas de cualquier continente la concentración de poder que observamos en Venezuela, los abusos de las libertades y derechos de sus ciudadanos, la existencia de presos políticos y las carencias que golpean mortalmente a la población de esa nación todos los días.
La Internacional Socialista, frente a la gravedad de lo que hoy sucede en Venezuela, condena y denuncia con fuerza y convicción la decisión del TSJ, cuya composición en las postrimerías del mandato de la anterior Asamblea ya había sido gravemente cuestionada y se suma a la demanda de las fuerzas democráticas de Venezuela para que se reestablezca de inmediato la división de los poderes del Estado en ese país establecidos en su Constitución. Hace un llamamiento a que se ponga fin al desconocimiento, trabas e impedimentos para que la Asamblea Nacional, electa por todos los ciudadanos venezolanos, pueda reasumir de inmediato sus labores legislativas con además el pleno reconocimiento de las inmunidades parlamentarias de sus miembros; a la inmediata liberación de todos los presos políticos que permanecen ya por años en las cárceles del régimen, ya que también no hay democracia cuando existen presos políticos; y a la formulación urgente de un calendario electoral, porque es el pueblo quien elige a sus líderes en democracia a través de elecciones que deben ser justas y libres y celebradas regularmente.
Hoy, cuando en las últimas décadas, finalmente, ciudadanos a través de los diversos rincones del planeta, otrora sin voz ni voto, entregan y legitiman con su voluntad y con su ilusión sistemas políticos que permiten construir y preservar la democracia, nadie en ninguna parte, tampoco en Venezuela, puede pretender escapar, ocultar y huir de sus obligaciones y reclamar que el resto del mundo no tiene derecho a entregar su opinión.
El gobierno de Venezuela y Nicolás Maduro tienen hoy una enorme responsabilidad y deben actuar hoy y no mañana.
Internacional Socialista
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Re: VENEZUELA
Essa nem Cuba conseguiu: a Internacional Socialista mandando os bovinos pastar.
Graças a Deus que vivi para ver isso.

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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)