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Re: EUA
"A vingança do idoso se chama TEMPO; um dia o jovem que caçoa será por outro jovem caçoado e com as mesmas palavras".
Pai Dinah
De resto, e ao menos que eu saiba, energia eólica e solar são muito mais caras que a fóssil e poluem quase tanto quanto (aquelas baitas torres - eólica - e painéis - solar - têm que ser construídas, transportadas, montadas, manutenidas & quetales e tudo isso gera um bocado de poluição, não?) As solares, então, ao menos no modelo que li que querem implementar, é tipo SEM FUTURO, pois cobrirão trocentos km² e com isso impedirão a proliferação de vegetação, necessária à fotossíntese e sobrevivência dos animais que compõem o ecossistema.
Seria mais caro na implantação mas muito mais razoável/saudável a médio prazo se financiassem a baixo custo painéis solares para substituir os telhados das residências e mesmo paredes de edifícios e fábricas, onde já não há mais ecossistema (ao menos não natural) a ser preservado...
Pai Dinah
De resto, e ao menos que eu saiba, energia eólica e solar são muito mais caras que a fóssil e poluem quase tanto quanto (aquelas baitas torres - eólica - e painéis - solar - têm que ser construídas, transportadas, montadas, manutenidas & quetales e tudo isso gera um bocado de poluição, não?) As solares, então, ao menos no modelo que li que querem implementar, é tipo SEM FUTURO, pois cobrirão trocentos km² e com isso impedirão a proliferação de vegetação, necessária à fotossíntese e sobrevivência dos animais que compõem o ecossistema.
Seria mais caro na implantação mas muito mais razoável/saudável a médio prazo se financiassem a baixo custo painéis solares para substituir os telhados das residências e mesmo paredes de edifícios e fábricas, onde já não há mais ecossistema (ao menos não natural) a ser preservado...
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Re: EUA
Isso já está sendo feito, cada vez em maior escala.Túlio escreveu:Seria mais caro na implantação mas muito mais razoável/saudável a médio prazo se financiassem a baixo custo painéis solares para substituir os telhados das residências e mesmo paredes de edifícios e fábricas, onde já não há mais ecossistema (ao menos não natural) a ser preservado...
A grande vantagem destas energias renováveis é justamente o fato de que é rentável instalar pequenos centros de geração, financiados pelos próprios usuários (empresas, hospitais e até pessoas físicas) e espalhados por todos os lugares. Eles são ligados à rede elétrica e na hora que falta sol ou vento utilizam a energia gerada por outras fontes, mas quando o sol ou o vento são fortes o excedente é distribuído para consumo externo. Em sistemas bem dimensionados o balanço tende a ser zero ou seja, para o dono do equipamento os custos são só os de instalação e manutenção, a energia em si sai de graça.
Um conhecido meu (ex-vizinho) hoje vive de vender este tipo de sistema, produzido na Itália com componentes basicamente chineses, para clubes, escolas, condomínios e etc... .
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Re: EUA
LeandroGCard escreveu:Isso já está sendo feito, cada vez em maior escala.
A grande vantagem destas energias renováveis é justamente o fato de que é rentável instalar pequenos centros de geração, financiados pelos próprios usuários (empresas, hospitais e até pessoas físicas) e espalhados por todos os lugares. Eles são ligados à rede elétrica e na hora que falta sol ou vento utilizam a energia gerada por outras fontes, mas quando o sol ou o vento são fortes o excedente é distribuído para consumo externo. Em sistemas bem dimensionados o balanço tende a ser zero ou seja, para o dono do equipamento os custos são só os de instalação e manutenção, a energia em si sai de graça.
Um conhecido meu (ex-vizinho) hoje vive de vender este tipo de sistema, produzido na Itália com componentes basicamente chineses, para clubes, escolas, condomínios e etc... .
Leandro G. Card
Cupincha, não é o que estou vendo ao meu redor (Litoral Norte do RS) nem é coerente com o que pesquisei ano passado (4º semestre), nem de longe. Tive a ideia, durante um dos constantes apagões que assolam a região, de me livrar dessa josta de CEEE. Fim de conta de luz, fim de apagão. E fui pesquisar, não só na internet mas com gente que conheço e trabalha com eletricidade e construção; até minha filhoca, que se forma em Engenharia Civil no fim deste ano, não escapou dos interrogatórios. Bueno, o que tenho visto/ouvido/lido?
Primeiro, não é tão simples e barato como pareces pensar, só botar uns painéis (caros pra burro, aliás) no lugar do telhado ou mesmo em cima dele. Segundo a extremamente burocratizada legislação que temos, é puro INFERNO! Tem que mudar um monte na instalação elétrica (quase tudo, na verdade), até o relógio é de outro modelo. Tem uma central também, da qual falo a seguir.
Segundo, para se livrar do apagão ainda tem que comprar e mandar instalar um troço feito com baterias em série (que, pelo tamanho, me parecem de caminhão), as quais estocam a energia não aproveitada. A acima referida central controla o fluxo, ou seja, a energia desce dos painéis, passa por um tipo de transformador, vai para as baterias, daí a central percebe que estão carregadas e passa a transferir para a rede externa tudo o que não for usado na residência. O tale de novo relógio controla a diferença entre o que eu eventualmente receber da rua e o que eu enviar. Se der apagão a central desconecta a minha transmissão para proteger os técnicos que trabalham nos reparos.
Em terceiro, volto à legislação: tentes entender aquilo! Se eu tiver vendido energia à CEEE, achas que eles automaticamente me creditam na conta, tipo uma conta de luz às avessas? Necas, é uma papelada dos infernos, com prazos e formatos, anexos e comprovantes, é de ficar DOIDO!
Abandonei a ideia. Foi daí que saí perguntando aos Colegas sobre investimentos...
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Re: EUA
Mas Túlio, tu estás no Brasil e não é o Elon Musk.
Vivemos em um país em que a energia eólica passou se expandir com rapidez a partir de 2010. Aqui até ano passado não tinha nem licitado como usar energia solar em larga escala. A produção descentralizada começou a chegar com baixo imposto e viável em 2015/2016. Ainda é caro a produção descentralizada, mas para estabelecimentos comerciais, shoppings, escolar/faculdades, industrias, lugares isolados é viável e interessante.
O sistema completo de geração de energia solar é vendido pelo Elon Musk, a SolarCity
http://www.solarcity.com/
O danadinho aí está investindo em novas tecnologias de bateria e aprimorando as tecnologias de painel solar. Já anunciou faz um tempo o painel solar em formato de telha que vai captar energia e, segundo ele, é mais resistente e leva, mantém o mesmo preço. Os outros como as empresas chinesas e europeus trabalham duro para aprimorar essas tecnologias.
Ainda que o grande ponto da energia renovável seja eólica. Está bombando no mundo todo. No Brasil no nordeste que favorecido por ventos fortes e constantes todo o ano. E o que segura as pontas no nordeste para evitar racionamento devido a seca e não permitir que aumente o custo de energia por que é mais barata e evita ligar térmicas.
Indo para os EUA e a indústria de carvão.
O mundo está parando de queimar carvão por que é caro extrair o combustível, manter a térmica funcionando e a cadeia logística que é enorme, mais o custo ambiental. Ao redor do mundo pararam os investimentos em novas plantas e tendem a fecharem de vez. Até a China está buscando ir para energia renovável ou queimar outra coisa menos poluente e mais barata para frear o crescimento do uso do carvão e começar a trajetória de redução. Os chineses não são burros, a poluição está acabando com o ar chinês e qualidade da vida da população e, lá frente, estoura em doenças, queda na produtividade e muita reclamação da classe média. Isso é coisa real. Algo que passou na Londres do século XIX ou cidades industriais da Euiropa.
No caso dos EUA não é diferente. A indústria do carvão mineral não fez sentido por que existem opções mais baratas e flexíveis, especialmente as energias renováveis solar e eólica. Porém tem um enorme lobby em certos estados que extraem carvão mineral que vem sindicatos envelhecidos e empresas pré-históricas. A medida ambiental do Obama em 2015 foi só a pá de cal. Eles vão morrer de qualquer forma. Por que o consumidor vai pagar mais pelo Kwh? Não tem sentido.
Agora é briga de lobistas. De um lado, o pessoal da industria de energia renováveis que é gigantesca e muito bem estrutura. Hoje gera mais emprego do que petróleo, gás e carvão. De outro, os lobista da produção de carvão, petróleo e fraking que defendem o combustível fóssil e são posicionados dentro do governo Trump, ainda que o partido republicado não dava muita boa para eles. A terceira parte são os consumidores pessoa física e empresas que pressionam para manter energia barata e acabam vendo na energia renovável. Além disso, cada estado tem uma legislação diferente e planos energéticos diferentes.
Nos EUA, a briga entre os lobistas é muito acentuada do que na Europa, Ásia, Índia, China, Brasil e outros países do mundo.
Vivemos em um país em que a energia eólica passou se expandir com rapidez a partir de 2010. Aqui até ano passado não tinha nem licitado como usar energia solar em larga escala. A produção descentralizada começou a chegar com baixo imposto e viável em 2015/2016. Ainda é caro a produção descentralizada, mas para estabelecimentos comerciais, shoppings, escolar/faculdades, industrias, lugares isolados é viável e interessante.
O sistema completo de geração de energia solar é vendido pelo Elon Musk, a SolarCity
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O danadinho aí está investindo em novas tecnologias de bateria e aprimorando as tecnologias de painel solar. Já anunciou faz um tempo o painel solar em formato de telha que vai captar energia e, segundo ele, é mais resistente e leva, mantém o mesmo preço. Os outros como as empresas chinesas e europeus trabalham duro para aprimorar essas tecnologias.
Ainda que o grande ponto da energia renovável seja eólica. Está bombando no mundo todo. No Brasil no nordeste que favorecido por ventos fortes e constantes todo o ano. E o que segura as pontas no nordeste para evitar racionamento devido a seca e não permitir que aumente o custo de energia por que é mais barata e evita ligar térmicas.
Indo para os EUA e a indústria de carvão.
O mundo está parando de queimar carvão por que é caro extrair o combustível, manter a térmica funcionando e a cadeia logística que é enorme, mais o custo ambiental. Ao redor do mundo pararam os investimentos em novas plantas e tendem a fecharem de vez. Até a China está buscando ir para energia renovável ou queimar outra coisa menos poluente e mais barata para frear o crescimento do uso do carvão e começar a trajetória de redução. Os chineses não são burros, a poluição está acabando com o ar chinês e qualidade da vida da população e, lá frente, estoura em doenças, queda na produtividade e muita reclamação da classe média. Isso é coisa real. Algo que passou na Londres do século XIX ou cidades industriais da Euiropa.
No caso dos EUA não é diferente. A indústria do carvão mineral não fez sentido por que existem opções mais baratas e flexíveis, especialmente as energias renováveis solar e eólica. Porém tem um enorme lobby em certos estados que extraem carvão mineral que vem sindicatos envelhecidos e empresas pré-históricas. A medida ambiental do Obama em 2015 foi só a pá de cal. Eles vão morrer de qualquer forma. Por que o consumidor vai pagar mais pelo Kwh? Não tem sentido.
Agora é briga de lobistas. De um lado, o pessoal da industria de energia renováveis que é gigantesca e muito bem estrutura. Hoje gera mais emprego do que petróleo, gás e carvão. De outro, os lobista da produção de carvão, petróleo e fraking que defendem o combustível fóssil e são posicionados dentro do governo Trump, ainda que o partido republicado não dava muita boa para eles. A terceira parte são os consumidores pessoa física e empresas que pressionam para manter energia barata e acabam vendo na energia renovável. Além disso, cada estado tem uma legislação diferente e planos energéticos diferentes.
Nos EUA, a briga entre os lobistas é muito acentuada do que na Europa, Ásia, Índia, China, Brasil e outros países do mundo.
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Re: EUA
Bourne véio, sou grande fã do Elon Musk, ele é O CARA! Já tinha lido sobre a tale de telha de energia que, segundo entendi, seria tudo o que falei concentrado numa telha só, interligada às demais. O diabo é que não se nem eu nem ele vamos estar por aqui para ver funcionando e produzindo em massa...
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Re: EUA
Você talvez não esteja mesmo Túlio veio, ele duvido que não.Túlio escreveu:Bourne véio, sou grande fã do Elon Musk, ele é O CARA! Já tinha lido sobre a tale de telha de energia que, segundo entendi, seria tudo o que falei concentrado numa telha só, interligada às demais. O diabo é que não se nem eu nem ele vamos estar por aqui para ver funcionando e produzindo em massa...
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Re: EUA
No Brasil, talvez. O pessoal é meio lento.
Mas nos EUA já vira uma opção para as construtoras e para quem precisa reformar o telhado. Dependendo dos termos vira um ótimo negócio para muita gente. E, se o Musk fez, tem outras empresas que vão pela mesma linha e vão buscar desenvolver seus modelos. Daqui a pouco aparece a telha de energia chinesa.
O mundo e a tecnologia estão acelerando muito. Em todos os sentidos. Lembre que o drone era coisa de maluco em idos de 2000. Hoje está em todo o lugar e a tecnologia evoluiu tanto que falam e mostram abertamente em carro e caminhão autônomo. Outro exemplo, a bateria de lithium já é considera meio ultrapassava por que já aparece as baterias sólidas mais seguras, duráveis e que carregam mais rápido. A Panasonic e samsung querem fazer funcionar e lançar no mercado até 2020.
Mas nos EUA já vira uma opção para as construtoras e para quem precisa reformar o telhado. Dependendo dos termos vira um ótimo negócio para muita gente. E, se o Musk fez, tem outras empresas que vão pela mesma linha e vão buscar desenvolver seus modelos. Daqui a pouco aparece a telha de energia chinesa.
O mundo e a tecnologia estão acelerando muito. Em todos os sentidos. Lembre que o drone era coisa de maluco em idos de 2000. Hoje está em todo o lugar e a tecnologia evoluiu tanto que falam e mostram abertamente em carro e caminhão autônomo. Outro exemplo, a bateria de lithium já é considera meio ultrapassava por que já aparece as baterias sólidas mais seguras, duráveis e que carregam mais rápido. A Panasonic e samsung querem fazer funcionar e lançar no mercado até 2020.
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Re: EUA
MALDADE, seu COMUNAZZZ, sou só 8 anos mais véio, POWS!!!Grep escreveu:
Você talvez não esteja mesmo Túlio veio, ele duvido que não.
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Re: EUA
Bourne escreveu:No Brasil, talvez. O pessoal é meio lento.
Mas nos EUA já vira uma opção para as construtoras e para quem precisa reformar o telhado. Dependendo dos termos vira um ótimo negócio para muita gente. E, se o Musk fez, tem outras empresas que vão pela mesma linha e vão buscar desenvolver seus modelos. Daqui a pouco aparece a telha de energia chinesa.
O mundo e a tecnologia estão acelerando muito. Em todos os sentidos. Lembre que o drone era coisa de maluco em idos de 2000. Hoje está em todo o lugar e a tecnologia evoluiu tanto que falam e mostram abertamente em carro e caminhão autônomo. Outro exemplo, a bateria de lithium já é considera meio ultrapassava por que já aparece as baterias sólidas mais seguras, duráveis e que carregam mais rápido. A Panasonic e samsung querem fazer funcionar e lançar no mercado até 2020.
Qual Lítio? A Li-ion que tudo que é cel tem ou a Li-Po? Uma terceira?
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Re: EUA
Há uns anos atrás falei da minha prima dos tubos de vácuo como uma solução mais avançada para o AQS, já que ao contrário dos paínéis solares tradicionais (como eu tenho no meu apartamento), conseguem aquecer a água desde que haja luminosidade, sendo a temperatura ambiente muito menos importante. Ela que até tem um painel para produção de electricidade orientável na sua moradia ( https://energia.edp.pt/particulares/ser ... GwodXpwH1A ), começou a pesquisar logo sobre o assunto. O problema é que esses sistemas eram por norma Alemães e custavam imenso. O resultado final foi ela ter esperado uns anos e este ano instalou um sistema de tubos de vácuo Made in China que funcionam e foram muito mais baratos.
http://www.lusosol.com/pdf/termosifao_tubo_vacuo.pdf
Já agora:
http://www.ddn-eng.com/solucao-economic ... -da-tesla/
http://www.lusosol.com/pdf/termosifao_tubo_vacuo.pdf
Já agora:
http://www.ddn-eng.com/solucao-economic ... -da-tesla/
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Re: EUA
Realmente não sei como as tecnologias estão agora com relação ao custo inicial, manutenção e eficiência, mas ano passado mesmo estive em uma feira no interior de Minas Gerais e havia não apenas uma mas 3 empresas diferentes oferecendo soluções que incluíam (e combinavam) coletores solares para aquecimento, células fotovoltaicas e geradores eólicos para uso doméstico. Segundo eles a ideia seria empregá-los em chácaras, sítios ou pequenas fazendas, e os custos não eram nada proibitivos. Considerando uma potência média de 2000W (mais do que o suficiente para alimentar uma residência comum) um sistema inteiro instalado (com um catavento e painéis solares) ficava em torno de R$8 mil.Túlio escreveu: Cupincha, não é o que estou vendo ao meu redor (Litoral Norte do RS) nem é coerente com o que pesquisei ano passado (4º semestre), nem de longe. Tive a ideia, durante um dos constantes apagões que assolam a região, de me livrar dessa josta de CEEE. Fim de conta de luz, fim de apagão. E fui pesquisar, não só na internet mas com gente que conheço e trabalha com eletricidade e construção; até minha filhoca, que se forma em Engenharia Civil no fim deste ano, não escapou dos interrogatórios. Bueno, o que tenho visto/ouvido/lido?
Primeiro, não é tão simples e barato como pareces pensar, só botar uns painéis (caros pra burro, aliás) no lugar do telhado ou mesmo em cima dele. Segundo a extremamente burocratizada legislação que temos, é puro INFERNO! Tem que mudar um monte na instalação elétrica (quase tudo, na verdade), até o relógio é de outro modelo. Tem uma central também, da qual falo a seguir.
Não é barato, mas também não é nada completamente absurdo. Com meu consumo em casa eu pagaria o investimento em menos de 5 anos, e a garantia oferecida para todos os componentes era de 10 anos.
Acho que é aqui que você está se embaralhando.Segundo, para se livrar do apagão ainda tem que comprar e mandar instalar um troço feito com baterias em série (que, pelo tamanho, me parecem de caminhão), as quais estocam a energia não aproveitada. A acima referida central controla o fluxo, ou seja, a energia desce dos painéis, passa por um tipo de transformador, vai para as baterias, daí a central percebe que estão carregadas e passa a transferir para a rede externa tudo o que não for usado na residência. O tale de novo relógio controla a diferença entre o que eu eventualmente receber da rua e o que eu enviar. Se der apagão a central desconecta a minha transmissão para proteger os técnicos que trabalham nos reparos.
Não se imagina mais um sistema assim totalmente independente, sem depender da rede e usando energia armazenada em baterias, pois só os conversores e as baterias já custariam sozinhos mais que o dobro do restante do sistema! E as baterias tem vida bem mais curta do que o sistema de geração e controle. Aí sim a coisa fica inviável.
Todos os sistemas que eu vi, e também o que meu conhecido comercializa, trabalham com geração local integrada à rede comercial. Todo o excesso que for gerado (por exemplo, a energia gerada pelas células foto-voltaicas quando não há ninguém em casa, ou a do catavento gerada à noite, quando quase tudo está desligado) é imediatamente transmitida para a linha comercial, por um custo/Kwh equivalente ao cobrado pelas próprias distribuidoras. Isso vai gerando créditos para o produtor local de energia. E quando você precisar de mais energia do que o seu sistema pode gerar (por exemplo quando minha mulher e eu ligarmos ao mesmo tempo o ferro de passar, chuveiro elétrico e a serra tico-tico), aí o controle capta da rede pelo preço padrão o excesso de potência que o seu sistema de geração local não pode fornecer. No final do mês é feito um balanço do que entrou e do que saiu, e você paga a diferença à favor da distribuidora, se houver. Se a diferença for ao seu favor, fica acumulada como crédito para o mês seguinte (pelo que entendi fica acumulada por até três meses). Isso é automático, o próprio relógio inteligente que vem com o sistema faz a conta e a companhia te manda o boleto informando quanto precisa pagar naquele mês ou qual é o seu crédito acumulado, o que for o caso.
Assim sequer é preciso ter a capacidade de gerar toda a potência que você pode precisar utilizar em um dado instante específico, mas apenas uma média que seja ligeiramente superior ao seu consumo médio mensal para a sua conta de luz no final do mês já vir zerada. E isso derruba enormemente o custo inicial da instalação, já que o consumo médio em geral é de apenas 1/5 a 1/3 do de pico. É claro que se a distribuidora falhar e houver um apagão você só poderá contar com a própria energia que produzir, e não será possível ligar tudo o que você quiser ao mesmo tempo. Mas sua geladeira, ar condicionado e televisão, por exemplo, poderão continuar a operar sem problemas enquanto houver algum sol e/ou algum vento (ou se você tiver uma pequena queda d'água na propriedade e colocar uma turbina hidráulica).
A legislação já prevê tudo isso, e os equipamentos necessários para ligar a produção local à rede comercial já estão disponíveis e à venda sem problemas. Não está previsto que você recebe retorno em espécie, para isso é necessário se cadastrar não como consumidor e sim como produtor, e aí a burocracia é praticamente a mesma que a de uma empresa comercial de qualquer ramo (ou seja, muita mesmo ).Em terceiro, volto à legislação: tentes entender aquilo! Se eu tiver vendido energia à CEEE, achas que eles automaticamente me creditam na conta, tipo uma conta de luz às avessas? Necas, é uma papelada dos infernos, com prazos e formatos, anexos e comprovantes, é de ficar DOIDO!
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Mas a ideia não é ficar rico vendendo energia, e sim zerar a conta e ter um certo nível de segurança em caso de apagão geral. E para isso a coisa já é perfeitamente viável hoje.
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Re: EUA
Um dos diretores da empresa em que trabalho, que vive na Holanda, precisou trocar o telhado da sua casa, que já era bem antigo mesmo (centenas de anos, coisa de europeu).Bourne escreveu:O danadinho aí está investindo em novas tecnologias de bateria e aprimorando as tecnologias de painel solar. Já anunciou faz um tempo o painel solar em formato de telha que vai captar energia e, segundo ele, é mais resistente e leva, mantém o mesmo preço. Os outros como as empresas chinesas e europeus trabalham duro para aprimorar essas tecnologias.
Pois não é que ficou mais barato cobrir a casa com painéis fotovoltaicos do que com telhas de cerâmica compatíveis com a arquitetura original? A prefeitura da cidade não permitiu que ele simplesmente colocasse telhas de fibra de vidro ou de alumíniocom isopor, para não descaracterizar a aparência da cidade, mas painéis fotovoltaicos negros foram permitidos porque não são tão diferentes assim das telhas originais e pelo apelo ecológico, que o governo da Holanda incentiva.
E hoje ele economiza em média 150 euros mensais na conta de energia (é uma big casa, e o aquecimento é todo elétrico).
Leandro G. Card
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Re: EUA
Telhas de fibra de vidro? Alumínio? Isso não se usa na Europa. O que se usa é a boa telha de cerâmica/betão.
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