Geopolítica Energética

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Re: Geopolítica Energética

#901 Mensagem por Bourne » Qua Mar 01, 2017 11:53 am

Dá onde vem esse tal queda no emprego?

Já que a energia solar e eólica geram mais emprego que gás e petróleo nos últimos 10 anos nos EUA.

Não existe escolha de sofia. A revolução que a gente está vendo é tão grande quando introduziram usina nuclear na matriz energética. Ou quando passou a usar petróleo ao invés de carvão lá no século XIX. E foi feito por que é mais eficiente e barato. A mesma motivação atual de migrar para energia solar e eólica.




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Re: Geopolítica Energética

#902 Mensagem por Juniorbombeiro » Qua Mar 01, 2017 12:59 pm

Sterrius escreveu:usinas acarvão sempre poluem. OS filtros ajudam mas precisam de muita manutenção pra segurar os compostos e esse lixo solido precisa ser eliminado de alguma maneira.
Esse lixo sólido vira insumo para fertilizantes, gesso, cimento, etc. O processamento se dá antes dá queima também, não são só filtros.




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Re: Geopolítica Energética

#903 Mensagem por Juniorbombeiro » Qua Mar 01, 2017 1:24 pm

Bourne escreveu:Dá onde vem esse tal queda no emprego?

Já que a energia solar e eólica geram mais emprego que gás e petróleo nos últimos 10 anos nos EUA.

Não existe escolha de sofia. A revolução que a gente está vendo é tão grande quando introduziram usina nuclear na matriz energética. Ou quando passou a usar petróleo ao invés de carvão lá no século XIX. E foi feito por que é mais eficiente e barato. A mesma motivação atual de migrar para energia solar e eólica.
Nós tínhamos um fornecedor de pré moldados de concreto em Gravataí, Ernesto Webcko é o nome da empresa, o principal negócio deles é fornecer módulos de concreto para as torres de geradores eólicos. Eles forneceram para o parque de Osório e estavam fabricando para outros que não lembro agora. Comentei com eles que achava que aquilo alí era o futuro. A resposta foi um balde de água fria, isso que eles ganham a vida no setor. Sem os incentivos do governo, era impossível a eólica competir no mercado nacional, isso que somos um dos países mais privilegiados do mundo em potencial de vento. Essas usinas são carrissimas, apesar de não parecer e são cheias de restrições, vento máximo, vento mínimo. Se não fosse a estocadora de vento, não haveria tanta energia eólica no Brasil, pq simplesmente não compensa do ponto de vista econômico. Ainda por cima temos que aturar figuras como o Eliseu PAdilha grilando terras onde estão as maiores incidências de vento para faturar um depois. A solar então nem se fala, é muito mais cara. São tecnologias que são boas como diversificação dá matriz energética e para sistemas isolados, onde não é econômico construir linha de transmissão para um consumo pequeno. A eólico hoje é fundamental para nossa segurança energética, pois tiram a sobrecarga das barragens (as verdadeiras estocadoras de vento para quem ainda não entendeu), mas ninguém faria se a Dilma não tivesse determinado uma tarifa especial para ela.




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Re: Geopolítica Energética

#904 Mensagem por mmatuso » Qua Mar 01, 2017 2:37 pm

Bourne na sua saga para provar que as novas energias estão tomando lugar das antigas e mais poluentes.

Lembro do Bourne dando como certo o sucesso do shale oil/fracking, fim da industria de petroleo e independente energética dos EUA. [003]

Não adianta a lei sempre prevalecerá, onde tem mais dinheiro e poder será o que vai vigorar, energias renovaveis e não poluentes nunca vão derrubar o império da poluição pelo fato de ter muitos interesses por trás.




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Re: Geopolítica Energética

#905 Mensagem por Túlio » Qua Mar 01, 2017 2:47 pm

mmatuso escreveu:Bourne na sua saga para provar que as novas energias estão tomando lugar das antigas e mais poluentes.

Lembro do Bourne dando como certo o sucesso do shale oil/fracking, fim da industria de petroleo e independente energética dos EUA. [003]

Não adianta a lei sempre prevalecerá, onde tem mais dinheiro e poder será o que vai vigorar, energias renovaveis e não poluentes nunca vão derrubar o império da poluição pelo fato de ter muitos interesses por trás.

Acho louvável a preocupação do Bourne e outros (eu incluso) com o meio ambiente mas é como disseste, há intere$$e$ podero$í$$imo$ por trás das fontes de energia poluentes. É gente demais a ficar sem seu gordo bônus de fim de ano a troco de uma "irrelevância" como um planeta melhor. Sobre os empregos, não sei avaliar quanta gente que hoje trabalha em função da matriz energética vigente conseguiria manter um emprego do mesmo nível se a dita matriz fosse substituída.

Aliás, que fim levou o xisto, que tornaria os EUA em maior exportador de petróleo ali por 2017? Que eu saiba é o ano em que estamos, alguma novidade no front?




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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Re: Geopolítica Energética

#906 Mensagem por Juniorbombeiro » Qua Mar 01, 2017 3:08 pm

Túlio escreveu:
mmatuso escreveu:Bourne na sua saga para provar que as novas energias estão tomando lugar das antigas e mais poluentes.

Lembro do Bourne dando como certo o sucesso do shale oil/fracking, fim da industria de petroleo e independente energética dos EUA. [003]

Não adianta a lei sempre prevalecerá, onde tem mais dinheiro e poder será o que vai vigorar, energias renovaveis e não poluentes nunca vão derrubar o império da poluição pelo fato de ter muitos interesses por trás.

Acho louvável a preocupação do Bourne e outros (eu incluso) com o meio ambiente mas é como disseste, há intere$$e$ podero$í$$imo$ por trás das fontes de energia poluentes. É gente demais a ficar sem seu gordo bônus de fim de ano a troco de uma "irrelevância" como um planeta melhor. Sobre os empregos, não sei avaliar quanta gente que hoje trabalha em função da matriz energética vigente conseguiria manter um emprego do mesmo nível se a dita matriz fosse substituída.

Aliás, que fim levou o xisto, que tornaria os EUA em maior exportador de petróleo ali por 2017? Que eu saiba é o ano em que estamos, alguma novidade no front?
Foram simplesmente dizimados pela OPEP, o break even do shale oil é US$ 60 o barril, enquanto tiver petróleo mais barato que isso, esquece o xisto.




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Re: Geopolítica Energética

#907 Mensagem por mmatuso » Qua Mar 01, 2017 3:28 pm

Pois é, o preço tem que ser alto para todas essas formas de extração serem rentáveis.

Acredito eu que o mesmo ocorre com essas energias renovaveis e não poluentes, com um preço de barril de Us$20,00 mesmo elas se tornam inviáveis.

No final prevalece a lei da humanidade de quem porrete maior prevalece em detrimento do bom senso. [003] [003]




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Re: Geopolítica Energética

#908 Mensagem por mpelegrini » Qua Mar 01, 2017 4:42 pm

Colegas, parabéns pela discussão. Não posto com muita frequencia, mas este assunto é bastante interessante pra mim.

Entendo que os entraves para uma maior participação das fontes de energia solar e eólica, principalmente no Brasil, já não são mais econômicos. Este artigo traz uma visão interessante da inserção destas matrizes e os novos problemas financeiros e técnicos apresentados. Como estamos observando uma mudança estrutural no mercado de energia, a tendencia é que estas questões se tornem mais evidentes.

http://www.economist.com/news/leaders/2 ... disrupting

Um abraço!




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Re: Geopolítica Energética

#909 Mensagem por Marechal-do-ar » Qua Mar 01, 2017 6:19 pm

Juniorbombeiro escreveu:As tecnologias disponíveis hoje para termoelétricas a carvão são totalmente limpas, não poluem. A Alemanha está operando muitas térmicas a carvão, boa parte da energia nuclear que eles estão abdicando será substituída por carvão. Cadê o protocolo de Paris para eles??? Mais uma cagada do governo Temer. Poderíamos ter pelo menos mais uma usina térmica a carvão no RS com essa nova tecnologia, parece que agora é que não sai mesmo. Ainda bem que temos abundância de outros recursos energéticos.
Você está confundindo as coisas, toda a tecnologia pode permitir que as usinas a carvão não emitam gases tóxicos e partículas (puluentes) mas com o carvão sendo basicamente carbono elas são as que mais emitem gás carbônico (que não é classificado como poluente), e com isso contribuem para o efeito estufa, em relação a isso existem estudos para enterrar o gás carbônico emitido, existem até algumas usinas experimentais que fazem isso, mas esse processo consome uma parte da energia gerada e deixa a operação toda custosa.

Mas o carvão mineral não vai morrer assim, tão fácil, ele ainda é materia prima para a produção de aço.




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Re: Geopolítica Energética

#910 Mensagem por Juniorbombeiro » Qua Mar 01, 2017 7:12 pm

Marechal-do-ar escreveu:
Juniorbombeiro escreveu:As tecnologias disponíveis hoje para termoelétricas a carvão são totalmente limpas, não poluem. A Alemanha está operando muitas térmicas a carvão, boa parte da energia nuclear que eles estão abdicando será substituída por carvão. Cadê o protocolo de Paris para eles??? Mais uma cagada do governo Temer. Poderíamos ter pelo menos mais uma usina térmica a carvão no RS com essa nova tecnologia, parece que agora é que não sai mesmo. Ainda bem que temos abundância de outros recursos energéticos.
Você está confundindo as coisas, toda a tecnologia pode permitir que as usinas a carvão não emitam gases tóxicos e partículas (puluentes) mas com o carvão sendo basicamente carbono elas são as que mais emitem gás carbônico (que não é classificado como poluente), e com isso contribuem para o efeito estufa, em relação a isso existem estudos para enterrar o gás carbônico emitido, existem até algumas usinas experimentais que fazem isso, mas esse processo consome uma parte da energia gerada e deixa a operação toda custosa.

Mas o carvão mineral não vai morrer assim, tão fácil, ele ainda é materia prima para a produção de aço.
Não, eu não estou colocando o CO2 na jogada, até pq se formos entrar na Seara da ditadura do CO2, melhor voltarmos para o tempo das cavernas, e sem churrasco. As tecnologias de carvão limpo são para reduzir emissão de particulados, NOx e de gases ácidos, responsáveis por chuva ácida. Existe também a proposta de captura de CO2, mas pra mim isso é viagem na maionese ainda, até pq uma simples erupção vulcânica joga mais CO2 na atmosfera do que conseguiríamos em anos. Eu li alguma coisa sobre uma proposta de implantação de uma usina dessas na região carbonífera do RS, foi na revista do CREA-RS, mas não lembro dos detalhes.




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Re: Geopolítica Energética

#911 Mensagem por Sterrius » Qui Mar 02, 2017 2:37 am

quanto aos intere$$e$. Lembrem-se que antigamente isso era um massacre, não uma briga.

Hoje ambos os lados tem muita grana pra jogar com lobbystas e legislação. Não é mais uma briga assimétrica em termos de dinheiro. E a sociedade em sua maioria apoia as renováveis.




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Re: Geopolítica Energética

#912 Mensagem por Juniorbombeiro » Qui Mar 02, 2017 8:22 am

Sterrius escreveu:quanto aos intere$$e$. Lembrem-se que antigamente isso era um massacre, não uma briga.

Hoje ambos os lados tem muita grana pra jogar com lobbystas e legislação. Não é mais uma briga assimétrica em termos de dinheiro. E a sociedade em sua maioria apoia as renováveis.
Certamente, mas tem que se ter cuidado, principalmente nós que somos periféricos, vamos lembrar que a Energia Hidrelétrica no Brasil não tem concorrente em termos de custo de energia limpa e ainda temos um grande potencial a ser explorado. Mas existem "interrésses" (como dizia o saudoso Brizola) tentando criminalizá-la, já tentaram provar por A + B que ela produz mais CO² que todas juntas. O que não falta nesse mundo é "pesquisador" louco para vender o que o cliente quer ouvir, pode-se fazer "trabalhos científicos" até defendendo que o homem veio de Adão e Eva. O que fizeram em Belo Monte, diminuindo o reservatório e a capacidade de geração, já foi um crime lesa pátria, a história dos bagres até hoje é motivo de piada. Nem que tivesse que contratar 100 índios na Piracema todo ano para levar os bagres no colo para acima da represa, ainda assim valeria a pena. Mas como bem disse o Lula, preferiram jogar os bagres no colo do presidente.
O meio ambiente é fundamental, sem dúvida nenhuma, não temos como viver sem ele. Mas temos que ter cuidado para isso não virar uma desculpa para não fazermos nada, tem que haver um equilíbrio, é muita hipocrisia ficar fazendo engajamento virtual pelo I-Phone em salas climatizadas, com água encanada e esgoto enquanto brasileiros ainda não tem acesso a luz elétrica e saneamento básico, achando que mantê-los na idade da pedra vai salvar o planeta. Tem muita gente bem intensionada, mas também tem muita gente criando o problema para vender a solução. Esse governo que está aí não discute nada com a sociedade, tudo é imposto da noite para o dia por "iluminados".




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Re: Geopolítica Energética

#913 Mensagem por Bourne » Qui Mar 02, 2017 9:49 am

A bala de prata.

Foi no fechar de 2015 que o governo Dilma sepultou o carvão como combustível e as termoelétricas. Por que são caras e impactam na conta de energia quando tem que ser ligadas. Simples assim.

No seu lugar, o plano de energia foi redirecionado para foco em energia solar e eólica, maior descentralização da produção como forma de reduzir a dependência das hidroelétricas. O governo temer fez apenas prossegue com o Plano original. existem coisas nebulosos na regulamentação de muita coisa, mas ouve um redirecionamento da política energética que parece ter sido eclipsada pela instabilidade política.
Projeto prevê investimento privado de R$ 100 bi em energia solar até 2030

MME lança plano de estímulo para que casas, comércios e indústrias instalem painéis de geração, com capacidade de meia Itaipu

O Ministério de Minas e Energia (MME) lançou, nesta terça-feira (15), um plano de estímulo para atrair R$ 100 bilhões em investimentos privados para a geração de energia solar até 2030. A meta do Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD) é incentivar 2,7 milhões de casas, comércios, indústrias e unidades agrícolas a instalarem painéis solares para gerar 48 milhões de megawatts/hora (MWh) por ano. Isso equivale à metade do que a usina hidrelétrica de Itaipu gera anualmente.

O investimento na estrutura necessária para cada MWh solar deve gerar de 25 a 30 empregos. "Estamos propondo um avanço importantíssimo e ousado de cobrir 1 milhão de telhados por ano com painéis fotovoltaicos", afirmou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.

O plano prevê que, com essa iniciativa, o Brasil poderá deixar de emitir ao ano 29 milhões de toneladas de gás carbônico (CO²), o principal causador do aquecimento global. Com isso, o País deve cumprir parte do objetivo de reduzir em 43% as emissões brasileiras, conforme acordo assumido na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), realizada na semana passada, em Paris.

O governo dará incentivos para atrair investimentos ao setor. Entre eles, a isenção de ICMS sobre a energia gerada em pequenas instalações solares de residências. A isenção foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e já tem adesão de seis Estados (Ceará, Goiás, Rio Grande do Norte, Tocantins, São Paulo e Pernambuco).

As residências que produzirem energia solar também vão gerar crédito para pagar a conta de luz quando houver excedente. "Acreditamos que os objetivos do plano só serão alcançados se tivermos o apoio de todas as distribuidoras e comercializadoras de energia", observou Braga.

Está em estudo a possibilidade de a energia excedente do consumidor doméstico e de menor porte ser revendida no mercado livre, o que pode representar renda adicional para as famílias.

O governo também irá reduzir de 14% para 2% alíquota do Imposto de Importação incidente sobre bens de capital e equipamentos usados na geração solar. O objetivo é que isso estimule o desenvolvimento acelerado da indústria solar no País, como ocorre com a eólica. "Se nós estamos falando de um ano no PIB e na macroeconomia, nós estamos testemunhando o início de um novo case energético e macroeconômico, como tem sido o sucesso da geração eólica", observou o ministro.

Braga disse que o programa lançado nesta terça-feira pode criar novas atividades econômica no País. "Se você tem uma propriedade, uma grande área, você pode atrair uma comercializadora, que pode propor um empreendimento para que ela compre energia. Ou seja, ao invés de ter um custo de geração de energia, você pode ter um ativo. Essa é uma atividade nova na economia brasileira", afirmou.

Inovação

O ProGD prevê a instalação de painéis solares flutuantes nos reservatórios das usinas hidrelétricas de Balbina, no Amazonas, e em Sobradinho, na Bahia. Serão investidos R$ 100 milhões nesses projetos, que serão desenvolvidos pela Eletronorte e Cesf entre 2016 e 2019.

De acordo com Braga, o objetivo do projeto é calcular "impacto na medição de evaporação dos lagos das hidrelétricas", ou seja, como a cobertura dos reservatórios pode afetar a geração de chuvas. Caso o impacto seja positivo, as hidrelétricas poderão também gerar energia solar.

Outro projeto piloto será a instalação de painéis no próprio Ministério de Minas e Energia. Para isso, será utilizado equipamento de R$ 500 mil doado pela Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar). Serão 256 módulos com capacidade para gerar 56 kWp (de Watt-pico), o que deve reduzir em R$ 70 mil por ano na conta de luz do ministério.

Já o BNDES deve criar novas linhas de crédito e ampliar as já existentes para que universidades, escolas técnicas federais e hospitais adotem a tecnologia solar.

Imagem

por Portal Brasil
Publicado: 15/12/2015 19h30
Última modificação: 04/01/2016 13h19

http://www.brasil.gov.br/infraestrutura ... r-ate-2030
Sabe aquelas usinas nucleares do plano estratégico e tal? Esqueçam. Virou tudo painel solar e pá que roda com ventinho. :lol:




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Re: Geopolítica Energética

#914 Mensagem por Juniorbombeiro » Qui Mar 02, 2017 10:20 am

Bourne escreveu:A bala de prata.

Foi no fechar de 2015 que o governo Dilma sepultou o carvão como combustível e as termoelétricas. Por que são caras e impactam na conta de energia quando tem que ser ligadas. Simples assim.

No seu lugar, o plano de energia foi redirecionado para foco em energia solar e eólica, maior descentralização da produção como forma de reduzir a dependência das hidroelétricas. O governo temer fez apenas prossegue com o Plano original. existem coisas nebulosos na regulamentação de muita coisa, mas ouve um redirecionamento da política energética que parece ter sido eclipsada pela instabilidade política.
Projeto prevê investimento privado de R$ 100 bi em energia solar até 2030

MME lança plano de estímulo para que casas, comércios e indústrias instalem painéis de geração, com capacidade de meia Itaipu

O Ministério de Minas e Energia (MME) lançou, nesta terça-feira (15), um plano de estímulo para atrair R$ 100 bilhões em investimentos privados para a geração de energia solar até 2030. A meta do Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD) é incentivar 2,7 milhões de casas, comércios, indústrias e unidades agrícolas a instalarem painéis solares para gerar 48 milhões de megawatts/hora (MWh) por ano. Isso equivale à metade do que a usina hidrelétrica de Itaipu gera anualmente.

O investimento na estrutura necessária para cada MWh solar deve gerar de 25 a 30 empregos. "Estamos propondo um avanço importantíssimo e ousado de cobrir 1 milhão de telhados por ano com painéis fotovoltaicos", afirmou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.

O plano prevê que, com essa iniciativa, o Brasil poderá deixar de emitir ao ano 29 milhões de toneladas de gás carbônico (CO²), o principal causador do aquecimento global. Com isso, o País deve cumprir parte do objetivo de reduzir em 43% as emissões brasileiras, conforme acordo assumido na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), realizada na semana passada, em Paris.

O governo dará incentivos para atrair investimentos ao setor. Entre eles, a isenção de ICMS sobre a energia gerada em pequenas instalações solares de residências. A isenção foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e já tem adesão de seis Estados (Ceará, Goiás, Rio Grande do Norte, Tocantins, São Paulo e Pernambuco).

As residências que produzirem energia solar também vão gerar crédito para pagar a conta de luz quando houver excedente. "Acreditamos que os objetivos do plano só serão alcançados se tivermos o apoio de todas as distribuidoras e comercializadoras de energia", observou Braga.

Está em estudo a possibilidade de a energia excedente do consumidor doméstico e de menor porte ser revendida no mercado livre, o que pode representar renda adicional para as famílias.

O governo também irá reduzir de 14% para 2% alíquota do Imposto de Importação incidente sobre bens de capital e equipamentos usados na geração solar. O objetivo é que isso estimule o desenvolvimento acelerado da indústria solar no País, como ocorre com a eólica. "Se nós estamos falando de um ano no PIB e na macroeconomia, nós estamos testemunhando o início de um novo case energético e macroeconômico, como tem sido o sucesso da geração eólica", observou o ministro.

Braga disse que o programa lançado nesta terça-feira pode criar novas atividades econômica no País. "Se você tem uma propriedade, uma grande área, você pode atrair uma comercializadora, que pode propor um empreendimento para que ela compre energia. Ou seja, ao invés de ter um custo de geração de energia, você pode ter um ativo. Essa é uma atividade nova na economia brasileira", afirmou.

Inovação

O ProGD prevê a instalação de painéis solares flutuantes nos reservatórios das usinas hidrelétricas de Balbina, no Amazonas, e em Sobradinho, na Bahia. Serão investidos R$ 100 milhões nesses projetos, que serão desenvolvidos pela Eletronorte e Cesf entre 2016 e 2019.

De acordo com Braga, o objetivo do projeto é calcular "impacto na medição de evaporação dos lagos das hidrelétricas", ou seja, como a cobertura dos reservatórios pode afetar a geração de chuvas. Caso o impacto seja positivo, as hidrelétricas poderão também gerar energia solar.

Outro projeto piloto será a instalação de painéis no próprio Ministério de Minas e Energia. Para isso, será utilizado equipamento de R$ 500 mil doado pela Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar). Serão 256 módulos com capacidade para gerar 56 kWp (de Watt-pico), o que deve reduzir em R$ 70 mil por ano na conta de luz do ministério.

Já o BNDES deve criar novas linhas de crédito e ampliar as já existentes para que universidades, escolas técnicas federais e hospitais adotem a tecnologia solar.

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Última modificação: 04/01/2016 13h19

http://www.brasil.gov.br/infraestrutura ... r-ate-2030
Sabe aquelas usinas nucleares do plano estratégico e tal? Esqueçam. Virou tudo painel solar e pá que roda com ventinho. :lol:
Isso é um equívoco, a energia solar é importante sem dúvida, esse incentivo aos sistemas descentralizados residenciais está corretíssimo (eu inclusive vou estudar a viabilidade de um sistema assim em casa, no futuro), mas abrir mão do carvão é um erro, temos que ter pelo menos usinas a carvão de última geração para avaliar o impacto, ficar se baseando em estudos de lobistas não me parece certo, temos que fazer os nossos estudos, quando temos crises hídricas tem que se sair correndo para disponibilizar térmicas. Não temos gás suficiente para atender toda a demanda em emergência no caso de crise hídrica, por isso as térmicas a carvão são importantes também, isso não está com cara de ter sido coisa da Dilma, tô achando que tem o dedo verde fedorento do Sarney Filho nessa política energética. Quanto as pequenas centrais nucleares, até certo ponto está certo, energia nuclear tem um custo operacional muito alto, tem que ser usinas grandes, acho que deveríamos ter ao menos mais umas duas centrais nucleares em pontos estratégicos para equilibrar nossa rede interligada. A vantagem dessas pequenas seria desenvolver tecnologia nacional, mas isso, o governo poderia pagar para a Marinha, por exemplo, instalar alguns reatores em locais onde ela tem bases e vender o excedente para consumo, cria-se uma empresa de energia específica para atender essa demanda, em parceria com universidades, de três a cinco centrais já estaria de bom tamanho para fomentar pesquisa. Não se pode abdicar disso, energia nuclear é soberania, ainda mais em um país que tem suas próprias reservas de urânio e sabe como processá-lo, seria uma burrice tremenda.




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Re: Geopolítica Energética

#915 Mensagem por Bolovo » Qui Mar 02, 2017 10:44 am

Eu corto meu pinto fora no dia que energia eólica e solar se tornarem as matrizes energéticas primárias do planeta. Isso simplesmente não vai acontecer.




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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