Programa de Reaparelhamento da Marinha

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14521 Mensagem por arcanjo » Sáb Jan 28, 2017 6:32 pm

28 de janeiro de 2017
Marinha vai substituir fragatas por corvetas, revela Alm. Ivan Taveira

http://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2017/01/Alm.-Ivan-Taveira-Foto-IDS.jpg
Alm. Ivan Taveira – Foto – ID&S

A Marinha do Brasil pretende substituir as fragatas da armada por corvetas classe Tamandaré, revelou o diretor de Engenharia Naval, Contra-Almirante Ivan Taveira Martins, em entrevista exclusiva ao ID&S. A Marinha possui hoje oito fragatas – seis classe Niterói e duas classe Greenhalgh -, que devem chegar ao final do seu ciclo de vida no início da próxima década. De acordo com o Almirante Taveira, a Força Naval não avalia hoje a modernização dessas embarcações.

O estudo, encabeçado por ele, busca substituir as fragatas por corvetas classe Tamandaré, uma “evolução comedida” da corveta Barroso (incorporada à Marinha em agosto de 2008). “Não se tem nenhuma previsão de modernização (das fragatas). Elas já foram modernizadas no passado. Acho que elas estão chegando ao final da vida útil mesmo”, disse.

http://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2017/01/Corveta-Tamandar%C3%A9-V35.png
Concepção da Corveta Tamandaré V35

O Almirante trabalha hoje na elaboração das especificações técnicas para a licitação das corvetas classe Tamandaré. De acordo com ele, o processo de licitação deve ser aberto ainda neste ano e o contrato assinado em 2018.

O primeiro lote, que contará com quatro corvetas, tem estimativa de construção em torno de oito anos. “Dependendo do sucesso dessa substituição (fragatas por corvetas), poderemos ter outros lotes. Mas essa é uma decisão que vai ficar mais para frente”, explicou.

http://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2016/02/Tamandar%C3%A9.jpg

Sobre o modelo de negócio, o Almirante contou que a pretensão da Marinha é que a base da corveta seja feita por uma empresa privada e só a finalização do projeto é que ficará a cargo do Arsenal da Marinha. “Eu imagino que um projeto dessa grandeza deva atrair empresas renomadas do exterior, que venham aqui e se associem a estaleiros nacionais ou criem filiais”.

Mas, o Almirante garantiu que a licitação terá uma preocupação com o nível de nacionalização das corvetas. De acordo com ele, a expectativa é de que a plataforma do navio tenha 60% de itens nacionais. “A nacionalização é uma preocupação histórica da Marinha”, garantiu.

http://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2017/01/tamandar%C3%A9-2.png

Segundo o Almirante, o custo estimado para a construção de uma corveta é de cerca de US$ 400 milhões. O sistema de armas ainda não está definido e a equipe do almirante trabalha hoje nas especificações técnicas. Mas ele adiantou que a corveta terá: canhão de proa de 76 mm, canhão auxiliar de 40 mm, lançadores de torpedo médio, metralhadoras para ameaças assimétricas, míssil nacional MAN-SUP e despistador de míssil.

COMPRA DE NOVOS NAVIOS DE GUERRA
No ano passado, o Almirante Ivan Taveira visitou a Itália para avaliar a compra de navios de guerra. Ao ID&S, ele contou que a Força Naval não estuda, no momento, compra de novas embarcações. “Não houve uma negociação. Simplesmente avaliamos, como estamos sempre abertos a fazer. Apesar dos navios estarem em bom estado, eles precisariam de um investimento grande de nossa parte no sistema de armas, ou seja, não ficavam tão atrativos assim”, explicou.

http://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2017/01/tamandar%C3%A9.png

ENTENDA
Corveta é a menor classe de navios de guerra. O deslocamento desse tipo de navio é tipicamente da ordem de 1 mil a 2 mil toneladas, embora haja projetos que se aproximam de 3 mil, tornando a corveta uma pequena fragata.

Segundo a Marinha, a corveta Tamandaré é uma evolução do projeto da corveta Barroso, com atualização dos parâmetros do casco, dos equipamentos e sensores, dos sistemas de Comando e Controle e Armas, buscando um índice cada vez maior de nacionalização. A Tamandaré é mais estável que a Barroso em todos os parâmetros: curva de estabilidade estática (CEE); guinada brusca (alta velocidade); e critério de vento.

Já Fragata é um navio leve com capacidade de missão múltiplas. São muito utilizadas para escolta de grandes unidades ou de comboios civis em tempos de guerra. O deslocamento é na faixa de 3.500 a 7 mil toneladas. As fragatas, que estão um nível acima das corvetas, são navios muito flexíveis, podendo ser empregados para guerras submarinas e de superfície. “Para esse tipo de serviço de escolta também se usa navios menores, como corvetas”, explica o Almirante.

FONTE: Indústria de Defesa & Segurança
http://www.naval.com.br/blog/2017/01/28 ... n-taveira/

abs.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14522 Mensagem por knigh7 » Sáb Jan 28, 2017 7:05 pm

No ano passado, o Almirante Ivan Taveira visitou a Itália para avaliar a compra de navios de guerra. Ao ID&S, ele contou que a Força Naval não estuda, no momento, compra de novas embarcações. “Não houve uma negociação. Simplesmente avaliamos, como estamos sempre abertos a fazer. Apesar dos navios estarem em bom estado, eles precisariam de um investimento grande de nossa parte no sistema de armas, ou seja, não ficavam tão atrativos assim”, explicou.
De vez em quando aparece uns boatos sobre compras de oportunidade de escoltas italianas.
Boa informação.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14523 Mensagem por juarez castro » Dom Jan 29, 2017 10:55 am

knigh7 escreveu:
No ano passado, o Almirante Ivan Taveira visitou a Itália para avaliar a compra de navios de guerra. Ao ID&S, ele contou que a Força Naval não estuda, no momento, compra de novas embarcações. “Não houve uma negociação. Simplesmente avaliamos, como estamos sempre abertos a fazer. Apesar dos navios estarem em bom estado, eles precisariam de um investimento grande de nossa parte no sistema de armas, ou seja, não ficavam tão atrativos assim”, explicou.
De vez em quando aparece uns boatos sobre compras de oportunidade de escoltas italianas.
Boa informação.
É meu amigo Knight, e a " senhora" realidade batendo na porta dá MB, os delírios do " Imperador e ET caterva" ainda vão custar muito caro para a MB.
Graças a Deus agora tem um Cm pé no chão.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14524 Mensagem por FCarvalho » Dom Jan 29, 2017 1:05 pm

Agora é torcer para que as verbas para o primeiro lote das CV-3 não sejam contingenciados ou liberados a conta gostas pelo GF. E mais importante, que o próximo governo respalde este projeto da MB, já que o contrato só será assinado no ano que vem. E ano que vem tem eleições... :roll:

É de se esperar que quando o primeiro lote de 4 CV-3 estiverem todas ao mar, em 2023/2024 - segundo o último cronograma levado a publico - se possa já ter dados suficientes para um passo a mais no sentido de se obter uma Tamandaré Block II ou um conceito novo para fragata leve.

Aliás, creio que seja mais interessante à MB justificar um segundo lote das CV-3 tendo em vista a substituição das 4 Inhaúma, com um novo lote de 4 undes. Esses navios me parecem estar sofrendo muito com o seu uso no AS, com as várias limitações que tem apresentado ao longo dos anos. Talvez isso explique em parte o fato da Frontin ter sido descomissionada tão cedo, mesmo sendo o navio mais novo daquela classe. Outra coisa que pode explicar isso é a falta de uma atualização/modernização, e quiçá manutenção maior/melhor, das mesmas. São navios bons mas tem sido muito exigidos pela MB tendo em visa aquilo que foram planejados.

Aqui existe um problema de tempo. As fragatas atuais não vão conseguir ir mais longe do que 2025, isso se chegarem todas lá, o que acredito, não deverá acontecer. É neste cenário que devemos compreender a fala do Alm Ivan Teixeira em relação a substituição delas na esquadra. Acredito que se nada mudar em termos orçamentários nos próximos 5/8 anos a MB simplesmente não terá como manter estes navios operacionais em condições adequadas mantendo a segurança da sua tripulação e ainda dispor de capacidade de combate adequada. Assim, torna-se necessário, e indispensável, antes da entrega da última CV-3 que tenhamos uma decisão em relação a um segundo lote, posto que nenhuma das Niterói e T-22 estarão em condições de operar com um mínimo de condições.

Assim, caso não haja um planejamento deste agora, é possível que cheguemos a 2024 com uma esquadra formada por 2/3 Innhaúma, 1 Barroso e 4 CV-3. Uma esquadra formada basicamente por corvetas não deve ser o sonho de nenhum almirante brasileiro, mas se não fizermos nada agora, talvez nem isso consigamos ter, haja vista das 3 Inhaúma restantes, apenas uma sofreu um PMG adequado, tendo as demais apenas manutenção de rotina.

Por último, há de se notar que o casco da CV-3 parece ter encontrado o limite para o seu projeto em termos de expansão e adequação ao que seria uma corveta. Neste caso, seria interessante também que o CPN começasse desde agora a verificar o projeto de um casco novo para uma fragata leve nacional, mesmo que ele seja importado.

São muitas as variantes que se deve apor a esta questão. E todas elas precisam de certa urgência em serem resolvidas antes que cheguemos a um ponto em que nada do que façamos surta efeito em qualquer prazo visível.

abs.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14525 Mensagem por vplemes » Dom Jan 29, 2017 1:13 pm

juarez castro escreveu:
knigh7 escreveu: De vez em quando aparece uns boatos sobre compras de oportunidade de escoltas italianas.
Boa informação.
É meu amigo Knight, e a " senhora" realidade batendo na porta dá MB, os delírios do " Imperador e ET caterva" ainda vão custar muito caro para a MB.
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Juarez, ou a MB põe os pés no chão, ou nem pra guarda costeira ela vai servir. Qual o real valor militar das nossas atuais escoltas? Continuar a gastar os tubos no projeto da baleia branca radiativa e deixar de investir na operacionalidade da esquadra é uma das viagens na maionese que não consigo entender. Uma força que não consegue manter operacional sequer seus (poucos) submarinos convencionais, deveria primeiro focar em voltar a ser uma marinha de verdade. Isso sem falar em em gastar os tubos para criar uma variante ASuW de um helicóptero para o qual sequer possui uma plataforma viável. Mas este é o nosso Brasil varonil, especialista em telhados, mas que não entende quase nada de alicerce.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14526 Mensagem por FCarvalho » Dom Jan 29, 2017 1:53 pm

vplemes, se a MB não tem verba suficiente para manter-se como uma esquadra, ou sequer como uma guarda costeira, ou ainda os projetos que lhe são caros, é menos responsabilidade dela do que do poder público que em nenhum momento da história do Brasil pseudo-independente quis, ou quer tratar, a defesa com a devida responsabilidade e importância que lhe faz jus em qualquer país que se preste a isso.

Ou alguém aqui já viu alguma vez o assunto defesa ser tratado como deveria?

abs.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14527 Mensagem por juarez castro » Dom Jan 29, 2017 5:28 pm

Nem por políticos e muito menos por militares. O que porta hoje e receber o soldo em dia, não se meter em confusao e vale aquela máxima entre eles:
"Tu não mexe comigo que eu nao mexo contigo, enquanto isto a conta e nossa, dos trouchas pagadores do erário.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14528 Mensagem por FCarvalho » Dom Jan 29, 2017 6:01 pm

Isto posto, deve-se lembrar também Juarez que tal tipo de pensamento é devido ainda ao fato de que vivemos em uma cultura leniente e avessa a qualquer tipo de preocupação com o amanhã. E tanto faz se militares ou civis.

Graças a Deus estamos em uma região do planejam com pouca ou nenhuma relevância estratégicas para as grandes potências, tendo em vista a própria fraqueza militar, política e econômica de seus principais atores, de ambos os lados do AS.

Não fosse a nossa cultura tão 'macunaímica' como é, a defesa não seria o descalabro que é hoje e desde sempre.

Dinheiro nunca foi o problema, nem a sua falta, pelo contrário, este sempre existiu. O que não existe aqui é consciência. E consciência só se consegue com educação. E no ritmo que vamos, é previsível que não teremos isso, e nem defesa, ainda por muitas décadas a frente.

abs.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14529 Mensagem por vplemes » Dom Jan 29, 2017 7:51 pm

FCarvalho escreveu:vplemes, se a MB não tem verba suficiente para manter-se como uma esquadra, ou sequer como uma guarda costeira, ou ainda os projetos que lhe são caros, é menos responsabilidade dela do que do poder público que em nenhum momento da história do Brasil pseudo-independente quis, ou quer tratar, a defesa com a devida responsabilidade e importância que lhe faz jus em qualquer país que se preste a isso.

Ou alguém aqui já viu alguma vez o assunto defesa ser tratado como deveria?

abs.
FCaravalho, acho que essa é uma desculpa muito conveniente para nossos militares. Quando alguém chega e crítica a situação escabrosa de nossa esquadra, basta chorar as mágoas e por a culpa na sociedade leniente e Macunaíma do Brasil. O problema dessa desculpa é que países muito menores e com orçamentos de defesa mais enxutos conseguem ter FFAAs muito melhor equipadas e operacionais que as nossas. Talvez se tivéssemos um planejamento focado primeiro em ser uma força de combate enxuta, profissional e operacional, o pouco que temos renderia bom mais. O orçamento de algumas marinhas bem mais operacionais que a MB não são tão maiores que o nosso, mas o foco e a capacidade de planejar e priorizar, é sim bem maior. Não sou rico, mas tenho uma vida confortável. Conheço meus ganhos e meu orçamento de gastos, planejo meu dispêndio em cima daquilo que ganho. Moro em casa própria, meu carro não é do ano mas é semi novo, meus filhos estão na faculdade, passo meus apertos mas consigo ir pagando minhas contas e de vez em quando faço sobrar algum para uma viagem de férias e uma ou outra extravagância. Apesar de saber que há um mundo de diferenças entre meu orçamento doméstico e o orçamento e as responsabilidades de uma força armada, nada muda o fato de que, com planejamento e foco, você consegue um mínimo de qualidade nos seus gastos, e consequentemente, na sua qualidade de vida.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14530 Mensagem por juarez castro » Dom Jan 29, 2017 9:46 pm

vplemes escreveu:
FCarvalho escreveu:vplemes, se a MB não tem verba suficiente para manter-se como uma esquadra, ou sequer como uma guarda costeira, ou ainda os projetos que lhe são caros, é menos responsabilidade dela do que do poder público que em nenhum momento da história do Brasil pseudo-independente quis, ou quer tratar, a defesa com a devida responsabilidade e importância que lhe faz jus em qualquer país que se preste a isso.

Ou alguém aqui já viu alguma vez o assunto defesa ser tratado como deveria?

abs.
FCaravalho, acho que essa é uma desculpa muito conveniente para nossos militares. Quando alguém chega e crítica a situação escabrosa de nossa esquadra, basta chorar as mágoas e por a culpa na sociedade leniente e Macunaíma do Brasil. O problema dessa desculpa é que países muito menores e com orçamentos de defesa mais enxutos conseguem ter FFAAs muito melhor equipadas e operacionais que as nossas. Talvez se tivéssemos um planejamento focado primeiro em ser uma força de combate enxuta, profissional e operacional, o pouco que temos renderia bom mais. O orçamento de algumas marinhas bem mais operacionais que a MB não são tão maiores que o nosso, mas o foco e a capacidade de planejar e priorizar, é sim bem maior. Não sou rico, mas tenho uma vida confortável. Conheço meus ganhos e meu orçamento de gastos, planejo meu dispêndio em cima daquilo que ganho. Moro em casa própria, meu carro não é do ano mas é semi novo, meus filhos estão na faculdade, passo meus apertos mas consigo ir pagando minhas contas e de vez em quando faço sobrar algum para uma viagem de férias e uma ou outra extravagância. Apesar de saber que há um mundo de diferenças entre meu orçamento doméstico e o orçamento e as responsabilidades de uma força armada, nada muda o fato de que, com planejamento e foco, você consegue um mínimo de qualidade nos seus gastos, e consequentemente, na sua qualidade de vida.
Perfeito Lemes, enquanto tivermos noventa e quatro brigadeiros na ativa, enquanto a "miseravel" RAF tem 24, enquanto tivermos noventa e não sei quantos almirantes, enquanto a Royal Navy, a Canadian Navy, a Australian Navy e a Armada Epanhola tem um terço disto, enquanto tivermos quase 70% do números de generais na ativa do que US Army tem, vamos exatamente de nada a lugar algum.
O Charlie Alfa atual, sobre qual não nutro muita simpatia, está tentando vencer a "a lei gravidade vigente no Brasil" e tentando racionalizar meios e estruturas a ferro e fogo, enfrentado "inimigos" de toda o tipo, inclusive os enrustidos internos que usam os políticos para evitar a perda da "boquinha". Não vou falar sobre a previdência, até poderia com certa neutralidade, porque não sou da RR, mas acho que todos aqui sabem que atual modelo é impagável. Não estou dizendo que os militares não possam ter um sistema diferenciado, só que do jeito que está hoje , é responsável por 30% do rombo da previdência.
Especificamente sobre a MB, eu vejo o Alm.Leal fazendo um bom trabalho, juntando os cacos da era "imperador", mas ainda restam alguns miquinhos amestrados do Moura Neto tentando atrapalhar o trabalho do CM, mas em breve vão para o pijama mais cedo.
Agora, a MB tem que acelerar seu plano de racionalização que está em análise a nivel de estado EMA e começar a reduzir e racionalizar meios e estruturas o mais breve possível, porque daqui por diante, as coisas tendem a ficar muito mais difíceis.

G abraço




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14531 Mensagem por knigh7 » Dom Jan 29, 2017 10:22 pm

juarez castro escreveu: Especificamente sobre a MB, eu vejo o Alm.Leal fazendo um bom trabalho, juntando os cacos da era "imperador", mas ainda restam alguns miquinhos amestrados do Moura Neto tentando atrapalhar o trabalho do CM, mas em breve vão para o pijama mais cedo.
Agora, a MB tem que acelerar seu plano de racionalização que está em análise a nivel de estado EMA e começar a reduzir e racionalizar meios e estruturas o mais breve possível, porque daqui por diante, as coisas tendem a ficar muito mais difíceis.

G abraço
O Almirante Leal está se esforçando resgatar a operacionalidade...

Mas o caminho é longo para dirimir as consequências das decisões erradas da gestão Moura Neto & companhia que embarcaram naquele devaneio megalômano do PAEMB.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14532 Mensagem por Lord Nauta » Seg Jan 30, 2017 1:01 am

FCarvalho escreveu:Agora é torcer para que as verbas para o primeiro lote das CV-3 não sejam contingenciados ou liberados a conta gostas pelo GF. E mais importante, que o próximo governo respalde este projeto da MB, já que o contrato só será assinado no ano que vem. E ano que vem tem eleições... :roll:

É de se esperar que quando o primeiro lote de 4 CV-3 estiverem todas ao mar, em 2023/2024 - segundo o último cronograma levado a publico - se possa já ter dados suficientes para um passo a mais no sentido de se obter uma Tamandaré Block II ou um conceito novo para fragata leve.

Aliás, creio que seja mais interessante à MB justificar um segundo lote das CV-3 tendo em vista a substituição das 4 Inhaúma, com um novo lote de 4 undes. Esses navios me parecem estar sofrendo muito com o seu uso no AS, com as várias limitações que tem apresentado ao longo dos anos. Talvez isso explique em parte o fato da Frontin ter sido descomissionada tão cedo, mesmo sendo o navio mais novo daquela classe. Outra coisa que pode explicar isso é a falta de uma atualização/modernização, e quiçá manutenção maior/melhor, das mesmas. São navios bons mas tem sido muito exigidos pela MB tendo em visa aquilo que foram planejados.



Aqui existe um problema de tempo. As fragatas atuais não vão conseguir ir mais longe do que 2025, isso se chegarem todas lá, o que acredito, não deverá acontecer. É neste cenário que devemos compreender a fala do Alm Ivan Teixeira em relação a substituição delas na esquadra. Acredito que se nada mudar em termos orçamentários nos próximos 5/8 anos a MB simplesmente não terá como manter estes navios operacionais em condições adequadas mantendo a segurança da sua tripulação e ainda dispor de capacidade de combate adequada. Assim, torna-se necessário, e indispensável, antes da entrega da última CV-3 que tenhamos uma decisão em relação a um segundo lote, posto que nenhuma das Niterói e T-22 estarão em condições de operar com um mínimo de condições.

Assim, caso não haja um planejamento deste agora, é possível que cheguemos a 2024 com uma esquadra formada por 2/3 Innhaúma, 1 Barroso e 4 CV-3. Uma esquadra formada basicamente por corvetas não deve ser o sonho de nenhum almirante brasileiro, mas se não fizermos nada agora, talvez nem isso consigamos ter, haja vista das 3 Inhaúma restantes, apenas uma sofreu um PMG adequado, tendo as demais apenas manutenção de rotina.

Por último, há de se notar que o casco da CV-3 parece ter encontrado o limite para o seu projeto em termos de expansão e adequação ao que seria uma corveta. Neste caso, seria interessante também que o CPN começasse desde agora a verificar o projeto de um casco novo para uma fragata leve nacional, mesmo que ele seja importado.

São muitas as variantes que se deve apor a esta questão. E todas elas precisam de certa urgência em serem resolvidas antes que cheguemos a um ponto em que nada do que façamos surta efeito em qualquer prazo visível.

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Lembrando o colega : a corveta Inhaúma já foi desincorporada, no momento resta apenas a Jaceguay e a Julio de Noronha.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14533 Mensagem por Lord Nauta » Seg Jan 30, 2017 1:01 am

FCarvalho escreveu:Agora é torcer para que as verbas para o primeiro lote das CV-3 não sejam contingenciados ou liberados a conta gostas pelo GF. E mais importante, que o próximo governo respalde este projeto da MB, já que o contrato só será assinado no ano que vem. E ano que vem tem eleições... :roll:

É de se esperar que quando o primeiro lote de 4 CV-3 estiverem todas ao mar, em 2023/2024 - segundo o último cronograma levado a publico - se possa já ter dados suficientes para um passo a mais no sentido de se obter uma Tamandaré Block II ou um conceito novo para fragata leve.

Aliás, creio que seja mais interessante à MB justificar um segundo lote das CV-3 tendo em vista a substituição das 4 Inhaúma, com um novo lote de 4 undes. Esses navios me parecem estar sofrendo muito com o seu uso no AS, com as várias limitações que tem apresentado ao longo dos anos. Talvez isso explique em parte o fato da Frontin ter sido descomissionada tão cedo, mesmo sendo o navio mais novo daquela classe. Outra coisa que pode explicar isso é a falta de uma atualização/modernização, e quiçá manutenção maior/melhor, das mesmas. São navios bons mas tem sido muito exigidos pela MB tendo em visa aquilo que foram planejados.


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Aqui existe um problema de tempo. As fragatas atuais não vão conseguir ir mais longe do que 2025, isso se chegarem todas lá, o que acredito, não deverá acontecer. É neste cenário que devemos compreender a fala do Alm Ivan Teixeira em relação a substituição delas na esquadra. Acredito que se nada mudar em termos orçamentários nos próximos 5/8 anos a MB simplesmente não terá como manter estes navios operacionais em condições adequadas mantendo a segurança da sua tripulação e ainda dispor de capacidade de combate adequada. Assim, torna-se necessário, e indispensável, antes da entrega da última CV-3 que tenhamos uma decisão em relação a um segundo lote, posto que nenhuma das Niterói e T-22 estarão em condições de operar com um mínimo de condições.

Assim, caso não haja um planejamento deste agora, é possível que cheguemos a 2024 com uma esquadra formada por 2/3 Innhaúma, 1 Barroso e 4 CV-3. Uma esquadra formada basicamente por corvetas não deve ser o sonho de nenhum almirante brasileiro, mas se não fizermos nada agora, talvez nem isso consigamos ter, haja vista das 3 Inhaúma restantes, apenas uma sofreu um PMG adequado, tendo as demais apenas manutenção de rotina.

Por último, há de se notar que o casco da CV-3 parece ter encontrado o limite para o seu projeto em termos de expansão e adequação ao que seria uma corveta. Neste caso, seria interessante também que o CPN começasse desde agora a verificar o projeto de um casco novo para uma fragata leve nacional, mesmo que ele seja importado.

São muitas as variantes que se deve apor a esta questão. E todas elas precisam de certa urgência em serem resolvidas antes que cheguemos a um ponto em que nada do que façamos surta efeito em qualquer prazo visível.

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14534 Mensagem por saullo » Seg Jan 30, 2017 11:59 am

Reflitam: nossa marinha tem cerca de 70.000 pessoas, e a esquadra quase desapareceu como força que mereça algum crédito.
Comparem com o efetivo de muitas e muitas marinhas bem mais equipadas que a nossa e sintam como tem gente demais na nossa marinha.
Um grande problema do país é o excesso de gente pendurada nas tetas do estado, não só nas forças armadas, sustentados pelos pagadores de impostos e que não correspondem à atividade que se espera delas.
Ou adianta ter 70.000 pessoas sem condições de defender nossas águas ?
Vão equipar essas pessoas com arpões ? :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:

Abraços




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14535 Mensagem por FABIO » Seg Jan 30, 2017 12:03 pm

Lord nauta ha previsão do inicio da modernização das fragatas classe Niteroi?




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