Programa de Reaparelhamento da Marinha
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
A titulo de recordação e comparação com os dias atuais:
Marinha do Brasil entre 1995 e 1998 – Programa de Reaparelhamento.
A conjuntura orçamentaria também era extremamente adversa.
Presidente da República: Fernando Henrique Cardoso
Ministro da Marinha: Mauro César Rodrigues Pereira
a) Meios navais:
- Prosseguimento construção da Barroso;
- Prosseguimento construção de quatro classe Grajaú;
- Incorporação do Timbira;
- Lançamento do Tapajó;
- Prosseguimento construção do Tikuna;
- Modernização do Minas Gerais para operação dos A4Skyhawk;
- Inicio da modernização das classe Niterói;
- Incorporação das quatro classe Greenhalgh;
- Incorporação de dois NBalizadores;
- Incorporação de quatro classe Bracui;
- Incorporação de quatro classe Grajaú;
- Incorporação de dez lanchas balizadoras;
- Inicio da construção do Cisne Branco.
b) Meios aeronavais:
- Recebimento de nove Super Lynx novos;
- Modernização de seis Super Lynx;
- Aquisição de sete Esquilos;
- Recebimento de oito SH 3 Sea King;
- Aquisição de 23 A4.
c)Meios de Fuzileiros Navais:
- Recebimento de MAS Mistral;
- Recebimento de MAC BILL;
- Recebimento de 14 CLANF;
- Aquisição de 17 SK 105;
- Aquisição de 18 Lightgun 105 mm.
Prosseguimento do PNM com o objetivo de construir SNA's.
Marinha do Brasil entre 1995 e 1998 – Programa de Reaparelhamento.
A conjuntura orçamentaria também era extremamente adversa.
Presidente da República: Fernando Henrique Cardoso
Ministro da Marinha: Mauro César Rodrigues Pereira
a) Meios navais:
- Prosseguimento construção da Barroso;
- Prosseguimento construção de quatro classe Grajaú;
- Incorporação do Timbira;
- Lançamento do Tapajó;
- Prosseguimento construção do Tikuna;
- Modernização do Minas Gerais para operação dos A4Skyhawk;
- Inicio da modernização das classe Niterói;
- Incorporação das quatro classe Greenhalgh;
- Incorporação de dois NBalizadores;
- Incorporação de quatro classe Bracui;
- Incorporação de quatro classe Grajaú;
- Incorporação de dez lanchas balizadoras;
- Inicio da construção do Cisne Branco.
b) Meios aeronavais:
- Recebimento de nove Super Lynx novos;
- Modernização de seis Super Lynx;
- Aquisição de sete Esquilos;
- Recebimento de oito SH 3 Sea King;
- Aquisição de 23 A4.
c)Meios de Fuzileiros Navais:
- Recebimento de MAS Mistral;
- Recebimento de MAC BILL;
- Recebimento de 14 CLANF;
- Aquisição de 17 SK 105;
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Prosseguimento do PNM com o objetivo de construir SNA's.
- LeandroGCard
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Durante a década de 1960 os ingleses desenvolveram a nova torre de tiro Mark-8 de 114mm, bem como o míssil AAe Seacat para uso naval. Ao mesmo tempo diversos mísseis anti-navio foram desenvolvidos no ocidente em resposta ao surgimento do míssil soviético Stix e ao afundamento do contratorpedeiro israelense Eilat por este míssil em 1967. Tornava-se também comum operar helicópteros em navios de guerra menores. Assim, durante o final da década de 1960 e o início da década de 1970 a Vosper Thornycroft, já uma empresa experiente na exportação de navios militares, desenvolveu um novo projeto que incorporasse todas estas novidades, que acabou resultando em um bom sucesso de exportações.JL escreveu:Como você escreveu sobre as Niterói poderia se aprofundar mais sobre detalhes do casco e da superestrutura da Niterói em comparação com as Type 21. Fiquei curioso?
Nesta época a RN estava buscando manter o número de escoltas que possuía tradicionalmente enquanto aposentava modelos mais antigos movidos à diesel, (como as classes Leander e Tribal), mas estava enfrentando problemas de desenvolvimento e de custos com os novas classes (Type-2 e Type-42) e acabou decidindo adotar a Type-21 em paralelo com estes outros projetos, como um programa paralelo menor e mais econômico. No entanto houve alguns problemas com os modelos da RN, em parte pela decisão de adotar a propulsão exclusivamente à turbina, que elevou os custos e criou problemas de estabilidade pela distribuição do peso (não havia mais os pesados moderes diesel colocados bem baixo no casco e que ajudavam a estabilizar o navio) e também pelo uso extensivo de alumínio, que já revelou problemas em um incêndio no navio líder da classe (Amazon) em 1977. Ela também se mostrou pequena demais pelos padrões da RN, tornando difícil a instalação posterior de sistemas novos e mais pesados.
Quando o Brasil apresentou os requerimentos para sua nova classe de fragatas no início da década de 1970, com menos restrições que a RN (afinal na RN os navios complementariam modelos maiores que estavam em desenvolvimento ou entrando em operação, mas na MB seriam os escoltas principais), a Vosper aproveitou para aumentar o deslocamento e re-instalou os motores diesel para velocidade de cruzeiro, permitindo eliminar em grande parte os problemas apontados para as Type-21 britânicas. As Niterói eram mais um aperfeiçoamento dos navios semelhantes vendidos anteriormente à Líbia e ao Irã do que um desenvolvimento direto das Type-21 em si.
Leandro G. Card
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Leandro, eu na verdade, pessoalmente falando, sou muito mais entusiasta de uma solução francesa ou italiana. Por que? Pq eu advogo pelo uso das turbinas GE LM-2500 que tem muitas unidades produzidas e largo uso no mercado civil, além do apoio da CELMA e de ser fabricada na Itália e no Japão. Apesar de já ter bons anos de mercado, não é uma peça de museu como as Spey e Olympus. Não que os ingleses não possam fazer navios com essas turbinas, mas os italianos e franceses já as usam a décadas. Claro que para as corvetas esse detalhe é irrelevante, por serem movidas exclusivamente a diesel, mas tem impacto em modelos futuros.LeandroGCard escreveu:4000 ton é a mesma faixa de deslocamento das Lafayette e das Meko-200, e estas já estão prontas e navegando, não seria necessário esperar pelo desenvolvimento do projeto. Se a questão é pressa, não faz sentido esperar pelas Type-31 que nem se sabe exatamente como serão em detrimento destes dois outros projetos. E é claro que o custo dependerá do recheio, mas se o recheio for equivalente ao previsto para a CV-3 o custo seria pelo menos este mesmo, de 350 milhões de libras para cima. Realmente não consigo perceber em que cenário a Type-31 seria algo a ser considerado.Juniorbombeiro escreveu:Acho que a Type 31, talvez até não atenda as pretensões da RN, mas dá e sobra para as pretensões da MB, serão fragatinhas (para os padrões atuais) de 4000 t. O preço delas vai depender muito do recheio que quiserem colocar nela, o preço das Type 26 já está estourando em 500 milhões de libras. Os defeitos das classes britânicas, não me parecem tão graves assim, afinal as Type 21 (das quais as Niterói derivaram) e as Type 22 serviram com galhardia na MB. Também temos que levar em consideração que, muitos destes ditos "defeitos" apareceram em função da guerra das Malvinas, e muita gente pegou carona nessas constatações para melhorar seus projetos, inclusive a MB com as Inhaúma, que mesmo assim ficaram aquelas gracinhas, mas faz parte, só se aprende fazendo.
E os problemas dos navios da RN não foram apenas devido à Guerra das Malvinas. Os primeiros Type-42 por exemplo desempenhavam-se mal em mar encarpelado e tiveram que receber remendos no casco, que rachava devido aos esforços de navegação em alta velocidade. As type-21 tiveram problemas de rachaduras devido à vibração excessiva e dilatação diferencial do casco de aço e da superestrutura de alumínio (as Niterói foram um projeto aperfeiçoado que ao que parece eliminou os problemas), e as Type-22 iniciais sofriam de falta de espaço no casco e da falta de um canhão principal. Os problemas que apareceram durante a Guerra das Malvinas, como a fragilidade da construção e insuficiência de meios de combate a avarias, se somaram a estes, mas eu nem os considerei porque é quase uma regra que os navios militares projetados em tempos de paz acabem por se mostrar demasiadamente frágeis e desprotegidos quando acontece de entrarem em combate real.
E de lá para cá não me parece que a coisa tenha melhorado muito para os lados da Inglaterra, basta ver a lista crescente e aparentemente interminável de problemas das Type-45, que além de muito mal armados todo dia parecem apresentar um problema novo, assim como os sub' s da classe Trafalgar.
Leandro G. Card
A solução das Type 31 eu propus pq, aos meus olhos, a MB parece ter uma certa tara por equipamentos britânicos, manteria uma certa linha de racionalidade com os equipamentos já escolhidos para a CV-3, em uma substituição desse projeto por algo mais capaz, só isso. Não é do meu agrado partir para uma salada de equipamentos, eu como profissional de manutenção tenho pavor de soluções logísticas, digamos...ortodoxas, mas não sei realmente como isso funciona no meio militar.
Quanto a soluções orientais, leia-se coreanas, já que japonesas estão fora de questão, eu acho que eles são muito eficientes, mas tem uma filosofia de projeto que não combina muito com nossas necessidades. Como eu já comentei, eu chamo de filosofia McDonalds, peça qualquer coisa fora do menu, para ver a confusão se instalar na cozinha.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Leandro
Realmente as Niterói são muito parecidas com as corvetas Vosper Mk.5 do Irã, parecem a irmã mais velha destes navios, muito mais parecidas com estas corvetas do que com as Type 21. Interessante é que as Mk 5 levam o canhão Vickers Mk 8 também e não aparentemente nas fotografias não fica visualmente tão desproporcional como este aparenta ficar nas Inhaúma, explicando melhor, um gigante na proa das corvetas. Aliás as Mk 5 são um navio muito bonito, ainda existem outras versões a Mk. 7 da Líbia e a Mk 9 da Nigéria, salvo engano, estas bem mas difícil de encontrar boas fotografias.
Quanto as turbinas a gás, são muito mais eficientes em alguns aspectos que os motores diesel. No entanto fiquei com um preconceito com turbinas a gás no Brasil. Por causa de uma época, há alguns anos atrás, em que ocorreu uma grande indisponibilidade de turbinas na Marinha.
Uma espécie de "apagão de turbinas". Pois vários navios ficaram com estas indisponíveis. Não tenho muito informação apenas que conversando com um tripulante das máquinas de uma das Niterói, este informou que o navio estava navegando somente a diesel, porque as turbinas precisavam de revisão, mas o problema era muito maior atingia muito mas navios. Isto apareceu porque houve um exercício com a US Navy e foi enviada uma fragata Type 22, não recordo qual, pois apesar das Niterói serem mas capazes devido ao Mod.Frag, recente na época , apenas aquela "22" podia fazer 30 nós, o que era exigência para aquele exercício, isto foi divulgado na época dos fatos.
Este assunto foi discutido aqui no Fórum e aí tomei conhecimento que tinha problemas em um bom número de turbinas. Desde então passei a preferir propulsão toda a Diesel, pois melhor fazer 22 nós sustentado, do que poder fazer 30 na teoria e na prática viajar abaixo de 18 nós sempre.
Realmente as Niterói são muito parecidas com as corvetas Vosper Mk.5 do Irã, parecem a irmã mais velha destes navios, muito mais parecidas com estas corvetas do que com as Type 21. Interessante é que as Mk 5 levam o canhão Vickers Mk 8 também e não aparentemente nas fotografias não fica visualmente tão desproporcional como este aparenta ficar nas Inhaúma, explicando melhor, um gigante na proa das corvetas. Aliás as Mk 5 são um navio muito bonito, ainda existem outras versões a Mk. 7 da Líbia e a Mk 9 da Nigéria, salvo engano, estas bem mas difícil de encontrar boas fotografias.
Quanto as turbinas a gás, são muito mais eficientes em alguns aspectos que os motores diesel. No entanto fiquei com um preconceito com turbinas a gás no Brasil. Por causa de uma época, há alguns anos atrás, em que ocorreu uma grande indisponibilidade de turbinas na Marinha.
Uma espécie de "apagão de turbinas". Pois vários navios ficaram com estas indisponíveis. Não tenho muito informação apenas que conversando com um tripulante das máquinas de uma das Niterói, este informou que o navio estava navegando somente a diesel, porque as turbinas precisavam de revisão, mas o problema era muito maior atingia muito mas navios. Isto apareceu porque houve um exercício com a US Navy e foi enviada uma fragata Type 22, não recordo qual, pois apesar das Niterói serem mas capazes devido ao Mod.Frag, recente na época , apenas aquela "22" podia fazer 30 nós, o que era exigência para aquele exercício, isto foi divulgado na época dos fatos.
Este assunto foi discutido aqui no Fórum e aí tomei conhecimento que tinha problemas em um bom número de turbinas. Desde então passei a preferir propulsão toda a Diesel, pois melhor fazer 22 nós sustentado, do que poder fazer 30 na teoria e na prática viajar abaixo de 18 nós sempre.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Turbinas tem um outro problema, a perda de potência e eficiência em águas quentes (e advinha, usamos as nossas no litoral brasileiro), no caso das Type 45 esse problema se mostrou gigantesco no oriente médio, em navios projetados por nós poderíamos motores diesel mais indicados para o nosso clima, motores com maior densidade de potência se usados de forma não contínua não vão sacrificar tanto da vida útil assim.
Para ajudar:
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Pelo que estava lendo, o projeto atual da CV-03 Tamandare já está muito proximo das Niteroi (em dimensoes e deslocamento). Me parece que valeria a pena rebatizar o projeto como "fragata leve" e padronizar apenas esse modelo como subsituta tanto das Niteroi como das Inhauma.
Não seria mais coerente construir 8 unidades delas e ir substituindo gradualmente todas as escoltas por elas?
Eu sei que o IDEAL seria ter fragatas maiores,com sistemas mais sofisticados, alem um grande NAe como capitanea da MB. Mas a dura realidade me parece outra no momento.
Faz sentido pra vcs?
Não seria mais coerente construir 8 unidades delas e ir substituindo gradualmente todas as escoltas por elas?
Eu sei que o IDEAL seria ter fragatas maiores,com sistemas mais sofisticados, alem um grande NAe como capitanea da MB. Mas a dura realidade me parece outra no momento.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Depende do ponto de vista, olhando do ponto de vista de capacitação tecnológica faz mais sentido construir uma, testar, corrigir falhas/melhorar e ai construir outra, e repetir o ciclo, se esse ciclo for mantido de forma consistente esse programa poderia produzir todas as escoltas da MB no futuro.pmicchi escreveu:Não seria mais coerente construir 8 unidades delas e ir substituindo gradualmente todas as escoltas por elas?
Eu acho que a MB precisa de uma grande dose de racionalidade no momento.pmicchi escreveu:Eu sei que o IDEAL seria ter fragatas maiores,com sistemas mais sofisticados, alem um grande NAe como capitanea da MB. Mas a dura realidade me parece outra no momento.
Faz sentido pra vcs?
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
só pra sonhar um pouco, seria possivel alongar um pouco o casco das CV-03 e permitr a instalacao de um SSM de respeito como BrahMos?
Não seria uma maneira eficiente de aumentar a capacidade A2/AD (anti-access and area-denial) da MB?
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Marechal-do-ar escreveu: Eu acho que a MB precisa de uma grande dose de racionalidade no momento.
De fato! Até EU, outrora defensor intransigente do SNA e dp Sampa, já tenho dúvidas cada vez maiores a respeito, referentes à drenagem de recursos que está levando a Frota a um verdadeiro "apagão geral"....
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Marechal-do-ar escreveu:Depende do ponto de vista, olhando do ponto de vista de capacitação tecnológica faz mais sentido construir uma, testar, corrigir falhas/melhorar e ai construir outra, e repetir o ciclo, se esse ciclo for mantido de forma consistente esse programa poderia produzir todas as escoltas da MB no futuro.pmicchi escreveu:Não seria mais coerente construir 8 unidades delas e ir substituindo gradualmente todas as escoltas por elas?
Provavelmente mesmo do ponto de vista financeiro deve ser mais interessante a medio/longo prazo do que adquirir várias embarcações usadas diferente, com vida util menor e custos de manutencao crescentes - alem do pesadelo logisitico e tático de operar vetores diferentes. Não é diferente do que a FAB quer fazer com os Gripen.
Mas de fato, valeria a pena fazer uma primeira unidade e avaliar operacionalmente antes de partir para segunda. Mas acho que ainda está em tempo, se pensarmos numa frota (realmente operativa) de 8 escoltas
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Túlio escreveu:Marechal-do-ar escreveu: Eu acho que a MB precisa de uma grande dose de racionalidade no momento.
De fato! Até EU, outrora defensor intransigente do SNA e dp Sampa, já tenho dúvidas cada vez maiores a respeito, referentes à drenagem de recursos que está levando a Frota a um verdadeiro "apagão geral"....
Um Submarino Nuclear tem um poder dissuassivo tremendo tanto ofensivo como defensivo e, ao meu ver, faz sentido no contexto geopolitico que o Brasil se coloca (um pais do G-20 com influencia limitada no cenario global e forte liderança regional).
Já um NAe convencional, que é principalmente uma ferramenta de projeção de poder (uma arma ofensiva), não faz sentido pelos proximos 20-30 anos, pelo menos. A manutenção de forças anfibias também só faz sentido dentro de um contexto de operações como temos no Haiti e outros conflitos limitados e nesse cenario, em que um NAe nao se encaixa.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
pmicchi escreveu:
Um Submarino Nuclear tem um poder dissuassivo tremendo tanto ofensivo como defensivo e, ao meu ver, faz sentido no contexto geopolitico que o Brasil se coloca (um pais do G-20 com influencia limitada no cenario global e forte liderança regional).
Isso é bastante discutível: o correto seria dizer que o Brasil já teve, por um breve período, aspirações a poder influenciar militarmente o contexto geopolítico global. Sonho de uma noite de verão.
E agora estamos acordando.
E a realidade que vemos é de, no futuro próximo (menos de 10 anos) a MB se ver com 4 SSKs e um SSN sem nenhuma Escolta capaz de protegê-los quando saem da ou retornam à Base. Razão? Todo o $$$ necessário às Escoltas foi empenhado nos subs. É o véio dilema do cobertor curto, se cobre os pés descobre o peito, se cobre o peito descobre os pés...
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
O banco Paribas deve financiar a construçao da CV Tamandare??
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
provavelmente não com a configuração atual do navio.pmicchi escreveu:só pra sonhar um pouco, seria possivel alongar um pouco o casco das CV-03 e permitr a instalacao de um SSM de respeito como BrahMos?
Não seria uma maneira eficiente de aumentar a capacidade A2/AD (anti-access and area-denial) da MB?
Os mísseis estão previstos para serem instalados no deck superior, entre a ponte e o hangar, e certamente haveria problemas não somente de espaço mas também de estabilidade, causados pelo aumento substancial do peso pois o Brahmos é um míssil muito grande e pesado. Cada unidade sozinha pesa mais do que os 4 MAN-1 que se pretende instalar ali.
Poderia talvez ser redesenhada toda a super-estrutura, separando-a em duas ilhas isoladas, colocadas em um casco mais longo para abrir espaço. Mas isso acabaria por levar à perda de espaço para outros sistemas/armamentos, como por exemplo para os mísseis AAe. Além disso seria uma modificação muito extensa do projeto original, e consequentemente os riscos seriam muito grandes.
Leandro G. Card
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha
Prezados Colegas,
Concordo plenamente que em relação ao projeto CV 03 a MB deveria construir no primeiro momento somente a Tamandaré. Esta após o lançamento seria submetida a intensas provas/avaliações operacionais. Entretanto este período deveria ser limitado a no máximo oito meses. Os resultados das provas/avaliações operacionais embasariam as modificações necessárias para correção de eventuais não conformidades encontradas. As equipes com estas informações teriam no máximo quatro meses para realizar as revisões de projeto. As revisões seriam então introduzidas nos navios de serie, além de serem aplicadas na própria Tamandaré. Também acredito que a primeira serie de navios poderia ser composta por cinco exemplares. Entretanto o tempo de construção simultânea (carreira) no AMRJ de cada dupla de navios também não deveria exceder ao tempo de 30 meses. Com estes prazos os cinco navios estariam em serviço na Esquadra por volta de 2025.
Paralelo a este programa a Barroso seria modernizada/vida útil estendida, além da Jaceguay e a Julio de Noronha. Quatro classe Niterói seriam submetidas a um programa de repotencialização e sairiam de serviço a com a entrada em serviço das Tamandaré.
Paralelo ao primeiro lote de cinco CV 03 a MB já se movimentaria para inciar a construção de um segundo lote (Batch II) de cinco navios a partir de 2024, em que todos os navios estariam operacionais por volta de 2029.
Os custos deste programa seriam infinitamente menores do que os políticos roubaram nos últimos anos da PETROBRAS e de obras de estádios de futebol.
Concordo plenamente que em relação ao projeto CV 03 a MB deveria construir no primeiro momento somente a Tamandaré. Esta após o lançamento seria submetida a intensas provas/avaliações operacionais. Entretanto este período deveria ser limitado a no máximo oito meses. Os resultados das provas/avaliações operacionais embasariam as modificações necessárias para correção de eventuais não conformidades encontradas. As equipes com estas informações teriam no máximo quatro meses para realizar as revisões de projeto. As revisões seriam então introduzidas nos navios de serie, além de serem aplicadas na própria Tamandaré. Também acredito que a primeira serie de navios poderia ser composta por cinco exemplares. Entretanto o tempo de construção simultânea (carreira) no AMRJ de cada dupla de navios também não deveria exceder ao tempo de 30 meses. Com estes prazos os cinco navios estariam em serviço na Esquadra por volta de 2025.
Paralelo a este programa a Barroso seria modernizada/vida útil estendida, além da Jaceguay e a Julio de Noronha. Quatro classe Niterói seriam submetidas a um programa de repotencialização e sairiam de serviço a com a entrada em serviço das Tamandaré.
Paralelo ao primeiro lote de cinco CV 03 a MB já se movimentaria para inciar a construção de um segundo lote (Batch II) de cinco navios a partir de 2024, em que todos os navios estariam operacionais por volta de 2029.
Os custos deste programa seriam infinitamente menores do que os políticos roubaram nos últimos anos da PETROBRAS e de obras de estádios de futebol.