Helicópteros de Ataque e Transporte

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Luís Henrique
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Re: Licitação de Helicópteros: Ataque e Transporte !!!

#10456 Mensagem por Luís Henrique » Sáb Dez 31, 2016 12:18 pm

knigh7 escreveu:
Luís Henrique escreveu:
Manuel, li o texto inteirinho.

Conclusão que cheguei: um monte de blá blá blá para justificar um preconceito ridículo.

Até a minha televisão consegue me apresentar o conteúdo em idiomas diferentes, agora dizer que a apresentação na tela da velocidade em Km/H ou Milhas/H vai dar problema...
SÓ PODE SER PIADA.
Dizer que vai precisar de um parafuso na aeronave e que não teremos este parafuso e portanto precisamos ter um helicóptero TUDO DA MESMA PROCEDÊNCIA, para poder usar o mesmo parafuso....
SÓ PODE SER PIADA.
E a maior de todas as piadas é dizer que um único fornecedor é melhor do que vários, por causa de possíveis embargos.
ESSA É A PIADA VENCEDORA DO SÉCULO. Nem o tiririca consegue uma melhor.

Só faltou terminar dizendo que temos que comprar tudo dos americanos, porque é o país que nunca impõe embargos/vetos/sanções, etc.
[082] [082] [082] [082] [082] [082] [082] [082] [082] [082] [082]

Manuel, me desculpa, em outras coisas concordamos, mas esses textos são RIDÍCULOS.
São piadas de muito mal gosto para justificar o injustificável.

Estamos no século 21.
Ninguém vai comprar um caça e precisar de um parafuso de helicóptero.
Ninguém vai comprar um caça que não tenha como CONFIGURAR o painel para apresentar as informações do jeito que bem entender.
É muito bla bla bla e temos DEZENAS de países operando equipamentos russos SEM PROBLEMAS e pagando MUITO MENOS.
Luís Henrique, o Jackson Flores Jr. era um dos jornalistas com mais conhecimento no Brasil sobre aviação.

Se atentar, em boa parte do texto, ele está usando com base no contatos dele, ou coisas que ele presenciou na FAB.

Ao Juarez, que era da área da manutenção da FAB, pergunte qual a opinião sobre o texto do Jackson.

Respeito todas as opiniões. O Jackson Flores pode possuir um currículo impressionante, pode possuir 'fontes' dentro das forças, mas essas 'fontes' podem estar com 100% de razão, 100% de preconceito e ideologia ou, mais provavelmente, alguma coisa no meio disso.

Nem preciso perguntar a opinião do Juarez. Já debatemos centenas de vezes, conheço bem sua opinião, e respeito.
Mas em muitas coisas discordamos.

Eu tenho um primo Coronel da FAB.
Na casa dele tem várias miniaturas de aeronaves americanas.
Tem miniaturas de aeronaves russas? Não.
Ele já viajou VÁRIAS vezes para os EUA.
Já viajou pelo menos uma vez para a Rússia? Não.
Já fez vários cursos lá nos EUA.
Já fez algum curso na Rússia? Não.
Já viajou para os EUA a passeio várias vezes também.
Mesmo assim, ele me disse que a maioria de seus amigos queriam o Su-35 na época do FX2.

Agora, imagine o seguinte Manuel.
Você opera aeronaves americanas há 20 ou 30 anos.
Já participou de dezenas de cursos. Foi 'obrigado' a aprender inglês.
Nesses cursos, palestras, você ouviu todas as vantagens das aeronaves, comparações com aeronaves de outras origens.

Os 'vendedores' falaram horas e horas sobre a superioridade de seus produtos. Enfim, dos pontos fortes de seus produtos e dos pontos fracos dos produtos concorrentes.

Nas horas de folga você fez amizade com alguns americanos e ouviu histórias de como eles massacraram as aeronaves russas em conflitos. (que eram operadas por um país mendigo, e estavam super desatualizadas e enfrentando uma mega coalizão era apenas um DETALHE).

Depois de 20 ou 30 anos ouvindo essas histórias. Histórias que colegas seus também ouviram. Participando de exercícios com os americanos. Fazendo cursos nos EUA e operando aeronaves americanas. O que acontece??

Alternativa A: Você passa a amar equipamentos russos
Alternativa B: Você passa a amar equipamentos americanos e possuir certo preconceito com equipamentos russos.

Quando colocarem argumentos bons, eu posso compreender, mas em mais de 10 anos no DB, nunca vi bons argumentos sobre isso.
Apenas baboseiras de parafusos diferentes, padrões métricos, hangares de tamanho diferente, e o VELHÍSSIMO argumento da filosofia de manutenção.
Já mostrei DIVERSAS VEZES que eles mudaram a filosofia de manutenção, que não é a mesma da época da União Soviética.
Enfim....Cansa.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: Licitação de Helicópteros: Ataque e Transporte !!!

#10457 Mensagem por FCarvalho » Sáb Dez 31, 2016 12:48 pm

Quando tivermos por aqui mais que duas duzias de helos voando em uma região isolada ou umas centenas de manpads, talvez a mentalidade comece a mudar.

Mas vai ser difícil.

abs.




Carpe Diem
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Re: Licitação de Helicópteros: Ataque e Transporte !!!

#10458 Mensagem por Carlos Lima » Sáb Dez 31, 2016 3:45 pm

FCarvalho escreveu:Quando tivermos por aqui mais que duas duzias de helos voando em uma região isolada ou umas centenas de manpads, talvez a mentalidade comece a mudar.

Mas vai ser difícil.

abs.
De fato!!

[]s
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Re: Licitação de Helicópteros: Ataque e Transporte !!!

#10459 Mensagem por knigh7 » Sáb Dez 31, 2016 6:14 pm

Carlos Lima escreveu:
knigh7 escreveu:

Olha, dados oficiais da GE, publicados há 20 atrás, o TBO T700-701 era 4,000 horas:
fonte: http://www.geaviation.com/press/militar ... 0902e.html

O Mil MI 35 utiliza as turbinas TV3-117 que tem um TBO de 1.500 horas e também uma turbina mais moderna cuja a última versão é a VK-2500PS-03 que tem um TBO 3,000 horas
Fonte:http://www.russianhelicopters.aero/en/p ... /5064.html

No Black Hawk, os motores e os sistemas relacionados a ele, como a APU da Honeywell, o filtro de entrada para as turbinas da Hamilton Sundstrand, trabalham no modo on-condition, que facilita demais a manutenção pois faz um auto-diagnóstico. O Mi-35 não tem isso. É por isso que o Juarez está se referindo ao tempo maior, pois sistemas que ainda operam de modo hard time são mais trabalhosos do que os on-condition.
:shock:

Estamos comparando o BHawk com o Mi-35 (helis com finalidades totalmente diferentes)?

O problema é porque um heli tem auto-diagnóstico e o outro não? E enquanto isso o Hind vem sendo utilizando em zonas de Guerra a pelo menos 30 anos e em condições super precárias e continua voando por aí.

Vou me dar o trabalho de da próxima vez em que encontrar a turma aqui de ribá que (voa) voou lado a lado com Hind no Afeganistão/Iraque e lá na Zooropa (OTAN) sobre essas complicações.

3000 ou 4000 horas? Em tempos de Guerra quantos dias de operação continua estamos falando mesmo?

Mas tudo bem.

[]s
CB
Lima,eu mencionei o Black Hawk pois era o assunto com o Juarez, mas a turbina T700-701 e a APU da Honeywell equipam também o Apache.
http://www.airframer.com/link_analysis.html?id=15811

O sistema on-condition é muito mais fácil de lidar que o hard time.

A questão é comparativa.

A turbina T700-701 avançou nesses últimos 20 anos. Eu não tenho dados oficiais recentes do TBO dela, mas mesmo um dado publicado há 20 anos atrás tem um TBO 33% maior que a versão mais moderna da VK-2500.

Eu não sei do BH, mas a caixa de transmissão do S92 é derivada do Sea Hawk, que tem um TBO 6.000 horas, enquanto que a VR 24 (que equipa também o Mi35, além do Mi24) tem um TBO de 3.000 horas
http://klimov.ru/en/production/helicopter/Gearboxes/




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Re: Licitação de Helicópteros: Ataque e Transporte !!!

#10460 Mensagem por Carlos Lima » Sáb Dez 31, 2016 6:31 pm

:shock:

A questão continua... em um conflito, sendo necessário revisar uma turbina a cada 3000 ou 4000 horas. Quantas horas de combate são necessárias para que toda essa trabalheira que vocês estão reclamando seja realmente um problema?

E é esse o problema? Fácil acesso?

Tem que ter mais do que isso.

[]s
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Re: Licitação de Helicópteros: Ataque e Transporte !!!

#10461 Mensagem por knigh7 » Sáb Dez 31, 2016 7:22 pm

Luís Henrique escreveu:
Respeito todas as opiniões. O Jackson Flores pode possuir um currículo impressionante, pode possuir 'fontes' dentro das forças, mas essas 'fontes' podem estar com 100% de razão, 100% de preconceito e ideologia ou, mais provavelmente, alguma coisa no meio disso.

Nem preciso perguntar a opinião do Juarez. Já debatemos centenas de vezes, conheço bem sua opinião, e respeito.
Mas em muitas coisas discordamos.

Eu tenho um primo Coronel da FAB.
Na casa dele tem várias miniaturas de aeronaves americanas.
Tem miniaturas de aeronaves russas? Não.
Ele já viajou VÁRIAS vezes para os EUA.
Já viajou pelo menos uma vez para a Rússia? Não.
Já fez vários cursos lá nos EUA.
Já fez algum curso na Rússia? Não.
Já viajou para os EUA a passeio várias vezes também.
Mesmo assim, ele me disse que a maioria de seus amigos queriam o Su-35 na época do FX2.

Agora, imagine o seguinte Manuel.
Você opera aeronaves americanas há 20 ou 30 anos.
Já participou de dezenas de cursos. Foi 'obrigado' a aprender inglês.
Nesses cursos, palestras, você ouviu todas as vantagens das aeronaves, comparações com aeronaves de outras origens.

Os 'vendedores' falaram horas e horas sobre a superioridade de seus produtos. Enfim, dos pontos fortes de seus produtos e dos pontos fracos dos produtos concorrentes.

Nas horas de folga você fez amizade com alguns americanos e ouviu histórias de como eles massacraram as aeronaves russas em conflitos. (que eram operadas por um país mendigo, e estavam super desatualizadas e enfrentando uma mega coalizão era apenas um DETALHE).

Depois de 20 ou 30 anos ouvindo essas histórias. Histórias que colegas seus também ouviram. Participando de exercícios com os americanos. Fazendo cursos nos EUA e operando aeronaves americanas. O que acontece??

Alternativa A: Você passa a amar equipamentos russos
Alternativa B: Você passa a amar equipamentos americanos e possuir certo preconceito com equipamentos russos.

Quando colocarem argumentos bons, eu posso compreender, mas em mais de 10 anos no DB, nunca vi bons argumentos sobre isso.
Apenas baboseiras de parafusos diferentes, padrões métricos, hangares de tamanho diferente, e o VELHÍSSIMO argumento da filosofia de manutenção.
Já mostrei DIVERSAS VEZES que eles mudaram a filosofia de manutenção, que não é a mesma da época da União Soviética.
Enfim....Cansa.
Luís Henrique o TBO deles aumentaram das turbinas, como é o caso da AL-41F e da Saturn 117, além da que eu mencionei com a VK2500. Mas ainda há bastante diferença, vide o caso da manutenção dos helis on-condition com os russos ainda hard time.

Esse caso que os pilotos preferem o Flanker, o Pepê escrevia isso desde à época que ele estava ainda na T&D (o último artigo que ele escreveu para a revista que eu li foi em 2001).

Ele diz isso faz 20 anos, desde quando começou-se a falar do FX. Só que quem era capitão há 20 anos e ficou na Força no FX2 era brigadeiro.

A GPFX2 tinha cerca de 60 profissionais. A COPAC, que formava a grande maioria, que é presidida por um brigadeiro do ar, o resto é capitão, major, coronel...Em 2009 a quase totalidade dos seus quadros, cerca de 95%, eram de aviadores. Existiam apenas dois engenheiros no seu efetivo, todos oficiais intermediários. Durante o período do FX2 ela teve 3 presidentes: Dirceu Tondolo Nôro, Carlos Baptista Jr e José Crepaldi, todos pilotos de caça.




Editado pela última vez por knigh7 em Sáb Dez 31, 2016 7:28 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Licitação de Helicópteros: Ataque e Transporte !!!

#10462 Mensagem por knigh7 » Sáb Dez 31, 2016 7:26 pm

Carlos Lima escreveu::shock:

A questão continua... em um conflito, sendo necessário revisar uma turbina a cada 3000 ou 4000 horas. Quantas horas de combate são necessárias para que toda essa trabalheira que vocês estão reclamando seja realmente um problema?

E é esse o problema? Fácil acesso?

Tem que ter mais do que isso.

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Vc continua desconsiderando as minhas explicações:
knigh7 escreveu:
Lima,eu mencionei o Black Hawk pois era o assunto com o Juarez, mas a turbina T700-701 e a APU da Honeywell equipam também o Apache.
http://www.airframer.com/link_analysis.html?id=15811

O sistema on-condition é muito mais fácil de lidar que o hard time.

A questão é comparativa.

A turbina T700-701 avançou nesses últimos 20 anos. Eu não tenho dados oficiais recentes do TBO dela, mas mesmo um dado publicado há 20 anos atrás tem um TBO 33% maior que a versão mais moderna da VK-2500.

Eu não sei do BH, mas a caixa de transmissão do S92 é derivada do Sea Hawk, que tem um TBO 6.000 horas, enquanto que a VR 24 (que equipa também o Mi35, além do Mi24) tem um TBO de 3.000 horas
http://klimov.ru/en/production/helicopter/Gearboxes/
knigh7 escreveu:
No Black Hawk, os motores e os sistemas relacionados a ele, como a APU da Honeywell, o filtro de entrada para as turbinas da Hamilton Sundstrand, trabalham no modo on-condition, que facilita demais a manutenção pois faz um auto-diagnóstico. O Mi-35 não tem isso. É por isso que o Juarez está se referindo ao tempo maior, pois sistemas que ainda operam de modo hard time são mais trabalhosos do que os on-condition.
Aliás a VK 2500 é a turbina do Mil Mi 28.




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Re: Licitação de Helicópteros: Ataque e Transporte !!!

#10463 Mensagem por Thor » Sáb Dez 31, 2016 8:15 pm

Luís Henrique escreveu:
Respeito todas as opiniões. O Jackson Flores pode possuir um currículo impressionante, pode possuir 'fontes' dentro das forças, mas essas 'fontes' podem estar com 100% de razão, 100% de preconceito e ideologia ou, mais provavelmente, alguma coisa no meio disso.

Nem preciso perguntar a opinião do Juarez. Já debatemos centenas de vezes, conheço bem sua opinião, e respeito.
Mas em muitas coisas discordamos.

Eu tenho um primo Coronel da FAB.
Na casa dele tem várias miniaturas de aeronaves americanas.
Tem miniaturas de aeronaves russas? Não.
Ele já viajou VÁRIAS vezes para os EUA.
Já viajou pelo menos uma vez para a Rússia? Não.
Já fez vários cursos lá nos EUA.
Já fez algum curso na Rússia? Não.
Já viajou para os EUA a passeio várias vezes também.
Mesmo assim, ele me disse que a maioria de seus amigos queriam o Su-35 na época do FX2.

Agora, imagine o seguinte Manuel.
Você opera aeronaves americanas há 20 ou 30 anos.
Já participou de dezenas de cursos. Foi 'obrigado' a aprender inglês.
Nesses cursos, palestras, você ouviu todas as vantagens das aeronaves, comparações com aeronaves de outras origens.

Os 'vendedores' falaram horas e horas sobre a superioridade de seus produtos. Enfim, dos pontos fortes de seus produtos e dos pontos fracos dos produtos concorrentes.

Nas horas de folga você fez amizade com alguns americanos e ouviu histórias de como eles massacraram as aeronaves russas em conflitos. (que eram operadas por um país mendigo, e estavam super desatualizadas e enfrentando uma mega coalizão era apenas um DETALHE).

Depois de 20 ou 30 anos ouvindo essas histórias. Histórias que colegas seus também ouviram. Participando de exercícios com os americanos. Fazendo cursos nos EUA e operando aeronaves americanas. O que acontece??

Alternativa A: Você passa a amar equipamentos russos
Alternativa B: Você passa a amar equipamentos americanos e possuir certo preconceito com equipamentos russos.

Quando colocarem argumentos bons, eu posso compreender, mas em mais de 10 anos no DB, nunca vi bons argumentos sobre isso.
Apenas baboseiras de parafusos diferentes, padrões métricos, hangares de tamanho diferente, e o VELHÍSSIMO argumento da filosofia de manutenção.
Já mostrei DIVERSAS VEZES que eles mudaram a filosofia de manutenção, que não é a mesma da época da União Soviética.
Enfim....Cansa.
Luís Henrique,
Felizmente a FAB não escolhe suas aeronaves baseada em preconceitos ou em "gosto/belezura". Todos os requisitos são checados, as comprovações dos testes de engenharia e de voo avaliadas, os parâmetros técnicos e logísticos verificados. Acredito que os países de primeiro mundo também façam isso, e outros países avançados podem, ainda, apresentar necessidades que norteiam alinhamento ocidental ou oriental, que suplantam o atendimento aos requisitos.
Abraços




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Re: Licitação de Helicópteros: Ataque e Transporte !!!

#10464 Mensagem por Carlos Lima » Sáb Dez 31, 2016 9:53 pm

Thor escreveu:
Luís Henrique escreveu:
Respeito todas as opiniões. O Jackson Flores pode possuir um currículo impressionante, pode possuir 'fontes' dentro das forças, mas essas 'fontes' podem estar com 100% de razão, 100% de preconceito e ideologia ou, mais provavelmente, alguma coisa no meio disso.

Nem preciso perguntar a opinião do Juarez. Já debatemos centenas de vezes, conheço bem sua opinião, e respeito.
Mas em muitas coisas discordamos.

Eu tenho um primo Coronel da FAB.
Na casa dele tem várias miniaturas de aeronaves americanas.
Tem miniaturas de aeronaves russas? Não.
Ele já viajou VÁRIAS vezes para os EUA.
Já viajou pelo menos uma vez para a Rússia? Não.
Já fez vários cursos lá nos EUA.
Já fez algum curso na Rússia? Não.
Já viajou para os EUA a passeio várias vezes também.
Mesmo assim, ele me disse que a maioria de seus amigos queriam o Su-35 na época do FX2.

Agora, imagine o seguinte Manuel.
Você opera aeronaves americanas há 20 ou 30 anos.
Já participou de dezenas de cursos. Foi 'obrigado' a aprender inglês.
Nesses cursos, palestras, você ouviu todas as vantagens das aeronaves, comparações com aeronaves de outras origens.

Os 'vendedores' falaram horas e horas sobre a superioridade de seus produtos. Enfim, dos pontos fortes de seus produtos e dos pontos fracos dos produtos concorrentes.

Nas horas de folga você fez amizade com alguns americanos e ouviu histórias de como eles massacraram as aeronaves russas em conflitos. (que eram operadas por um país mendigo, e estavam super desatualizadas e enfrentando uma mega coalizão era apenas um DETALHE).

Depois de 20 ou 30 anos ouvindo essas histórias. Histórias que colegas seus também ouviram. Participando de exercícios com os americanos. Fazendo cursos nos EUA e operando aeronaves americanas. O que acontece??

Alternativa A: Você passa a amar equipamentos russos
Alternativa B: Você passa a amar equipamentos americanos e possuir certo preconceito com equipamentos russos.

Quando colocarem argumentos bons, eu posso compreender, mas em mais de 10 anos no DB, nunca vi bons argumentos sobre isso.
Apenas baboseiras de parafusos diferentes, padrões métricos, hangares de tamanho diferente, e o VELHÍSSIMO argumento da filosofia de manutenção.
Já mostrei DIVERSAS VEZES que eles mudaram a filosofia de manutenção, que não é a mesma da época da União Soviética.
Enfim....Cansa.
Luís Henrique,
Felizmente a FAB não escolhe suas aeronaves baseada em preconceitos ou em "gosto/belezura". Todos os requisitos são checados, as comprovações dos testes de engenharia e de voo avaliadas, os parâmetros técnicos e logísticos verificados. Acredito que os países de primeiro mundo também façam isso, e outros países avançados podem, ainda, apresentar necessidades que norteiam alinhamento ocidental ou oriental, que suplantam o atendimento aos requisitos.
Abraços
Thor,

Com todo o respeito a realidade não é bem assim. O que não falta são apadrinhamentos, favorecimentos, lobbies de "Ex" Fabianos e obviamente não esquecer decisões governamentais que atropelam toda essa tecnicalidade. Isso sem contar que ainda existem bandos de Brigadeiros e associados que acham que a URSS ainda existe e que a MB não pode ter aviação Naval dentre outras 'peculiaridades'.

:|
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Re: Licitação de Helicópteros: Ataque e Transporte !!!

#10465 Mensagem por Carlos Lima » Sáb Dez 31, 2016 9:55 pm

knigh7 escreveu:
Carlos Lima escreveu::shock:

A questão continua... em um conflito, sendo necessário revisar uma turbina a cada 3000 ou 4000 horas. Quantas horas de combate são necessárias para que toda essa trabalheira que vocês estão reclamando seja realmente um problema?

E é esse o problema? Fácil acesso?

Tem que ter mais do que isso.

[]s
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Vc continua desconsiderando as minhas explicações:
knigh7 escreveu:
Lima,eu mencionei o Black Hawk pois era o assunto com o Juarez, mas a turbina T700-701 e a APU da Honeywell equipam também o Apache.
http://www.airframer.com/link_analysis.html?id=15811

O sistema on-condition é muito mais fácil de lidar que o hard time.

A questão é comparativa.

A turbina T700-701 avançou nesses últimos 20 anos. Eu não tenho dados oficiais recentes do TBO dela, mas mesmo um dado publicado há 20 anos atrás tem um TBO 33% maior que a versão mais moderna da VK-2500.

Eu não sei do BH, mas a caixa de transmissão do S92 é derivada do Sea Hawk, que tem um TBO 6.000 horas, enquanto que a VR 24 (que equipa também o Mi35, além do Mi24) tem um TBO de 3.000 horas
http://klimov.ru/en/production/helicopter/Gearboxes/
knigh7 escreveu:
No Black Hawk, os motores e os sistemas relacionados a ele, como a APU da Honeywell, o filtro de entrada para as turbinas da Hamilton Sundstrand, trabalham no modo on-condition, que facilita demais a manutenção pois faz um auto-diagnóstico. O Mi-35 não tem isso. É por isso que o Juarez está se referindo ao tempo maior, pois sistemas que ainda operam de modo hard time são mais trabalhosos do que os on-condition.
Aliás a VK 2500 é a turbina do Mil Mi 28.
Esses posts não responderam a pergunta:

Quantas horas de combate são necessárias para que toda essa trabalheira que vocês estão reclamando seja realmente um problema?

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Re: Licitação de Helicópteros: Ataque e Transporte !!!

#10466 Mensagem por FCarvalho » Sáb Dez 31, 2016 11:22 pm

Acho que isso só se vai descobrir Carlos quando, e se, um dia os Mi-35 da FAB estiverem realmente em combate.

Porque até hoje ninguém sabe direito de público como é feito o apoio russo a estes helos. E a FAB parece querer guardar à sete chaves esta informação.

Concordo que colocar 10 helos para voar desfilando não quer dizer muita coisa do ponto de vista operacional, mas se isso vale para os helos russo, também vale para BH, H225M e tudo o mais que voa na FAB. Eu mesmo já vi aqui em Manaus recentemente uma cena raríssima que foi a visão de 5/6 BH voando juntos. Mas e daí? Isso significa que a FAB dispõe de uma operacionalidade alta em relação a estas aeronaves? Eu tendo a crer que não necessariamente. Operar em tempos de paz é uma coisa, operar em tempos de guerra é algo bem diferente. E sobre isso nós não temos praticamente nenhuma referencia nos últimos 75 anos.

Então penso que independente do que for colocado na nacele dos pilotos, se ocidental ou oriental, a operacionalidade vai depender muito mais de como a gestão do apoio é feita do que propriamente dos equipamentos em si.

Ninguém aqui afinal pode garantir com 100% de certeza que se um dia fomos levados a utilizar em combate nossos meios, qualquer um deles, o apoio que temos hoje continuará sendo o mesmo, e que nossa capacidade de dispor deles será igual por tempo indeterminado. Todo mundo sabe que a nossa dependência logística externa é crônica, e que nossos estoques de guerra e apoio logísticos não garantem sequer um mês de operações.

Assim, independente de suas origens, qualquer que seja ela, se não conseguirmos colocar minimamente uma base local para poder proporcionar certa capacidade operacional, vamos continuar com o pires na mão e basicamente dependentes da boa vontade alheia - se russa, americana, chinesa ou europeia, pouco importa - para custear nossa própria defesa.

E para responder a esta limitação, até agora nós não vimos de fato nenhuma ação concreta e objetiva de parte de ninguém aqui. E parece que vai não vai haver mesmo. As preocupações agora parecem ser bem outras.

abs.




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Re: Licitação de Helicópteros: Ataque e Transporte !!!

#10467 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Dom Jan 01, 2017 12:38 am

Luís Henrique escreveu:
knigh7 escreveu: Luís Henrique, o Jackson Flores Jr. era um dos jornalistas com mais conhecimento no Brasil sobre aviação.

Se atentar, em boa parte do texto, ele está usando com base no contatos dele, ou coisas que ele presenciou na FAB.

Ao Juarez, que era da área da manutenção da FAB, pergunte qual a opinião sobre o texto do Jackson.

Respeito todas as opiniões. O Jackson Flores pode possuir um currículo impressionante, pode possuir 'fontes' dentro das forças, mas essas 'fontes' podem estar com 100% de razão, 100% de preconceito e ideologia ou, mais provavelmente, alguma coisa no meio disso.

Nem preciso perguntar a opinião do Juarez. Já debatemos centenas de vezes, conheço bem sua opinião, e respeito.
Mas em muitas coisas discordamos.

Eu tenho um primo Coronel da FAB.
Na casa dele tem várias miniaturas de aeronaves americanas.
Tem miniaturas de aeronaves russas? Não.
Ele já viajou VÁRIAS vezes para os EUA.
Já viajou pelo menos uma vez para a Rússia? Não.
Já fez vários cursos lá nos EUA.
Já fez algum curso na Rússia? Não.
Já viajou para os EUA a passeio várias vezes também.
Mesmo assim, ele me disse que a maioria de seus amigos queriam o Su-35 na época do FX2.

Agora, imagine o seguinte Manuel.
Você opera aeronaves americanas há 20 ou 30 anos.
Já participou de dezenas de cursos. Foi 'obrigado' a aprender inglês.
Nesses cursos, palestras, você ouviu todas as vantagens das aeronaves, comparações com aeronaves de outras origens.

Os 'vendedores' falaram horas e horas sobre a superioridade de seus produtos. Enfim, dos pontos fortes de seus produtos e dos pontos fracos dos produtos concorrentes.

Nas horas de folga você fez amizade com alguns americanos e ouviu histórias de como eles massacraram as aeronaves russas em conflitos. (que eram operadas por um país mendigo, e estavam super desatualizadas e enfrentando uma mega coalizão era apenas um DETALHE).

Depois de 20 ou 30 anos ouvindo essas histórias. Histórias que colegas seus também ouviram. Participando de exercícios com os americanos. Fazendo cursos nos EUA e operando aeronaves americanas. O que acontece??

Alternativa A: Você passa a amar equipamentos russos
Alternativa B: Você passa a amar equipamentos americanos e possuir certo preconceito com equipamentos russos.

Quando colocarem argumentos bons, eu posso compreender, mas em mais de 10 anos no DB, nunca vi bons argumentos sobre isso.
Apenas baboseiras de parafusos diferentes, padrões métricos, hangares de tamanho diferente, e o VELHÍSSIMO argumento da filosofia de manutenção.
Já mostrei DIVERSAS VEZES que eles mudaram a filosofia de manutenção, que não é a mesma da época da União Soviética.
Enfim....Cansa.
Você esqueceu da escada... Da escada!
Problemão!




Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg


Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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Re: Licitação de Helicópteros: Ataque e Transporte !!!

#10468 Mensagem por knigh7 » Dom Jan 01, 2017 5:54 am

Como as coisas são:

A expressão "não é necessário escadas" dentre outros exemplos, foi dita pelo então presidente da COPAC, José Crepaldi aos deputados em fevereiro de 2014.

O Crepaldi é justamente um dos oficiais de alta patente da FAB que eu me correspondo. Correspondo com ele por e-mail e pessoalmente quando ele vem a São Paulo (inclusive tendo encontros com ele no hotel de trânsito da FAB) onde vez ou outra peço permissão de reproduzir os e-mails dele aqui.

Podem observar que a linguagem de e-mails de conversas comigo que eu reproduzo aqui (entre as quais há os dele) é uma linguagem mais avançada. Para deputados que tem tanta familiaridade sobre Defesa quanto a minha mãe, tem de ser uma linguagem mais comezinha, exemplos mais fáceis deles entenderem.

Ele é extremamente capaz, não foge ao debate (embora tenha cuidado de não entrar em detalhes para não comprometer o sigilo), acessível, tem argumentos racionais.

E muitíssimo bem informado. Eu compro publicações internacionais sobre defesa há 20 anos e não sei que jornalistas tem ligações com fabricantes. Ele sabe.

E tem forista que zomba do Crepaldi que fica repetindo o que diz um certo jornalista especializado em defesa brasileiro que é figurinha carimbada lobista da Rosoboronexport há mais de 1 década.




Editado pela última vez por knigh7 em Dom Jan 01, 2017 8:15 am, em um total de 3 vezes.
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Re: Licitação de Helicópteros: Ataque e Transporte !!!

#10469 Mensagem por knigh7 » Dom Jan 01, 2017 6:01 am

FCarvalho escreveu:
Concordo que colocar 10 helos para voar desfilando não quer dizer muita coisa do ponto de vista operacional, mas se isso vale para os helos russo, também vale para BH, H225M e tudo o mais que voa na FAB. Eu mesmo já vi aqui em Manaus recentemente uma cena raríssima que foi a visão de 5/6 BH voando juntos. Mas e daí? Isso significa que a FAB dispõe de uma operacionalidade alta em relação a estas aeronaves? Eu tendo a crer que não necessariamente. Operar em tempos de paz é uma coisa, operar em tempos de guerra é algo bem diferente. E sobre isso nós não temos praticamente nenhuma referencia nos últimos 75 anos.

abs.
O EB esses tempos estava com os 4 BH voando.
A FAB por várias vezes voa com 6 (dos 8 Hárpias), seja em MN, seja treinando em Cachimbo.

O interessante que essas fotos aqui o pessoal não publica. Mas quando voam 8 ou 10 Mi-35 são 2 páginas publicando e batendo bronha.




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Re: Licitação de Helicópteros: Ataque e Transporte !!!

#10470 Mensagem por knigh7 » Dom Jan 01, 2017 6:21 am

Carlos Lima escreveu:
Esses posts não responderam a pergunta:

Quantas horas de combate são necessárias para que toda essa trabalheira que vocês estão reclamando seja realmente um problema?

[]s
CB
Todos os sistemas que funcionam pelo on-condition (auto-diagnóstico) não tem inspeção programada, exceto as turbinas. E mesmo elas, por trabalharem nesse sistema, permitem que os intervalos de inspeções sejam bem maiores que o comparado ao hard-time.
O hard-time tem esse nome justamente por ter de seguir um intervalo programado de horas de voo.




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