NOTÍCIAS POLÍTICAS
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- Bourne
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Lendo esses delírios, só digo uma coisa: CUIDADO!!!! O Brasil é um vulcão adormecido. Quando voltar atividade vira uma Síria ou Turquia em um estalar de dedos. Os guris e gurias que pensam que o brasileiro é pacifico e submisso estão errados. Estes precisam estudar mais história pré-1964 quando país vivia em permanente conflitos entre elites regionais, estados e intervenções militares do governo central eram comuns para evitar separatismo e ampliação de conflitos locais.
E como se só existisse uma posição militar. E que na hora de uma intervenção vão agir todos de mãos dadas e sem questionamentos dos generais, oficiais superiores ou praças. Isso não aconteceu nem em 1964 e, menos ainda, durante o século XX. Aliás, nos anos 1950 e começo dos anos 1960,quase estoura uma guerra civil de grandes proporções entre grupos contrários e favoráveis ao golpe, dentro das forças armadas, elites e sindicatos. O país correu um sério risco de sofrer separatismo e uma guerra aberta. Não era comunistas vs nacionalista, mas entre todos contra todos, assim como nos anos 1920 e 1930.
A coerência que emergiu do governo militar tenho sérias dúvidas se resiste um crise política dura, guerra civil ou externa. Outra coisas interessantes nesses teóricos golpistas. Eles consideram que o militar é uma instituição externa sociedade civil e estrutura de estado. O que é irreal e vem de uma noção falta de uma estorinha do governo militar. Na realidade os militar são parte da sociedade e estado, tanto que a ditadura foi civil-militar em que os principais cargos no governo e políticas era definidas e implementadas por civis. Na realidade, os militares possuem obrigações e responsabilidades, bem como nasceram e são civis, que possuem direitos e obrigações como qualquer outro civil, mas estão por um tempo militares.
E como se só existisse uma posição militar. E que na hora de uma intervenção vão agir todos de mãos dadas e sem questionamentos dos generais, oficiais superiores ou praças. Isso não aconteceu nem em 1964 e, menos ainda, durante o século XX. Aliás, nos anos 1950 e começo dos anos 1960,quase estoura uma guerra civil de grandes proporções entre grupos contrários e favoráveis ao golpe, dentro das forças armadas, elites e sindicatos. O país correu um sério risco de sofrer separatismo e uma guerra aberta. Não era comunistas vs nacionalista, mas entre todos contra todos, assim como nos anos 1920 e 1930.
A coerência que emergiu do governo militar tenho sérias dúvidas se resiste um crise política dura, guerra civil ou externa. Outra coisas interessantes nesses teóricos golpistas. Eles consideram que o militar é uma instituição externa sociedade civil e estrutura de estado. O que é irreal e vem de uma noção falta de uma estorinha do governo militar. Na realidade os militar são parte da sociedade e estado, tanto que a ditadura foi civil-militar em que os principais cargos no governo e políticas era definidas e implementadas por civis. Na realidade, os militares possuem obrigações e responsabilidades, bem como nasceram e são civis, que possuem direitos e obrigações como qualquer outro civil, mas estão por um tempo militares.
- Bolovo
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Que maravilha! Que curtam muito ano novo, pois são homens de bem!
Ministro leva vereadores de seu reduto para passeio em voo da FAB
Na companhia de Mendonça Filho, Evandro Macarrão e Pitomba da Lotação eram só sorrisos nas fotos tiradas dentro e fora da aeronave oficial
Por Gabriel Mascarenhas
29 dez 2016, 13h34
Mendonça Filho anda com a agenda cheia no final de ano. Como se não bastasse ter de trabalhar pela aprovação da reforma do ensino médio e tocar o Ministério da Educação, ele resolveu se envolver na eleição da presidência da Câmara.
Nada a ver com a guerra travada entre seu correligionário Rodrigo Maia e o deputado Jovair Arantes.
Mendonça Filho vem se dedicando à corrida pelo comando da Câmara de Vereadores da pacata Belo Jardim, de cerca de 100 mil habitantes, em Pernambuco, seu reduto eleitoral.
Mendonça Filho é aliado do atual presidente da Casa Legislativa de Belo Jardim, Gilvandro Estrela, que luta para se manter na cadeira no ano que vem.
Na busca por votos, o ministro de Michel Temer resolveu fazer um agrado a outros dois vereadores eleitos na cidade pernambucana.
As excelências atendem pelos nomes de Evandro Macarrão e Pitomba da Lotação, candidato a assumir a presidência da Câmara local.
Mendoncinha, como é conhecido, levou a dupla a Brasília e os carregou para cima e para baixo. Até aí, tranquilo. Mas a caravana deu direito a viagem em voo da FAB, na companhia do ministro.
Mendonça embarcou com os vereadores da capital para uma agenda na Paraíba. Só alegria.
A tomar pelos sorrisos de Macarrão e Pitomba nas fotos postadas em redes sociais, dentro e fora do avião oficial, o ministro já pode dizer que ele elege quem quiser em Belo Jardim.
http://veja.abril.com.br/blog/radar-on- ... oo-da-fab/
Ministro leva vereadores de seu reduto para passeio em voo da FAB
Na companhia de Mendonça Filho, Evandro Macarrão e Pitomba da Lotação eram só sorrisos nas fotos tiradas dentro e fora da aeronave oficial
Por Gabriel Mascarenhas
29 dez 2016, 13h34
Mendonça Filho anda com a agenda cheia no final de ano. Como se não bastasse ter de trabalhar pela aprovação da reforma do ensino médio e tocar o Ministério da Educação, ele resolveu se envolver na eleição da presidência da Câmara.
Nada a ver com a guerra travada entre seu correligionário Rodrigo Maia e o deputado Jovair Arantes.
Mendonça Filho vem se dedicando à corrida pelo comando da Câmara de Vereadores da pacata Belo Jardim, de cerca de 100 mil habitantes, em Pernambuco, seu reduto eleitoral.
Mendonça Filho é aliado do atual presidente da Casa Legislativa de Belo Jardim, Gilvandro Estrela, que luta para se manter na cadeira no ano que vem.
Na busca por votos, o ministro de Michel Temer resolveu fazer um agrado a outros dois vereadores eleitos na cidade pernambucana.
As excelências atendem pelos nomes de Evandro Macarrão e Pitomba da Lotação, candidato a assumir a presidência da Câmara local.
Mendoncinha, como é conhecido, levou a dupla a Brasília e os carregou para cima e para baixo. Até aí, tranquilo. Mas a caravana deu direito a viagem em voo da FAB, na companhia do ministro.
Mendonça embarcou com os vereadores da capital para uma agenda na Paraíba. Só alegria.
A tomar pelos sorrisos de Macarrão e Pitomba nas fotos postadas em redes sociais, dentro e fora do avião oficial, o ministro já pode dizer que ele elege quem quiser em Belo Jardim.
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"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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- Sterrius
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Tb me preocupa bastante bourne como tentam banalizar a ideia de que o Brasileiro é pacifico. E que basta os militares entrarem no jogo e tudo se resolve quase como magica.
O brasileiro ta é em sono profundo, nunca foi pacifico e nossa historia mais do que prova isso.
Ae depois que acordarem a bomba vão ficar chorando que não era isso que queriam e que tinham apenas as melhores intenções enquanto tentam catar os cacos das suas vidas destruídas por uma guerra da qual não vão se beneficiar.
O brasileiro ta é em sono profundo, nunca foi pacifico e nossa historia mais do que prova isso.
Ae depois que acordarem a bomba vão ficar chorando que não era isso que queriam e que tinham apenas as melhores intenções enquanto tentam catar os cacos das suas vidas destruídas por uma guerra da qual não vão se beneficiar.
- Bourne
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Senta que lá vem estória.
Na Brasil, percebi uma visão equivocada de que o setor público e privado são independentes. Seja na forma jocosa de critica à ineficiência de um ou outro. Seja para dizer que um é muito superior que outro. Em ambos os casos são visões muito erradas. O setor público e privado são fruto da sociedade e das instituições e interagem o tempo todo. Por exemplo, a produtividade do gasto público e do setor privado brasileiro estão no fundo do poço em comparação com países da OCDE e vizinhos da América Latina. E, como mostram os dados, a produtividade do setor público e privado são muito próximos para mais ou menos.
Outra coisa, esses meses quebrei o pau no grupo do zapzap por causa da tal crise fiscal dos estados. O argumento do meu algoz era "se quem tá no governo e do DF pode falar de Brasília" e completava "você não sabe nada seu caipira, olhe o poder do povo do serrado". Agora Rio de janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais decretaram calamidade pública e, para 2017, tem mais uns 20 indo pelo mesmo caminho inclusive o DF. Não sou vidente. Esse cenário tava previsto na negociação da dívida dos estados e contrapartidas de reformas lá em 2013/2014. Todo mundo da área que via os dados sabia disso. Do governo ou não. O que muda é origem e o que fazer.
Não faz sentido. vamos lá:
Primeiro que os dados são públicos e precisam ser públicos para serem analisados e discutidos amplamente por quem entende e não entende. Já que democracia se esperado que todos os interessados de alguma forma participem e reforcem o interesse de qual o problema e soluções propostas.
Segundo que a análise crítica das políticas e situação de governos, programas e outros tem que ser feito fora do governo, geralmente por universidades ou fundações independentes. Por que atraem gente melhor nacional e estrangeiro, não estão dentro das limitações de um funcionário público de carreira e, assim, possuem maior liberdade. No caso Brasil surge o problema no nível mais alta dos técnicos serem contratados por provinha no nível mais baixo de entrada e/ou terem indicação política.
Terceiro quem está no governo nem sempre é o melhor. Por que por que universidades, órgãos multilaterais, fundações e iniciativa privada tendem dar melhor qualidade de vida ou salários mais altos, levando muito não ficar no governo ou evitar cargo de estado. Ou, como própria lógica do funcionalismo, se atolarem na burocracia do dia-a-dia e não focarem em aprofundar discussão sobre problema, buscarem conversar com gente da área país e exterior. Por exemplo, vi apenas Mônica De Bolle, Doutora super fodona, discutir de forma séria e crítica a PEC de gastos, apesar de tem um monte de furos e questionamentos da efetividade e distorções. Os outros dão show, mais político e ideológico do que fundamento, sem entender do tema. Deve acontecer o mesmo na saúde, educação, militar, justiça, relações exteriores, estruturas regulatórias, mercado de trabalho. Isso é ruim por que ninguém é crítico o suficiente para ser levado a serio e considerado na hora do debate e, assim, vira masturbação ideológica.
Outra estória, contam por aí que o Banco Mundial e BID eles forçam estados e municípios terem estudos e projetos melhores para liberar empréstimos. Inclusive eles chamam os técnicos deles (brasileiros ou não) para revisar o projeto e achar as falhas, ainda exigem adequações e mudanças para reduzir custos e elevar eficiência. Coisa que o Banco do Brasil, Caixa e BNDES são bem mais complacentes com os governos locais. Não deveriam ser.
Ou seja, o problema é o conjunto e não há saídas fáceis. Mas teremos esperança que pior que tá não fica. Ao contrário.
Na Brasil, percebi uma visão equivocada de que o setor público e privado são independentes. Seja na forma jocosa de critica à ineficiência de um ou outro. Seja para dizer que um é muito superior que outro. Em ambos os casos são visões muito erradas. O setor público e privado são fruto da sociedade e das instituições e interagem o tempo todo. Por exemplo, a produtividade do gasto público e do setor privado brasileiro estão no fundo do poço em comparação com países da OCDE e vizinhos da América Latina. E, como mostram os dados, a produtividade do setor público e privado são muito próximos para mais ou menos.
Outra coisa, esses meses quebrei o pau no grupo do zapzap por causa da tal crise fiscal dos estados. O argumento do meu algoz era "se quem tá no governo e do DF pode falar de Brasília" e completava "você não sabe nada seu caipira, olhe o poder do povo do serrado". Agora Rio de janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais decretaram calamidade pública e, para 2017, tem mais uns 20 indo pelo mesmo caminho inclusive o DF. Não sou vidente. Esse cenário tava previsto na negociação da dívida dos estados e contrapartidas de reformas lá em 2013/2014. Todo mundo da área que via os dados sabia disso. Do governo ou não. O que muda é origem e o que fazer.
Não faz sentido. vamos lá:
Primeiro que os dados são públicos e precisam ser públicos para serem analisados e discutidos amplamente por quem entende e não entende. Já que democracia se esperado que todos os interessados de alguma forma participem e reforcem o interesse de qual o problema e soluções propostas.
Segundo que a análise crítica das políticas e situação de governos, programas e outros tem que ser feito fora do governo, geralmente por universidades ou fundações independentes. Por que atraem gente melhor nacional e estrangeiro, não estão dentro das limitações de um funcionário público de carreira e, assim, possuem maior liberdade. No caso Brasil surge o problema no nível mais alta dos técnicos serem contratados por provinha no nível mais baixo de entrada e/ou terem indicação política.
Terceiro quem está no governo nem sempre é o melhor. Por que por que universidades, órgãos multilaterais, fundações e iniciativa privada tendem dar melhor qualidade de vida ou salários mais altos, levando muito não ficar no governo ou evitar cargo de estado. Ou, como própria lógica do funcionalismo, se atolarem na burocracia do dia-a-dia e não focarem em aprofundar discussão sobre problema, buscarem conversar com gente da área país e exterior. Por exemplo, vi apenas Mônica De Bolle, Doutora super fodona, discutir de forma séria e crítica a PEC de gastos, apesar de tem um monte de furos e questionamentos da efetividade e distorções. Os outros dão show, mais político e ideológico do que fundamento, sem entender do tema. Deve acontecer o mesmo na saúde, educação, militar, justiça, relações exteriores, estruturas regulatórias, mercado de trabalho. Isso é ruim por que ninguém é crítico o suficiente para ser levado a serio e considerado na hora do debate e, assim, vira masturbação ideológica.
Outra estória, contam por aí que o Banco Mundial e BID eles forçam estados e municípios terem estudos e projetos melhores para liberar empréstimos. Inclusive eles chamam os técnicos deles (brasileiros ou não) para revisar o projeto e achar as falhas, ainda exigem adequações e mudanças para reduzir custos e elevar eficiência. Coisa que o Banco do Brasil, Caixa e BNDES são bem mais complacentes com os governos locais. Não deveriam ser.
Ou seja, o problema é o conjunto e não há saídas fáceis. Mas teremos esperança que pior que tá não fica. Ao contrário.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Quando a Dilma foi afastada, o PT lançou uma nota criticando a formação nas academias militares.
O interessante foi o Comandante do EB responder que aquilo só iria AUMENTAR o antipetismo no Exército.
O General de Exército Antônio Martins Mourão, quando comandante do CMS fez críticas públicas ao Governo Dilma. O que o Comandante do EB fez foi transferí-lo. E disse que ele era um general respeitado.
Hoje o Brasil é governado pela oposição ao PT. Não vejo a possibilidade de influência das Forças Armadas para mudar o governante ou mesmo divisão interna para isso.
Alguém da reserva postar um vídeo na internet pedindo golpe não significa nada.
O interessante foi o Comandante do EB responder que aquilo só iria AUMENTAR o antipetismo no Exército.
O General de Exército Antônio Martins Mourão, quando comandante do CMS fez críticas públicas ao Governo Dilma. O que o Comandante do EB fez foi transferí-lo. E disse que ele era um general respeitado.
Hoje o Brasil é governado pela oposição ao PT. Não vejo a possibilidade de influência das Forças Armadas para mudar o governante ou mesmo divisão interna para isso.
Alguém da reserva postar um vídeo na internet pedindo golpe não significa nada.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O medo é tanto que esta virando desespero e estão até perdendo a vergonha.Proposta torna inelegível candidato que já foi duas vezes chefe do Executivo
Da Redação | 30/12/2016, 08h48 - ATUALIZADO EM 30/12/2016, 11h07
http://www12.senado.leg.br/noticias/mat ... -executivo
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria".
Winston Churchill
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Apologia à impunidade???? Difícil interpretar um texto, não é mesmo...quer falar sobre impunidade???? Vou dar uma palhinha então:kirk escreveu:
E DA-LHE MAIS APOLOGIA À IMPUNIDADE !!!
Paulo Moreira Leite:
País tem direito de saber quem é Santo, quem é Careca
Embora já tenha chegado a sua 35a. fase, a operação Lava Jato não conseguiu livrar-se da acusação de trabalhar de modo seletivo, reproduzindo um traço historicamente nefasto da Justiça brasileira, onde o Estado "é usado como propriedade do grupo social que o controla", nas palavras da professora Maria Sylvia de Carvalho Franco, no estudo Homens Livres na Ordem Escravocrata.
Neste universo, que descreve o Brasil anterior a abolição da escravatura, onde o grilhão, a chibata e o pelourinho eram instrumentos banais de manutenção da ordem para os habitantes da senzala, o "aparelho governamental nada mais é do que parte do sistema de poder desse grupo, um elemento para o qual se volta e utiliza sempre que as circunstâncias o indiquem como o meio mais adequado."
Dias antes de Guido Mantega ter sido forçado a deixar o centro cirúrgico do Alberto Einstein, onde sua mulher era operada de um câncer, para cumprir um mandato de prisão, descobriu-se um fato ao mesmo tempo chocante e instrutivo.
A Justiça Federal foi incapaz de descobrir o endereço residencial de Pimenta da Veiga, ministro das Comunicações do governo Fernando Henrique Cardoso, para lhe entregar uma notificação relativa a AP 470, o Mensalão (Rubens Valente, Folha de S. Paulo, 15/9/2016). Não se trata de um caso com muitas dúvidas. Em 2005 a Polícia Federal encontrou quatro cheques do esquema de Marcos Valério, no valor de R$ 75.000 cada um, na conta do ex-ministro. Pimenta alegou que eram pagamentos por honorários que exerceu num serviço como advogado. Não mostrou documentos nem apresentou casos concretos em que atuou. O próprio Valério alegou, na CPI dos Correios, que havia ajudado Pimenta a pagar a conta do tratamento de saúde de um filho. Não convenceu. Mesmo assim, o caso já dura dez anos, o que configura outra ironia de longo curso.
Quando resolveu procurar Henrique Pizzolato, o dirigente do PT condenado a 12 anos e sete meses no STF, o Ministério Público fez investigações no Paraguai, Argentina e Espanha, até que chegou ao interior da Itália para localizá-lo na casa de um sobrinho. Enfrentou uma disputa na Justiça daquele país para garantir que Pizzolato fosse trazido para cumprir pena no Brasil, embora tivesse passaporte italiano. A principal denúncia contra o antigo diretor do Banco do Brasil envolve um pagamento de R$ 326.000, quantia 10% superior aos R$ 300.000 de Pimenta. O detalhe é que Pizzolato sempre alegou que o dinheiro não era para si, mas para o PT no Rio de Janeiro. Verdade ou não, os R$ 326.000 nunca surgiram em sua conta nem foram confirmados pela quebra de seu sigilo bancário ou fiscal.
Ao contrário do que ocorreu com o dinheiro entregue a Pizzolato, os recursos destinados a Pimenta foram pagos em quatro prestações e descobertos pelo delegado Luiz Fernando Zampronha, da Polícia Federal, e mais tarde arquivados no inquérito 2474 -- aquele que o Supremo não examinou quando julgava a AP 470.
Mesmo considerando antecedentes tão notáveis sobre o caráter seletivo das investigações que envolvem políticos brasileiros, a representação da Polícia Federal que pediu a prisão de Antonio Pallocci, Branislav Kontic e Juscelino Dourado causa um choque inegável. Isso porque a leitura das primeiras 30 páginas sobre o esquema de pagamentos clandestinos do chamado Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, um departamento destinado a sustentar esquemas políticos, nada informa sobre o ministro ou o Partido dos Trabalhadores mas é muito revelador sobre o conhecimento da PF sobre o esquema de corrupção do PSDB paulista.
Na página 13, por exemplo, descreve-se a partilha de uma propina de 0.9% sobre um investimento de US$ 20,6 bilhões. Na página 17, uma troca de email entre executivos da Odebrecht deixa claro que estamos falando da linha 2 do Metrô, um investimento que seria particularmente rico em denúncias de superfaturamento e gastos suspeitos. Na página 18, surgem pseudônimos de quem irá receber o dinheiro. Em outra passagem, aparecem iniciais que poderiam identificar empresas envolvidas. Nas páginas seguintes, surgem várias planilhas, com detalhamento de datas, prazos e acordos. Na página 36, informa-se que o DGI, sigla usada para designar propina, pode subir de 5% para 8% em determinada obra. Também se descobre que, além da linha 2, a linha 4 do metrô entrou na dança. Foi ali, na estação Pinheiros, que em 2007 ocorreu um acidente trágico, que provocou a morte de sete pessoas, engolidas por uma cratera. Quando se refere ao consórcio encarregado da obra da linha 4, um executivo da Odebrecht usa a palavra "vencedor" assim mesmo, entre aspas, o que chama a atenção durante a leitura, pelo reforço da ironia. Também se registra na mesma passagem o pagamento de duas parcelas de R$ 250.000 destinadas a uma autoridade identificada como "Santo".
A verdade é que, além de dois vereadores do PSDB paulistano citados nominalmente, ao lado de quantias relativamente modestas num contexto de pagamentos milionários -- R$ 6.000 e R$ 3.000 -- não há menção explícita a nenhuma autoridade de escalão mais alto. São elas que recebem pagamentos de R$ 200.000 ou R$ 250.000 por mês -- por vários meses. Embora José Serra e Geraldo Alckmin sejam mencionados como suspeitos óbvios por pessoas que conhecem os bastidores do caso, a verdadeira pergunta consiste em saber por que não se buscou apurar sua identidade real -- fosse qual fosse. Boatos não resolve. Suspeita que não é apurada também não. Não há motivo para segredinhos. Os fatos estão descritos em documentos públicos.
O tempo passa e quem se beneficia é o acusado, seja quem for. Como acontece com tantos colegas de Pimenta da Veiga no mensalão PSDB-MG, as acusações acabam prescrevendo.
Durante um bom período, um personagem conhecido como "Italiano, visto como o protagonista das investigações que envolvem Antonio Palocci, foi identificado com outro ministro, Guido Mantega. Após um trabalho de checagem, procurando compatibilizar nome de assessores e eventos descritos em diversas trocas de mensagem, a Polícia Federal concluiu que Palocci era o "Italiano." Foi com base nessa visão que fez a representação e, numa cena indispensável para alimentar o já previsível de carnaval televisivo, conduziu o ministro para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
O problema é que entre as palavras civismo, virtude que tem sido frequentemente associada a Lava Jato, e cinismo, palavra comum no vocabulário de seus críticos, a única diferença consiste numa letra.
Se não há motivo para suspeitas prematuras nem acusações irresponsáveis, não há razão jurídica aceitável para se manter na penumbra a identidade de personagens conhecidos como "Santo" e "Careca" nos emails da Odebrecht. Elas devem ser conhecidas e investigadas, com o mesmo rigor dispensado a Antonio Palocci -- a menos que, aceitando a troca do "v" pelo "n", aceite-se que há uma seleção política para alvos do Judiciário. Neste caso, é preciso admitir que não estamos investigando nem a corrupção nem a troca de favores. Mas um partido e seus dirigentes, o que só é aceitável sob ditaduras. Não se quer justiça, mas política, colocando o estado "a serviço do grupo social que o controla," como escreve Maria Sylvia de Carvalho Franco, referindo-se às instituições que mantinham a escravidão.
A tragédia da linha 4, na qual sete pessoas perderam a vida, só reforça a necessidade de um esclarecimento completo a respeito da identidade e do papel de "Santo" e "Careca."
A assumida intimidade de Fernando Henrique com Emílio Odebrecht, principal acionista do grupo, muito mais influente naquele período, que é descrita com tanta intimidade no Diário da Presidência, é mais uma razão para isso. Como se aprende pela leitura, FHC chegou a imaginar que o pai de Marcelo Odebrecht poderia ajudá-lo num programa de investimentos públicos destinado a redesenhar o capitalismo brasileiro. Está lá, no volume 1. A mudança do coração da economia sob orientação da Odebrecht. Entendeu?
A seletividade, sabemos todos, produz anedotas como uma Justiça que não consegue descobrir o endereço de um antigo ministro, Pimenta da Veiga. Mas não só.
Roberto Brant, que foi ministro da Previdência no governo Fernando Henrique Cardoso, também foi apanhado na rede de Marcos Valério. Recebeu um cheque de R$ 100.000. Disse que era contribuição para sua campanha. Acredito sinceramente que, como tantos, estava falando a verdade. Não importa. O fato é que seu destino foi outro. Renunciou ao mandato e ficou livre, enquanto parlamentares do PT, na mesma situação, marchavam no cadafalso da AP 470.
Na nova vida, fora de Brasília, Brant não teve de escapar de oficiais da Justiça. Pelo contrário. Um belo dia, lhe chegou o convite para uma missão nobre. Preparar a versão final de um projeto político de mudanças para o país. Foi assim que, uma década depois de ser apanhado com um cheque de Marcos Valério, tornou-se o autor do texto final de um documento chamado Ponte para o Futuro, projeto que deu o esqueleto ideológico para o golpe de 31 de agosto.
Deu para entender como tudo se liga com tudo?
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Vocês petistas são totalmente bitolados em FHC, o cara tá fora da presidência a 14 anos e ainda hoje serve de justificativas para o MAIOR ESQUEMA DE CORRUPÇÃO DA HISTÓRIA DO MUNDO idealizada e perpetrada pela PETRALHADA ... quer enganar quem ???? ... essa conversinha mole ... esse papinho furado ... essa desculpinha esfarrapada ... essa mania de querer imputar aos outros os CRIMES DO PT não cola mais colega ... credibilidade de esquerdopatia petista tá abaixo de ZERO ... esse discurso não tem mais efeito nem em eleição de síndico ...Juniorbombeiro escreveu:Apologia à impunidade???? Difícil interpretar um texto, não é mesmo...quer falar sobre impunidade???? Vou dar uma palhinha então:kirk escreveu:
E DA-LHE MAIS APOLOGIA À IMPUNIDADE !!!
Paulo Moreira Leite:
País tem direito de saber quem é Santo, quem é Careca
Embora já tenha chegado a sua 35a. fase, a operação Lava Jato não conseguiu livrar-se da acusação de trabalhar de modo seletivo, reproduzindo um traço historicamente nefasto da Justiça brasileira, onde o Estado "é usado como propriedade do grupo social que o controla", nas palavras da professora Maria Sylvia de Carvalho Franco, no estudo Homens Livres na Ordem Escravocrata.
Neste universo, que descreve o Brasil anterior a abolição da escravatura, onde o grilhão, a chibata e o pelourinho eram instrumentos banais de manutenção da ordem para os habitantes da senzala, o "aparelho governamental nada mais é do que parte do sistema de poder desse grupo, um elemento para o qual se volta e utiliza sempre que as circunstâncias o indiquem como o meio mais adequado."
Dias antes de Guido Mantega ter sido forçado a deixar o centro cirúrgico do Alberto Einstein, onde sua mulher era operada de um câncer, para cumprir um mandato de prisão, descobriu-se um fato ao mesmo tempo chocante e instrutivo.
A Justiça Federal foi incapaz de descobrir o endereço residencial de Pimenta da Veiga, ministro das Comunicações do governo Fernando Henrique Cardoso, para lhe entregar uma notificação relativa a AP 470, o Mensalão (Rubens Valente, Folha de S. Paulo, 15/9/2016). Não se trata de um caso com muitas dúvidas. Em 2005 a Polícia Federal encontrou quatro cheques do esquema de Marcos Valério, no valor de R$ 75.000 cada um, na conta do ex-ministro. Pimenta alegou que eram pagamentos por honorários que exerceu num serviço como advogado. Não mostrou documentos nem apresentou casos concretos em que atuou. O próprio Valério alegou, na CPI dos Correios, que havia ajudado Pimenta a pagar a conta do tratamento de saúde de um filho. Não convenceu. Mesmo assim, o caso já dura dez anos, o que configura outra ironia de longo curso.
Quando resolveu procurar Henrique Pizzolato, o dirigente do PT condenado a 12 anos e sete meses no STF, o Ministério Público fez investigações no Paraguai, Argentina e Espanha, até que chegou ao interior da Itália para localizá-lo na casa de um sobrinho. Enfrentou uma disputa na Justiça daquele país para garantir que Pizzolato fosse trazido para cumprir pena no Brasil, embora tivesse passaporte italiano. A principal denúncia contra o antigo diretor do Banco do Brasil envolve um pagamento de R$ 326.000, quantia 10% superior aos R$ 300.000 de Pimenta. O detalhe é que Pizzolato sempre alegou que o dinheiro não era para si, mas para o PT no Rio de Janeiro. Verdade ou não, os R$ 326.000 nunca surgiram em sua conta nem foram confirmados pela quebra de seu sigilo bancário ou fiscal.
Ao contrário do que ocorreu com o dinheiro entregue a Pizzolato, os recursos destinados a Pimenta foram pagos em quatro prestações e descobertos pelo delegado Luiz Fernando Zampronha, da Polícia Federal, e mais tarde arquivados no inquérito 2474 -- aquele que o Supremo não examinou quando julgava a AP 470.
Mesmo considerando antecedentes tão notáveis sobre o caráter seletivo das investigações que envolvem políticos brasileiros, a representação da Polícia Federal que pediu a prisão de Antonio Pallocci, Branislav Kontic e Juscelino Dourado causa um choque inegável. Isso porque a leitura das primeiras 30 páginas sobre o esquema de pagamentos clandestinos do chamado Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, um departamento destinado a sustentar esquemas políticos, nada informa sobre o ministro ou o Partido dos Trabalhadores mas é muito revelador sobre o conhecimento da PF sobre o esquema de corrupção do PSDB paulista.
Na página 13, por exemplo, descreve-se a partilha de uma propina de 0.9% sobre um investimento de US$ 20,6 bilhões. Na página 17, uma troca de email entre executivos da Odebrecht deixa claro que estamos falando da linha 2 do Metrô, um investimento que seria particularmente rico em denúncias de superfaturamento e gastos suspeitos. Na página 18, surgem pseudônimos de quem irá receber o dinheiro. Em outra passagem, aparecem iniciais que poderiam identificar empresas envolvidas. Nas páginas seguintes, surgem várias planilhas, com detalhamento de datas, prazos e acordos. Na página 36, informa-se que o DGI, sigla usada para designar propina, pode subir de 5% para 8% em determinada obra. Também se descobre que, além da linha 2, a linha 4 do metrô entrou na dança. Foi ali, na estação Pinheiros, que em 2007 ocorreu um acidente trágico, que provocou a morte de sete pessoas, engolidas por uma cratera. Quando se refere ao consórcio encarregado da obra da linha 4, um executivo da Odebrecht usa a palavra "vencedor" assim mesmo, entre aspas, o que chama a atenção durante a leitura, pelo reforço da ironia. Também se registra na mesma passagem o pagamento de duas parcelas de R$ 250.000 destinadas a uma autoridade identificada como "Santo".
A verdade é que, além de dois vereadores do PSDB paulistano citados nominalmente, ao lado de quantias relativamente modestas num contexto de pagamentos milionários -- R$ 6.000 e R$ 3.000 -- não há menção explícita a nenhuma autoridade de escalão mais alto. São elas que recebem pagamentos de R$ 200.000 ou R$ 250.000 por mês -- por vários meses. Embora José Serra e Geraldo Alckmin sejam mencionados como suspeitos óbvios por pessoas que conhecem os bastidores do caso, a verdadeira pergunta consiste em saber por que não se buscou apurar sua identidade real -- fosse qual fosse. Boatos não resolve. Suspeita que não é apurada também não. Não há motivo para segredinhos. Os fatos estão descritos em documentos públicos.
O tempo passa e quem se beneficia é o acusado, seja quem for. Como acontece com tantos colegas de Pimenta da Veiga no mensalão PSDB-MG, as acusações acabam prescrevendo.
Durante um bom período, um personagem conhecido como "Italiano, visto como o protagonista das investigações que envolvem Antonio Palocci, foi identificado com outro ministro, Guido Mantega. Após um trabalho de checagem, procurando compatibilizar nome de assessores e eventos descritos em diversas trocas de mensagem, a Polícia Federal concluiu que Palocci era o "Italiano." Foi com base nessa visão que fez a representação e, numa cena indispensável para alimentar o já previsível de carnaval televisivo, conduziu o ministro para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
O problema é que entre as palavras civismo, virtude que tem sido frequentemente associada a Lava Jato, e cinismo, palavra comum no vocabulário de seus críticos, a única diferença consiste numa letra.
Se não há motivo para suspeitas prematuras nem acusações irresponsáveis, não há razão jurídica aceitável para se manter na penumbra a identidade de personagens conhecidos como "Santo" e "Careca" nos emails da Odebrecht. Elas devem ser conhecidas e investigadas, com o mesmo rigor dispensado a Antonio Palocci -- a menos que, aceitando a troca do "v" pelo "n", aceite-se que há uma seleção política para alvos do Judiciário. Neste caso, é preciso admitir que não estamos investigando nem a corrupção nem a troca de favores. Mas um partido e seus dirigentes, o que só é aceitável sob ditaduras. Não se quer justiça, mas política, colocando o estado "a serviço do grupo social que o controla," como escreve Maria Sylvia de Carvalho Franco, referindo-se às instituições que mantinham a escravidão.
A tragédia da linha 4, na qual sete pessoas perderam a vida, só reforça a necessidade de um esclarecimento completo a respeito da identidade e do papel de "Santo" e "Careca."
A assumida intimidade de Fernando Henrique com Emílio Odebrecht, principal acionista do grupo, muito mais influente naquele período, que é descrita com tanta intimidade no Diário da Presidência, é mais uma razão para isso. Como se aprende pela leitura, FHC chegou a imaginar que o pai de Marcelo Odebrecht poderia ajudá-lo num programa de investimentos públicos destinado a redesenhar o capitalismo brasileiro. Está lá, no volume 1. A mudança do coração da economia sob orientação da Odebrecht. Entendeu?
A seletividade, sabemos todos, produz anedotas como uma Justiça que não consegue descobrir o endereço de um antigo ministro, Pimenta da Veiga. Mas não só.
Roberto Brant, que foi ministro da Previdência no governo Fernando Henrique Cardoso, também foi apanhado na rede de Marcos Valério. Recebeu um cheque de R$ 100.000. Disse que era contribuição para sua campanha. Acredito sinceramente que, como tantos, estava falando a verdade. Não importa. O fato é que seu destino foi outro. Renunciou ao mandato e ficou livre, enquanto parlamentares do PT, na mesma situação, marchavam no cadafalso da AP 470.
Na nova vida, fora de Brasília, Brant não teve de escapar de oficiais da Justiça. Pelo contrário. Um belo dia, lhe chegou o convite para uma missão nobre. Preparar a versão final de um projeto político de mudanças para o país. Foi assim que, uma década depois de ser apanhado com um cheque de Marcos Valério, tornou-se o autor do texto final de um documento chamado Ponte para o Futuro, projeto que deu o esqueleto ideológico para o golpe de 31 de agosto.
Deu para entender como tudo se liga com tudo?
Ponha a violinha no saco ... e RECONHEÇA o PT e seus asseclas (partidecos da esquerdopatia doentia) Psol, PCdoB, PSTU ... implementaram o MAIOR SAQUE ILÍCITO dos cofres públicos brasileiros ... esses são os fatos ...
E quer saber de outra ??? vocês são tão retrógradas e sem imaginação que AINDA não perceberam que nós estamos pouco nos fudendo com PSDB ... lá também tem corrupto, em escala infinitamente menor que a do PT, é verdade ... mas são esquerdinhas também, mais equilibrados, inteligentes é verdade, mas nós (a maioria dos brasileiros) não queremos nem ouvir falar em esquerda ... chegou a vez da direita, dos conservadores, dos homens de bem desse País tomarem conta e expulsar, expurgar, eliminar definitivamente a mentalidade comunista no Brasil ... e é isso que acontecerá ... doa a quem doer ... pode espernear a vontade que sua hora tá chegando ...
E dessa imprensa marxista BITOLADA E VENDIDA também !!!
[] kirk
Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.
“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Se quiserem bater mesmo na gente, que batam em políticos de direita.
(Feliz Ano Novo a Todos!!!)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
http://alias.estadao.com.br/noticias/ge ... 0000096323Lava Jato e capitalismo de compadrio: o desafio é permitir a evolução das instituições
O maior desafio do ano é evitar que a ânsia por recuperar a economia emperre a evoluçãoinstitucional, essencial para erradicar a chaga dos corruptores
Milhões foram às ruas protestar contra a corrupção no Brasil em 2016. O alvo inicial era o PT. Depois, os protestos adquiriram caráter pluripartidário, sob a bandeira da Operação Lava Jato. O juiz Sergio Moro é visto como herói na luta por um novo Brasil. Uma luta imbuída de certezas morais. A população não se vê representada, descrê dos partidos, cansou dos políticos.
A Lava Jato expôs as entranhas do sistema que une empresas, partidos e Estado. Vieram à tona as contas na Suíça e paraísos fiscais, as joias, bolsas e vestidos, lanchas e carros de luxo, sítios e apartamentos, listas de propinas e malas de dinheiro. Bilionários foram presos, viram-se obrigados a falar a verdade. Políticos perderam mandatos, tornaram-se réus, foram para a cadeia. A julgar pela megadelação da Odebrecht – auge da Lava Jato –, a devassa não acabou. Mas e depois? O que acontecerá se todos os citados forem punidos? Qual será o impacto na democracia? E na economia? Acabaremos com práticas corruptas, em vigor desde o tempo das sesmarias?
A corrupção também é endêmica em países como China, Índia, Rússia ou Itália. Economistas têm até um termo para definir o sistema baseado nela: “capitalismo de compadrio” (tradução do inglês “crony capitalism”). “É um sistema em que os próximos das autoridades recebem favores de alto valor econômico”, diz o economista Stephen Haber, da Universidade Stanford. Podem ser empréstimos subsidiados (leia-se BNDES), monopólios, reservas de mercado ou proteção da concorrência por meio de cartéis e barreiras comerciais. O governante corrupto entra em ação para violar a lei e proteger seus “compadres” capitalistas.
Não é uma questão apenas moral, mas de negócios. Para os políticos, o compadrio é – além de óbvia fonte de enriquecimento – um modo de atrair investimentos (em geral, para a infraestrutura), promover crescimento econômico e ampliar a arrecadação. O empresário, ao tornar-se “sócio” dos políticos por meio da propina, compra uma espécie de seguro contra a expropriação de seu capital pelo Estado – risco sempre presente em países de estrutura institucional precária, ainda mais para investimentos de longa maturação como estradas, usinas, ferrovias, telecomunicações ou petróleo.
O compadrio custa caro por três motivos. Primeiro, recursos desviados representam capital mal alocado, distorcem o mercado, inibem a competição onde ela poderia reduzir preços, negam oportunidades a empreendedores inovadores. Segundo, o sistema é instável; as relações estão ameaçadas pela mudança de quem está no poder. Terceiro, monopólios e cartéis têm efeito dramático na distribuição de riqueza. Geram preços artificialmente altos e consomem, em subsídios, dinheiro que o Estado deveria destinar a áreas onde faz falta.
A alternativa ao compadrio são instituições robustas, que limitem o poder dos políticos de expropriar capital ou de mudar regras econômicas a seu bel-prazer: agências reguladoras estáveis e autônomas, Judiciário independente, Legislativo atuante na fiscalização dos contratos públicos, imprensa livre. Mesmo países com instituições maduras demoraram décadas a criar tal arcabouço. Outros tentaram, mas não conseguiram.
Nos Estados Unidos, eclodiu em 1872 um escândalo de proporções continentais. A Union Pacific, subsidiada para construir uma ferrovia de Leste a Oeste, tinha uma fornecedora exclusiva, a Crédit Mobilier. Não passava de uma sociedade de políticos para desviar dinheiro por meio de superfaturamento. A investigação atingiu nove senadores, 30 deputados e o então vice-presidente, Schuyler Colfax. As punições foram brandas a ponto de um dos acusados, o então deputado James Garfield, se tornar presidente nas eleições de 1880. Foi só na segunda década do século 20 que o país passou a dispor de uma estrutura institucional eficaz para coibir casos como o Crédit Mobilier, e o incentivo à corrupção sumiu.
Na Itália, a Operação Mãos Limpas – inspiração da Lava Jato – começou a devassar o compadrio em 1992. Dois anos depois, havia mais de 6.000 investigados (entre eles, 872 empresários e 438 parlamentares) e quase 3.000 mandados de prisão. De 4.320 processos, 1.300 resultariam, em dez anos, em condenação ou declaração de culpa. A reação foi feroz. O empresário Silvio Berlusconi entrou na política para fugir da Mãos Limpas. Não sossegou enquanto não a sufocou. Sob protestos, o Parlamento aprovou leis que restringiram as delações premiadas, a publicação de escutas, facilitaram a prescrição de crimes e dificultaram o trâmite judicial. Hoje, o incentivo à corrupção na Itália é maior que antes da Mãos Limpas.
E o Brasil? Fracassará como a Itália? Ou seguirá o exemplo dos Estados Unidos? Nossos parlamentares têm agido como os italianos. Deputados desfiguraram o pacote anticorrupção de iniciativa popular. Como na Itália, senadores investigados na Lava Jato tramam aprovar uma lei contra o abuso de autoridades. As ruas fazem barulho, mas não há sinal de que eles darão trégua.
Berlusconi dizia que a Justiça paralisara a economia. Tal argumento, mesmo falho, prospera também aqui. A Lava Jato coincide com a recessão mais longa no Brasil. O investimento em infraestrutura caiu de R$ 131 bilhões em 2014 (2,3% do PIB) para R$ 106 bilhões este ano (1,7%), segundo a consultoria Inter.B. Nossos parlamentares não parecem preocupados em definir uma agenda que traga esse patamar para o mínimo necessário, uns 5%.
Se tiverem sucesso no “acordão” para melar a Lava Jato, o preço econômico será ainda maior. Novos compadres substituirão quem está na cadeia, e a corrupção continuará a drenar riqueza. “O capitalismo de compadrio é uma criação política e tem consequências políticas”, diz Haber. É por meio da democracia que deve ser combatido. O maior desafio do Brasil em 2017 será evitar que a ânsia pela recuperação econômica emperre o amadurecimento institucional, essencial para erradicar essa chaga.
HELIO GUROVITZ, JORNALISTA, COLUNISTA DO ESTADO, DA REVISTA ÉPOCA E DO PORTAL G1
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O Réveillon da Janete sul-coreana
Mundo 31.12.16 15:23
Em Seul, milhares aproveitam a virada do ano para pedir a renúncia da presidente Park Geun-hye, que sofreu impeachment no início deste mês -- o processo pode levar até seis meses.
Eles também querem a prisão imediata da Janete sul-coreana, envolvida em um esquema de corrupção.
Mundo 31.12.16 15:23
Em Seul, milhares aproveitam a virada do ano para pedir a renúncia da presidente Park Geun-hye, que sofreu impeachment no início deste mês -- o processo pode levar até seis meses.
Eles também querem a prisão imediata da Janete sul-coreana, envolvida em um esquema de corrupção.
"O comunismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja. Sua virtude inerente é a distribuição equitativa da miséria".
Winston Churchill
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
kirk escreveu:Vocês petistas são totalmente bitolados em FHC, o cara tá fora da presidência a 14 anos e ainda hoje serve de justificativas para o MAIOR ESQUEMA DE CORRUPÇÃO DA HISTÓRIA DO MUNDO idealizada e perpetrada pela PETRALHADA ... quer enganar quem ???? ... essa conversinha mole ... esse papinho furado ... essa desculpinha esfarrapada ... essa mania de querer imputar aos outros os CRIMES DO PT não cola mais colega ... credibilidade de esquerdopatia petista tá abaixo de ZERO ... esse discurso não tem mais efeito nem em eleição de síndico ...Juniorbombeiro escreveu: Apologia à impunidade???? Difícil interpretar um texto, não é mesmo...quer falar sobre impunidade???? Vou dar uma palhinha então:
Paulo Moreira Leite:
Ponha a violinha no saco ... e RECONHEÇA o PT e seus asseclas (partidecos da esquerdopatia doentia) Psol, PCdoB, PSTU ... implementaram o MAIOR SAQUE ILÍCITO dos cofres públicos brasileiros ... esses são os fatos ...
E quer saber de outra ??? vocês são tão retrógradas e sem imaginação que AINDA não perceberam que nós estamos pouco nos fudendo com PSDB ... lá também tem corrupto, em escala infinitamente menor que a do PT, é verdade ... mas são esquerdinhas também, mais equilibrados, inteligentes é verdade, mas nós (a maioria dos brasileiros) não queremos nem ouvir falar em esquerda ... chegou a vez da direita, dos conservadores, dos homens de bem desse País tomarem conta e expulsar, expurgar, eliminar definitivamente a mentalidade comunista no Brasil ... e é isso que acontecerá ... doa a quem doer ... pode espernear a vontade que sua hora tá chegando ...
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Quer dizer, então, que Geraldo Alckmin nunca mais poderia governar o estado de São Paulo, PELA QUINTA VEZ?Grep escreveu:O medo é tanto que esta virando desespero e estão até perdendo a vergonha.Proposta torna inelegível candidato que já foi duas vezes chefe do Executivo
Da Redação | 30/12/2016, 08h48 - ATUALIZADO EM 30/12/2016, 11h07
http://www12.senado.leg.br/noticias/mat ... -executivo
Oh, dor!
O que será dos paulistas se não puderem mais ser governados pelo "picolé de chuchu"?