A reportagem fala que este propulsor é para ser usado no terceiro e quarto estágios do VLS e VLS-Alfa. O programa VLS não foi cancelado?Frederico Vieira escreveu:http://tecnodefesa.com.br/iniciada-segu ... motor-l75/
Programa Espacial Brasileiro
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Outra coisa que chama a atenção: Qual o envolvimento da Airbus no programa de propulsores com combustível liquido? Ate onde sabia não era um parceria somente entre os institutos alemão e brasileiro?
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Página do Min. da Defesa sobre o PESE (Programa Estratégico de Sistemas Espaciais).
(Pelo cronograma dá para perceber que estamos bem atrasados. Bom, mas vcs sabem como as coisas funcionam no Brasil ).
(Pelo cronograma dá para perceber que estamos bem atrasados. Bom, mas vcs sabem como as coisas funcionam no Brasil ).
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
O VLS-1 é uma coisa. O VLS-Alfa é outra.henriquejr escreveu:A reportagem fala que este propulsor é para ser usado no terceiro e quarto estágios do VLS e VLS-Alfa. O programa VLS não foi cancelado?Frederico Vieira escreveu:http://tecnodefesa.com.br/iniciada-segu ... motor-l75/
Att.
A Airbus/Safran foi contratada pelos alemães para fazer uma câmara de empuxo que atingisse os mesmos parâmetros que a brasileira. Ela passou pelos mesmos testes que a fabricada no Brasil. Se a câmara brasileira não atendesse aos requisitos e a da Safran sim, as soluções da câmara europeia seriam empregadas para correção do que fosse identificado. Até onde eu soube, não foi necessário.Frederico Vieira escreveu:Outra coisa que chama a atenção: Qual o envolvimento da Airbus no programa de propulsores com combustível liquido? Ate onde sabia não era um parceria somente entre os institutos alemão e brasileiro?
Att.
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
O VLS-Alfa seria um VLS com o quarto e último estágio de combustível sólido substituído por outro de combustível líquido (https://pt.wikipedia.org/wiki/VLS_Alfa). Sem o restante do foguete o "Alfa" não existe, e o restante foi abandonado até mesmo por falta de pessoal apto a construí-lo.Energys escreveu:O VLS-1 é uma coisa. O VLS-Alfa é outra.henriquejr escreveu:A reportagem fala que este propulsor é para ser usado no terceiro e quarto estágios do VLS e VLS-Alfa. O programa VLS não foi cancelado?
Este teste agora é apenas uma etapa que já estava contratada do trabalho basicamente acadêmico que o pessoal restante do IAE está desenvolvendo com propulsão líquida. Aliás, nada a se estranhar, porque praticamente TODAS as atividades relativas a foguetes do IAE sempre foram de cunho basicamente acadêmico, inclusive o próprio VLS.
Os alemães simplesmente já haviam percebido que não poderiam contar com o IAE se quisessem realmente garantir a existência dos foguetes de que precisam, e por isso contrataram empresas europeias para fazer o mesmo trabalho. Provavelmente eles vão continuar o processo sozinhos assim que a verba do programa L-5 acabar e não houver um VLS ele possa ser usado.A Airbus/Safran foi contratada pelos alemães para fazer uma câmara de empuxo que atingisse os mesmos parâmetros que a brasileira. Ela passou pelos mesmos testes que a fabricada no Brasil. Se a câmara brasileira não atendesse aos requisitos e a da Safran sim, as soluções da câmara europeia seriam empregadas para correção do que fosse identificado. Até onde eu soube, não foi necessário.
Att.
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Brasil lançará missão à Lua até 2020 para estudar vida no espaço
Um time de cientistas de instituições de ponta do Brasil, com parceria da iniciativa privada, pretende lançar até 2020 a primeira missão do país à Lua: um nanossatélite com experimentos científicos.
Batizado de Garatéa-L, ele terá o objetivo de realizar pesquisas para estudar características da vida no espaço.
Os brasileiros pretendem aproveitar um dos nichos mais promissores da exploração espacial: os nanossatélites. Enquanto os dispositivos tradicionais são geringonças do tamanho de carros populares que facilmente ultrapassam as três toneladas, os chamados "cubesats" são muito mais compactos e podem confortavelmente ficar abaixo dos 8 kg.
"O fato de eles serem pequenos não os torna menos poderosos. Esta é uma área em que muitas empresas eram bastante céticas, mas que hoje recebe bastante investimento. Os bons resultados atraíram as maiores fabricantes do mundo", explica Lucas Fonseca, engenheiro espacial da empresa Airvantis e gerente do Garatéa-L.
O projeto reúne pesquisadores de boa parte dos centros de excelência em espaço do Brasil: o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), a USP, o LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron), o Instituto Mauá de Tecnologia e a PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).
Juntos, os cientistas estão delimitando os detalhes dos experimentos que serão levados ao espaço, mas os projetos iniciais já transparecem a ambição do grupo. Além da pesquisa lunar em si, o Garatéa-L dará ênfase à astrobiologia, o ramo que estuda as condições de vida no espaço.
A missão custará R$ 35 milhões e a captação de verbas ainda não teve início. O financiamento é o principal obstáculo. "É mais fácil fazer ciência de ponta na Lua do que conseguir as verbas necessárias", diz o líder da missão.
"É mais fácil fazer ciência de ponta na Lua do que conseguir as verbas necessárias", compara o líder da missão.
Nos mais de 50 anos do programa espacial brasileiro, não faltaram planos para explorar o espaço profundo, mas as iniciativas geralmente esbarravam na falta de verbas. Por conta do histórico negativo, a equipe que capitaneia o projeto decidiu buscar fontes alternativas de financiamento, além de pleitear verbas de agências de fomento.
"É triste, mas o Brasil não honrou seus compromissos. Nem com a Nasa para a construção da Estação Espacial Internacional, nem com o ESO (Observatório Europeu do Sul) com os telescópios. Por isso, sendo bem realista, nós optamos por uma via que não dependa de recursos do governo", justifica o responsável pela missão.
A ideia é criar uma combinação de investimentos privados, tanto através de patrocínio como também de negociação de royalties e direitos de uso do conhecimento gerado e até de eventuais patentes.
BUSCANDO A VIDA
O nome da missão vem do tupi-guarani, em que garatéa significa busca vida. A nomenclatura foi escolhida devido ao forte componente da missão de estudo da vida. O "L" foi acrescentado no fim para indicar que se trata de uma missão lunar, uma vez que o grupo também conduz a Garatéa em balões de grande altitude (a cerca de 35 km de altura).
Apesar de significar "busca vida", o cientista principal da missão, Douglas Galante, apressa-se a explicar que não se trata de uma tentativa de encontrar vida no satélite da Terra.
"Já sabemos há muito tempo que a Lua é um ambiente muito hostil à vida. O que nós tentamos fazer agora é usar um satélite na Lua para testar os limites da vida em ambiente hostil", diz o pesquisador do LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncroton) em Campinas.
Quando estamos na Terra, seu campo magnético serve como um escudo contra a perigosa radiação que vem do espaço. Fora do planeta, essa defesa contra os efeitos nocivos dos raios cósmicos já não existe. E são precisamente os efeitos disso que os pesquisadores querem analisar.
Embora os detalhes dos experimentos ainda não estejam fechados, o grupo pretende enviar pelo menos dois experimentos para avaliar os danos causados a colônias de bactérias no ambiente inóspito do espaço.
"Deverão ser seis meses de exposição intensa a essa radiação. Algo inédito. Vamos testar a resposta de sistemas biológicos a esse fundo de radiação e outros fatores de estresse", completa o pesquisador.
A Garatéa-L vai expor mais do que bactérias aos raios cósmicos: estão previstos também experimentos com tecidos humanos. A ideia é ver também como esse material reage ao ambiente hostil do espaço. Segundo o responsável da missão, é possível que os dados coletados sejam úteis inclusive para auxiliar na preparação de missões tripuladas de longa duração, como uma eventual viagem a Marte.
"O objetivo principal é avaliar o efeito da micro-gravidade e da radiação lunar (espaço profundo) numa cultura de células humanas. Com isso, busca-se entender como essas células se comportam em termos de proliferação, sobrevida e alterações genéticas durante a exposição ao ambiente hostil do espaço", explica Thais Russomano, médica, pesquisadora de medicina espacial da PUC-RS e uma das responsáveis pelo experimento.
"As análises das células a serem efetuadas durante a missão lunar vão depender da capacidade técnica que estará disponível para tanto. Nós ainda estamos na fase de várias definições", pondera ela.
DESAFIO
Envolvido na missão Rosetta da ESA (Agência Espacial Europeia) –primeira a conseguir pousar uma sonda em um cometa, em 2014–, o gerente do projeto Garatéa-L, Lucas Fonseca, diz sempre ter sido um apaixonado pelo espaço e que sempre sonhou em fazer pesquisa de ponta nesta área no Brasil.
"Eu sempre pensei muito em como o Brasil poderia fazer pesquisa em espaço profundo com um valor mais em conta, mais adaptado à nossa realidade. E os cubesats permitem esse tipo de estudo. É revolucionário, a miniaturização permite muita coisa, ao mesmo tempo que é também um grande desafio de engenharia", diz Fonseca.
A ideia do grupo é usar a miniaturização e experiências anteriores de economia para baratear a missão ao máximo.
Previsto para 2020, o lançamento será uma parceria das agências espaciais europeia e do Reino Unido com duas empresas britânicas, dentro de sua primeira missão comercial de espaço profundo –a Pathfinder.
O material será posto em órbita pelo foguete indiano PSLV-C11, o mesmo que enviou com sucesso a missão Chandrayaan-1 para a Lua, em 2008.
Com cerca de 7,2 kg o nanossatélite brasileiro terá a companhia de dispositivos semelhantes fabricados por outros países, com diferentes objetivos.
Os responsáveis pelo Garaté-L pretendem aproveitar a missão ainda para fazer um trabalho amplo de divulgação científica e de popularização da ciência com crianças e, em especial, com jovens mulheres.
A apresentação pública do trabalho será na noite desta terça-feira (29), na Escola de Engenharia de São Carlos da USP.
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/20 ... onta.shtml
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
http://defesaeseguranca.com.br/aeroespa ... rettyPhoto
Pergunta: Esses motores em relação aos empregados no VLS e VLS alpha são de proporções muito menores?
Pergunta: Esses motores em relação aos empregados no VLS e VLS alpha são de proporções muito menores?
- LeandroGCard
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
O motor do primeiro estágio do VLM é MAIOR que o do VLS/VLS alfa (1,4m de diâmetro e 11 ton de peso contra 1,0m de diâmetro e 7 ton de peso).Frederico Vieira escreveu:http://defesaeseguranca.com.br/aeroespa ... rettyPhoto
Pergunta: Esses motores em relação aos empregados no VLS e VLS alpha são de proporções muito menores?
Esta decisão de passar a produção dos motores de foguetes brasileiros para a Avibrás ou outra empresa brasileira já deveria ter sido tomada há pelo menos 20 anos. Vamos ver se ainda dará tempo de salvar o programa do VLM com este passo agora.
Leandro G. Card
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
LeandroGCard escreveu:O motor do primeiro estágio do VLM é MAIOR que o do VLS/VLS alfa (1,4m de diâmetro e 11 ton de peso contra 1,0m de diâmetro e 7 ton de peso).Frederico Vieira escreveu:http://defesaeseguranca.com.br/aeroespa ... rettyPhoto
Pergunta: Esses motores em relação aos empregados no VLS e VLS alpha são de proporções muito menores?
Esta decisão de passar a produção dos motores de foguetes brasileiros para a Avibrás ou outra empresa brasileira já deveria ter sido tomada há pelo menos 20 anos. Vamos ver se ainda dará tempo de salvar o programa do VLM com este passo agora.
Leandro G. Card
Obrigado Leandro pela resposta. Sempre aprendo muito aqui no fórum com a boa vontade dos colegas em me responder. Esperemos agora pelo melhor no programa espacial brasileiro.
Att
Frederico
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
http://www.defesanet.com.br/space/notic ... im-do-VLS/EDITORIAL - O Fim do VLS
Uma série de dificuldades levou ao fim do Program do Veículo Lançador de Satélites. Problemas de gestão e falta de recursos e em especioal de uma análise crítica pelos gestores dos programa nos últimos anos.
Há quase um ano, no dia 29 de fevereiro 2016, a direção do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do DCTA, reuniu os funcionários no auditório do ITA. A pauta era variada, mas o ponto principal foi o “Fim do VLS”.
Na ocasião, o Cel. Antonio H. Blanco Ribeiro realizou uma apresentação sobre a atual situação do VLS e propostas de novos lançadores, sondas e Veículo Lançador de Microssatélites (VLM).
O então Chefe Interino do IAE, Cel Blanco iniciou a palestra com as palavras de que “era o momento de colocar o coração de lado”. A introdução deixou clara a proposta: o fim do projeto VLS.
Não foi mencionado, mas o VLS morreu pelas causas:
- Falta de recursos financeiros;
- A perda de 21 técnicos no acidente, em 2003, e grande perda com aposentadorias não repostas;
- Mesmo com a revisão pela Rússia de todo o projeto VLS, as incertezas permaneciam;
- O conflito sideral entre: AEB x INPE x FAB (IAE) x MCTI (agora MCTIC), e,
- O impasse no desenvolvimento do Sistema Inercial de Navegação (SISNAV) denominado VSISNAV.
A questão do VSISNAV é recorrente em outros Projetos Estratégicos de Defesa que dependem de componentes de alta tecnologia e conhecimento acumulado.
E também um ponto que ficou claro, a escada tecnológica e o crescimento em complexidade das família de foguetes de sondagem desenvolvidos com sucesso pelo IAE (Sonda 1,2, 3, 4 e VS-40) e pulo tecnológico com desenvolvimento do VLS, em muitos pontos foi no vácuo, a distância entre o Veículo Suborbital VS-40 e o Veículo Lançador de Satélites (VLS).
A proposta oferecida era a construção do de uma escala de complexidade tecnológica com VS-43, VS-50 e VLM.
O primeiro deles, o VS-43 seria um veículo simples, com subsistemas menores e com dimensão mais próxima da parte alta do VLS (aproveitando o grande estoque de material do VLS). Desta maneira, conseguiriam um voo mais rápido do que o desenvolvimento do VSISNAV.
Entre as missões do VS-43, de microgravidade e reentrada da atmosfera, o foguete também faria ensaio e voo do VSISNAV (sistema de navegação de foguetes em desenvolvimento no DCTA), ensaio de eventos para satelização e preparação para o VS-50 e VLM.
O VS-50 teria dois estágios e seu principal objetivo seria o desenvolvimento do motor. Com o VS-43 e o VS-50, poderiam realizar diferentes combinações de montagens de motores e estágios, abrindo o leque de possibilidades para o VLM.
Para os lançamentos, a Torre Móvel de Lançamento (TMI) em Alcântara poderia ser utilizada, tanto porque os novos lançadores seriam de dimensões próximas ao VLS, como pela TMI ter sido projetada para ajustes de alturas nas plataformas, visando novos modelos de lançadores.
Mas o gosto amargo ficou na boca. O fim da Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), programa criado na década de 1980 com vistas a dotar o país dos meios necessários para se colocar um satélite nacional em órbita da Terra, utilizando-se um foguete também fabricado no país, a partir de uma base de lançamento situada no território nacional.
Gosto mais amargo para a comunidade técnico-científica brasileira que muitos trabalharam toda a sua vida no VLS e MECB, e para os familiares que tiveram seus entes queridos mortos no acidente do VLS V03.
Nem curadas as feridas do fim do VLS, abrem-se desafios enormes. O desenvolvimento do motor S50 impõe metas gigantescas para o IAE e IFI e em especial para a empresa AVIBRAS.
Esta terá que mostrar um real planejamento e vontade em ações diretivas para adquirir um novo patamar tecnológico necessários para o motor S50. Um investimento pesado em capacitação. E ao IAE e IFI a coragem de ser o real indutor destas tecnologias na Base Industrial de Defesa e Espaço. Ao Comando da Aeronáutica o apoio aos seus comandados.
A todos os envolvidos e presentes, na alegre assinatura no dia 22 DEZ 2016, deverão ser cobrados pelo desenvolvimento do S50. A comunidade Espacial Brasileira e o Brasil acompanharão este último sopro de vida dos anseios Brasileiros no Espaço.
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Pelo menos assim a base não será fechada. E muita gente vai chorar de alegria a ver finalmente pelo menos um pedacinho do Brasil sob controle do grande irmão do norte.
Leandro G. Card
Uma cláusula sine-qua-non de qualquer eventual acordo com os EUA será a proibição de acesso de brasileiros a quaisquer áreas onde os componentes considerados tecnologicamente sensíveis dos foguetes e satélites sejam manipulados. Isso é uma exigência da lei americana.Brasil assume de vez negociação espacial com americanos.
Por Eliane Oliveira, Gabriela Valente e Roberto Maltcchik - O Globo, 23/01/2017
Após o fracasso na parceria com os ucranianos para o uso comercial do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, que causou prejuízo de pelo menos meio bilhão de reais ao Brasil, o Palácio do Planalto está pronto para negociar o uso da base com os Estados Unidos. A ideia é oferecer aos americanos acesso ao centro de lançamento, cobiçado por sua localização rente à Linha do Equador, que diminui o gasto de propelente em cada empreitada especial, para, em troca, utilizar equipamentos fabricados pelos potenciais parceiros.
O uso dos modernos sistemas espaciais dos Estados Unidos, jamais obtidos pela indústria nacional, porém, não significará transferência tecnológica ao setor privado brasileiro. Pelo contrário: para que a negociação avance, o Brasil terá que aprovar uma lei que indique de forma técnica e pormenorizada a proteção que será dada a todo componente tecnológico manipulado
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
publicado 21/01/2017 00h14
Em segredo, Brasil volta a negociar Base de Alcântara com os EUA
Iniciativa partiu do chanceler Serra. A primeira oferta brasileira teria sido recusada
por André Barrocal
Serra: ele quer mais proximidade entre Brasília e Washington - Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Brasil e Estados Unidos retomaram secretamente as negociações de um acordo sobre o uso de uma base militar brasileira no Maranhão para o lançamento de foguetes norte-americanos. Encerradas em 2003, início do governo Lula, as conversas voltaram por iniciativa do ministro das Relações Exteriores, José Serra, interessado em uma relação mais carnal entre os dois países.
O embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, conversou sobre o assunto com o subsecretário de Assuntos Políticos do Departamento de Estado norte-americano, Thomas Shannon, ex-embaixador em Brasília. Uma proposta mantida até aqui em sigilo foi elaborada e apresentada pelo Itamaraty a autoridades dos EUA. Teria sido rejeitada, segundo CartaCapital apurou.
A Base de Alcântara é tida como a mais bem localizada do mundo. Dali foguetes conseguem colocar satélites em órbita mais rapidamente, uma economia de combustível e dinheiro.
No fim do governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), de quem Sérgio Amaral era porta-voz, houve um acordo entre os dois países. Foi enviado ao Congresso brasileiro, para a necessária aprovação. Logo ao herdar a faixa do tucano em 2003, o petista Lula enterrou o caso.
Um dos ministros a defender o arquivamento naquela época foi o hoje colunista de CartaCapital Roberto Amaral, então na Ciência e Tecnologia. Por seus termos, relembra ele, era um “crime de lesa-pátria”.
Os EUA impunham várias proibições ao Brasil: lançar foguetes próprios da base, firmar cooperação tecnológica espacial com outras nações, apoderar-se de tecnologia norte-americana usada em Alcântara, direcionar para o desenvolvimento de satélites nacionais dinheiro obtido com a base. Além disso, só pessoal norte-americano teria acesso às instalações.
“O acordo contrariava os interesses nacionais e afetava nossa soberania”, afirma Amaral. “Os EUA não queriam nosso programa espacial, isso foi dito por eles à Ucrânia.”
Enterrada a negociação com Washington, a Ucrânia foi a parceiro escolhido em 2003 para um acordo espacial. Herdeira da União Soviética, tinha tecnologia para fornecer. Brasil e Ucrânia desenvolveriam conjuntamente foguetes para lançamentos em Alcântara, com o compromisso de transferência de tecnologia de lá para cá.
Um telegrama escrito em 2009 pelo então embaixador dos EUA em Brasília, Clifford Sobel, e divulgado pelo WikiLeaks, relata uma conversa tida por ele com o então representante ucraniano na cidade e mostra a desaprovação do Tio Sam ao entendimento Ucrânia-Brasil. Os EUA não queriam “que resultasse em transferência de tecnologia de foguetes para o Brasil”.
O entendimento do Brasil com a Ucrânia foi desfeito em 2015, após consolidar-se lá um governo pró-EUA.
Na proposta sigilosa de agora, o Brasil teria oferecido a base em troca de grana e tecnologia. As proibições do acerto de 2002, chamadas “salvaguardas”, seriam flexibilizadas. Teria sido esse o motivo da recusa norte-americana.
http://www.cartacapital.com.br/politica ... com-os-eua
abs.
arcanjo
Em segredo, Brasil volta a negociar Base de Alcântara com os EUA
Iniciativa partiu do chanceler Serra. A primeira oferta brasileira teria sido recusada
por André Barrocal
Serra: ele quer mais proximidade entre Brasília e Washington - Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Brasil e Estados Unidos retomaram secretamente as negociações de um acordo sobre o uso de uma base militar brasileira no Maranhão para o lançamento de foguetes norte-americanos. Encerradas em 2003, início do governo Lula, as conversas voltaram por iniciativa do ministro das Relações Exteriores, José Serra, interessado em uma relação mais carnal entre os dois países.
O embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, conversou sobre o assunto com o subsecretário de Assuntos Políticos do Departamento de Estado norte-americano, Thomas Shannon, ex-embaixador em Brasília. Uma proposta mantida até aqui em sigilo foi elaborada e apresentada pelo Itamaraty a autoridades dos EUA. Teria sido rejeitada, segundo CartaCapital apurou.
A Base de Alcântara é tida como a mais bem localizada do mundo. Dali foguetes conseguem colocar satélites em órbita mais rapidamente, uma economia de combustível e dinheiro.
No fim do governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), de quem Sérgio Amaral era porta-voz, houve um acordo entre os dois países. Foi enviado ao Congresso brasileiro, para a necessária aprovação. Logo ao herdar a faixa do tucano em 2003, o petista Lula enterrou o caso.
Um dos ministros a defender o arquivamento naquela época foi o hoje colunista de CartaCapital Roberto Amaral, então na Ciência e Tecnologia. Por seus termos, relembra ele, era um “crime de lesa-pátria”.
Os EUA impunham várias proibições ao Brasil: lançar foguetes próprios da base, firmar cooperação tecnológica espacial com outras nações, apoderar-se de tecnologia norte-americana usada em Alcântara, direcionar para o desenvolvimento de satélites nacionais dinheiro obtido com a base. Além disso, só pessoal norte-americano teria acesso às instalações.
“O acordo contrariava os interesses nacionais e afetava nossa soberania”, afirma Amaral. “Os EUA não queriam nosso programa espacial, isso foi dito por eles à Ucrânia.”
Enterrada a negociação com Washington, a Ucrânia foi a parceiro escolhido em 2003 para um acordo espacial. Herdeira da União Soviética, tinha tecnologia para fornecer. Brasil e Ucrânia desenvolveriam conjuntamente foguetes para lançamentos em Alcântara, com o compromisso de transferência de tecnologia de lá para cá.
Um telegrama escrito em 2009 pelo então embaixador dos EUA em Brasília, Clifford Sobel, e divulgado pelo WikiLeaks, relata uma conversa tida por ele com o então representante ucraniano na cidade e mostra a desaprovação do Tio Sam ao entendimento Ucrânia-Brasil. Os EUA não queriam “que resultasse em transferência de tecnologia de foguetes para o Brasil”.
O entendimento do Brasil com a Ucrânia foi desfeito em 2015, após consolidar-se lá um governo pró-EUA.
Na proposta sigilosa de agora, o Brasil teria oferecido a base em troca de grana e tecnologia. As proibições do acerto de 2002, chamadas “salvaguardas”, seriam flexibilizadas. Teria sido esse o motivo da recusa norte-americana.
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Isso é proibido pela lei americana. Não há o que fazer a menos que o congresso deles mude a lei, e duvido muitíssimo mesmo que eles o façam, ainda mais agora sob Trump.arcanjo escreveu:Na proposta sigilosa de agora, o Brasil teria oferecido a base em troca de grana e tecnologia. As proibições do acerto de 2002, chamadas “salvaguardas”, seriam flexibilizadas. Teria sido esse o motivo da recusa norte-americana.
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arcanjo
Se isso foi proposto foi por muita inocência (para não dizer infantilidade). Quero crer que nossa diplomacia internacional não se prestaria a uma ação tão tola assim.
Leandro G. Card
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro
Esses FDP Entreguistas de novo, não tem vergonha na cara. Por mim, prefiro deixar fechado, se querem alugar para faturar uma grana, que aluguem para algum pais que não vá ferir nossa soberania.LeandroGCard escreveu:Isso é proibido pela lei americana. Não há o que fazer a menos que o congresso deles mude a lei, e duvido muitíssimo mesmo que eles o façam, ainda mais agora sob Trump.arcanjo escreveu:Na proposta sigilosa de agora, o Brasil teria oferecido a base em troca de grana e tecnologia. As proibições do acerto de 2002, chamadas “salvaguardas”, seriam flexibilizadas. Teria sido esse o motivo da recusa norte-americana.
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Se isso foi proposto foi por muita inocência (para não dizer infantilidade). Quero crer que nossa diplomacia internacional não se prestaria a uma ação tão tola assim.
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