Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.
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Ilya Ehrenburg
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#2836
Mensagem
por Ilya Ehrenburg » Seg Nov 07, 2016 2:22 am
Bolovo escreveu:O Derby é uma porcaria de míssil usado por forças aéreas de terceiro mundo.
Doeu?
Procure algum país que preteriu o 120C7 pelo Derby.
É.
Não vai achar nenhum.
Inclusive Israel.
O Derby jamais foi lançado pelos F-5EM... E pelo andar da carruagem jamais o será.
Aposto que não irá figurar nos pilones dos futuros Gripens da FAB, na longínqua data de 2026, pois insanidade tem limite...
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
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Carlos Lima
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#2837
Mensagem
por Carlos Lima » Seg Nov 07, 2016 2:40 am
No Computador o Derby pode ser disparado pelo F-5.
Por que nunca fizemos? Porque ninguém quer arriscar perder o avião.
[]s
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FCarvalho
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#2838
Mensagem
por FCarvalho » Seg Nov 07, 2016 3:12 am
Porque alguém compraria em são consciência um míssil que de antemão sabe que não poderá dispará-lo por temor de perder o caça que o lançou?
Estranha essa conversa de vocês.
abs.
Carpe Diem
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Carlos Lima
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#2839
Mensagem
por Carlos Lima » Seg Nov 07, 2016 4:12 am
FCarvalho escreveu:Porque alguém compraria em são consciência um míssil que de antemão sabe que não poderá dispará-lo por temor de perder o caça que o lançou?
Estranha essa conversa de vocês.
abs.
Quantos disparos de Derby a partir de F-5 você já viu por aí?
...
Para bom entendedor... pingo é letra.
[]s
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Justin Case
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#2840
Mensagem
por Justin Case » Seg Nov 07, 2016 6:51 am
Olá, amigos.
Há dois aspectos envolvidos na conversa.
O primeiro é a homologação do míssil: saber se ele funciona, se cumpre os requisitos de performance e efetividade depois de ser lançado. Isso nada tem a ver com o avião que o lança. Faz parte do desenvolvimento do próprio míssil e sua demonstração definirá a sua credibilidade no mercado de armamentos.
O segundo aspecto é a certificação do míssil para operar em determinada aeronave (integração). Além da integração física e com os sistemas da aeronave (eletromecânica, software de controle e operacional), existe necessidade de testes aerodinâmicos em várias situações (voo cativo em todo envelope, envelope de lançamento operacional e de ejeção). Mísseis lançados de trilhos normalmente são menos problemáticos em termos de aeroelasticidade do que aqueles que são ejetados antes da ignição, eu acho. Sempre podem ocorrer problemas. Por exemplo, um AIM9-B explodiu seu motor foguete debaixo da asa de um Mirage III ao testarem a essa configuração em Fortaleza há decadas, mas não foi problema do avião nem do míssil original. Há sempre a possibilidade de erros.
Para este segundo aspecto - certificação, há fatores que são exclusivos do nosso F-5M (relacionados ao nosso programa de modernização) e aqueles que são similares ou idênticos aos de outras frotas de F-5. Se há dados confiáveis e oficialmente disponíveis de ensaios realizados em outros países, a certificação pode ser obtida por similaridade, a critério da autoridade - IFI. Podem ser requeridos ou não testes complementares.
Se não houve lançamento de Derby no nosso F-5M, há justificativa técnica para isso. O fato de esta justificativa não estar disponível nos fóruns não quer dizer que não exista ou não seja tecnicamente válida.
É uma opinião.
Abraços,
Justin
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#2841
Mensagem
por Penguin » Seg Nov 07, 2016 8:07 am
India integra o Derby ao HAL Tejas...
India’s Tejas aircraft conducts first test firing of Derby BVRAAM missile
9 February 2016
http://www.airforce-technology.com/news ... le-4805565
India's light combat aircraft (LCA) Tejas has reportedly conducted the first test firing of a beyond visual range air-to-air missile (BVRAAM), Derby, in Jamnagar, a city in the Indian state of Gujarat.
Carried out by a limited series production (LSP) platform, the LSP-7 Tejas fired the BVRAAM missile on a Ballistic Non Guided (BNG)mode, reported OneIndia.
The scheduled weapon trials, which are aimed at validating the accuracy of the missile, are part of the final operational clearance (FOC) mandate.
"The supersonic fighter aircraft, which is single-seat, lightweight and highly-agile is being jointly manufactured by a consortium of five organisations."
As part of the FOC trials, Tejas is also scheduled to fire a Close Combat Missile (CCM) Python-5 missile.
In addition to Python and Derby, Tejas has armed with a Russian-made CCM R-73, laser-guided bombs (LGB) Griffin and Paveway and Russian-made gun Gsh-23.
In January, the Indian Ministry of Defence (MoD) announced plans to start full-scale production of Light Combat Aircraft (LCA) Tejas in 2017.
The supersonic fighter aircraft, which is single-seat, lightweight and highly-agile is being jointly manufactured by a consortium of five organisations.
The consortium includes Hindustan Aeronautics (HAL) and the Aeronautical Development Agency and the aircraft is primarily designed to replace the Indian Air Force's (IAF) ageing fleet of MiG-21 and MiG-23 aircraft.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Penguin
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#2842
Mensagem
por Penguin » Seg Nov 07, 2016 9:57 am
Carlos Lima escreveu:No Computador o Derby pode ser disparado pelo F-5.
Por que nunca fizemos? Porque ninguém quer arriscar perder o avião.
[]s
CB
Poderia explorar esse assunto? Como assim perder o avião? Claro que o F-5E é um caça limitado, mas a asa dele não aguentaria um míssil de 110kg?!
Curioso que alguns usuários (Taiwan, Arábia Saudita, Suíça, Cingapura etc) do F-5E utilizam o AGM-65 que pesa mais do que o dobro do Derby...
Editado pela última vez por
Penguin em Seg Nov 07, 2016 10:19 am, em um total de 1 vez.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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#2843
Mensagem
por Penguin » Seg Nov 07, 2016 10:14 am
+ info sobre o Derby e sobre o Python V
Fonte: Vayua Aerospace India
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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MasterCaiafa
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#2844
Mensagem
por MasterCaiafa » Seg Nov 07, 2016 10:44 am
Ilya Ehrenburg escreveu:Bolovo escreveu:O Derby é uma porcaria de míssil usado por forças aéreas de terceiro mundo.
Doeu?
Procure algum país que preteriu o 120C7 pelo Derby.
É.
Não vai achar nenhum.
Inclusive Israel.
O Derby jamais foi lançado pelos F-5EM... E pelo andar da carruagem jamais o será.
Aposto que não irá figurar nos pilones dos futuros Gripens da FAB, na longínqua data de 2026, pois insanidade tem limite...
Isso dito por quem disse é credibilidade ZERO. O Derby é um míssil BVR de exportação, que gerou versões similares na África do Sul (algo de que os israelenses se arrependem hoje). Desenhado para conferir a capacidade BVR a Forças Aéreas que não dispunham dessa habilidade, o Derby permitiu a FAB se atualizar e adquirir a doutrina BVR praticada na atualidade. Comparado com o Super 530 dos M2000, o Derby ainda apresenta um desempenho geral superior, apesar de não ser tão rápido e nem subir tão alto quanto o míssil SHAR francês. É um armamento meia-boca no sentido de ser um "temporário", um produto de transição perfeito para se adquirir a experiência necessária na operação de sistemas mais complexos e de maior performance (leia-se Meteor). Criticar produtos israelenses, amplamente comprovados ao redor do mundo, só pode significar duas coisas: 1- Desonestidade intelectual descarada. 2- Está a soldo de outro fabricante para denegrir os produtos israelenses, causando desinformação e ruído. Só um meliante ignóbil afirmaria que um míssil não pode ser disparado de uma aeronave, simplesmente por que nunca houve disparo de treinamento real. Ninguém criticava o R530F Matra por nunca ter sido disparado na FAB, pelos MIIIE. Criticava-se o míssil por que ele era RUIM mesmo. Não é o caso do Derby, é um míssil BVR acessível com desempenho correspondente, e só PARVOS e ARDILOSOS defendem que um míssil ao ser disparado de um caça vai danificar o mesmo. Chega a ser ridículo.
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#2845
Mensagem
por Penguin » Seg Nov 07, 2016 10:55 am
MasterCaiafa escreveu:Ilya Ehrenburg escreveu:
O Derby jamais foi lançado pelos F-5EM... E pelo andar da carruagem jamais o será.
Aposto que não irá figurar nos pilones dos futuros Gripens da FAB, na longínqua data de 2026, pois insanidade tem limite...
Isso dito por quem disse é credibilidade ZERO. O Derby é um míssil BVR de exportação, que gerou versões similares na África do Sul (algo de que os israelenses se arrependem hoje). Desenhado para conferir a capacidade BVR a Forças Aéreas que não dispunham dessa habilidade, o Derby permitiu a FAB se atualizar e adquirir a doutrina BVR praticada na atualidade. Comparado com o Super 530 dos M2000, o Derby ainda apresenta um desempenho geral superior, apesar de não ser tão rápido e nem subir tão alto quanto o míssil SHAR francês. É um armamento meia-boca no sentido de ser um "temporário", um produto de transição perfeito para se adquirir a experiência necessária na operação de sistemas mais complexos e de maior performance (leia-se Meteor). Criticar produtos israelenses, amplamente comprovados ao redor do mundo, só pode significar duas coisas: 1- Desonestidade intelectual descarada. 2- Está a soldo de outro fabricante para denegrir os produtos israelenses, causando desinformação e ruído. Só um meliante ignóbil afirmaria que um míssil não pode ser disparado de uma aeronave, simplesmente por que nunca houve disparo de treinamento real. Ninguém criticava o R530F Matra por nunca ter sido disparado na FAB, pelos MIIIE. Criticava-se o míssil por que ele era RUIM mesmo. Não é o caso do Derby, é um míssil BVR acessível com desempenho correspondente, e só PARVOS e ARDILOSOS defendem que um míssil ao ser disparado de um caça vai danificar o mesmo. Chega a ser ridículo.
Pois!
Além disso, o Derby possui data link de duas vias, coisa que o MICA por exemplo não tem.
E o AIM-120 foi ter apenas nas suas versões mais recentes.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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#2846
Mensagem
por FCarvalho » Seg Nov 07, 2016 10:56 am
Agora as coisas parecem estar mais claras para mim. Uma coisa é a FAB não ter dinheiro sequer para treinar lançamentos reais dos poucos mísseis de que dispõe, guardados a sete chaves que são.
Já bem outra é afirmar que o míssil não presta e tal. Para isso, coom o Justin bem colocou existem parâmetros técnicos abalizadores do produto.
Não quero crer que a FAB tenha oficiais que compram coisas por aí que não funcionam só para dizer que se tem.
abs.
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#2847
Mensagem
por Carlos Lima » Seg Nov 07, 2016 12:44 pm
FCarvalho escreveu:Agora as coisas parecem estar mais claras para mim. Uma coisa é a FAB não ter dinheiro sequer para treinar lançamentos reais dos poucos mísseis de que dispõe, guardados a sete chaves que são.
Já bem outra é afirmar que o míssil não presta e tal. Para isso, coom o Justin bem colocou existem parâmetros técnicos abalizadores do produto.
Não quero crer que a FAB tenha oficiais que compram coisas por aí que não funcionam só para dizer que se tem.
abs.
Se você não quer crer... tudo bem. Fechar os olhos para a realidade é muito mais fácil.
Oficialmente somente um país tentou disparar o Derby e os resultados foram "complicados".
E não estou exagerando quando disse sobre o avião perder a asa.
Peso e so uma parte do problema.
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#2848
Mensagem
por Carlos Lima » Seg Nov 07, 2016 12:46 pm
Penguin escreveu:Carlos Lima escreveu:No Computador o Derby pode ser disparado pelo F-5.
Por que nunca fizemos? Porque ninguém quer arriscar perder o avião.
[]s
CB
Poderia explorar esse assunto? Como assim perder o avião? Claro que o F-5E é um caça limitado, mas a asa dele não aguentaria um míssil de 110kg?!
Curioso que alguns usuários (Taiwan, Arábia Saudita, Suíça, Cingapura etc) do F-5E utilizam o AGM-65 que pesa mais do que o dobro do Derby...
Santiago
Peso não é o problema. Isso não é super-triunfo aonde o cabide diz x e por isso tudo é compatível.
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#2849
Mensagem
por Johan » Seg Nov 07, 2016 1:26 pm
Teria a ver com efeito Flutter? Mas quando o míssil é integrado não é realizado um estudo sobre este efeito? Já li que o F-5 tem uma limitação e tem que voar/disparar com uma certa carga alar "extra" quando emprega certos artefatos justamente para evitar o Flutter, pois o projeto original não previa o uso dos mesmos, mas não sei se isto seria para o caso do Derby ou do Piranha na ponta da asa.
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joao fernando
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#2850
Mensagem
por joao fernando » Seg Nov 07, 2016 1:31 pm
Johan escreveu:Teria a ver com efeito Flutter? Mas quando o míssil é integrado não é realizado um estudo sobre este efeito? Já li que o F-5 tem uma limitação e tem que voar/disparar com uma certa carga alar "extra" quando emprega certos artefatos justamente para evitar o Flutter, pois o projeto original não previa o uso dos mesmos, mas não sei se isto seria para o caso do Derby ou do Piranha na ponta da asa.
São os dados que o fabricante não nos repassou.
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG