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Mensagem
por JL » Qui Nov 03, 2016 8:59 pm
Ao meu ver o problema maior, não é nem a construção ou não de navios e sim a ausência de sistemas de armas no estado da arte e a incapacidade de fabricar armas básicas na guerra moderna, como são os mísseis, que na prática não passam de munições. É uma verdade inquietante, que por mais que apresentem explicações não é possível contestar. Isto gera uma espécie de anemia em termos de armamentos, quando comparadas a outros países muitos com condições econômicas inferiores ao Brasil.
Temos problemas crônicos como não possui nenhum tipo de sistema SAM nas forças terrestres em pleno ano de 2016, somente Manpads. Outro ponto o Exército hoje não tem mísseis anti carro, enquanto rebeldes de sandália disparam mísseis no Oriente Médio, como comentado por outro forista na área de terrestre.
A FAB só troca de caça a cada meio século, ainda voamos F 5 e esperando o Gripen, com a situação mundial cada vez mas quente, com os problemas na fronteira da Venezuela, se ocorre uma crise mundial, será que receberemos os caças. Fica a pergunta.
Voltando a área naval, como um país que anseia com um Nae e um submarino nuclear, pode não produzir nenhum tipo de míssil ou torpedo, ou seja, dependemos do estoque que estão nos paióis no Rio de Janeiro, se forem perdidos estamos desarmados. Se houver um conflito longo, sofreremos embargo.
Somente agora estamos chegando perto de ter um míssil anti navio, depois de décadas de estudos. O Irã por exemplo fabrica mísseis chineses anti navio, a Coréia do Norte também, a Africa do Sul etc. Nós com um litoral destes, ainda estamos desenvolvendo uma arma que quando sair terá tecnologia ultrapassada.
O míssil anti navio é arma essencial na guerra naval de hoje, ter a sua tecnologia seria idêntico a ter a capacidade de fundir canhões na época dos galeões, de produzir pólvora. Nenhum país que não domina-se esta tecnologia poderia ter uma esquadra.
Somente agora estamos desenvolvendo um míssil anti navio, com tecnologia defasada e por causa disso a Marinha estará condenada a não ter mísseis da categoria do Brahmos por exemplo, isso quando novas armas estão para surgir como o CVS401 Perseus. Não haverá nunca um mix de armas nacionais com importadas, pois um concorre com o outro. Então as corvetas futuras sempre estarão em séria desvantagem contra qualquer outro navio em um embate. Porque certamente nossos vizinhos sul americanos irão comprar melhores armas.
Se alguém falar que deve comprar virá um monte de criticas e se formos desenvolver demoramos anos e anos e corre o risco de não sair como o MSS 1.2 anti carro.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.