Missilhouse do Brasil
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Re: Mssilhouse do Brasil
Mas de lá para cá a Mectron fechou as portas, então acho que este quase um milhão é apenas mais uma quantia a ser somada ao que está a ponto de ser perdido, assim como os 22 milhões pagos pelo IAE pelo reprojeto das linhas elétricas do VLS, o que jamais foi efetuado e o foguete já foi até (também) abandonado.
Somando tudo, parece que a Mectron desde sempre foi apenas uma armadilha, pegando verbas para desenvolver os programas dos sonhos de nossas FA's mas sem nenhuma seriedade para realmente levá-los adiante. Talvez justamente por isso tenha interessado à Odebrecht, talvez existisse uma real afinidade nas filosofias de negócio das duas empresas... .
Mas falando sério, o que seria de se esperar de uma empresa que quer viver de atender aos requerimentos esdrúxulos dos nossos militares, que estão sempre ou décadas atrasados ou na contramão do que já está sendo desenvolvido para o mercado mundial?
Leandro G. Card
Somando tudo, parece que a Mectron desde sempre foi apenas uma armadilha, pegando verbas para desenvolver os programas dos sonhos de nossas FA's mas sem nenhuma seriedade para realmente levá-los adiante. Talvez justamente por isso tenha interessado à Odebrecht, talvez existisse uma real afinidade nas filosofias de negócio das duas empresas... .
Mas falando sério, o que seria de se esperar de uma empresa que quer viver de atender aos requerimentos esdrúxulos dos nossos militares, que estão sempre ou décadas atrasados ou na contramão do que já está sendo desenvolvido para o mercado mundial?
Leandro G. Card
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Re: Mssilhouse do Brasil
Meu caro Leandro, se me permite opinar sobre este assunto em específico, sou de opinião de que tal questão está fundamentada em dois fatores básicos: 1. ser militar no Brasil ainda é sinônimo de emprego público para uma grande massa de gente, e, 2. em função disso, a missão básica das ffaa's embora claramente definida no texto constitucional, acaba sendo historicamente letra morta, seja porque os militares passaram/passam muito tempo mais preocupados com o "inimigo interno", com a integração nacional e atividades subjetivas a sua missão - ordenadas pelos interesses do poder civil - do que propriamente com operacionalidade.LeandroGCard escreveu:Mas falando sério, o que seria de se esperar de uma empresa que quer viver de atender aos requerimentos esdrúxulos dos nossos militares, que estão sempre ou décadas atrasados ou na contramão do que já está sendo desenvolvido para o mercado mundial?
Leandro G. Card
E como não temos, e não aceitamos, oficialmente, definir e/ou identificar possíveis ameaças concretas a nossa segurança, fica muito difícil estabelecer critérios claros e objetivos, assim como um planejamento crível e honesto, para o estabelecimento de uma verdadeira capacidade militar nacional. Acabamos sempre naquela lógica ruim e mesquinha do... "já que só tem tu, então vai tu mesmo."
Ajustado a esta mentalidade tacanha, nossos militares em termos práticos não tem qualquer sentido ou noção de modernidade real em termos de combate, ou da guerra e suas demandas multi-flexíveis. Estamos muito longe de qualquer contexto operacional militar de relevo que possa nos amparar uma mínima experiência no campo de batalha que nos ajude a compor um quadro de requisitos para equipamentos e/ou organização de nossas OM's. Exemplo disso está aí já alguns anos com a proposta da mecanização da infantaria somente agora, quando há anos luz a maioria dos países desenvolvidos já fez isso. E ninguém por aqui questiona este fato ou encontra nele problema algum. Simplesmente isto é tido como algo natural de nosso contexto, e fim.
Já me alongando um pouco, mas para terminar, me permito dizer, no caso de outro exemplo, a questão do VBMT-LR que, passando por vários indicativos de designação, somente veio à luz por uma questão de oportunidade, e menos do intencionalidade e planejamento do EB. Este conceito de veículo só está sendo pensado no EB hoje por causa da possibilidade de missões em lugares mais quentes sob mandato da ONU, e está sendo viabilizada somente em função de um empréstimo do Guará I pela Avibrás para teste no Haiti, que geraram o conhecimento de uma série de requisitos para este tipo de veículo. Não fosse isso, o tal do VBMT-LR, que nada mais é que a versão 4x4 da família Guarani, não seria vista tão cedo por aqui, tendo em vista as dificuldades que se podem observar no desenvolvimento daquele programa. E assim vamos.
Não quero parecer pessimista, mas temos que concordar que nossa BID sempre vivei à míngua e alhures aos projetos nacionais de desenvolvimento e que defesa no Brasil nunca foi e ainda vai continuar sendo um assunto incômodo, quando não um imbróglio chato e desinteressante, para a imensa maioria do populacho e, principalmente, para o pessoal que assina o cheque.
Não temos muitas alternativas reais para desenvolver a BID, que não seja vivendo com o pires na mão no mercado interno e, esperando por um milagre vindo do mercado externo.
Bem, no mais, viva-se com isso.
abs.
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Re: Mssilhouse do Brasil
Amigo FCarvalho,FCarvalho escreveu:Não quero parecer pessimista, mas temos que concordar que nossa BID sempre vivei à míngua e alhures aos projetos nacionais de desenvolvimento e que defesa no Brasil nunca foi e ainda vai continuar sendo um assunto incômodo, quando não um imbróglio chato e desinteressante, para a imensa maioria do populacho e, principalmente, para o pessoal que assina o cheque.
Não temos muitas alternativas reais para desenvolver a BID, que não seja vivendo com o pires na mão no mercado interno e, esperando por um milagre vindo do mercado externo.
Bem, no mais, viva-se com isso.
abs.
Suas colocações estão corretas e não tenho reparos a fazer, mas nas minha opinião esta questão que quotei acima deveria ter uma solução até simples. Caberia ao governo do país, via MD e eventualmente até de uma reforma no texto constitucional, definir que uma das atribuições de nossas FA's seria também o fomento da indústria e da tecnologia nacionais (até porque uma base industrial forte e moderna sempre foi um dos melhores pilares da defesa em países realmente civilizados), e que isso seria feito através da obrigatoriedade da manutenção de programas em áreas que fossem consideradas estratégicas e da definição conjunta dos requisitos operacionais pelas FA's a as empresas de defesa envolvidas. Não seria mais feito como no caso da grande maioria dos programas já deslanchados, em que o EB, a MB ou a FAB definem sozinhos os já famosos ROB's, os publicam e depois as empresas precisam se encaixar neles da forma que conseguirem.
Isso pode até soar estranho para alguns, mas é exatamente o que se faz quando o assunto envolve o desenvolvimento de aeronaves pela Embraer: A FAB informa o que gostaria de receber mas a definição final do produto a ser realmente desenvolvido é de responsabilidade da empresa, que estuda o mercado internacional e consulta seus potenciais clientes a nível mundial antes de fechar as especificações. Isso geralmente acaba gerando algo além, em termos de capacidades e custos, do que a própria FAB inicialmente gostaria (e o KC-390 é um exemplo clássico disso), mas isso não importa, ela que avalie se vale à pena se adequar a operar o que a empresa considera mais apropriado para garantir a sua competitividade em nível global, e caso contrário o programa é cancelado antes mesmo de começar. O mesmo se a empresa avaliar que os militares insistem em obter algo que não vale à pena para ela desenvolver (e neste caso a prateleira está aí para isso mesmo, como no caso dos caças). Mas se ambos concordarem o programa é lançado sob controle do fabricante, e no final todo mundo bate palmas.
É claro que além disso os recursos para tocar os programas após a decisão de lançá-los ser tomada, incluindo a aquisição do lote inicial que viabilize a questão de custos, precisam necessariamente ser garantidos. O budget mínimo a ser despendido com o desenvolvimento de programas industriais de aplicação militar (veja bem, não na AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS militares, mas sim em PROGRAMAS INDUSTRIAIS do setor) precisa ser definido pelo poder político em conjunto com as empresas e as FA's numa base periódica, digamos, no início de cada governo, e depois seguido a risca, sem contingenciamentos ou atrasos (e com cobranças igualmente rígidas sobre os envolvidos, empresas e militares). O budget não precisa englobar absolutamente tudo o que nossas FA's precisam, e o que estiver fora dele pode ser adquirido de outras formas (prateleira, licenças de fabricação, etc...), mas aí a responsabilidade e o risco serão das próprias FA's e das empresas que decidirem tentar a sorte neste mercado, o governo já não seria obrigado a garantir nada.
Desta forma pelo menos alguns programas de cunho mais estratégico, tanto em termos militares quanto industriais (o que para um país que não pode apontar inimigos mas está sofrendo um desastroso processo de desindustrialização é ainda mais importante) poderiam ser lançados e funcionar a contento, com garantia de suporte e continuidade. As empresas teriam um horizonte de planejamento para investir e liberdade de desenvolver produtos competitivos a nível mundial, para se livrar da dependência das pequenas e esporádicas aquisições locais, e as FA's estariam cientes de que o que não conseguirem encaixar neste modelo poderia sofrer atrasos ou mesmo interrupção total aos sabores da política e da economia, e teriam que aprender a se planejar muito melhor.
Esta é a minha sugestão para possibilitar que o Brasil tenha uma BID compatível com o seu tamanho e as aspirações de nossa sociedade. Existem diversos detalhes menores que ainda podem ser discutidos, mas o conceito seria este.
Leandro G. Card
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Re: Mssilhouse do Brasil
Eu ainda me pergunto meu caro Leandro, sem fazer ressalvas a sua opinião, com a qual concordo, o porque de até hoje não conseguirmos replicar o mesmo tipo de planejamento da FAB/Embraer, para ficar no exemplo que citastes, em outros campos de atuação do MD.
Penso exatamente que o motivo disso é não termo um MD de verdade. Já se vão mais de 15 anos deste ministério e ele até hoje não disse a que veio, já que deveria ser ele o promotor deste tipo de idéia que concebes. Mas não...
Enfim, as ffaa's continuam olhando cada uma para o seu próprio umbigo, em termos de P&D, planejamento e tantas outras coisas, apesar dos discursos de integração.
Talvez quando um de nós aqui do DB chegar lá, quem sabe as coisas mudem.
abs.
Penso exatamente que o motivo disso é não termo um MD de verdade. Já se vão mais de 15 anos deste ministério e ele até hoje não disse a que veio, já que deveria ser ele o promotor deste tipo de idéia que concebes. Mas não...
Enfim, as ffaa's continuam olhando cada uma para o seu próprio umbigo, em termos de P&D, planejamento e tantas outras coisas, apesar dos discursos de integração.
Talvez quando um de nós aqui do DB chegar lá, quem sabe as coisas mudem.
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Re: Mssilhouse do Brasil
Bem por a'i mesmo.LeandroGCard escreveu:Amigo FCarvalho,FCarvalho escreveu:Não quero parecer pessimista, mas temos que concordar que nossa BID sempre vivei à míngua e alhures aos projetos nacionais de desenvolvimento e que defesa no Brasil nunca foi e ainda vai continuar sendo um assunto incômodo, quando não um imbróglio chato e desinteressante, para a imensa maioria do populacho e, principalmente, para o pessoal que assina o cheque.
Não temos muitas alternativas reais para desenvolver a BID, que não seja vivendo com o pires na mão no mercado interno e, esperando por um milagre vindo do mercado externo.
Bem, no mais, viva-se com isso.
abs.
Suas colocações estão corretas e não tenho reparos a fazer, mas nas minha opinião esta questão que quotei acima deveria ter uma solução até simples. Caberia ao governo do país, via MD e eventualmente até de uma reforma no texto constitucional, definir que uma das atribuições de nossas FA's seria também o fomento da indústria e da tecnologia nacionais (até porque uma base industrial forte e moderna sempre foi um dos melhores pilares da defesa em países realmente civilizados), e que isso seria feito através da obrigatoriedade da manutenção de programas em áreas que fossem consideradas estratégicas e da definição conjunta dos requisitos operacionais pelas FA's a as empresas de defesa envolvidas. Não seria mais feito como no caso da grande maioria dos programas já deslanchados, em que o EB, a MB ou a FAB definem sozinhos os já famosos ROB's, os publicam e depois as empresas precisam se encaixar neles da forma que conseguirem.
Isso pode até soar estranho para alguns, mas é exatamente o que se faz quando o assunto envolve o desenvolvimento de aeronaves pela Embraer: A FAB informa o que gostaria de receber mas a definição final do produto a ser realmente desenvolvido é de responsabilidade da empresa, que estuda o mercado internacional e consulta seus potenciais clientes a nível mundial antes de fechar as especificações. Isso geralmente acaba gerando algo além, em termos de capacidades e custos, do que a própria FAB inicialmente gostaria (e o KC-390 é um exemplo clássico disso), mas isso não importa, ela que avalie se vale à pena se adequar a operar o que a empresa considera mais apropriado para garantir a sua competitividade em nível global, e caso contrário o programa é cancelado antes mesmo de começar. O mesmo se a empresa avaliar que os militares insistem em obter algo que não vale à pena para ela desenvolver (e neste caso a prateleira está aí para isso mesmo, como no caso dos caças). Mas se ambos concordarem o programa é lançado sob controle do fabricante, e no final todo mundo bate palmas.
É claro que além disso os recursos para tocar os programas após a decisão de lançá-los ser tomada, incluindo a aquisição do lote inicial que viabilize a questão de custos, precisam necessariamente ser garantidos. O budget mínimo a ser despendido com o desenvolvimento de programas industriais de aplicação militar (veja bem, não na AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS militares, mas sim em PROGRAMAS INDUSTRIAIS do setor) precisa ser definido pelo poder político em conjunto com as empresas e as FA's numa base periódica, digamos, no início de cada governo, e depois seguido a risca, sem contingenciamentos ou atrasos (e com cobranças igualmente rígidas sobre os envolvidos, empresas e militares). O budget não precisa englobar absolutamente tudo o que nossas FA's precisam, e o que estiver fora dele pode ser adquirido de outras formas (prateleira, licenças de fabricação, etc...), mas aí a responsabilidade e o risco serão das próprias FA's e das empresas que decidirem tentar a sorte neste mercado, o governo já não seria obrigado a garantir nada.
Desta forma pelo menos alguns programas de cunho mais estratégico, tanto em termos militares quanto industriais (o que para um país que não pode apontar inimigos mas está sofrendo um desastroso processo de desindustrialização é ainda mais importante) poderiam ser lançados e funcionar a contento, com garantia de suporte e continuidade. As empresas teriam um horizonte de planejamento para investir e liberdade de desenvolver produtos competitivos a nível mundial, para se livrar da dependência das pequenas e esporádicas aquisições locais, e as FA's estariam cientes de que o que não conseguirem encaixar neste modelo poderia sofrer atrasos ou mesmo interrupção total aos sabores da política e da economia, e teriam que aprender a se planejar muito melhor.
Esta é a minha sugestão para possibilitar que o Brasil tenha uma BID compatível com o seu tamanho e as aspirações de nossa sociedade. Existem diversos detalhes menores que ainda podem ser discutidos, mas o conceito seria este.
Leandro G. Card
E alem disso temos que ter muito cuidado quanto a 'compra' de empresas estrategicas brasileiras por empresas estrangeiras.
O nosso atual modelo de investimento e programas militares deixa as empresas com alguma capacidade de pesquisa e potencial de desenvolvimento estrategico totalmente vulneraveis.
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Re: Mssilhouse do Brasil
A Embraer 'e uma empresa privada que por conta do seu portifolio 'civil' praticamente nao depende de compras militares.FCarvalho escreveu:Eu ainda me pergunto meu caro Leandro, sem fazer ressalvas a sua opinião, com a qual concordo, o porque de até hoje não conseguirmos replicar o mesmo tipo de planejamento da FAB/Embraer, para ficar no exemplo que citastes, em outros campos de atuação do MD.
Penso exatamente que o motivo disso é não termo um MD de verdade. Já se vão mais de 15 anos deste ministério e ele até hoje não disse a que veio, já que deveria ser ele o promotor deste tipo de idéia que concebes. Mas não...
Enfim, as ffaa's continuam olhando cada uma para o seu próprio umbigo, em termos de P&D, planejamento e tantas outras coisas, apesar dos discursos de integração.
Talvez quando um de nós aqui do DB chegar lá, quem sabe as coisas mudem.
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Isso a deixa em uma posicao muito melhor do que uma empresa que faz pedacos de misseis, que quando a FAB compra 'e por milagre e que demora 20 anos para disparar 1 ou 2 e olhe l'a (um exemplo).
Veja o exemplo do MAN-1. Jogamos $$$ no lixo comprando Harpoon ao inves de aplicar nesse projeto. Nada contra o Harpoon em termos de capacidade, mas ao nao investir no MAN-1 diminuimos consideravelmente (por falta de $$ para pesquisa e encomendas) uma eventual possibilidade de fazermos muito mais do que faremos no projeto atual e acelerar o desenvolvimento da versao Ar/Mar alem de quem sabe poderiamos tambem estar ate trabalhando em um 'terra-terra' (exemplo).
No fim ficamos assim... a MB temo seu, a FAB tem o seu, o EB tem o seu. As industrias nao tem encomenda suficientes, nao disparamos os armamentos e o nosso potencial de 'continuidade' 'e no minimo lamentavel.
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Re: Mssilhouse do Brasil
O MAN pretende ter apenas 1/4 do alcance do Harpoon. Seria uma temeridade armar um turboelice lento com ele esperando quem sabe talvez algum dia o míssil ter um alcance para uma operação antinavio segura.
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Re: Mssilhouse do Brasil
A capacidade 'anti-navio' da FAB sempre foi atraves do uso de bombas burras e lancadores de foguetes. Mesmo depois das Malvinas em 1982!!!!
Ter finalmente um missil com um bom grau de negociacao de nacionalizacao e um alcance dezenas de vezes melhor do que bombas burras e ainda com a possibilidade de de repente servir ate para o Am-x me parece um negocio muito melhor do que 15 misseis guardados em um armazem e condicionados ao humor do Dept de Estado Americano.
Isso sem contar que considerando as 'ameacas' anti-aereas em potencial dos navios da vizinhanca, o alcance do MAN-1 d'a e sobra.
[]s
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Ter finalmente um missil com um bom grau de negociacao de nacionalizacao e um alcance dezenas de vezes melhor do que bombas burras e ainda com a possibilidade de de repente servir ate para o Am-x me parece um negocio muito melhor do que 15 misseis guardados em um armazem e condicionados ao humor do Dept de Estado Americano.
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Re: Mssilhouse do Brasil
Nem a MB investiu em uma versão AR-MAR do MAN para equipar os EC725 e A-4BR...Carlos Lima escreveu:A Embraer 'e uma empresa privada que por conta do seu portifolio 'civil' praticamente nao depende de compras militares.FCarvalho escreveu:Eu ainda me pergunto meu caro Leandro, sem fazer ressalvas a sua opinião, com a qual concordo, o porque de até hoje não conseguirmos replicar o mesmo tipo de planejamento da FAB/Embraer, para ficar no exemplo que citastes, em outros campos de atuação do MD.
Penso exatamente que o motivo disso é não termo um MD de verdade. Já se vão mais de 15 anos deste ministério e ele até hoje não disse a que veio, já que deveria ser ele o promotor deste tipo de idéia que concebes. Mas não...
Enfim, as ffaa's continuam olhando cada uma para o seu próprio umbigo, em termos de P&D, planejamento e tantas outras coisas, apesar dos discursos de integração.
Talvez quando um de nós aqui do DB chegar lá, quem sabe as coisas mudem.
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Isso a deixa em uma posicao muito melhor do que uma empresa que faz pedacos de misseis, que quando a FAB compra 'e por milagre e que demora 20 anos para disparar 1 ou 2 e olhe l'a (um exemplo).
Veja o exemplo do MAN-1. Jogamos $$$ no lixo comprando Harpoon ao inves de aplicar nesse projeto. Nada contra o Harpoon em termos de capacidade, mas ao nao investir no MAN-1 diminuimos consideravelmente (por falta de $$ para pesquisa e encomendas) uma eventual possibilidade de fazermos muito mais do que faremos no projeto atual e acelerar o desenvolvimento da versao Ar/Mar alem de quem sabe poderiamos tambem estar ate trabalhando em um 'terra-terra' (exemplo).
No fim ficamos assim... a MB temo seu, a FAB tem o seu, o EB tem o seu. As industrias nao tem encomenda suficientes, nao disparamos os armamentos e o nosso potencial de 'continuidade' 'e no minimo lamentavel.
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CB
De qq forma, os Harpoons ainda não foram comprados. Eu não vi essa notícia.
As notícias diziam que foi liberado e que o Barsil iria comprar. Iria...
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Mssilhouse do Brasil
Considerando que o MAN 'e um Exocet "nacionalizado" e que a MB esta investindo na versao do EC-725 que carrega o Exocet. Acho que a coisa 'e conectada.Penguin escreveu:Nem a MB investiu em uma versão AR-MAR do MAN para equipar os EC725 e A-4BR...Carlos Lima escreveu: A Embraer 'e uma empresa privada que por conta do seu portifolio 'civil' praticamente nao depende de compras militares.
Isso a deixa em uma posicao muito melhor do que uma empresa que faz pedacos de misseis, que quando a FAB compra 'e por milagre e que demora 20 anos para disparar 1 ou 2 e olhe l'a (um exemplo).
Veja o exemplo do MAN-1. Jogamos $$$ no lixo comprando Harpoon ao inves de aplicar nesse projeto. Nada contra o Harpoon em termos de capacidade, mas ao nao investir no MAN-1 diminuimos consideravelmente (por falta de $$ para pesquisa e encomendas) uma eventual possibilidade de fazermos muito mais do que faremos no projeto atual e acelerar o desenvolvimento da versao Ar/Mar alem de quem sabe poderiamos tambem estar ate trabalhando em um 'terra-terra' (exemplo).
No fim ficamos assim... a MB temo seu, a FAB tem o seu, o EB tem o seu. As industrias nao tem encomenda suficientes, nao disparamos os armamentos e o nosso potencial de 'continuidade' 'e no minimo lamentavel.
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De qq forma, os Harpoons ainda não foram comprados. Eu não vi essa notícia.
As notícias diziam que foi liberado e que o Barsil iria comprar. Iria...
A FAB comprou Harpoons.
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Re: Mssilhouse do Brasil
A PRIMEIRA versão do MAN-1 teria alcance bem menor, por ser propulsionada a foguete. Mas o programa desde o início contemplou o uso de motores turbojato, o que na prática levaria seu alcance a quanto a FAB quisesse. E esta tecnologia de propulsão não é para um futuro distante, está já em pleno desenvolvimento para o AVMT. Mas a FAB, como se tivesse algum inimigo imediato que pudesse se apresentar amanhã mesmo, preferiu a compra de prateleira pro um valor que provavelmente seria superior ao necessário para adaptar um turbojato ao MAN-1 . Afinal, o míssil era da força rival... .knigh7 escreveu:O MAN pretende ter apenas 1/4 do alcance do Harpoon. Seria uma temeridade armar um turboelice lento com ele esperando quem sabe talvez algum dia o míssil ter um alcance para uma operação antinavio segura.
Mas a MB também errou feio neste imbróglio todo, ao gerar especificações iniciais para o MAN-1 levando em conta as limitações de seus próprios meios já basicamente obsoletos, ao invés de mirar no que todo o restante do mundo já fez ou está fazendo. E a desculpa de que o risco tecnológico seria muito elevado não se sustenta, pois o exército já estava bancando o AVMT .
É este tipo de coisa que mantém nossa BID em um patamar inferior até ao de países com muito menos disponibilidade de recursos do que nós .
Leandro G. Card
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Re: Mssilhouse do Brasil
Não faria sentido a FAB armar o AMX com um míssil antinavio sendo que nem radar ele tem. Já viu algum Tracker com míssil antinavio?Carlos Lima escreveu: A capacidade 'anti-navio' da FAB sempre foi atraves do uso de bombas burras e lancadores de foguetes. Mesmo depois das Malvinas em 1982!!!!
Agora, ela comprou o P-3 uma aeronave que tem plenamente capacidade de missões ASuW.
A versão ar-mar do Exocet, a mais moderna, a Block2, tem um alcance de 70km. Não iria resolver o problema e duvido muito que a cópia saia bem melhor que o original.Carlos Lima escreveu: Ter finalmente um missil com um bom grau de negociacao de nacionalizacao
Que condicionados ao humor do DoD, não foi cessão gratuita. O que a FAB não pode fazer é repassar a outros. Aliás eu não vejo essas críticas com relação aos torpedos MK48ADCAP da MB.Carlos Lima escreveu: e um alcance dezenas de vezes melhor do que bombas burras e ainda com a possibilidade de de repente servir ate para o Am-x me parece um negocio muito melhor do que 15 misseis guardados em um armazem e condicionados ao humor do Dept de Estado Americano.
Se fosse para armar um caça, acho que as críticas valeriam. Mas para armar um P-3 lento e raro para nós (temos apenas 8 e se contar com a diagonal de manutenção deve ficar só uns 4 disponíveis) acho que a FAB acertou.Carlos Lima escreveu: Isso sem contar que considerando as 'ameacas' anti-aereas em potencial dos navios da vizinhanca, o alcance do MAN-1 d'a e sobra.
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Re: Mssilhouse do Brasil
Eu também sei do AVMT, também acompanho o desenvolvimento do MAN e nunca li nada além do objetivo de alcance igual ao MM40 Block2.LeandroGCard escreveu:A PRIMEIRA versão do MAN-1 teria alcance bem menor, por ser propulsionada a foguete. Mas o programa desde o início contemplou o uso de motores turbojato, o que na prática levaria seu alcance a quanto a FAB quisesse. E esta tecnologia de propulsão não é para um futuro distante, está já em pleno desenvolvimento para o AVMT. Mas a FAB, como se tivesse algum inimigo imediato que pudesse se apresentar amanhã mesmo, preferiu a compra de prateleira pro um valor que provavelmente seria superior ao necessário para adaptar um turbojato ao MAN-1 . Afinal, o míssil era da força rival... .knigh7 escreveu:O MAN pretende ter apenas 1/4 do alcance do Harpoon. Seria uma temeridade armar um turboelice lento com ele esperando quem sabe talvez algum dia o míssil ter um alcance para uma operação antinavio segura.
Leandro G. Card
O motor do MAN já está pronto, é motor foguete, não é turbojato.
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Re: Mssilhouse do Brasil
Ué, mas a FAB não é justamente a força que melhor capacidade tem de operar em NCW? E não é justamente para isso que isso serve, permitir que diferentes plataformas cooperem de forma que uma não precisa integrar tudo o que a outra possui em termos de capacidades? Então que história é esta agora?knigh7 escreveu:Não faria sentido a FAB armar o AMX com um míssil antinavio sendo que nem radar ele tem.
Uma frota de AMX ou mesmo Gripen voando a 900 km/h, com capacidade de mudar de altitude muito mais rapidamente e carregando dois mísseis em cada aeronave (que podem se aproximar do alvo de diversas direções diferentes e simultâneas), sem limite para o número de unidades lançadas em cada ataque (a produção sendo local os números são outros) orientados pelos Órion que ficariam voando bem mais longe e protegidos por uma escolta me parece muito mais eficaz do que um punhado de Órions tentando operar sozinho no meio do oceano contra uma frota inimiga economizando os poucos mísseis disponíveis (já ouviu falar que ataques a navios hoje são de saturação? sabe o que isso significa?), mesmo com mísseis de 70km de alcance no primeiro caso e 280 no segundo.Carlos Lima escreveu:A versão ar-mar do Exocet, a mais moderna, a Block2, tem um alcance de 70km. Não iria resolver o problema e duvido muito que a cópia saia bem melhor que o original.
Dinheiro algum do mundo vai mudar o fato de que na hora H é muito, muito fácil os mísseis simplesmente errarem os alvos (por um tantinho assim...), não explodirem, baterem nas ondas e etc... . Como aliás tem sido quase uma regra antes da exceção no caso de mísseis adquiridos de terceiros e empregados por países clientes em condições politicamente "inconvenientes".Carlos Lima escreveu:Que condicionados ao humor do DoD, não foi cessão gratuita. O que a FAB não pode fazer é repassar a outros. Aliás eu não vejo essas críticas com relação aos torpedos MK48ADCAP da MB.
Mais uma vez, porque alguém arriscaria uma plataforma cara, complexa, vulnerável e com grande tripulação em missões de ataque de superfície tendo aviões de caça e ataque disponíveis numa era dominada pelas comunicações eletrônicas como a atual?Carlos Lima escreveu:Se fosse para armar um caça, acho que as críticas valeriam. Mas para armar um P-3 lento e raro para nós (temos apenas 8 e se contar com a diagonal de manutenção deve ficar só uns 4 disponíveis) acho que a FAB acertou.
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Re: Mssilhouse do Brasil
O motor da PRIMEIRA VERSÃO do MAN-1 está pronto. A tecnologia para uma segunda versão turbojato também já está pronta (e inclusive procurando compradores). É só juntar 2+2. Ou algum inimigo já está pronto para se lançar sobre nosso litoral e não temos tempo de esperar por algum desenvolvimento?knigh7 escreveu:Eu também sei do AVMT, também acompanho o desenvolvimento do MAN e nunca li nada além do objetivo de alcance igual ao MM40 Block2.
O motor do MAN já está pronto, é motor foguete, não é turbojato.
Este raciocínio estático, em que só vale o que foi decidido na primeira instância e o que já está pronto, sem se pensar no futuro, é a principal causa do atraso não apenas de nossa BID, mas da maior parte da indústria nacional em geral .
Leandro G. Card
P.S.: Busque os primeiros posts de nosso amigo Marino (onde será que ele anda?) sobre o MAN-1 aqui mesmo no DB, e vai ver como já foi sim considerada a versão com propulsão turbojato.