SAS britânicos protegendo 'rebeldes moderados' na Síria? Bomba neles!!!cabeça de martelo escreveu:
OPERAÇÕES ESPECIAIS
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Así adiestran los "boinas verdes" españoles al Ejército de Irak contra el Daesh
http://abcblogs.abc.es/tierra-mar-aire/ ... 20234.asp/
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Fiz um artigo explicando por que os coldres bélica podem dar problemasAlitson escreveu:A FORHONOR está produzindo as fardas em CORDURA 1000 e tecidos originais. Assim como a WTC e a BELICA, os acessórios no padrão estrangeiro.Ckrauslo escreveu: Não se sabe ainda, tem muitas empresas no Brasil produzindo roupas e calçados, porém infelizmente não são muitas que são conhecidas.
Kept you waiting, huh?
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Desculpem o post highlander, mas tenho tido pouco tempo para acompanhar e responder o Forum...Clermont escreveu:Uma vez eu li que é melhor a arma com o cano para cima durante ações limpeza de aposentos porque, se um inimigo surge repentinamente tentando o combate corpo a corpo é mais fácil forçar o cano para baixo e desfechar um tiro na cara do oponente do que subir a arma.henriquejr escreveu: Em entrada tática o que se cobra muito é o controle do cano, e nessas situações os militares ficam muito próximos uns dos outros, então é mais fácil ter o controle colocando cano sobre o ombro do coleta a frente, do que passar pela linha de cintura ou pernas...
Apenas para agregar a essa pergunta, nos EUA em geral a pratica varia de acordo com o braco das FAs: o pessoal da USN (leia-se SEALs) se desloca com a arma com cano apontado para cima; o pessoal que veio do US Army treina com a arma apontada para baixo.
Fonte: experiencia propria de primeira mao ao treinar com ambos - sempre rola essa pergunta em aulas, eu ja aprendi a adaptar dependendo do instrutor. Entra junto com a categoria de que distancia zerar a arma (50-200m p/ quase todos e 100m p/ quem foi CAG)...
abs,
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Isso vem da premissa de que é muito mais fácil você baixar o seu fuzil, junto com a gravidade, do que subir o fuzil contra a mesma, a diferença é de milésimos de segundos, e um esforço menor.Túlio escreveu:Sei lá, não gostei daquele Fz apontado para cima, fui treinado para não fazer isso nem com Pst, arma ou se aponta para a frente ou para baixo...james escreveu:Destacamento Contra Terrorismo das Forças Especiais do EB
Alias, alguém tem uma foto ou algo do tipo do breve que está no braço do primeiro da fila?
Kept you waiting, huh?
- Sávio Ricardo
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
O GRUPO DE INTERVENÇÃO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS DA GNR
Por Miguel Machado
Com a luta antiterrorista na ordem do dia, o Operacional foi visitar uma das forças portuguesas que pode levar a cabo esse combate, e que ano após ano, em toda a área de intervenção da Guarda Nacional Republicana no território nacional, cumpre largas dezenas de operações contra a criminalidade organizada e violenta. No estrangeiro os militares do GIOE já actuaram em Timor, Iraque, Afeganistão e Bósnia e Herzegovina.
Sniper do GIOE equipado com a Accuracy International AW.50. Mira telescópica Schmidt & Bender 3-12×50 PM II. Estas armas são habitualmente designadas por “anti-material” por terem pelo seu calibre capacidade para causar danos consideráveis em viaturas ou estruturas, podendo naturalmente ser também usadas contra pessoas.
“Prontidão zero minutos”, talvez seja uma das frases que pode bem definir o estado de espírito dos militares da Guarda que integram o Grupo de Intervenção de Operações Especiais (GIOE). Esta sub-unidade da Unidade de Intervenção (UI) da GNR, aquartelada na Pontinha/Odivelas, junto a Lisboa, mantém 365 dias por ano, 24 horas por dia, equipas de operações especiais prontas a sair do quartel para intervir com carácter imediato, daí esta designação, “zero minutos”. Sendo certo que para a maioria das missões de combate à criminalidade organizada e violenta, há um trabalho de investigação prévio que pode ter sido realizado pela secção de investigação criminal do GIOE ou pelas unidades territoriais da Guarda, e muitas vezes não se actua portanto em situação de emergência, a realidade, infelizmente várias vezes provada nos últimos meses e anos na Europa, é que muitas acções terroristas, são desencadeadas sem ter havido qualquer alerta prévio dos sistemas de informações e…só param de fazer vítimas perante a acção directa das forças policiais e/ ou militares. Um efectivo inicial – não é aqui quantificado por naturais questões de segurança – está sempre pronto a sair, e isso acontece quase e sempre por via terrestre (viaturas descaracterizadas), mas pode acontecer por vai aérea em aeronaves de asa rotativa da Força Aérea Portuguesa. A este “escalão inicial” seguem-se mais homens, armamento, equipamento e viaturas, de acordo com um plano tantas e tantas vezes testado em situações reais. No GIOE como em outros locais nas nossas forças de segurança e militares, espera-se um aumento de efectivos, o que está previsto. As competências atribuídas e a realidade do empenhamento operacional a isso mais do que aconselham.
Formação
Os voluntários para o GIOE provêm do efectivo total da GNR e submetem-se a provas de admissão para depois iniciarem a sua formação “básica”. Muitos começam este caminho, os que o terminam são poucos. Para integrar as operações especiais da Guarda têm obrigatoriamente que concluir com sucesso três cursos: o Curso de Operações Especiais no Centro de Tropas de Operações Especiais da Brigada de Reacção Rápida do Exército, em Lamego, mas ministrado por quadros da própria GNR, com uma duração de 3 meses para guardas(*), e 6 meses para oficiais e sargentos; o Curso de Contraterrorismo na Unidade de Intervenção da Guarda, com uma duração de 3 meses; o Curso de Segurança Altas Entidades, também na GNR, com uma duração de 2 meses. Terminada esta fase dos cursos o militar pode então integrar uma das companhias – regra geral, a 1.ª, sendo a 2.ª destinada por princípio a pessoal já com maior especialização, mais “anos de casa” – e iniciar a sua actividade operacional. Neste período consoante as necessidades do GIOE os seus elementos podem ainda frequentar cursos de “sniper e contra-sniper”, “montanhismo”, “segurança pessoal”, “negociadores”, “investigação criminal”, “explosivos”, entre vários outros. Basta estar frente ao moderno edifício do GIOE na Pontinha, para perceber que poucos militares concluem os cursos de operações especiais. As placas que ali recordam os seus nomes não enganam. Dados oficiais revelam que em cada 3 militares que iniciam a formação – e para isso são sujeitos a testes muito exigentes, nos quais a maioria é eliminada – apenas 1 a termina. Estamos sem dúvida perante uma elite!
...
http://www.operacional.pt/o-grupo-de-in ... is-da-gnr/
Por Miguel Machado
Com a luta antiterrorista na ordem do dia, o Operacional foi visitar uma das forças portuguesas que pode levar a cabo esse combate, e que ano após ano, em toda a área de intervenção da Guarda Nacional Republicana no território nacional, cumpre largas dezenas de operações contra a criminalidade organizada e violenta. No estrangeiro os militares do GIOE já actuaram em Timor, Iraque, Afeganistão e Bósnia e Herzegovina.
Sniper do GIOE equipado com a Accuracy International AW.50. Mira telescópica Schmidt & Bender 3-12×50 PM II. Estas armas são habitualmente designadas por “anti-material” por terem pelo seu calibre capacidade para causar danos consideráveis em viaturas ou estruturas, podendo naturalmente ser também usadas contra pessoas.
“Prontidão zero minutos”, talvez seja uma das frases que pode bem definir o estado de espírito dos militares da Guarda que integram o Grupo de Intervenção de Operações Especiais (GIOE). Esta sub-unidade da Unidade de Intervenção (UI) da GNR, aquartelada na Pontinha/Odivelas, junto a Lisboa, mantém 365 dias por ano, 24 horas por dia, equipas de operações especiais prontas a sair do quartel para intervir com carácter imediato, daí esta designação, “zero minutos”. Sendo certo que para a maioria das missões de combate à criminalidade organizada e violenta, há um trabalho de investigação prévio que pode ter sido realizado pela secção de investigação criminal do GIOE ou pelas unidades territoriais da Guarda, e muitas vezes não se actua portanto em situação de emergência, a realidade, infelizmente várias vezes provada nos últimos meses e anos na Europa, é que muitas acções terroristas, são desencadeadas sem ter havido qualquer alerta prévio dos sistemas de informações e…só param de fazer vítimas perante a acção directa das forças policiais e/ ou militares. Um efectivo inicial – não é aqui quantificado por naturais questões de segurança – está sempre pronto a sair, e isso acontece quase e sempre por via terrestre (viaturas descaracterizadas), mas pode acontecer por vai aérea em aeronaves de asa rotativa da Força Aérea Portuguesa. A este “escalão inicial” seguem-se mais homens, armamento, equipamento e viaturas, de acordo com um plano tantas e tantas vezes testado em situações reais. No GIOE como em outros locais nas nossas forças de segurança e militares, espera-se um aumento de efectivos, o que está previsto. As competências atribuídas e a realidade do empenhamento operacional a isso mais do que aconselham.
Formação
Os voluntários para o GIOE provêm do efectivo total da GNR e submetem-se a provas de admissão para depois iniciarem a sua formação “básica”. Muitos começam este caminho, os que o terminam são poucos. Para integrar as operações especiais da Guarda têm obrigatoriamente que concluir com sucesso três cursos: o Curso de Operações Especiais no Centro de Tropas de Operações Especiais da Brigada de Reacção Rápida do Exército, em Lamego, mas ministrado por quadros da própria GNR, com uma duração de 3 meses para guardas(*), e 6 meses para oficiais e sargentos; o Curso de Contraterrorismo na Unidade de Intervenção da Guarda, com uma duração de 3 meses; o Curso de Segurança Altas Entidades, também na GNR, com uma duração de 2 meses. Terminada esta fase dos cursos o militar pode então integrar uma das companhias – regra geral, a 1.ª, sendo a 2.ª destinada por princípio a pessoal já com maior especialização, mais “anos de casa” – e iniciar a sua actividade operacional. Neste período consoante as necessidades do GIOE os seus elementos podem ainda frequentar cursos de “sniper e contra-sniper”, “montanhismo”, “segurança pessoal”, “negociadores”, “investigação criminal”, “explosivos”, entre vários outros. Basta estar frente ao moderno edifício do GIOE na Pontinha, para perceber que poucos militares concluem os cursos de operações especiais. As placas que ali recordam os seus nomes não enganam. Dados oficiais revelam que em cada 3 militares que iniciam a formação – e para isso são sujeitos a testes muito exigentes, nos quais a maioria é eliminada – apenas 1 a termina. Estamos sem dúvida perante uma elite!
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Viriato 16
Decorreu o exercício VIRIATO. Sendo este um exercício interno do Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE) foi realizado na região de Lamego contando com a participação de um Special Operations Task Group (SOTG) com duas Special Operations Land Task Units.
O exercício teve como principal objetivo a validação interna de tarefas/missões específicas das Forças de Operações Especiais (FOEsp).
Após a projeção da força para o TO, com a missão de executar Assistência Militar, a mesma foi realizando Key Leader Engagement (KLE) e contactado com entidades/organizações, que levaram à condução de operações de Reconhecimento Especial & Vigilância sobre objetivos e Ações Diretas para regaste ou eliminação de High Value Targets (HVT). A semana foi bastante produtiva e os objetivos foram alcançados com sucesso.
De referir ainda que tivemos a visita de dois militares do Exército Marroquino e que tiveram oportunidade de acompanhar algumas fases de planeamento e execução de ações das FOEsp
Decorreu o exercício VIRIATO. Sendo este um exercício interno do Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE) foi realizado na região de Lamego contando com a participação de um Special Operations Task Group (SOTG) com duas Special Operations Land Task Units.
O exercício teve como principal objetivo a validação interna de tarefas/missões específicas das Forças de Operações Especiais (FOEsp).
Após a projeção da força para o TO, com a missão de executar Assistência Militar, a mesma foi realizando Key Leader Engagement (KLE) e contactado com entidades/organizações, que levaram à condução de operações de Reconhecimento Especial & Vigilância sobre objetivos e Ações Diretas para regaste ou eliminação de High Value Targets (HVT). A semana foi bastante produtiva e os objetivos foram alcançados com sucesso.
De referir ainda que tivemos a visita de dois militares do Exército Marroquino e que tiveram oportunidade de acompanhar algumas fases de planeamento e execução de ações das FOEsp
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
O instrutor dos comandos avisou-nos: “Vou tornar-me um animal”
ANA DIAS CORDEIRO
Um comando é preparado para ir para a guerra. A dos outros. Ou a de si próprio. “Chega uma altura em que desmaiar, vomitar ou entrar em hipotermia é banal. O sofrimento torna-nos pessoas mais conscientes.” Relato na primeira pessoa de um comando que concluiu o curso há nove anos.
Fiz o curso de Comandos na Carregueira e não me arrependo. Não houve um dia em que não tenha pensado em desistir. Não há ninguém que não pense nisso. Ninguém está preparado. E há sempre um momento de fraqueza, de sofrimento. Damos força uns aos outros e essa é uma das principais aprendizagens.
Cada grupo de 80 ou 100 instruendos tem como instrutores um oficial e um sargento, ou um oficial e dois sargentos. Estes respondem ao comandante de companhia, que é um capitão. Depois, o grupo é dividido. O capitão que era meu comandante de companhia tinha elevados valores morais e um grande sentido da responsabilidade.
Logo no início, um dos nossos instrutores chegou ao pé de nós – estávamos no interior da caserna – e disse: “A pessoa que vocês estão a ver aqui não é a mesma pessoa que vão ver no curso. Eu vou tornar-me um animal.” Existiu sinceridade. Aquilo que ele nos tentou transmitir com aquela conversa foi: “A partir daqui, estão por vossa conta.” E depois: “Sabem realmente no que se vão meter?” Não sabemos.
Num dos castigos, tive de rastejar na gravilha ao longo de 200 metros. Foi psicologicamente devastador. Enquanto eu rastejava, tinha um dos instrutores permanentemente a dizer-me: "Estás a ver? Deixarem-te para trás." Ele queria dizer-me que os meus colegas de equipa não se tinham lembrado de mim, e por isso eu tinha chegado atrasado. Não era verdade. Chorei não pelo castigo físico que me deixou os joelhos e cotovelos em sangue e a farda num farrapo. Chorei por estarem a incutir-me essa desconfiança. A verdade é que, quando um de nós não está, toda a equipa sofre. E eu não estava. Fui castigado.
Nesse processo, o que se procura estimular é o companheirismo e o espírito de sacrifício, também pelo outro. Na guerra, por causa de um elo mais fraco, os outros podem literalmente morrer. Os que estão ali connosco devem ser capazes de dar a vida por nós.
Só os melhores dos cursos podem ser instrutores. Mas existem instrutores bons e instrutores maus. Se são más pessoas, continuam a ser más pessoas quando chegam a instrutor. No curso de Comandos, há coisas que nos são exigidas que são desnecessárias, porque há alguns homens com instintos animalescos.
"Todos são selvagens no curso"
Vão para ali a pensar que são os maiores do mundo. São brutos, e todos são selvagens no curso. Mas não quer dizer que todos o sejam cá fora. Com um desses instrutores, só 16 das dezenas de instruendos que estavam no início concluíram o curso. No meu curso, fomos 20 e tal a terminar.
A grande maioria desiste. Mas acontece menos com aqueles que já são militares. Quem não é militar não sabe. Eu não era militar. Queria fazer Enfermagem na tropa. Depois pensei: se eu vou para a tropa, vou para uma coisa onde vai existir um teste aos meus próprios limites, físicos e psicológicos.
Numa noite muito fria, fazíamos ginástica em tronco nu e três caíram para o lado. Num outro curso, esqueceram-se de um instruendo, dentro de um charco no qual tinha sido obrigado a ficar deitado, por castigo. Voltaram para o ir buscar. Ele já estava em hipotermia.
Às vezes não há sentido de responsabilidade. Houve instruendos que partiram as duas pernas por caírem na prova da corda rápida, em que é preciso descer por uma corda de uma altura equivalente a um quarto andar. Não há nada que nos separe do chão. Nos Comandos, só se pode usar os braços, e não se podem cruzar as pernas, durante a descida.
Um colega meu estava agarrado à corda lá em cima, não descia. De forma completamente irresponsável, e para o punir, cá em baixo, o instrutor começou a sacudir a corda. O meu colega só não caiu por acaso.
No campo, não se pára, nem quem fica doente. Nem pensar. Uma gripe, uma intoxicação alimentar, nada conta. E quem pensa que não vai aguentar tem de aguentar. A quem magoa um pé é-lhe dito: “Tens dois pés, corre com o outro.” Só uma coisa completamente incapacitante é que permite a um instruendo parar uma prova. Chega uma altura em que vemos as coisas com naturalidade. Desmaiar, vomitar, entrar em hipotermia torna-se banal. Existe uma grande pressão. Somos miúdos. Temos 20 e poucos anos.
Os testes de admissão deviam ser mais difíceis, e os exames médicos mais rigorosos. Um colega que tinha tido uma hepatite e o que tinha medo das alturas não deviam estar ali. E estavam, a fazer tudo igual aos outros.
As pessoas não sabem parar. Quando digo as pessoas, falo dos instrutores. Há instrutores que não sabem parar. A grande maioria dos exercícios é necessária. Mas se podemos fazer as coisas com segurança, era assim que devia ser. E nem sempre isso acontece.
A insegurança não é só durante as provas. Há muita gente que vem do Norte do país fazer a instrução na Carregueira. Houve dois acidentes de automóvel com colegas do meu curso. Acidentes graves. Saíram da instrução exaustos e quiseram chegar o mais depressa possível a casa. Um ficou paraplégico. O outro desistiu.
"Não sabemos ao que vamos"
Chegamos a casa com as fardas completamente rotas e desfeitas, com cascalho dentro dos bolsos, com arranhões e feridas pelo corpo todo. A minha mãe dizia: “Pareces um Cristo.” E não temos muito tempo. Ir a casa não é o mesmo que descansar. Acontecia de 11 em 11 dias, aproximadamente. Ficava dois dias, mas continuava em permanente estado de alerta. O corpo está habituado a dormir quatro horas e nunca sabemos o que pode acontecer.
Somos voluntários. Mas desistir nem sempre é fácil. O custo para o Estado da formação é muito alto, e por isso não era óbvio desistir a meio de uma fase. Muitos comandantes de companhia, como o meu, só permitem a desistência no fim de uma determinada fase, que dura cerca de um mês. É uma forma de punição – ficar até estar concluída essa fase.
As notas dos testes físicos e psicotécnicos são superiores às da tropa convencional. Mesmo assim, as provas de admissão deviam ser mais difíceis, para haver uma maior selecção à partida. E devia haver mais informação. O curso teria menos gente, mas gente mais capaz.
Existem vídeos a promover a ida para os comandos. Campanhas à porta dos centros comerciais. Eu próprio fiz divulgação. É posto de uma maneira muito heróica. Também mostra a dureza de alguns exercícios. Não é só propaganda, mas a informação é posta de uma maneira patriótica.
Quando vamos aos primeiros testes no Centro de Comandos da Carregueira, perguntam-nos: "Gostas de desportos radicais? Gostas de andar de helicóptero? Gostas de armas?"
Isso não é suficiente. Não sabemos ao que vamos. E devíamos saber. Existe uma determinada estrutura dos cursos: a fase individual, a fase de equipa e de grupo. A primeira fase é aquela em que não é tão importante a instrução, mas ver quem realmente tem aptidões. Num grupo de 100, são eliminadas muitas pessoas.
O curso é uma valorização. Mas o facto de se ser comando não quer dizer que se é melhor do que os outros. É bom para um determinado objectivo: o de ir para a guerra, para a frente de combate. Eu não fui, porque, para mim, o curso foi uma experiência de vida.
Quando recebemos a boina, existe um orgulho tão grande, que ninguém se lembra. O pessoal esquece, fica contente, fica orgulhoso. Algo que foi traumatizante acaba por ficar escondido ao superarmos os nossos limites.
O que ficou para trás? Correr na gravilha, descalço; mil paus de chinelo (levantar os braços com o corpo hirto) e a seguir, já no limite das nossas forças, lançarmo-nos numa prova de corrida ou de resistência. Vinte quilómetros a correr com dez quilos às costas. Ou 12 quilómetros com 16 quilos. E depois dizerem-nos: "Isto não acaba aqui." Ou ficar indefinidamente de cócoras na "posição de elefante pensante", com o peso todo do corpo e da G3 em punho. Fazer flexões com os punhos na gravilha. Dezenas de flexões. Há quem diga que um comando nunca se deita por menos de 50.
Capacidade do corpo para desligar
Psicologicamente o curso é desgastante e violento. Houve duas pessoas eliminadas no último dia do curso. Fizeram tudo como os outros até ao último dia e não foram aceites por, supostamente, não terem o espírito de sacrifício necessário. Mais tarde, um deles voltou e foi comando. Os comandos, na Carregueira, são uma das três forças especiais do Exército, além das Operações Especiais Rangers, em Lamego, e dos pára-quedistas em Tancos.
Temos várias provas. A prova de tiro de combate é precedida de uma preparação que simula uma situação de combate. Corremos, rastejamos nas silvas, rolamos no chão, carregamos pesos. Num curso de três meses temos cerca de 20 tiros de combate com essa situação de combate simulado, em que fazemos o tiro ao alvo já depois de estarmos completamente desgastados pela prova.
Na Semana da Sobrevivência, tiram-nos tudo. Ficamos sem farda, nem mochila, nem recursos alimentares, durante quatro ou cinco dias. Temos de construir abrigos, fazer roupa com serapilheira; matar e cozinhar um animal que pode ser um coelho ou uma galinha. Cada grupo tem de fazer isso.
Há um momento em que sentimos que o nosso corpo tem capacidade de desligar, como se deixasse de sentir a dor. O sofrimento torna-nos pessoas mais conscientes.
Acabamos por nos conhecermos a nós mesmos por estarmos sempre a testar os nossos limites. Fico a saber quais as minhas limitações, as minhas dificuldades. Olho para mim de outra forma: será que sou amigo do meu amigo, existe egoísmo da minha parte, ou sou capaz de me sacrificar pelo outro? No fim do curso, um copo de água não tinha o mesmo valor para mim. Ou um colchão. Coisas básicas ganham um novo sentido.
A Semana Invertida é a semana em que se faz à noite o que normalmente se faz durante o dia, e vice-versa. Aquilo é um choque tão grande no corpo que acaba por nos desorientar completamente. Faz parte da acção psicológica, a mesma que nos faz dormir ao som alto de músicas montadas para repetir um determinado refrão ou frase, até à exaustão. Eu conseguia dormir em qualquer lado. Cheguei a dormir de pé, de tão cansado.
Existe uma sequência comum a todos os cursos. Mas à partida nunca sabemos quando vamos ser chamados para os exercícios. Pode ser a meio da noite, de madrugada. Pode ser quando estamos prestes para a ir a casa, e nos dizem que afinal não vamos, esse momento não chega e não sabemos quando chegará.
https://www.publico.pt/sociedade/notici ... 93?page=-1
ANA DIAS CORDEIRO
Um comando é preparado para ir para a guerra. A dos outros. Ou a de si próprio. “Chega uma altura em que desmaiar, vomitar ou entrar em hipotermia é banal. O sofrimento torna-nos pessoas mais conscientes.” Relato na primeira pessoa de um comando que concluiu o curso há nove anos.
Fiz o curso de Comandos na Carregueira e não me arrependo. Não houve um dia em que não tenha pensado em desistir. Não há ninguém que não pense nisso. Ninguém está preparado. E há sempre um momento de fraqueza, de sofrimento. Damos força uns aos outros e essa é uma das principais aprendizagens.
Cada grupo de 80 ou 100 instruendos tem como instrutores um oficial e um sargento, ou um oficial e dois sargentos. Estes respondem ao comandante de companhia, que é um capitão. Depois, o grupo é dividido. O capitão que era meu comandante de companhia tinha elevados valores morais e um grande sentido da responsabilidade.
Logo no início, um dos nossos instrutores chegou ao pé de nós – estávamos no interior da caserna – e disse: “A pessoa que vocês estão a ver aqui não é a mesma pessoa que vão ver no curso. Eu vou tornar-me um animal.” Existiu sinceridade. Aquilo que ele nos tentou transmitir com aquela conversa foi: “A partir daqui, estão por vossa conta.” E depois: “Sabem realmente no que se vão meter?” Não sabemos.
Num dos castigos, tive de rastejar na gravilha ao longo de 200 metros. Foi psicologicamente devastador. Enquanto eu rastejava, tinha um dos instrutores permanentemente a dizer-me: "Estás a ver? Deixarem-te para trás." Ele queria dizer-me que os meus colegas de equipa não se tinham lembrado de mim, e por isso eu tinha chegado atrasado. Não era verdade. Chorei não pelo castigo físico que me deixou os joelhos e cotovelos em sangue e a farda num farrapo. Chorei por estarem a incutir-me essa desconfiança. A verdade é que, quando um de nós não está, toda a equipa sofre. E eu não estava. Fui castigado.
Nesse processo, o que se procura estimular é o companheirismo e o espírito de sacrifício, também pelo outro. Na guerra, por causa de um elo mais fraco, os outros podem literalmente morrer. Os que estão ali connosco devem ser capazes de dar a vida por nós.
Só os melhores dos cursos podem ser instrutores. Mas existem instrutores bons e instrutores maus. Se são más pessoas, continuam a ser más pessoas quando chegam a instrutor. No curso de Comandos, há coisas que nos são exigidas que são desnecessárias, porque há alguns homens com instintos animalescos.
"Todos são selvagens no curso"
Vão para ali a pensar que são os maiores do mundo. São brutos, e todos são selvagens no curso. Mas não quer dizer que todos o sejam cá fora. Com um desses instrutores, só 16 das dezenas de instruendos que estavam no início concluíram o curso. No meu curso, fomos 20 e tal a terminar.
A grande maioria desiste. Mas acontece menos com aqueles que já são militares. Quem não é militar não sabe. Eu não era militar. Queria fazer Enfermagem na tropa. Depois pensei: se eu vou para a tropa, vou para uma coisa onde vai existir um teste aos meus próprios limites, físicos e psicológicos.
Numa noite muito fria, fazíamos ginástica em tronco nu e três caíram para o lado. Num outro curso, esqueceram-se de um instruendo, dentro de um charco no qual tinha sido obrigado a ficar deitado, por castigo. Voltaram para o ir buscar. Ele já estava em hipotermia.
Às vezes não há sentido de responsabilidade. Houve instruendos que partiram as duas pernas por caírem na prova da corda rápida, em que é preciso descer por uma corda de uma altura equivalente a um quarto andar. Não há nada que nos separe do chão. Nos Comandos, só se pode usar os braços, e não se podem cruzar as pernas, durante a descida.
Um colega meu estava agarrado à corda lá em cima, não descia. De forma completamente irresponsável, e para o punir, cá em baixo, o instrutor começou a sacudir a corda. O meu colega só não caiu por acaso.
No campo, não se pára, nem quem fica doente. Nem pensar. Uma gripe, uma intoxicação alimentar, nada conta. E quem pensa que não vai aguentar tem de aguentar. A quem magoa um pé é-lhe dito: “Tens dois pés, corre com o outro.” Só uma coisa completamente incapacitante é que permite a um instruendo parar uma prova. Chega uma altura em que vemos as coisas com naturalidade. Desmaiar, vomitar, entrar em hipotermia torna-se banal. Existe uma grande pressão. Somos miúdos. Temos 20 e poucos anos.
Os testes de admissão deviam ser mais difíceis, e os exames médicos mais rigorosos. Um colega que tinha tido uma hepatite e o que tinha medo das alturas não deviam estar ali. E estavam, a fazer tudo igual aos outros.
As pessoas não sabem parar. Quando digo as pessoas, falo dos instrutores. Há instrutores que não sabem parar. A grande maioria dos exercícios é necessária. Mas se podemos fazer as coisas com segurança, era assim que devia ser. E nem sempre isso acontece.
A insegurança não é só durante as provas. Há muita gente que vem do Norte do país fazer a instrução na Carregueira. Houve dois acidentes de automóvel com colegas do meu curso. Acidentes graves. Saíram da instrução exaustos e quiseram chegar o mais depressa possível a casa. Um ficou paraplégico. O outro desistiu.
"Não sabemos ao que vamos"
Chegamos a casa com as fardas completamente rotas e desfeitas, com cascalho dentro dos bolsos, com arranhões e feridas pelo corpo todo. A minha mãe dizia: “Pareces um Cristo.” E não temos muito tempo. Ir a casa não é o mesmo que descansar. Acontecia de 11 em 11 dias, aproximadamente. Ficava dois dias, mas continuava em permanente estado de alerta. O corpo está habituado a dormir quatro horas e nunca sabemos o que pode acontecer.
Somos voluntários. Mas desistir nem sempre é fácil. O custo para o Estado da formação é muito alto, e por isso não era óbvio desistir a meio de uma fase. Muitos comandantes de companhia, como o meu, só permitem a desistência no fim de uma determinada fase, que dura cerca de um mês. É uma forma de punição – ficar até estar concluída essa fase.
As notas dos testes físicos e psicotécnicos são superiores às da tropa convencional. Mesmo assim, as provas de admissão deviam ser mais difíceis, para haver uma maior selecção à partida. E devia haver mais informação. O curso teria menos gente, mas gente mais capaz.
Existem vídeos a promover a ida para os comandos. Campanhas à porta dos centros comerciais. Eu próprio fiz divulgação. É posto de uma maneira muito heróica. Também mostra a dureza de alguns exercícios. Não é só propaganda, mas a informação é posta de uma maneira patriótica.
Quando vamos aos primeiros testes no Centro de Comandos da Carregueira, perguntam-nos: "Gostas de desportos radicais? Gostas de andar de helicóptero? Gostas de armas?"
Isso não é suficiente. Não sabemos ao que vamos. E devíamos saber. Existe uma determinada estrutura dos cursos: a fase individual, a fase de equipa e de grupo. A primeira fase é aquela em que não é tão importante a instrução, mas ver quem realmente tem aptidões. Num grupo de 100, são eliminadas muitas pessoas.
O curso é uma valorização. Mas o facto de se ser comando não quer dizer que se é melhor do que os outros. É bom para um determinado objectivo: o de ir para a guerra, para a frente de combate. Eu não fui, porque, para mim, o curso foi uma experiência de vida.
Quando recebemos a boina, existe um orgulho tão grande, que ninguém se lembra. O pessoal esquece, fica contente, fica orgulhoso. Algo que foi traumatizante acaba por ficar escondido ao superarmos os nossos limites.
O que ficou para trás? Correr na gravilha, descalço; mil paus de chinelo (levantar os braços com o corpo hirto) e a seguir, já no limite das nossas forças, lançarmo-nos numa prova de corrida ou de resistência. Vinte quilómetros a correr com dez quilos às costas. Ou 12 quilómetros com 16 quilos. E depois dizerem-nos: "Isto não acaba aqui." Ou ficar indefinidamente de cócoras na "posição de elefante pensante", com o peso todo do corpo e da G3 em punho. Fazer flexões com os punhos na gravilha. Dezenas de flexões. Há quem diga que um comando nunca se deita por menos de 50.
Capacidade do corpo para desligar
Psicologicamente o curso é desgastante e violento. Houve duas pessoas eliminadas no último dia do curso. Fizeram tudo como os outros até ao último dia e não foram aceites por, supostamente, não terem o espírito de sacrifício necessário. Mais tarde, um deles voltou e foi comando. Os comandos, na Carregueira, são uma das três forças especiais do Exército, além das Operações Especiais Rangers, em Lamego, e dos pára-quedistas em Tancos.
Temos várias provas. A prova de tiro de combate é precedida de uma preparação que simula uma situação de combate. Corremos, rastejamos nas silvas, rolamos no chão, carregamos pesos. Num curso de três meses temos cerca de 20 tiros de combate com essa situação de combate simulado, em que fazemos o tiro ao alvo já depois de estarmos completamente desgastados pela prova.
Na Semana da Sobrevivência, tiram-nos tudo. Ficamos sem farda, nem mochila, nem recursos alimentares, durante quatro ou cinco dias. Temos de construir abrigos, fazer roupa com serapilheira; matar e cozinhar um animal que pode ser um coelho ou uma galinha. Cada grupo tem de fazer isso.
Há um momento em que sentimos que o nosso corpo tem capacidade de desligar, como se deixasse de sentir a dor. O sofrimento torna-nos pessoas mais conscientes.
Acabamos por nos conhecermos a nós mesmos por estarmos sempre a testar os nossos limites. Fico a saber quais as minhas limitações, as minhas dificuldades. Olho para mim de outra forma: será que sou amigo do meu amigo, existe egoísmo da minha parte, ou sou capaz de me sacrificar pelo outro? No fim do curso, um copo de água não tinha o mesmo valor para mim. Ou um colchão. Coisas básicas ganham um novo sentido.
A Semana Invertida é a semana em que se faz à noite o que normalmente se faz durante o dia, e vice-versa. Aquilo é um choque tão grande no corpo que acaba por nos desorientar completamente. Faz parte da acção psicológica, a mesma que nos faz dormir ao som alto de músicas montadas para repetir um determinado refrão ou frase, até à exaustão. Eu conseguia dormir em qualquer lado. Cheguei a dormir de pé, de tão cansado.
Existe uma sequência comum a todos os cursos. Mas à partida nunca sabemos quando vamos ser chamados para os exercícios. Pode ser a meio da noite, de madrugada. Pode ser quando estamos prestes para a ir a casa, e nos dizem que afinal não vamos, esse momento não chega e não sabemos quando chegará.
https://www.publico.pt/sociedade/notici ... 93?page=-1
- Clermont
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Muito interessante este depoimento.
Qual seria a opinião dele a respeito de permitir a entrada de mulheres nos Comandos portugueses?Na guerra, por causa de um elo mais fraco, os outros podem literalmente morrer.
Os testes de admissão deviam ser mais difíceis, e os exames médicos mais rigorosos. Um colega que tinha tido uma hepatite e o que tinha medo das alturas não deviam estar ali. E estavam, a fazer tudo igual aos outros.
Isto não poderia ser resolvido restringindo-se o recrutamento de comandos exclusivamente ao universo de soldados já incorporados no Exército?As notas dos testes físicos e psicotécnicos são superiores às da tropa convencional. Mesmo assim, as provas de admissão deviam ser mais difíceis, para haver uma maior selecção à partida. E devia haver mais informação. O curso teria menos gente, mas gente mais capaz.
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Acho que isso é besteira, a pessoa ter tido uma doença não deveria impedi-la de incorporar. Se o cara se provar capaz e recuperado durante o curso...
E o que faz muitos serem tirados e desistirem é o choque..
Muitos não são capazes de passar por isso pela primeira vez... Ah exemplo muitos Seals que fizeram atos heroicos em combate não passaram no primeiro Buds... Marcos lutrel quebrou as duas pernas e quase foi colocado para começar na próxima turma novamente.
Quanto ao medo de altura... Se o combatente for capaz de superar isso, ele pode ser continuar.
Tiveram 4 Navy Seals que tiveram asma na infância ou pré adolescência...
Não os impediu de passar por um dos cursos mais difíceis...
nunca mais tiveram problemas... Tudo depende se a doença foi superada, ou o medo.
E o que faz muitos serem tirados e desistirem é o choque..
Muitos não são capazes de passar por isso pela primeira vez... Ah exemplo muitos Seals que fizeram atos heroicos em combate não passaram no primeiro Buds... Marcos lutrel quebrou as duas pernas e quase foi colocado para começar na próxima turma novamente.
Quanto ao medo de altura... Se o combatente for capaz de superar isso, ele pode ser continuar.
Tiveram 4 Navy Seals que tiveram asma na infância ou pré adolescência...
Não os impediu de passar por um dos cursos mais difíceis...
nunca mais tiveram problemas... Tudo depende se a doença foi superada, ou o medo.
Kept you waiting, huh?
- cabeça de martelo
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS
Não há qualquer restrição a esse nível, já houve mulheres a fazer os testes, mas nenhuma passou.Clermont escreveu:Muito interessante este depoimento.
Qual seria a opinião dele a respeito de permitir a entrada de mulheres nos Comandos portugueses?Na guerra, por causa de um elo mais fraco, os outros podem literalmente morrer.
O curso que foi agora retomado depois de 2 dos seus militares terem morrido, era feito salvo erro com pessoal já pronto. Na verdade os 17 que desisitiram logo ao principio já voltaram para as suas unidades de origem.Clermont escreveu:Os testes de admissão deviam ser mais difíceis, e os exames médicos mais rigorosos. Um colega que tinha tido uma hepatite e o que tinha medo das alturas não deviam estar ali. E estavam, a fazer tudo igual aos outros.Isto não poderia ser resolvido restringindo-se o recrutamento de comandos exclusivamente ao universo de soldados já incorporados no Exército?As notas dos testes físicos e psicotécnicos são superiores às da tropa convencional. Mesmo assim, as provas de admissão deviam ser mais difíceis, para haver uma maior selecção à partida. E devia haver mais informação. O curso teria menos gente, mas gente mais capaz.
Quando são Praças formados integralmente no Regimento de Comandos (os Sargentos e Oficiais são formados centralmente a nível do Exército), fazem 12 semanas de recruta, depois fazem 3 semanas de estágio para nivelamento do pessoal (os que vêm de fora e os que são da casa) e só depois é começam o curso em si. As provas fisicas são feitas na terceira semana de estágio e são as seguintes:
Flexão de braços numa barra fixa - 8
Extensão de braços no solo - 30
Abdominais em 2 minutos - 60
Percorrer 8 Km em 60 minutos, armado, equipado e com 5 Kg de carga. - Sim
Passagem de Pórtico 5 metros - Sim
Salto do muro 90 cm - Sim
Salto de vala 3 metros - Sim
Natação 25 metros (em fato de banho) - Sim
Natação de 15 metros em imersão, (em fato de banho) - Sim
Manter-se à superfície da água na posição vertical durante 1 minuto - Sim
Passagem de Túnel Labirinto - Sim
O Curso de Comandos é realizado no Regimento de Comandos (RCMDS), que está localizado na serra da Carregueira, em Belas, e tem a duração de 12 semanas. Tem como finalidade habilitar os militares, Oficiais, Sargentos e Praças, com a especialidade “Comandos”.
O Curso de Comandos está organizado em 3 fases: fase individual, fase de equipa e fase de grupo e dividido em 2 partes; a primeira parte diz respeito à aquisição de conhecimentos e a segunda parte à aplicação desses mesmos conhecimentos, a qual se materializa num exercício final onde os militares colocam em prática tudo o que aprenderam na primeira parte do curso. O exercício final tem uma duração mínima de 12 dias. Durante este período, os militares operam em vários ambientes: planície, montanha, áreas arborizadas e massas de água, onde têm de planear e executar diferentes operações incluindo com meios aéreos e aquáticos.
Em caso de não aproveitamento ou exclusão, o militar regressa à sua situação anterior.
Os militares que concluam com aproveitamento o curso de Comandos poderão ter de cumprir serviço no Regimento de Comandos por um período mínimo de dois anos.