EDUCAÇÃO

Área para discussão de Assuntos Gerais e off-topics.

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
akivrx78
Sênior
Sênior
Mensagens: 6607
Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
Agradeceu: 117 vezes
Agradeceram: 352 vezes

Re: EDUCAÇÃO

#691 Mensagem por akivrx78 » Dom Jul 10, 2016 1:39 pm

Editorial: A economia do conhecimento

Publicado em: 10/07/2016 09:53 Atualizado em:

Apesar de ter sido lançado em 2010, o livro Basta de histórias! A obsessão latino-americana com o passado e as 12 chaves do futuro, do jornalista argentino Andrés Oppenheimer, colunista do jornal norte-americano Miami Herald, continua sendo uma excelente referência para quem se preocupa com a educação no Brasil.

Incomodado com as bravatas dos nossos líderes latino-americanos, Oppenheimer levou cinco anos para conhecer experiências educacionais na Finlândia, China, Índia, Coreia do Sul, Cingapura e Israel. Nestes países, viu modelos de valorização do professor e preocupação com a inserção global do aluno, com a incorporação do inglês como segunda língua desde cedo e parcerias com instituições estrangeiras, atraindo os melhores cérebros para formar gênios no novo cenário produtivo deste século, o da economia do conhecimento.

São todas nações que, como o Brasil, enfrentaram nas últimas décadas ou enfrentam ainda problemas de inserção social e econômica de uma enorme faixa da sua população, mas que resolveram adotar a educação como prioridade, mais do que um lema de primeiro e (eventual) segundo mandatos.

As histórias das andanças de Oppenheimer nestes países só fazem reforçar a necessidade de uma rediscussão da educação no Brasil. Na Finlândia, por exemplo, ser professor é sinônimo de status social e, de cada dez candidatos, apenas um consegue ser admitido na Escola de Educação da Universidade de Helsinque. Os melhores formarão outros melhores.


O argentino também percorreu instituições e conversou com autoridades do seu país, chilenas, mexicanas, venezuelanas, peruanas, colombianas e uruguaias, além das brasileiras. O panorama no nosso continente é que estamos satisfeitos e não precisamos nos abrir para o mundo. Somos obcecados pelo passado e não estamos nos aparelhando a tempo para o século 21.


No dia 6 deste mês, o Brasil figurou na 133ª posição em qualidade de ensino de ciências e em 131º lugar no ranking de educação geral, de acordo com levantamento do Fórum Econômico Mundial. Isso em um total de 139 países.


Há alternativa? Sim. Representando o Brasil na Robocup, o campeonato mundial de robótica disputado na Alemanha, alunos da rede pública do Recife conseguiram o 8º lugar. Motivo de orgulho. Esperamos que esta boa exceção se torne uma regra.

http://www.diariodepernambuco.com.br/ap ... ento.shtml




Avatar do usuário
Wingate
Sênior
Sênior
Mensagens: 5130
Registrado em: Sex Mai 05, 2006 10:16 am
Localização: Crato/CE
Agradeceu: 819 vezes
Agradeceram: 239 vezes

Re: EDUCAÇÃO

#692 Mensagem por Wingate » Dom Jul 10, 2016 1:59 pm

akivrx78 escreveu:
Editorial: A economia do conhecimento

Publicado em: 10/07/2016 09:53 Atualizado em:

Apesar de ter sido lançado em 2010, o livro Basta de histórias! A obsessão latino-americana com o passado e as 12 chaves do futuro, do jornalista argentino Andrés Oppenheimer, colunista do jornal norte-americano Miami Herald, continua sendo uma excelente referência para quem se preocupa com a educação no Brasil.

Incomodado com as bravatas dos nossos líderes latino-americanos, Oppenheimer levou cinco anos para conhecer experiências educacionais na Finlândia, China, Índia, Coreia do Sul, Cingapura e Israel. Nestes países, viu modelos de valorização do professor e preocupação com a inserção global do aluno, com a incorporação do inglês como segunda língua desde cedo e parcerias com instituições estrangeiras, atraindo os melhores cérebros para formar gênios no novo cenário produtivo deste século, o da economia do conhecimento.

São todas nações que, como o Brasil, enfrentaram nas últimas décadas ou enfrentam ainda problemas de inserção social e econômica de uma enorme faixa da sua população, mas que resolveram adotar a educação como prioridade, mais do que um lema de primeiro e (eventual) segundo mandatos.

As histórias das andanças de Oppenheimer nestes países só fazem reforçar a necessidade de uma rediscussão da educação no Brasil. Na Finlândia, por exemplo, ser professor é sinônimo de status social e, de cada dez candidatos, apenas um consegue ser admitido na Escola de Educação da Universidade de Helsinque. Os melhores formarão outros melhores.


O argentino também percorreu instituições e conversou com autoridades do seu país, chilenas, mexicanas, venezuelanas, peruanas, colombianas e uruguaias, além das brasileiras. O panorama no nosso continente é que estamos satisfeitos e não precisamos nos abrir para o mundo. Somos obcecados pelo passado e não estamos nos aparelhando a tempo para o século 21.


No dia 6 deste mês, o Brasil figurou na 133ª posição em qualidade de ensino de ciências e em 131º lugar no ranking de educação geral, de acordo com levantamento do Fórum Econômico Mundial. Isso em um total de 139 países.

Há alternativa? Sim. Representando o Brasil na Robocup, o campeonato mundial de robótica disputado na Alemanha, alunos da rede pública do Recife conseguiram o 8º lugar. Motivo de orgulho. Esperamos que esta boa exceção se torne uma regra.

http://www.diariodepernambuco.com.br/ap ... ento.shtml
Na Finlândia, por exemplo, ser professor é sinônimo de status social e, de cada dez candidatos, apenas um consegue ser admitido na Escola de Educação da Universidade de Helsinque. Os melhores formarão outros melhores.
Isto ocorria no Brasil, até a década de 70 do século passado, eu presenciei pois tinha amigos filhos de professores.

Eu me recordo ouvir pessoas dizendo: "Aquele ali é o Sr. Fulano, marido da professora".

Ser professor(a) dava status, tanto nas grandes cidades como nas pequenas comunidades.

Hoje, esse profissional só falta carregar um alvo nas costas, neste país infeliz.

Wingate




Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 38065
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceu: 5764 vezes
Agradeceram: 3282 vezes

Re: EDUCAÇÃO

#693 Mensagem por FCarvalho » Qua Jul 27, 2016 12:12 pm

26 de Julho, 2016 - 23:00 ( Brasília )
Pensamento

Ozires Silva: "Estamos criando uma verdadeira tragédia para o nosso futuro"
Governo deveria ser o catalisador do sucesso da sociedade, e não o atrito, diz fundador da Embraer; onde estão os nossos líderes? Já esta provado que não estão em Brasília

http://www.defesanet.com.br/pensamento/ ... o-futuro-/

Porque será que eu não estou nem um pouco surpreso... :roll:

abs.




Carpe Diem
Avatar do usuário
Penguin
Sênior
Sênior
Mensagens: 18983
Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
Agradeceu: 5 vezes
Agradeceram: 374 vezes

Re: EDUCAÇÃO

#694 Mensagem por Penguin » Sáb Jul 30, 2016 7:46 pm

Imagem




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Avatar do usuário
Brasileiro
Sênior
Sênior
Mensagens: 9415
Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
Agradeceu: 238 vezes
Agradeceram: 545 vezes

Re: EDUCAÇÃO

#695 Mensagem por Brasileiro » Dom Jul 31, 2016 2:40 pm

Sobre o gráfico acima: PIB per capita




----------------
amor fati
Avatar do usuário
akivrx78
Sênior
Sênior
Mensagens: 6607
Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
Agradeceu: 117 vezes
Agradeceram: 352 vezes

Re: EDUCAÇÃO

#696 Mensagem por akivrx78 » Qua Ago 10, 2016 9:35 pm

Olimpíadas escolares têm corte de até 50% na verba

Estadão Conteúdo
10/08/201607h28

São Paulo - Enquanto a Rio-2016 concentra os holofotes, as olimpíadas escolares de conhecimento - de Matemática, Astronomia e História, entre outras - sofreram corte de verbas de até 50%. Para manter a abrangência nos ensinos fundamental e médio e o nível da competição, os organizadores desses eventos estão procurando formas de reduzir custos e em busca de patrocínios alternativos.

Maior competição do gênero no País, a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), que neste ano terá a participação recorde de 18 milhões de alunos de 47 mil escolas, é financiada pelo Instituto Nacional de Matemática Aplicada (Impa). O evento custa R$ 53 milhões - 60% do orçamento do instituto, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). E neste ano ainda não recebeu nada dos recursos previstos. "Estamos fazendo com recursos que sobraram do ano passado. Cortamos brindes, reduzimos materiais distribuídos ao estritamente necessário para não afetar a qualidade do evento e manter a premiação, que é importante", diz o presidente do Impa, Marcelo Viana.

Além da competição, a Obmep também tem cursos de formação e capacitação para professores de Matemática, que neste ano sofreram com a redução de custos. Um dos programas, feito a distância, deixou de pagar ajuda de custo aos colaboradores e é feito de forma voluntária. O outro, que previa selecionar 1.800 professores para a capacitação, pode abranger apenas metade, caso não haja a liberação da verba. "O País não aprendeu a se planejar. O Brasil se tornou destaque em olimpíadas internacionais de Matemática e tem cada vez mais alunos interessados na competição. Não podemos deixar que esses eventos sejam desvalorizados."

Procurado, o MCTIC informou em nota que já liberou R$ 27,6 milhões ao Impa e novos repasses neste ano "permitirão a continuidade dos projetos".

CNPq

Já a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) enfrenta corte de 50% da verba que recebeu do CNPq, órgão federal de incentivo à ciência. De R$ 1,2 milhão do custo total, a organização recebeu R$ 580 mil. Para manter a premiação aos 50 mil primeiros alunos, a organização recorreu a uma vaquinha virtual para conseguir comprar as medalhas, que custam R$ 3.

Com o corte, a organização da OBA também deixou de custear a viagem dos alunos selecionados em anos anteriores para as competições internacionais. O Colégio Etapa, que teve quatro alunos escolhidos para participar da competição na Índia no fim do ano, vai ter de custear as despesas da viagem.

Já a Olimpíada Nacional de História, feita pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), teve corte de 35%. Por isso, a organização reduziu de 1.200 para 1 mil o número de finalistas selecionados para a fase presencial. "A prova final é dissertativa, com alto custo para a correção. Fizemos isso com muita dor no coração", diz a coordenadora do evento, Cristina Meneguello.

Em nota, o CNPq confirmou a queda de recursos. No último ano, o valor total investido foi de R$ 2,93 milhões em 13 olimpíadas. No ano anterior, foram R$ 4 milhões para 14 eventos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... -verba.htm




Avatar do usuário
Viktor Reznov
Sênior
Sênior
Mensagens: 6836
Registrado em: Sex Jan 15, 2010 2:02 pm
Agradeceu: 1968 vezes
Agradeceram: 800 vezes

Re: EDUCAÇÃO

#697 Mensagem por Viktor Reznov » Qua Ago 10, 2016 11:09 pm

Brasil-sil-sil




I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
Avatar do usuário
Algus
Avançado
Avançado
Mensagens: 507
Registrado em: Ter Dez 23, 2008 2:17 pm
Agradeceu: 38 vezes
Agradeceram: 48 vezes

Re: EDUCAÇÃO

#698 Mensagem por Algus » Qui Ago 11, 2016 12:42 pm

Estudantes fazem ato pela educação pública em SP

Estudantes secundaristas realizam uma manifestação pela educação pública em São Paulo. O ato ocorre no dia nacional do estudante.

Os manifestantes são contrários ao fechamento de escolas e ao sucateamento das instituições de ensino. Os estudantes protestam também contra a proposta Escola sem partido e contra os desvios de recursos na merenda.

O ato começou por volta das 10h desta quinta-feira (11) no vão livre do Masp. O grupo caminhou pela avenida Paulista, no sentido Paraíso — que chegou a ficar bloqueada —, e desceu a avenida Brigadeiro Luiz Antônio.

Os estudantes caminham em direção à Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), localizada na avenida Pedro Álvares Cabral, próximo ao Parque Ibirapuera, na zona sul da capital.

A sala de imprensa da Polícia Militar não tem registro da quantidade de pessoas que participam do protesto, que segue pacífico.

Fonte: http://noticias.r7.com/sao-paulo/estuda ... p-11082016




Avatar do usuário
Clermont
Sênior
Sênior
Mensagens: 8842
Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
Agradeceu: 632 vezes
Agradeceram: 644 vezes

Re: EDUCAÇÃO

#699 Mensagem por Clermont » Sáb Ago 13, 2016 8:15 pm

Escola deve ser sem partido, mas também sem Igreja.

Demétrio Magnoli - Folha de São Paulo, 13.08.16.

Lula emerge como herói do povo em livros didáticos de diversos autores – e já se editam os que narram o impeachment de Dilma como um "golpe das elites".

Sobram livros escolares que encontraram na Cuba castrista o paraíso terreno.

Numa questão do Enem, aparece uma justificação "moral" para o terror jihadista.

Textos pedagógicos pregam a censura à imprensa, na forma ritualizada do "controle social da mídia". A linguagem sectária do racialismo perpassa inúmeros materiais escolares. Livros e textos destinados a jovens estudantes apresentam a família nuclear como ferramenta de opressão da mulher. Na versão original das bases curriculares do MEC, abolia-se o ensino da história "ocidental". A marcha dos militantes políticos sobre a escola produziu, como contraponto, o movimento Escola Sem Partido. Contudo, as aparências (e os nomes) enganam: nesse caso, o antídoto é, ele também, um veneno.

O Escola Sem Partido patrocina um projeto de lei destinado a afixar nas escolas um cartaz com os "deveres do professor" que protegeria os estudantes da doutrinação ideológica e da propaganda partidária. Por si mesma, a ideia de uma intervenção estatal explícita, ameaçadora, contaminaria as relações entre alunos e professores no ambiente escolar. Dos seis itens do cartaz, quatro parecem óbvios a mentes não hipnotizadas pelo espírito doutrinário – mas, efetivamente, abrem espaço para infinitas interpretações subjetivas. Nos dois outros, revela-se um projeto tão nocivo quanto o dos militantes políticos das mil e uma causas.

O item quatro determina que, "ao tratar de questões políticas, socioculturais e econômicas", o professor exibirá, "com a mesma seriedade", as "versões concorrentes". Há, aí, sobretudo, uma incompreensão da natureza do processo de ensino e aprendizagem. Embora a polêmica sobre valores tenha seu lugar na sala de aula, a escola não existe para cotejar as contraditórias "respostas certas" a temas desse tipo. Substituir a "verdade" autoritária do doutrinador pelo "Fla-Flu ideológico" pode até funcionar na imprensa pluralista, mas nada resolve no campo da educação. De fato, a missão do professor é ensinar a formular as perguntas pertinentes –isto é, a inscrever os dilemas humanos nos contextos históricos e sociais apropriados.

Isso não é tudo. O que significa cotejar versões quando se trata de uma "questão sociocultural" como a teoria da evolução? Na esfera da ciência, nem tudo é polêmica. Será que o Escola Sem Partido almeja que se ensine, "com a mesma seriedade", a "versão concorrente" que é o criacionismo?

O véu cai quando se examina o item cinco. De acordo com ele, "o professor respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções". Como "os pais" formam um universo muito heterogêneo, a regra proporcionaria um "direito de veto" à família mais tradicionalista. Na prática (oh, surpresa!), o padre ou pastor locais exerceriam um poder censório absoluto sobre os professores, subordinando a escola aos mais rudimentares anacronismos e preconceitos.

Na democracia e na república laica, o compromisso essencial da escola não é com os chamados "valores da família", mas com o direito dos alunos à cidadania. O alicerce de princípios da escola são os direitos humanos universais, inscritos na Declaração de 1948, que inspiram as constituições democráticas. A igualdade de direitos entre homens e mulheres, o respeito a diferentes orientações sexuais, o repúdio a preconceitos raciais e a proteção de minorias religiosas não devem ser descritos como "doutrinação ideológica" –e não são artigos negociáveis no balcão das "convicções dos pais".

Previsivelmente, a fúria dos militantes políticos irriga as sementes de uma fúria simétrica. Escola Sem Partido, sim. Mas, ao mesmo tempo, Escola Sem Igreja.




Avatar do usuário
prp
Sênior
Sênior
Mensagens: 8886
Registrado em: Qui Nov 26, 2009 11:23 am
Localização: Montes Claros
Agradeceu: 120 vezes
Agradeceram: 415 vezes

Re: EDUCAÇÃO

#700 Mensagem por prp » Sáb Ago 13, 2016 9:05 pm

Escola sem partido ou escola do meu partido?




Avatar do usuário
Algus
Avançado
Avançado
Mensagens: 507
Registrado em: Ter Dez 23, 2008 2:17 pm
Agradeceu: 38 vezes
Agradeceram: 48 vezes

Re: EDUCAÇÃO

#701 Mensagem por Algus » Dom Ago 14, 2016 9:03 am

Esse projeto é horrível.

Este vídeo é um pouco chato, mas ele explica relativamente bem o porquê deste projeto ser nocivo à nossa já combalida educação:





Avatar do usuário
akivrx78
Sênior
Sênior
Mensagens: 6607
Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
Agradeceu: 117 vezes
Agradeceram: 352 vezes

Re: EDUCAÇÃO

#702 Mensagem por akivrx78 » Dom Ago 14, 2016 9:06 am

Algus escreveu:Esse projeto é horrível.

Este vídeo é um pouco chato, mas ele explica relativamente bem o porquê deste projeto ser nocivo à nossa já combalida educação:





Avatar do usuário
Sterrius
Sênior
Sênior
Mensagens: 5140
Registrado em: Sex Ago 01, 2008 1:28 pm
Agradeceu: 115 vezes
Agradeceram: 323 vezes

Re: EDUCAÇÃO

#703 Mensagem por Sterrius » Dom Ago 14, 2016 5:59 pm

videos tem aparecido aqui como uma tarja preta. Alguem sabe o motivo?




Avatar do usuário
Clermont
Sênior
Sênior
Mensagens: 8842
Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
Agradeceu: 632 vezes
Agradeceram: 644 vezes

Re: EDUCAÇÃO

#704 Mensagem por Clermont » Sáb Ago 20, 2016 2:48 pm

Escolas militares: o gemido dos medíocres.

Ora, é preciso ver o programa pedagógico desses colégios antes de sair por aí falando asneiras.

Paulo André Chenso * - Folha de Londrina, 19.08.16.

O Colégio Militar foi criado por D. Pedro II em 1889, e mantido pela República. Durante 126 anos nunca se viu qualquer comentário sobre essas escolas. De repente, descobriram o filão – e como o descobriram? Simples, as escolas militares encabeçam a lista dos melhores desempenhos nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), e isso, parece, incomodou alguns setores da nossa "educação civil". É como se o sucesso dos colégios militares causasse inveja aos colégios civis. São 12 colégios do Exército e 93 da Polícia Militar, com um total de mais de 30 mil alunos atendidos. Bastou aparecer na mídia o brilhante desempenho e já emergiram de suas tocas os pseudopedagogos de beira de estrada para criticar o sistema de ensino dos colégios militares.

Na reportagem da Folha de São Paulo (12/8) afirma-se: o Colégio Militar "padroniza comportamentos", "inibe o questionamento" e "impede criar perspectiva de construção de identidade". Se durante mais de 100 anos foi assim, os colégios militares formaram uma multidão de alienados – que, no entanto, estão dando um show de desempenho. É, realmente, paradoxal.

Sou professor há 42 anos e acompanhei gerações de alunos do nível médio, e assisti, com imensa tristeza, a deterioração do comportamento, o desinteresse, o aumento da violência, a impossibilidade de se aplicar disciplina mais rigorosa, e necessária, pois, hoje, o aluno já sabe, previamente, que não importa o que aconteça, ele será aprovado. Vi professores sendo agredidos, desrespeitados, às vezes humilhados, e por que não, abandonados pelos próprios órgãos que lhes deveriam dar apoio, como é o caso dos núcleos de ensino, com pareceres quase sempre favoráveis ao aluno. Ora, vendo tudo isso ao longo dos anos, a contínua corrupção (e corrosão) do ensino, com facilitações que chegam às raias do absurdo para justificar, alhures, que aqui não há repetências, e encerramos cada ano com alunos cada vez menos preparados. Como concordar? Alunos do nível médio que escrevem Brasil com z! Que nunca leem nada além de ridículos livrecos empurrados pelas grandes editoras - há um enorme contingente de alunos que chegam ao terceiro colegial sem ter lido um único autor clássico brasileiro. É uma vergonha!

E agora vem a mídia e seus "especialistas" em educação tecer críticas ao único sistema, hoje, que atua na educação do jovem de forma global e completa. Ora, é preciso ver o programa pedagógico desses colégios antes de sair por aí falando asneiras como se fossem os arautos da melhor educação. Se fossem, o ensino não estaria essa tragédia. Sem contar o desinteresse absoluto do Estado, o mísero investimento feito pelo poder público. O verdadeiro abandono das nossas escolas. Dispensa comentários.

Não vi entrevistas com os alunos, nem com os pais. Vi declarações, sim, de pessoas que parecem ignorar a real situação de nossas escolas. Ninguém mencionou na imprensa se os milhares de alunos desses colégios militares gostam ou não. É explícito nos regulamentos: caso o aluno não se adapte à disciplina militar, é imediatamente transferido para colégios civis. Ninguém é obrigado a estudar lá. E mais, para estudar nesses colégios, participa-se de um concurso na qual a média de candidatos chega a 22 mil! Será que é mesmo tão ruim, ou são nossos "pedagogos" que estão impregnados com as ideias "supermodernas" introduzidas na educação brasileira nos últimos anos?


_______________________________
* Médico e professor em Londrina.




Avatar do usuário
Sterrius
Sênior
Sênior
Mensagens: 5140
Registrado em: Sex Ago 01, 2008 1:28 pm
Agradeceu: 115 vezes
Agradeceram: 323 vezes

Re: EDUCAÇÃO

#705 Mensagem por Sterrius » Sáb Ago 20, 2016 11:25 pm

Escolas militares tem varias vantagens mas não servem como modelo universal.

Eu gosto delas principalmente em áreas onde a um alto índice de violência e problemas comportamentais que possuem N motivos mas geralmente se resumem a alta % de alunos com famílias disfuncionais que não ajudam a escola a educar a criança por N motivos. São áreas em que a proteção extra da policia/exercito ajuda a pacificar a área e a fornecer segurança aos alunos que querem estudar.

Mas em escolas onde violência ou desobediência em massa não é problema não a pq trazer a disciplina militar. Faze-los prestar continência, vestir fardas idênticas e outras regras do gênero não vão melhorar notas. Isso se da na didática e a diferenças em como uma matéria é passada e como o professor pode se preparar no colégio militar e na maioria dos colégios normais. (Essa parte é o X da questão que da grandes impulsos de instrução).

Obvio que tb deve-se criticar os colégios que permitiram em varias escolas o aluno ter super liberdade e poder para mandar no professor e impedir que a classe tenha aula.
E esses colégios tb raramente permitem ao professor ter como se preparar para dar as aulas. Em muitas vezes devido a baixa remuneração que o força a dar aula em vários colégio ou classes durante a semana o que o impede de analisar os alunos individualmente e preparar a aula para que possa chamar a atenção dos mesmos. Sendo obrigado a condensar tudo em um enlatado que sirva pra maioria.

Meio termo tem que existir e é vantajoso para o crescimento da criatividade do aluno ele poder se expressar em comportamento, vestimentas etc. Essa critica aos colégios militares é valida mas é preciso analisar o contexto de cada escola que possui esse esquema.

Ter uma escola normal numa área dominada pelo trafico não é possível com os recursos que colégios públicos recebem hoje por exemplo. Reclamar da militarização de uma escola assim é sim birra e besteira.

Tb temos que lembrar que certos alunos não são aceitos em tais escolas. Muitos deles alunos problemas que irão para escolas que não tem o luxo de poder lhes negar entrada. São alunos que exigem uma escola especial no qual o Brasil simplesmente não tem e não tem interesse E/ou recursos em fazer.

Ja que sem dinheiro pra aluno básico, para aluno problema que não vai sobrar recursos ou vontade pra fazer escolas que aceitem poucos alunos com professores/psicologos quase que particulares pra tentar impedir que caiam de vez numa vida que terminará na cadeia ou caixão.




Responder