Marinha se revolta e cassa condecorações de Genuíno e Dirceu: 'aqui não tem bandido'
Após condenação no Mensalão, petistas e outros nomes perderam direito de honra ao mérito.
Genuíno e José Dirceu - Foto/Montagem
Nada de homenagens. O Comando da Marinha decidiu voltar atrás com decisões dadas no passado. De acordo com o jornal 'O Globo', em reportagem publicada nesta quarta-feira, 13, a entidade das Forças Armadas brasileiras decidiu cassar a condecoração de Ordem no Mérito Naval de cinco cidadãos brasileiros. Todos eles são bastante conhecidos de todos nós. Eles deixaram de ter qualquer mérito depois que foram condenados pelo 'Mensalão', maior esquema de corrupção durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).
A lista trás os homens que perderam a homenagem justamente por conta de suas ações. São eles José Genuíno, José Dirceu, Valdemar Costa Neto, João Paulo Cunha e Roberto Jefferson. Todos eles com forte atuação da câmara dos deputados e também no próprio governo. Roberto Jefferson, por exemplo, ficou conhecido por dedurar os colegas. Depois do período complicado, ele retorna aos poucos para a vida política.
De acordo com o jornal 'O Globo', a exclusão dos nomes condenados já foi publicada no Diário Oficial da União. Em grupos no Facebook, muitos militares da ativa e da reserva comemoraram a decisão. "Aqui não tem bandido", disse um deles mais revoltado com o fato das personalidades já terem sido condecoradas no passado. Quem assinou a exclusão foi Eduardo Bacellar Leal Ferreira, Comandante da Marinha. A decisão das Forças Armadas atende a uma solicitação de Rodrigo Jato, procurador-geral da república. O pedido feito em maio deste ano só agora ganha forma física.
Os cinco agraciados agora estão proibidos de citarem as condecorações em seus currículos. A exclusão dos nomes dos políticos é baseada em um decreto do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Em 2000, o tucano assinou a legislação que fala sobre a exclusão automática de honras ao mérito quando a condenação existir, seja ela em qualquer foro for. Ou seja, não seria necessário o aval, por exemplo, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em 2013, Genoino, Jefferson e Valdemar já haviam perdido a condecoração Medalha do Pacificador. Essa é uma premiação dada pelo Exército brasileiro.
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