Carlos Lima escreveu:So rindo mesmo...
Lamentavel, mas s'o nos resta "Sempre rir...!"
[]s
CB_Lima
Lima véio, vou tentar me explicar de uma vez por todas:
NÃO estou fazendo pouco do F-35, embora admita ter sérias reservas a respeito. Vou tentar (novamente) explicar como o vejo e estabelecer uma comparação com o caça que motiva este tópico, o Gripen E, o mais novo dos Eurocanards.
Vejo o F-35A hoje mais ou menos como, na segunda metade dos anos 70, via o F-16A. Muita coisa nova (inédita, na verdade), como esplêndida visibilidade, HOTAS,
sidestick, alguma capacidade FBW, assento inclinado a 30º e aerodinâmica completamente diferente de tudo o que eu conhecia. Era óbvio, mesmo nos meus
teen years, que um novo paradigma de avião de caça estava indiscutivelmente surgindo. E ele se tornou o "caça da OTAN". Só que não sem ter que lutar para isso: houve uma competição, relativamente pouco divulgada mas razoavelmente conhecida, pela honra: o oponente era Francês, o Mirage F1 (correndo pelas beiradas, o Viggen).
O que resultou todo mundo sabe: o caça NA foi bem melhor sucedido e se tornou, de fato, o "caça da OTAN". Mas, lendo um exemplar de uma revista (acho que era a Flap) especializada da época, recordo de trechos de um artigo onde os Franceses comentavam que o desempenho não era assim tão assimétrico. Reconheciam superior manobrabilidade em curta distância para o F-16A mas isso, segundo eles, não significava que um F-16 não pudesse ser ou fosse extremamente difícil de abater por um F-1 ou equivalente, como haviam comprovado nos exercícios.
Já o F-35A se encontra em situação similar, claramente superior em tecnologia mas agora inferior em performance, dependendo de variáveis como a furtividade (EM e IR) para ter sucesso em combate. Não tem nenhum concorrente claramente definido mas, no nosso caso, podemos compará-lo ao mais novo dos Eurocanards, o Gripen E, que supostamente entrará em serviço ativo mais ou menos na mesma época.
IR - Bueno, para ocultar o sinal IR temos uma turbina com praticamente o dobro de empuxo (F-135) comparada com outra bem menor (F-414G). Nada impede que os Suecos instalem um escape similar ao da -135. Resta saber como ficará a diferença de distância para ocultar um empuxo militar (sem PC) de cerca de 28.000 lbf ao IRST de um caça que gera cerca de 13.000 lbf, ao mesmo tempo em que detecta este, bem menor, com o seu próprio.
EM - A SAAB vem há décadas estudando furtividade, e o resultado destes estudos tem sido aplicado a seus produtos. O Gripen E dificilmente deixará de ter,
in natura, RCS bem menor que o do F-16 (tecnicamenmte da mesma Geração), p ex. Adicionalmente, com base no post do Gabriel véio, como ficaria o RCS do Gripen E se a tale de "tinta invisível da FAB" for usada para a pintura do caça? Pior ainda, e se pintarem os AAMs também? Francamente, não sei se ficará esta diferença toda entre F-35 e Gripen E, no mundo real. E nem falei na suíte EW do caça que em poucos anos estará voando com o cocar da FAB.
Para manter curto o post (pois dificilmente escreverás mais do que umas poucas linhas, e me descendo a lenha, para variar, mas nem dou bola, nossa Amizade de mais de uma década vale muito mais), acrescento que ninguém postou nada relevante sobre a capacidade de manobras do F-35A que desminta qualquer coisa que eu tenha postado; idem sobre o custo operacional e disponibilidade. É compreensível, o F-35A ainda não tem,m versão operacional definitiva, do mesmo modo que o Gripen E.
Para saber mais, teremos que esperar uma Red Flag da próxima década.
Se o governo bancar, claro, vai saber...